Nenhuma vez algum dos comensais chegou a erguer a varinha. Logo de cara, eu vi que isso era um erro. Eles pensavam que como eram os todo-poderosos e tinham dementadores com eles, a batalha já estava ganha.

Ao notar os comensais, nos entreolhamos. O que faríamos? Patronos? Como, já que os comensais nos encaravam e provavelmente reagiriam violentamente. Continuamos nos fitando uns aos outros, até que Tiago fez um gesto indicando que ele, Al e Ella podiam cuidar dos comensais enquanto eu dava um jeito de conjurar um patrono. Eu assenti, mas por precaução olhei para os comensais antes de fazer qualquer coisa. Eles continuavam nos fitando com certeza de que não podíamos fazer nada.

Ergui minha varinha para os comensais. Meu panda logo acabou com os três na entrada do beco enquanto Alvo, Tiago e Gabrielle batalhavam contra os comensais. Eles lançavam incessáveis feitiços. Enquanto Tiago desarmava todos que levantassem suas varinhas, Al e Tiago estupeficavam os indefesos. Em questão de segundos, todos estavam no chão.

- Se, pode fazer o que quiser com o Nott, agora. – disse Tiago, apontando para onde o comensal estava.

- Embora eu esteja com muita vontade. – comecei calmamente – eu não vou matá-lo.

- Por quê? – perguntou ele, enquanto somente Al e Ella assentiram, me compreendendo.

- Eu não tenho coragem de fazer algo assim com o Richard. – disse.

- Uau. Isso é muito nobre da sua parte, Se. – falou, sorrindo. – Então é isso. Conseguimos. Pegamos o líder dos comensais, derrotamos outros catorze, acabamos com três dementadores e ainda desvendamos o enigma e pegamos o culpado.

- E agora? – perguntei, e todos sorriram. – Quer dizer, se fossemos trouxas, eu chamaria a polícia. Mas quem nós chamamos? O ministério? Os aurores?

- Podemos chamar o meu pai. – disse Tiago calmamente.

- Como? – perguntei, enquanto ele saía beco afora a caminho da parte populosa de Hogsmeade.

- Pó de Flu. – ele gritou, correndo.

Enquanto ele não voltava, ficamos encarregados de garantir que os comensais não se mexessem. Caso o efeito do feitiço passasse tínhamos que estupeficá-los de novo. O que só aconteceu uma vez. Então, três pessoas surgiram no beco. Harry Potter, Rony Weasley e Hermione Granger. Porém Tiago demorou algum tempo para voltar, pois ele não havia aparatado.

- Oi pai. Tia. Tio. – falou bufante ao chegar.

- Vamos dar um jeito neles. Todos para askaban. Menos o jovem Goyle, que eu acredito que precise ter uma conversinha com Dumbledore... quer dizer, McGonnagal antes. – disse Harry. – me desculpe, leva um tempo para me acostumar. Eu nunca estudei em Hogwarts sem tê-lo como diretor.

- Teve só a época da Umbridge. – disse Rony. Ele e Harry sentiram arrepios ao mesmo tempo ao som do nome. Eu abri um sorriso enorme, segurando a vontade de ter um acesso de risos.

- Bem, você deve ser a Serena. – disse Harry, me olhando. Naquele momento, me bateu um medo enorme de que ele dissesse “a namorada do Tiago”. – namorada do Alvo.

- É, sou eu. – estiquei a mão, envergonhada, mas ao olhar ao redor vi que todos sorriam. Somente depois de um tempo Harry parou de me cumprimentar.

- Parabéns, garotos. Foi um grande feito o de vocês. – elogiou Hermione, com um sorriso amigável no rosto. Então, todos eles aparataram, incluindo os comensais, e até Goyle Jr.

Eu fiquei com o coração acelerado por algum tempo depois que eles foram embora. Era uma honra conhecê-los. Uma honra que Hermione Granger tenha me elogiado. Era até uma honra que Harry se lembrasse do meu nome (mesmo que fosse como a garota que confundiu o coração dos dois filhos dele).

E eu estava feliz que tudo aquilo tinha acabado. E feliz que tinha derrotado aqueles comensais. Feliz com o que eu fiz. Com o que tinha acontecido. Com como minha vida estava sem problemas agora.

- Vocês também acharam isso muito fácil? A batalha foi quase dada já vencida pra a gente. – comentou Al cortando o silêncio.

- Ah, eles são uns idiotas. Devia ser mais difícil quando serviam a você sabe quem, mas agora? – comentou Ella. – O único jeito de eles vencerem seria se deixassem de ser orgulhosos e tivessem levantado as varinhas e atacado a gente desde o início.

- E verdade. – concordaram todos em um coro desorganizado. Então começamos a andar em direção a onde todos os alunos estavam. Os professores estavam encaminhando todos para dentro do castelo, onde fomos levados ao salão principal. Antes disso, a diretora McGonnagal nos chamou para uma conversa.

- Eu não tenho muito tempo, porque todos estão nos esperando. Mas está tudo resolvido. O aluno Bryan foi levado a Askaban, junto com todos os outros comensais. Não se preocupem, pois vocês receberão o merecido crédito. Ah, e cinqüenta pontos! – disse ela, indo em direção ao salão principal.

- Cinqüenta pontos? – perguntou Tiago assustado com a grande quantidade de uma só vez. Nem havia sido difícil.

- Para cada! – respondeu animada, a diretora.

O salão principal estava cheio e barulhento, mas rapidamente a diretora conseguiu chamar a atenção de todos enquanto nos sentávamos.

- Alunos, eu gostaria de informar-lhes que os ataques a alunos de Hogwarts acabarão. O culpado, Bryan Goyle, foi levado a Askaban, depois de ser derrotado, junto a outros catorze comensais, pelos alunos Gabrielle Johnson, Alvo Potter, Serena Terrence e Tiago Potter. – anunciou ela rapidamente. A sala encheu-se novamente de murmúrios animados quando todos se viraram para nós. Não demorou muito e fomos todos aos respectivos salões comunais, ignorando a animação incomum dos alunos.