Por Trás de Uma Magia escrita por anne_potter23


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, e boa leitura.



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- Acorde, Serena. Já são sete e meia, e acho que você não vai querer ser vista saindo do quarto de um professor. É melhor ir enquanto não tem ninguém nos corredores. – ouvi a voz doce de Draco e senti um beijo em minha bochecha.

- Certo. – falei, ainda atordoada. Acariciei seu rosto e fui embora. Realmente não havia ninguém nos corredores. Corri para dentro do salão comunal, e então para meu quarto, onde Gabrielle ainda dormia, felizmente. Rapidamente troquei de roupa e a esperei acordar. Olhava para a janela, observando a paisagem, e pensando em como foi confortável dormir ao lado de Draco hoje.

- Olhar para a janela não vai fazer as respostas virem trazidas pelo vento. – ouvi uma voz atrás de mim.

- Não espero respostas. Eu só quero as perguntas certas. – falei, ainda olhando para a janela.

- Lá vão: pergunta um: quer ir comigo a Hogsmeade amanhã? Pergunta dois: onde foi essa noite? – ouvi a voz de Tiago novamente e agora percebi que ele estava sentado ao meu lado.

- Como assim onde fui essa noite? – perguntei mais para mim do que para Tiago.

- Qual é, Se. Eu sei que você não estava aqui. E te vi chegando agora há pouco. Pode me dizer, vamos, com que corvino você dormiu? – me assustei ao ouvi-lo dizer isso.

- Por acaso, Tiago, eu adormeci na Floresta Proibida. – disse a primeira coisa que veio em minha mente.

- E o que estava fazendo lá? – perguntou.

- Pensando na vida. – falei imediatamente.

- Na Floresta Proibida? Não tem idéia de como isso é perigoso, Serena?

- Sei disso. – falei e ri.

- Porque está rindo? – perguntou ele. Sorri, e segurei sua mão macia.

- Bem, é porque você me lembra muito de mim mesma.

- Está me chamando de perfeito, gostoso, inteligente, lindo e irresistível? – censurei-o com o olhar, lembrando-o que Ella estava no quarto.

- Seu idiota! – abri mais meu sorriso.

- Sabe, Se, ultimamente tenho me perguntado muito porque você continua preferindo guardar segredo. – falou ele, e colocou meu cabelo para trás da orelha.

- Acho que é algo que se eu te explicasse, você não iria entender. E ia me achar idiota. – disse, me orgulhando de ter conseguido ao mínimo não mentir dessa vez.

- Eu não te acharia idiota nem se você se esforçasse muito.

- Acredite, você está muito mais próximo de achar isso do que você pensa.

- Você ainda não respondeu a pergunta. – disse, dessa vez olhando fundo em meus olhos.

- Que pergunta? – perguntei, sonhadora, ainda distraída com a paisagem.

- Quer ir a Hogsmeade comigo? – repetiu ele. Acho que me esqueci dessa pergunta quando me assustei com a outra.

- Claro que quero. Só não sei se devemos. Não com todos da escola pensando que estamos juntos. – disse, virando-me finalmente para ele.

- Eles não precisam saber que fomos juntos. Podemos ir bem longe dessa vez. – disse ele, chegando mais perto.

- E se acabarem vendo nós dois? – saiu quase em um suspiro.

- Sabe o que eu acho? – perguntou ele, e após um sussurro de “o que?”, ele continuou – que você tem medo de viver. Pare de pensar no que vai acontecer e apenas viva o momento. A qualquer hora você pode ir à procura de um vira-tempo e voltar para quando quiser. Afinal, somos bruxos, porque temeríamos a realidade?

- Você me impressiona às vezes, Tiago.

- Então, o que me diz? – perguntou com um sorriso idiota no rosto.

-Sim.

- Você não vai mesmo me dizer onde estamos indo? – perguntei. Era difícil se mexer debaixo daquela capa da invisibilidade. – e nem onde conseguiu essa capa?

- Estamos indo onde o vento levar. E a capa era de meu pai. – falou. Como eu sou burra. É claro que era. Burra. Burra. Burra.

Continuamos andando, e os bruxos que víamos eram cada vez menos, e cada vez mais estranhos. Vimos uma senhora com uma perna de pau, um homem com dois tapa-olhos (dois tapa-olhos? Como se enxerga desse jeito?) e até um vulto preto de capa se escondendo em um beco escuro, devia ser um comensal. Segurei forte a mão de Tiago ao vê-lo.

- Calma, Se. Ele não pode nos ver, lembra? – disse ele.

- Certo, me desculpe.

- Chegamos. – disse passados alguns minutos. Eu diria que aquilo era uma clareira, e só então me toquei que tínhamos andado por um bosque nos últimos dez minutos.

- Como sabe desse lugar? – perguntei avaliando a paisagem.

- Meu pai costumava aparatar comigo até aqui quando eu era menor. Quando eu ficava bravo com Al, ele me trazia aqui e dizia que esse era o meu lugar. Então quando eu voltava para casa, eu e Al costumávamos fazer as pazes. – disse ele, entrelaçando suas mãos nas minhas e dobrando a capa da invisibilidade.

- Você vai fazer as pazes com ele quando voltarmos? – perguntei. Simplesmente havia cansado das brigas entre os dois.

- Não tenho certeza se ele vai querer isso. O fato de eu ter dito que você é MINHA garota pareceu tê-lo incomodado. – falou ele gentilmente enquanto eu aproximava meu rosto do seu. Sorri. Alvo era apenas meu amigo, e isso me deixava mais do que feliz.

- Falando nisso, você não sabe deixar a boca fechada, não é? – perguntei, ao encostar meus lábios nos seus de leve, então Tiago me beijou.

- Eu só não gosto de ver minha garota perto de ninguém. – disse ele. Certo, seria bom se ele não me visse perto de Draco.

- Eu te amo. – Deitei-me na grama e Tiago fez o mesmo. Nossas mãos ainda estavam entrelaçadas.

- Eu te amo mais. – puxou-me para mais perto de seu corpo. Ficamos ali, nos aquecendo um ao outro, durante minutos, ou talvez horas. Ele acariciava de leve meu pescoço e eu bagunçava seu cabelo um pouco sempre que podia. Alguma hora me lembro de ter esticado o pescoço para sentir o gosto de seus lábios novamente, e então fechei os olhos, e continuei ouvindo as batidas ritmadas de seu coração.


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Notas finais do capítulo

Comentem e recomendem, gatas
bjs



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