Por Trás de Uma Magia escrita por anne_potter23
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem, e boa leitura.
- Acorde, Serena. Já são sete e meia, e acho que você não vai querer ser vista saindo do quarto de um professor. É melhor ir enquanto não tem ninguém nos corredores. – ouvi a voz doce de Draco e senti um beijo em minha bochecha.
- Certo. – falei, ainda atordoada. Acariciei seu rosto e fui embora. Realmente não havia ninguém nos corredores. Corri para dentro do salão comunal, e então para meu quarto, onde Gabrielle ainda dormia, felizmente. Rapidamente troquei de roupa e a esperei acordar. Olhava para a janela, observando a paisagem, e pensando em como foi confortável dormir ao lado de Draco hoje.
- Olhar para a janela não vai fazer as respostas virem trazidas pelo vento. – ouvi uma voz atrás de mim.
- Não espero respostas. Eu só quero as perguntas certas. – falei, ainda olhando para a janela.
- Lá vão: pergunta um: quer ir comigo a Hogsmeade amanhã? Pergunta dois: onde foi essa noite? – ouvi a voz de Tiago novamente e agora percebi que ele estava sentado ao meu lado.
- Como assim onde fui essa noite? – perguntei mais para mim do que para Tiago.
- Qual é, Se. Eu sei que você não estava aqui. E te vi chegando agora há pouco. Pode me dizer, vamos, com que corvino você dormiu? – me assustei ao ouvi-lo dizer isso.
- Por acaso, Tiago, eu adormeci na Floresta Proibida. – disse a primeira coisa que veio em minha mente.
- E o que estava fazendo lá? – perguntou.
- Pensando na vida. – falei imediatamente.
- Na Floresta Proibida? Não tem idéia de como isso é perigoso, Serena?
- Sei disso. – falei e ri.
- Porque está rindo? – perguntou ele. Sorri, e segurei sua mão macia.
- Bem, é porque você me lembra muito de mim mesma.
- Está me chamando de perfeito, gostoso, inteligente, lindo e irresistível? – censurei-o com o olhar, lembrando-o que Ella estava no quarto.
- Seu idiota! – abri mais meu sorriso.
- Sabe, Se, ultimamente tenho me perguntado muito porque você continua preferindo guardar segredo. – falou ele, e colocou meu cabelo para trás da orelha.
- Acho que é algo que se eu te explicasse, você não iria entender. E ia me achar idiota. – disse, me orgulhando de ter conseguido ao mínimo não mentir dessa vez.
- Eu não te acharia idiota nem se você se esforçasse muito.
- Acredite, você está muito mais próximo de achar isso do que você pensa.
- Você ainda não respondeu a pergunta. – disse, dessa vez olhando fundo em meus olhos.
- Que pergunta? – perguntei, sonhadora, ainda distraída com a paisagem.
- Quer ir a Hogsmeade comigo? – repetiu ele. Acho que me esqueci dessa pergunta quando me assustei com a outra.
- Claro que quero. Só não sei se devemos. Não com todos da escola pensando que estamos juntos. – disse, virando-me finalmente para ele.
- Eles não precisam saber que fomos juntos. Podemos ir bem longe dessa vez. – disse ele, chegando mais perto.
- E se acabarem vendo nós dois? – saiu quase em um suspiro.
- Sabe o que eu acho? – perguntou ele, e após um sussurro de “o que?”, ele continuou – que você tem medo de viver. Pare de pensar no que vai acontecer e apenas viva o momento. A qualquer hora você pode ir à procura de um vira-tempo e voltar para quando quiser. Afinal, somos bruxos, porque temeríamos a realidade?
- Você me impressiona às vezes, Tiago.
- Então, o que me diz? – perguntou com um sorriso idiota no rosto.
-Sim.
- Você não vai mesmo me dizer onde estamos indo? – perguntei. Era difícil se mexer debaixo daquela capa da invisibilidade. – e nem onde conseguiu essa capa?
- Estamos indo onde o vento levar. E a capa era de meu pai. – falou. Como eu sou burra. É claro que era. Burra. Burra. Burra.
Continuamos andando, e os bruxos que víamos eram cada vez menos, e cada vez mais estranhos. Vimos uma senhora com uma perna de pau, um homem com dois tapa-olhos (dois tapa-olhos? Como se enxerga desse jeito?) e até um vulto preto de capa se escondendo em um beco escuro, devia ser um comensal. Segurei forte a mão de Tiago ao vê-lo.
- Calma, Se. Ele não pode nos ver, lembra? – disse ele.
- Certo, me desculpe.
- Chegamos. – disse passados alguns minutos. Eu diria que aquilo era uma clareira, e só então me toquei que tínhamos andado por um bosque nos últimos dez minutos.
- Como sabe desse lugar? – perguntei avaliando a paisagem.
- Meu pai costumava aparatar comigo até aqui quando eu era menor. Quando eu ficava bravo com Al, ele me trazia aqui e dizia que esse era o meu lugar. Então quando eu voltava para casa, eu e Al costumávamos fazer as pazes. – disse ele, entrelaçando suas mãos nas minhas e dobrando a capa da invisibilidade.
- Você vai fazer as pazes com ele quando voltarmos? – perguntei. Simplesmente havia cansado das brigas entre os dois.
- Não tenho certeza se ele vai querer isso. O fato de eu ter dito que você é MINHA garota pareceu tê-lo incomodado. – falou ele gentilmente enquanto eu aproximava meu rosto do seu. Sorri. Alvo era apenas meu amigo, e isso me deixava mais do que feliz.
- Falando nisso, você não sabe deixar a boca fechada, não é? – perguntei, ao encostar meus lábios nos seus de leve, então Tiago me beijou.
- Eu só não gosto de ver minha garota perto de ninguém. – disse ele. Certo, seria bom se ele não me visse perto de Draco.
- Eu te amo. – Deitei-me na grama e Tiago fez o mesmo. Nossas mãos ainda estavam entrelaçadas.
- Eu te amo mais. – puxou-me para mais perto de seu corpo. Ficamos ali, nos aquecendo um ao outro, durante minutos, ou talvez horas. Ele acariciava de leve meu pescoço e eu bagunçava seu cabelo um pouco sempre que podia. Alguma hora me lembro de ter esticado o pescoço para sentir o gosto de seus lábios novamente, e então fechei os olhos, e continuei ouvindo as batidas ritmadas de seu coração.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Comentem e recomendem, gatas
bjs
♥