Agora, precisava falar com Tiago para procurarmos Richard Nott. E lá estava ele.

- Oi, Se. Está com o Veritasseum? – disse ele, evitando por pouco me abraçar, pois eu estava chorando, mas estávamos no salão comunal.

- Estou – respondi baixo. – tem alguma idéia de como vamos dá-lo ao Nott?

- Não sei, acho que vai ter que ser amanhã no café. – respondeu, mais baixo ainda.

- Não, temos que dar a ele quando estiver consciente, e depois apagamos sua memória. O problema é: como apanhá-lo sozinho?

- Já viu Nott com alguém? – rapidamente neguei. – então, Se, temos um plano.

- Tem certeza que é ele? – perguntei novamente e Tiago assentiu.

- Quando ele virar o corredor do sexto andar, pegamos ele. – disse.

- E onde pretende dar a ele o Veritasseum?

- Na sala precisa. – disse enigmaticamente. – eu vou fazer o feitiço mudo.

Rapidamente, corremos até o corredor do sexto andar, que convenientemente estava deserto, e esperamos por Nott. Mal o garoto virou o corredor, e Tiago já lançou um mudo estupefaça que o deixou quase inconsciente. Arrastamos-no para o sétimo andar, até a sala precisa. Dei três gotas de Veritasseum enquanto ele ainda estava atordoado. Desde o começo senti péssimas vibrações vindo dele. Devia ser ele.

- Richard – começou Tiago. – você tem algo a ver com a faca que apareceu em meu travesseiro?

- Não. – disse ele, sob o efeito da poção. Parecia quase em transe, mas não chegava a esse estágio.

- Sabe quem teve? – continuei o interrogatório.

- Não. – repetiu ele secamente.

-Ótimo. Sev estava errado. Não é ele. E agora, quem vamos caçar? – perguntou Tiago agora para mim.

- Bruno Chang. – falei.

- Filho de Cho Chang? Tudo bem, ele me odeia, mas é da Grifinória, nunca se rebaixaria a esse nível. – falou – mas temos que tentar.

- Temos mesmo. E ser da Grifinória não significa que a pessoa não cometa erros, Tiago. – disse, obviamente pensando em mim. Alteramos a memória de Richard, e o deixamos no corredor do sexto andar novamente.

- Ei, Bruno! Chang? Oi, quer uma cerveja amanteigada? – perguntou Tiago assim que avistou o próximo suspeito no salão comunal.

- Manda, Potter! – disse e bebeu em um gole só. Rapidamente, o levamos ao quarto de Tiago.

- Chang, você está envolvido com a faca que estava em meu travesseiro?

- Não. – respondeu secamente, como Nott.

- Sabe quem esteja? – perguntou decepcionado. A resposta foi a mesma. – ótimo! E agora, Se?

- Agora temos que investigar, e você, Tiago, tome cuidado com quem anda. – falei ao ajudá-lo a levar Bruno para fora, e entrei novamente. – Mas, enquanto isso... – beijei seus lábios.

- Serena, o que vai acontecer se não acharmos o culpado? – perguntou assim que nossos lábios se separaram.

- Não sei nem o que vai acontecer se o encontrarmos. Não temos provas, e teríamos que admitir ter roubado o Veritasseum do Slughorn. – respondi, e o puxei para sua cama.

- Está certa. Estamos só seguindo o vento. E onde ele nos levará, só descobriremos quando chegarmos lá. Afinal, quem é que sabe o que vai acontecer, mesmo quando temos um plano...

Eu o beijei. Tiago Potter conseguia ser muito romântico quando queria. Eu estava em seu colo. Seus lábios desceram até meu queixo, e direto para meu pescoço. Foi minha vez de desabotoar sua camiseta. Abracei-o o mais forte que pude. Como ele podia me passar tanta segurança? Ele tirou meu pulôver delicadamente, e então desabotoou minha camisa de baixo para cima. Não me incomodei quando ele removeu minha saia e sua calça. Depois do dia que eu tive, aquilo era o que eu precisava.

Suas mãos acariciavam de leve minhas costas, então retiraram meu sutiã. Ele beijou novamente meu pescoço, descendo sua boca para meus seios e em direção à minha barriga. Eu o amava. Tive certeza disso. Mesmo sendo pegador, ele fazia isso de um jeito delicado.

- Serena? – ouvi sua voz enquanto minha cabeça estava encostada sobre seu peito e minhas mãos acariciavam sua barriga.

- O que, Tiago? – perguntei docemente enquanto desci minhas mãos alguns centímetros, fazendo-o arfar.

- Eu... – gemeu baixo – Eu te amo! – disse ele. – nunca me abandone. Você é a única garota que já me fez realmente feliz.

- Você é incrível – disse, abraçando-o forte. Seu abdome definido estava sob minha barriga, e seu coração batia acelerado, porém calmo. – eu te amo.

Pensei que alguma hora Hugo teria que voltar para dormir, afinal, já estava tarde. Coloquei minha roupa novamente, peguei o frasco com o Veritasseum e atravessei o salão comunal em direção ao meu quarto. Por mais que eu tenha conferido se meu cabelo estava bagunçado, todos os olhares do salão comunal se focavam em mim.

- Pegou o Potter, Terrence? – gritou uma voz masculina.

- Se divertindo muito com seu namoradinho? – gritou agora uma menina. Muitos assobios foram ouvidos depois disso.

Embora eu tivesse certeza que meu rosto estava vermelho como um pimentão, ignorei todos os comentários. Se isso parasse no ouvido de Draco, ou até mesmo, de Alvo, eu provavelmente estava ferrada.

- Onde estava, Se? Estava com... ele? – perguntou Ella, quando entrei no quarto.

- Com quem? – perguntei inocente. Ótimo. Toda a escola saberia amanhã, e se eu não fosse muito cuidadosa, poderia ser suspensa, Draco poderia me matar. E Al nunca mais ia falar comigo ou com seu irmão.

- Você sabe... Tiago. Estava com ele? – perguntou ela. Estava de pijama, porém aparentemente esperando por mim, já que ela não costumava deixar a luz acesa a essa hora da noite.

- Até você, Ella? Não, eu não estava com ele. Não tem nada acontecendo entre eu e Tiago. Falo sério. – menti. Depois de todas as mentiras que contei, acho que já devia estar fazendo isso muito bem.

- Eu só pensei que... sabe, talvez... Ah! Me desculpa, Se! Estou sendo estúpida com essa história.

- Tudo bem. Eu também estou.