Broken Heart. escrita por Kaah_1, mrsladyrauhl


Capítulo 19
19.


Notas iniciais do capítulo

PERDOEM A DEMORAA AMORES!
FIQUEI SEM IDEIAS, D:
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Não sei como ficou esse capitulo, mas, espero que gostem..
escrevi com todo amor!
xx



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Às vezes, a vida é mesmo bruta. Ela te da uma rasteira e te deixa jogada no chão. Caída. Sem vida, sem saber pra onde ir, totalmente sem rumo. Mas, sempre é preciso levantar. Você tem que tomar toda a coragem e seguir em frente... Por mais que seu coração chegue a latejar, por maior que seja a dor. Siga em frente.

Eu segui em frente. Eu me levantei, diversas vezes. E caí de novo. Estou caída novamente, fui derrubada. Mas, ainda sou forte e vou me erguer. Alguma hora vou.

Realmente, tudo estava indo tão bem... Eu devia adivinhar que de uma hora pra outra tudo iria acabar mal. Onde eu estava com a cabeça? Como foi que eu achei que essa merda toda fosse dar certo? Não tinha como dar certo! Por que, bem... Nada dá certo na minha vida. Eu fui abandonada, o pai da minha filha teve sua linda noite de diversão e depois desapareceu. E quando ele voltou, eu achei que pudéssemos ter uma chance. Mas, eu sou uma iludida. Uma completa e boba iludida.

Criei esperanças em vão. Achei que as coisas fossem se ajeitar. E olhe só como tudo acabou... Estou sozinha novamente. Acho que meu destino é viver sozinha. Aliás, daqui a alguns anos, Alice vai crescer e ela vai poder decidir com quem vai querer ficar. E aposto que ela vai acabar indo embora com Justin. Porque ela ficaria comigo se todos me abandonaram? Todos sempre me abandonam.

Tinha se passado um bom tempo, desde aquela viagem no Havaí. Vi milhões de novas fotos de Justin com Selena, ele preferiu a ela.

Ele tentou me ligar algumas vezes e eu recusei todas as ligações. Mas, apenas isso. Vi ele me mandar um email, uma reply via twitter, mas, não ousei responder nada. Eu não queria mais me machucar. Queria esquecê-lo, desta vez, pra sempre. Acho que entendeu o recado, porque nunca mais me procurou. Talvez fosse melhor assim... Somente eu e minha pequena Allie. Somente nós. Mas, Alice não gostava muito disso.

Hoje era aniversário da minha bebê. Ela estava fazendo quatro aninhos. Daqui a alguns dias estaria indo pra escolinha.

Não fiz uma festa pra ela, porque, além de não ter muito dinheiro, não tínhamos muitas pessoas para convidar. Liguei para Lisa e para os meus pais dizendo que comprei um bolo e alguns salgadinhos. Eu havia levado ela a um parque aquático e havíamos acabado de chegar em casa, Lisa faria uma surpresa a ela, com o bolo e cantando os parabéns.

Permiti que Lisa chamasse alguns dos nossos amigos de infância, que eu já não falava há muito tempo. Mamãe chamou minha tia Marie e minha prima Luisa, já que elas queriam conhecer minha filha. É... Nenhum deles conhecia minha pequena ainda.

- Alice, o que achou do parque aquático? – perguntei, enquanto me preparava para abrir a porta de casa.

- Foi ótimo. Eu amo água! – ela disse rindo, enquanto batia palminhas.

Minha menina tinha crescido mais ainda e estava falando melhor agora. Eu adorava ver as covinhas lindas que aparecia toda vez que ela sorria... Era bom saber que ela puxou algo de mim.

Eu olhei minha pequena com ternura e me abaixei para ficar a sua altura.

Ela sorriu, enquanto eu passava a mão delicadamente pelo seu rosto.

- Eu amo você, filha. – sorri, beijando sua testa em seguida.

- Também te amo, mamãe. – ela disse meiga e sorri ainda mais ouvindo ela me chamar de mamãe.

Percebi que Allie estava um pouco triste. Eu sabia que ela estava triste. Por menor que fosse, sabia exatamente que dia era hoje e não recebera nem ao menos uma ligação de seu pai.

Suspirei, antes de abrir a porta.

Entrei em casa e assim que fechei a porta, ouvimos uma gritaria, fazendo com que Alice se escondesse atrás de mim.

- SURPRESA PEQUENA ALICE! – Lisa gritou mais alto que a maioria que estava na sala. Alice rapidamente saiu de trás de mim e foi correndo até minha amiga, a abraçando pelas pernas.

Eu comecei a rir.

Lisa segurava um bolo em mãos, com velas acesas e em segundos todos começaram a cantar parabéns. Minha filha correu pro sofá, ficando em pé no mesmo e batendo palminhas incansavelmente. Ela adorava aniversários e bolos. Principalmente bolos.

Olhei ao redor da sala e pude ver pessoas que eu não via há tempos. Caroline, Meredith e Matthew, meus amigos de infância. Eu não os via a um bom tempo, desde meus quinze anos. Eles tinham ido viajar pra Inglaterra em intercambio e perdemos contato depois disso.

Não agüentei e corri para abraçá-los. Um abraço em grupo.

- Claire! – eles gritaram, me abraçando fortemente. Me senti sufocada.

- Sua filha é linda! – Meredith disparou, apontando para Alice que estava recebendo toda atenção da minha tia Marie e de minha prima.

- Obrigada! – dei um gritinho de animação.

- Puxou a mãe, com certeza. – Matthew se aproximou, beijando minha bochecha.

Eu corei. Mas, depois ri.

- E é verdade que o pai dela é o Bieber? – Caroline falou animada e eu mandei um olhar de repreensão a Lisa.

- O que foi? Não fui eu que contei! – ela se defendeu. – Ta bom... Eu contei sim! Mas, eu tinha que contar, qual é. – ela riu.

Revirei os olhos.

- Senti saudades! Não me ligaram mais... Me senti abandonada. – fiz bico.

- Jamais te abandonaríamos, baixinha. – Matthew me abraçou de lado, beijando o topo de minha cabeça.

Eu sorri.

- Então, porque sumiram?

- Nós voltamos pros EUA no mês passado... Você havia se mudado, trocado o telefone... – Caroline começou. – Não sabíamos como te encontrar. Vimos suas fotos no Havaí e piramos completamente! – ela fez um cara surpresa e maliciosa ao mesmo tempo.

- Foi à pior viagem que eu já fiz! Sério! – bufei.

Eles me olharam com curiosidade.

Eu ia contar toda a historia, mas, fui interrompida com minha tia e minha prima me chamando do outro lado da sala.

- Pequena Claire! – minha tia me abraçou apertado. Ai, to esmagada depois dessa! – Sua filha é adorável. – ela apontou para Alice que estava no colo da minha prima.

- Ela é tão linda! Que dá vontade de morder! – Luisa apertou uma das bochechas da minha pequena, que riu.

- Allie é meu anjinho. – sorri, a observando.

Mesmo Allie tendo me trazido alguns certos probleminhas, ela me trouxe felicidade também. Não é nada fácil ficar grávida aos 16 anos. Tive que largar os estudos para cuidar dela e sofri tantas outras coisas, mas... Tudo foi se ajeitando depois. Bom, nem tudo se ajeitou. Mas, eu quero vê-la crescer grande e forte, sorrindo e sendo feliz. Quero ver ela com orgulho da mãe que tem.

Tenho principalmente um medo absurdo de ser deixada por ela. De minha própria filha me abandonar.

- A teve aos 16 anos? – minha tia perguntou e eu simplesmente assenti, vendo ela me olhar de olhos arregalados. – E cadê o pai dessa criança? – disse curiosa.

Tias são tão... Chatas!

Aposto que minha mãe apenas tinha as convidado para me ver passar vergonha e ser humilhada.

- Comeu e foi embora, titia. – Lisa apareceu do meu lado.

O jeito que ela falou arrancou risadas dos meus amigos, mas, deixou minha tia ainda mais intrigada com o assunto.

Repreendi Lis com o olhar. Garota doida!

- O pai dela está viajando. Por algum lugar do mundo. – disse irritada, pensando um pouco nisso. – Ele é cantor. Deve conhecê-lo... É Justin Bieber. – pisquei.

Ao falar isso, minha prima Luisa começou a tossir como se tivesse se engasgado.

Em seguida, começou a rir feito uma condenada e colocou minha filha no sofá pra se levantar.

- Que piada, Claire! Até parece que ele iria te querer. É bom sonhar... – Luisa gargalhava.

Argh!

Nunca nos demos tão bem. Eu realmente odiava Luisa. Lembro do dia que acabamos nos espancando quando ela veio nos visitar quando eu tinha 12 anos. Ela era uma vadia e ficava me humilhando a todo o momento.

- Ah, é? Pois acredite. – sorri sínica. – Não viu nossas fotos na internet, de nossa viagem ao Havaí? Deve ter visto algo parecido. – dei de ombros.

Ela me olhou ainda rindo.

Ai que ódio!

- Bieber teve sorte. – Matthew veio até mim, passando um dos braços pelos meus ombros. – Eu daria mais valor se fosse ele. Você já era linda quando nos conhecemos, mas, agora... – senti Matthew morder o lóbulo da minha orelha e eu acabei rindo.

- Pare com isso! – bati no seu braço.

Meredith me fuzilou com o olhar. Eu sabia que ela era apaixonada por ele.

Bom, nós quatro... Eu, Lisa, Caroline, Meredith e Matthew nos conhecemos na quinta série e desde então, praticamente não nos desgrudávamos. Mesmo. Vivemos muitas coisas juntos. Muitas coisas malucas. Nós compartilhávamos tudo uns com os outros. Eu e Matthew até chegamos a ter um certo lance, ficamos algumas vezes mas, eu tratei de parar com isso quando descobri que Meredith era apaixonada por ele. Ela ficou meses sem falar comigo quando soube que eu estava de rolo com o Matt. Bom, fizemos as passes depois e Matthew se afastou um pouco de nós, pois bem, o clima ficou tenso. Mas, depois decidimos que não deixaríamos nossa amizade se abalar por pouca coisa. Nos reconciliamos logo, logo. Temos tantas historias juntos que é difícil contar.

Infelizmente nos separamos. Iríamos todos juntos fazer intercambio, mas, meus pais não me deixaram ir. Então, foram apenas os três, Carol, Meredith e Matt. Lisa acabou ficando comigo, dizendo que não me deixaria sozinha. E bom... Ela cumpriu sua promessa. Permanece até hoje aqui.

- Não aconteceu nada na Inglaterra? – perguntei baixo a Meredith e ela apenas negou, triste.

- QUEM QUER BOLO? – Lis gritou do nada, me assustando.

- EUUUUU! – Alice gritou e saiu correndo até a cozinha.

Todos acaram correndo até lá e Lisa foi cortando um pedaço de bolo para cada.

Eu sorri observando minha pequena Allie se lambuzar toda com o chocolate.

- Alice, você não fez o pedido. – Luisa fez bico.

- É... Qual seu pedido, Allie? – Lisa perguntou, passando a mão pelo cabelo da pequena.

- Queria que papai estivesse aqui. – ela choramingou, olhando fixamente para o bolo em cima da mesa.

Vi todos os olhares se voltarem para mim.

Eu odiava ver Alice assim. Ela sempre estava chamando por Justin, até mesmo dormindo. E me partia o coração vê-la assim.

Mas, o que eu podia fazer? Queria tanto esquecer Justin. Eu jamais deveria ter contado a Alice que ele era seu pai. Jamais. Nunca;

- É tão vadia que nem sabe quem é o pai da menina. Aposta quanto? – ouvi Luisa falar rindo pra minha tia.

Eu engoli em seco.

Já havia ouvido isso tantas e tantas vezes. Todos me chamavam de prostituta, vadia, vagabunda, escrota e tudo quanto é nome... Apenas por eu ter um bebê na adolescência. Quando eu contava quem era o pai da criança, todos riam e me julgavam ainda mais. Muito mais. Eu comecei a falar que não sabia quem era o pai da minha menina e as coisas pioraram.

Eu sofri ainda mais. Me xingaram muito mais. Me humilharam tanto que eu não sei da onde tirei forças para continuar. Mas, hoje eu estava aqui, firme e forte. E não seria ninguém que me humilharia. Não mais. Já fui muito humilhada e não é minha prima metidinha que iria me xingar dessa maneira e ainda mais na minha casa.

- Já ouvi isso muitas vezes, Luisa. – sorri sínica, mais uma vez. – Sua inveja não me atinge. Nada me atinge. E você se acha a certinha pra falar alguma coisa de mim? E daí que eu fiquei grávida? Pelo menos eu não saio dando pra cinqüenta em uma noite como você faz desde os doze anos. Já abortou quantos filhos? – perguntei, erguendo os ombros.

Ela me olhou com a boca entreaberta, tentando falar alguma coisa.

- Essa é a minha garota. – Matthew sussurrou no meu ouvido, o que me fez sorrir.

- Isso é modo de falar com sua prima, Claire? Tenha educação! – minha mãe interferiu.

- Eu falo do jeito que eu quiser. Você não manda mais em mim, mamãe. – revirei os olhos. – Por favor, apenas... É aniversário da minha pequena, não vamos começar uma discussão. – suspirei, fitando Alice que já estava com os olhos marejados.

- Vamos na sala abrir os presentes, Allie? – Lisa perguntou e a segurou pela mão, levando-a até lá.

A segui e sentei ao seu lado, pegando alguns pacotes embrulhados no chão e entregando para minha pequenina.

Logo todos estavam na sala, vendo Allie abrir os presentes.

Caroline anunciou que o primeiro presente era dela. Alice tinha dificuldade em rasgar o embrulho, mas, depois de um tempo conseguiu. Seus olhos brilharam ao ver uma linda Barbie bailarina na caixa.

- Olha Claire! Que linda! – ela me mostrou totalmente entusiasmada.

Eu ri e disse um obrigada para Caroline.

Não prestei muita atenção nos outros presentes. Provavelmente eram blusas ou bonecas. Nada muito caro. Minha mãe nem se preocupou em dar algum presente... Ela realmente tinha um certo ódio de Alice. Pra ela, minha filha era um erro, algo que não devia ter acontecido. Me lembro bem da época que fiquei brava e de quanto minha mãe insistiu para que eu abortasse a criança... Depois de eu recusar milhões de vezes, ela me mandou embora de casa. Disse para nunca mais pisar na sua casa, que ela tinha vergonha de me ter como filha.

Eu chorei tanto. Ver minha mãe não me dando apoio era algo absurdo. Todos viraram as costas pra mim. Menos Lis, que deixou que eu ficasse em sua casa por um tempo.

- Acho melhor você ir atender, Claire. – Lisa chamou minha atenção e só assim eu percebi que a campainha tocava.

Suspirei e me levantei para atender, mesmo me sentindo cansada.

Viver sozinha realmente não é nada fácil.

Caminhei lentamente até a porta e a abri sem olhar pelo olho mágico.

Me arrependi disso no mesmo instante.

Acho que minha cara de espanto foi a mais hilária possível, pois, o garoto a minha frente riu. Era Justin, obviamente. O olhei dos pés a cabeça com a cara mais indignada e surpresa do mundo. Afinal, já fazia um mês que ele havia sumido não? Porque apareceria aqui de uma hora pra outra?

O seu sorriso no rosto era definitivamente enorme. Mordi os lábios ao ver o quanto a blusa que ele usava marcava os seus músculos que já se definiam bastante.

Nenhum de nós havia falado nada. Afinal, o nosso ultimo momento martelava ainda em minha mente. E chegava a ser constrangedor.

Ele disse que não parava de pensar em mim. Me agarrou brutalmente e deliciosamente. Selena apareceu. Acabamos quase nos matando. Me trancaram no banheiro. Eu fui embora sem nem ao menos falar com ele depois disso.

E agora... Ele estava na minha frente.

- Oi Claire. – ele ainda sorria.

E então, foi como se eu saísse de um transe.

Rapidamente empurrei a porta com tudo para fechá-la, mas, como sempre, Justin a segurou antes que batesse.

- Você e seu reflexo incrível. Argh! – bufei, revirando os olhos.

Ele riu.

E mais uma vez eu parecia uma boba apaixonada.

- Podemos conversar? – ele perguntou, visivelmente nervoso.

- Não. – disse seca.

- Por favor, Claire. Temos que conversar.  – Justin pediu, de um jeito manhoso.

Eu revirei os olhos.

Bom, seria apenas uma conversa. Uma pequena conversa. Nada demais.

Eu o ouviria falar e depois o mandaria embora. Simples.

- Aqui dentro não. – falei, enquanto dava uma olhada nas pessoas que estavam na minha sala. Allie parecia alegre com os presentes. Lisa olhou pra minha direção e pareceu perceber o que estava acontecendo. – Vamos conversar aí fora. – empurrei Justin pra fora e fechei a porta atrás de mim.

- Por quê? Está com visitas? – Justin tentou olhar dentro de minha casa, mas, eu já tinha fechado a porta.

- É aniversario da sua filha. Mas, você não se importa com isso. – sorri sínica e cruzei os braços.

- É aniversario de Allie? – ele franziu a testa. – Ahn... Eu sabia. Até comprei um presente, mas, esqueci no hotel e... –

- Cala boca, Justin. Você não sabe exatamente nada de Alice. Nem ao menos o seu aniversario. Deprimente. – suspirei, olhando pras minhas unhas que estavam muito mais interessantes. – Ainda acha que pode ser chamado de pai? Até parece. – ri, ironicamente.

- Eu vim aqui por isso, Claire. Eu sei que errei muito, mas, quero tentar fazer as coisas certas. – ele segurou meu queixo e levantou meu rosto, fazendo com que eu o fitasse. – Eu não menti quando disse que não conseguia parar de pensar em você. – ele sorriu e aproximou seu rosto do meu, mas, eu me afastei, dando dois passos pra trás.

- Se é assim, porque ainda esta com Selena? Estou cansada das suas mentiras. – coloquei a mão sobre seu peito, como um gesto para que ele mantivesse distancia.

- Estou com ela por... Por sei lá! – ele deu de ombros. – Ela só ta desconfiada e eu precisava a fazer esquecer. Tenho medo se souberem que eu tenho... – ele parou de falar e passou as mãos pelo cabelo.

- Tem medo ou vergonha de Alice e de mim? – ri ironicamente mais uma vez.

Justin me olhou e percebi uma confusão no seu olhar.

- Vergonha não. Claro que não. Só medo. Sabe, a mídia, Scooter, meus pais... Vão achar que escondi Alice esse tempo todo. Que eu menti pra todo mundo. – ele ergueu os ombros. Parecia nervoso, com certo medo, receio.

- Você a escondeu.

- Não... Eu não sabia da existência dela. É diferente. – ele riu.

- Eu tenho uma idéia. – sorri sínica e Justin me olhou com curiosidade. – Finja que tudo isso não aconteceu. Finja que no mês passado você não veio pra cá e que não me reencontrou. Finja que eu não te disse sobre Alice e que você nunca chegou a conhecê-la. Sou seu passado, e nossa historia deve ficar lá. Nossa historia acabou naquela semana a anos atrás. Não vamos continuar. Vamos fingir que Alice não é sua filha. Vamos fingir que nunca nos conhecemos. Ou que tivemos apenas um amor de verão, sei lá... Apenas finja. Apenas esqueça o que aconteceu. Ok? – completei, fitando calmamente seu rosto.

Claro, eu não queria esquecer. E jamais esqueceria.

Mas, eu poderia fingir, certo? Poderia fingir que estou bem com tudo isso, que não sinto sua falta e que consigo cuidar de tudo perfeitamente bem. Que sou feliz por ter sido abandonada e pisoteada. Ninguém precisa saber sobre o que acontece aqui por dentro. Não precisam saber da minha confusão interna.

- Claire, você continua a mesma, né? – Justin riu. – Vive escondendo, como se estivesse tudo bem com isso. Eu sei que você não quer esquecer. Sei que sente saudades de cada momento que passamos. Não quer que nossa historia acabe naquela semaninha a anos atrás. – ele esbanjava um sorriso no rosto e deu passos lentos até mim.

Justin me puxou delicadamente pela cintura e afastou meu cabelo do pescoço. Ele ficou me olhando por um bom tempo, fazendo um certo carinho na minha cintura e sorrindo. Ele se inclinou, depositando um beijo demorado no meu pescoço. Estremeci, sentindo ele arrastar seus lábios pelo meu pescoço, dando beijinhos e mordidinhas por toda a região.

Não agüentei e coloquei a mão em seu cabelo, massageando seus fios loiros, enquanto ele se ‘deliciava’ com meu pescoço.

Ele subiu os beijos e mordiscou o meu queixo.

Fechei os olhos, sentindo seus lábios roçarem nos meus.

Mas, que porra é essa? Acorde, Claire!

- N-não! – o empurrei. Justin cambaleou pra trás e me olhou desentendido. – Tenho que esquecer tudo. E acho melhor você pensar em uma ótima desculpa pra sua namoradinha... Acho que acabamos de ser fotografados. – apontei pra um homem do outro lado da rua, que segurava uma câmera.

Justin suspirou.

- Claire, não quero ficar longe de Alice. Ela é uma parte de mim, sabe... – ele ergueu os ombros.

- Então, é melhor escolher logo o que quer. – cruzei os braços novamente. – Sua filha ou a sua namoradinha que é alivio pros seus hormônios? – arqueei uma das sobrancelhas.

- Olha, você sabe que é complicado se eu disser que tenho uma filha de quatro anos e... –

- Chega! – o interrompi. – Entendi qual sua escolha.

- Claire, não é isso. É que... –

- Cale a boca! – bufei, revirando os olhos. – Não quero que você chegue perto da minha filha, ok? Não ouse mais vir na minha casa. Não ligue pra mim. Não quero que Alice tenha um pai como você. Ela merece ter alguém melhor. Eu te proíbo de vê-la. PROIBO! Entendeu? – falei lentamente e com muita raiva.

Justin ficou me olhando por um bom tempo.

- Não pode me proibir de vê-la. Qual é, Claire. Fizemos ela juntos! – Justin riu.

Ele só sabe rir e dizer isso, não?

Revirei os olhos.

- Dê valor às coisas, Justin. Aprenda. Você é um garotinho mimado que tem muito que aprender. – ri, apertando uma de suas bochechas. – Nossa filha precisa de um homem, de alguém maduro. Não de uma criança mimada como pai. Depois que você crescer, você vem nos procurar, ok? – sorri debochadamente e dei um tapinha no seu ombro.

Ele me olhou com os lábios entreabertos.

Justin ia dizer alguma coisa, mas, a porta de casa foi aberta antes disso.

Agradeci mentalmente por ser Lisa, me chamando para entrar, já que todos estavam se perguntando o que eu estava fazendo e ela não conseguia mais enrolar tanto eles.

- Use mais o cérebro, Jus. Aja mais. – pisquei, antes de entrar novamente em casa e fechar a porta na cara de Justin.

Não me preocupei com ele.

Fiquei o vendo pela janela.

Ele andava de cabeça baixa até seu carro.

Vi ele dar uma ultima olhava para minha casa, balançar a cabeça negativamente e entrar no carro em seguida.

Bom, era melhor ele aprender a lidar com as coisas.

Ele tem que tomar uma lição. Uma boa lição. Ele é um idiota, e eu sou apaixonada por idiotas. Mas, preciso esquecer. Esquecer e recomeçar.

“Não importa onde você parou ou em que momento da vida você cansou. Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo.”


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Notas finais do capítulo

Então gente ?? O que acharam, babys? KKKKKK
Espero que tenham gostado!!
COMENTEM MUUITO POR FAVOR!
Reviews, recomendações e sugestões são sempre muito bem vindos!
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OBRIGADA POR TUDO.
ATE O PROXIMO ♥