Broken Heart. escrita por Kaah_1, mrsladyrauhl


Capítulo 17
17.


Notas iniciais do capítulo

ooooi
perdoem pela demora :(
o capitulo não está lá aquelas coisas, mas...Espero que gostem. :D
-Kaah
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PS.: MUDEI A CAPA! OQ ACHARAM? :c



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– Vamos logo... A gente vai se atrasar pro glorioso almoço! – falei alto e bufando, enquanto terminava minha maquiagem leve.

Ajeitei meu vestido lilás, que era incrivelmente curto, admito. Mas, não me importei com isso.

Ouvi risadas vindo do banheiro e revirei os olhos já impaciente.

Corri até lá, pronta para dar um sermão naqueles dois, mas, acabei me encostando-se ao batente da porta, apenas observando meus bebês.

Justin dava banho em Alice. A minha pequena estava tão fofa, tão feliz... Ela ria, enquanto brincava com as bolhas de sabão pela banheira e tentava molhar Justin. Tentava não, porque ele já estava bem ensopado. Ele tinha um sorriso tão lindo no rosto, todo abobalhado, enquanto cuidava da minha filha e a lavava com o maior cuidado possível.

Alice e ele haviam sumido de manhã, e quando voltaram, ela estava toda suja de terra até nos cabelos e dentro da roupa se possível. Mas, ela estava tão alegre que me deixava boba.

Fiquei pensando sobre essa viajem e cheguei a uma conclusão de que talvez ela pudesse ser boa e rendesse algumas coisas.

Digo, minha vida parecia completa. Ver minha menininha toda feliz, brincando com seu pai... Não tem preço.

Apesar de muitos obstáculos, duvidas e milhões de problemas, eu estava bem. Admito. Estava gostando desse tempo passado longe de casa. Acho que às vezes eu precisava relaxar. E apesar de ter que ficar perto de Justin desse modo, eu estava curtindo aquele momentinho.

Ainda tinha medo de algumas coisas. Como, o que iria acontecer depois de tudo isso? Eu tinha medo do futuro, do que estava por vim.

Eu tinha medo de acabar sozinha no final de tudo isso. Sempre tive medo disso. Medo de ser amiga, irmã e confidente, mas, nunca o tudo de alguém, sabe?

Às vezes, queria alguém pra estar do meu lado, independente de tudo. Alguém que chegue, me faça rir e permaneça. Eu só quero isso: um pouquinho de amor e carinho. Alguém que fique por mais difícil que esteja e não desista de mim. Pra me iluminar por mais que a escuridão aparente não ir embora. Alguém para rir comigo das piadas mais estúpidas do mundo. Quero alguém que exista apenas em mim, quero existir em alguém. Ser o mundo de alguém. Quero alguém que, no final de um diálogo, diga tchau, pelo menos umas cinco vezes e depois de tudo, apenas, esqueça de ir embora.

Por tantas vezes achei que esse alguém pudesse ser Justin. Eu desejei que fosse.

E acho que ainda desejo.

E ainda o espero.

Só tenho medo. Que o nosso dia nunca chegue. E eu vou ter que esquecê-lo. Pois parece q ele já me esqueceu.

O problema é... E se eu não conseguir esquecê-lo?

Ele vive bem sem mim... Mas, e eu? Vivo bem sem ele?

Acho que ele nunca vai precisar de mim do modo como eu preciso dele.

Ah, bobagem. Esqueça isso, Claire.

– Como se conheceram? E porque nós três não vivemos juntos como uma família normal? – ouvi a voz de Alice perguntando e rapidamente desliguei meus pensamentos, focando nela.

Justin a enrolava em uma toalha e me olhou meio atordoado. Aliás, Allie cobrava a resposta.

Eu sabia que um dia ela iria perguntar. Mas, não sabia que seria tão breve.

E Justin parecia tão nervoso e atordoado... Esperando que eu respondesse.

– Não somos normais, Allie. Somos diferentes, querida. Simplesmente isso. – eu dei um pequeno sorriso e estendi a mão para ela. – Agora venha, vamos nos trocar, temos que ir almoçar. – a chamei.

Ela saiu correndo por mim e pulou na cama.

Eu ri da cena épica da minha menina e tratei de pegar a roupa na sua mala.

Sentei na cama e a puxei para o meu lado. Alice não parava de se mexer e foi difícil colocar uma roupa nela. Mas, consegui. Enquanto a colocava sentada em meu colo para pentear seu cabelo, percebi Justin nos observando com aquela sua cara de bobo que ele sempre fazia quando estava com crianças.

Acabei rindo pelo nariz.

– Pronto, agora vamos. Antes que dêem chilique pela demora. – empurrei Allie que logo saiu correndo em disparada até a porta.

Puta que pariu, essa menina só corre.

A segui e Justin veio logo atrás de mim.

– CLAIRE, EU QUERO BOLO! – Alice gritou enquanto entravamos no elevador.

Minha filha e sua indescritível paixão por bolo... Não entendo viu.

– Depois do almoço você come. E pare de gritar. – a olhei de testa franzida.

Ela murmurou desculpas e agarrou uma das pernas de Justin.

Ouvi Justin dar uma risada curta e gostosa, que só ele tinha.

– Pra onde foram hoje de manhã, hein? – perguntei, enquanto esperava o elevador chegar.

– Há, nunca vai saber. – Justin sorriu travesso a mim.

– Foi tão legal, Claire. Você devia ter ido com a gente, mas, papai disse que você é super preguiçosa e que não ia querer acordar cedo, então a gente foi sozinhos e eu ganhei um unicórnio! – Alice dizia animada.

– Um unicórnio? – Fiz careta e dei uma olhada pra Justin, que apenas deu de ombros.

– É! Mas ele voou pra longe! Me deixou... – Allie fez uma cara de choro.

– Desde quando unicórnios voam? – acabei rindo.

– Era um balão. – Justin explicou, acompanhando minha risada.

– EU QUERO UM NOVO UNICORNIO! UM DE VERDADE, PAPAI! – Alice praticamente chacoalhou uma das pernas de Justin enquanto gritava.

Justin apenas assentiu, dizendo que lhe compraria um unicórnio se algum dia o achasse.

Eu ri da cena.

E segundos depois a porta do elevador abriu e minha pequenina saiu correndo em direção ao restaurante do hotel.

Ela já sabia de tudo dali e falava com todos. As pessoas sempre paravam pra falar com a minha menina. E ela até tinha feito amizades com um dos cozinheiros do hotel, com o porteiro e uma das camareiras. Ela falava com todo mundo, e chegava a ser engraçado.

– Ela está feliz. – murmurei suspirando e cruzando os braços, enquanto via a minha filha correr até a mesa onde estava o pessoal.

– Está. E você? Como ta? – Justin parou a minha frente.

O olhei de testa franzida.

– Desde quando você se importa garoto? – revirei os olhos.

– Não posso mais perguntar se está bem? – Justin me olhou com uma careta engraçada.

– Não pergunte se não se importa. – pisquei com um sorrisinho.

Justin pareceu pensar naquilo.

O que me deixou um pouco irritada.

E eu já ia andando, porque estava com muita fome, mas, ele me segurou pelos ombros.

– Sabe, Claire... De todas as garotas com quais eu fiquei... Fico feliz em saber que você é a mãe da minha filha. – ele sorriu, enquanto passava seu dedo polegar pela minha bochecha.

– E fique sabendo que eu realmente queria que o pai da minha filha não fosse um astro pop tarado e metidinho feito você. – sorri sínica, enquanto afastava sua mão do meu rosto.

Saí de perto dele e continuei a andar.

Passei pela mesa, onde a equipe e familiares estavam sentados. Percebi que Alice já estava devorando um prato de comida que Kenny havia posto pra ela, provavelmente. Ele se dava bem fingindo ser o tio da minha filha. E eu gostava de Kenny. Era um bom homem.

Suspirei e acenei pro pessoal, que sorriram felizes pra mim.

Em seguida fui me servir.

Peguei um prato e fiquei olhando para as várias comidas que tinham ali. Eu nunca me acostumaria com esse monte de coisas. Tinha de tudo... Saladas, diferentes tipos de carnes, vegetais, até sanduíches, batatas fritas e outras coisas que eu nem sabia o nome direito.

Essa vida realmente não era pra mim.

Digo, eu gostava de comidas caseiras e bem mais simples que estas.

Me estiquei um pouco para pegar alguns talheres que estavam mais no alto. E antes que eu os pegasse, outra mão os agarrou.

Era Justin. Que sorriu travesso pra mim.

– Toma. – me entregou os talheres.

– Obrigado. – sorri sínica enquanto os pegava. – Você tem mesmo que me perseguir por aí? – bufei.

– Se acostume. Temos uma filha juntos, então... – ele deu de ombros.

– Cala boca, alguém pode ouvir. – bati no seu ombro.

Ele riu, enquanto pegava alguns hambúrgueres que tinha por ali.

O fitei de soslaio. Ele sorriu de canto a mim.

– Não poderia por uma roupinha mais comportada? – me perguntou, enquanto se aproximava um pouco mais de mim.

– Qual o problema com a minha roupa? – franzi a testa, olhando a mim mesma.

Ele mordeu os lábios, enquanto passava seus olhos por mim.

Eu acabei rindo.

Meu vestido era apenas curto, um pouco grudadinho e tomara que caia. Nada muito chique, na verdade, era bem simples.

– Se quer que o nosso planinho dê certo, não provoque. – ele sussurrou, enquanto olhava meu decote. Pelo que percebi.

Justin nunca mudaria mesmo.

– Mas, não estou fazendo nada. – ri mais uma vez.

– Exatamente. Porra... – ele resmungou.

Eu ri pelo nariz.

Mordi os lábios, enquanto me esticava para por algumas saladas no meu prato. Peguei saladas, um pedaço de carne e batatas fritas. Minha fome havia passado.

Olhei de soslaio para Justin, que estava quase grudado em mim.

– Você não muda mesmo, Bieber. – ri e me aproximei, falando ao pé de seu ouvido.

Ouvi ele rir pelo nariz.

Mordisquei o lóbulo da sua orelha, antes me afastar e andar até a mesa onde estavam todos.

Isso tudo me fez lembrar de que eu e Justin não podíamos ficar tão próximos. Eu não queria que ninguém soubesse sobre nós e Alice. Não ainda, e talvez, nunca. Eu só tinha medo do que aconteceria se soubessem, sabe? Medo pela minha Allie.

Aliás, o que fariam com ela se soubessem?

O que fariam comigo?

Suspirei e me sentei ao lado da minha filha. Ela cantava alguma musica enquanto comia, ou melhor, brincava com a comida né.

Eu comecei a comer em silencio.

Vi Justin se sentar ao lado de Selena, sua linda namoradinha. Acabei bufando. Se ela soubesse o quanto ele é tarado e imbecil... Ah!

– Então... É Claire Winchester, certo? – ouvi me perguntarem.

Olhei a frente, e o amigo de Justin, Ryan Butler que havia chegado à noite passada, me lançava um daqueles sorrisos ‘sedutores’.

Realmente, Ryan era lindo. Ele tinha olhos azuis que deixava qualquer garota louca, sério.

Eu sorri a ele, do mesmo modo.

– Isso. Claire. E você... Ryan, certo? – fingi tentar lembrar o nome dele.

– É. Sua filha é a coisa mais linda. Igual a você. – ele piscou, enquanto apontava pra minha Allie.

– Ah, sim. Obrigada. – dei de ombros.

Voltei a fitar minha comida e dei uma olhada para Alice, pegando dela um dos garfos e a ajudando a comer.

– Solteira? – me perguntou.

Olhei pra Ryan, que esperava minha resposta. Eu já ia responder, mas, fui interrompida.

– Não. Não está. Certo? – era a voz de Justin, que havia chegado ao lado dele de algum modo.

O olhei de sobrancelha erguida.

Como é?

– O que? Não. Estou solteira. Solteiríssima. – pisquei, rindo.

– Ótimo. O que acha de dar uma volta na praia depois? – sugeriu.

Fiquei pensando um pouco naquilo e acabei aceitando.

Aliás, eu não tinha mais nada o que fazer mesmo e precisava ficar longe de Justin por um tempo. Seria bom.


[...]

– Aquilo foi mesmo hilário! – comentei gargalhando com Ryan ao meu lado, enquanto lembrávamos-nos do tombo que Selena havia levado na praia.

É.

No fim Justin acabou indo com Selena no nosso passeio na praia. E minha Alice? Ela ficou brincando com Kenny, na piscina do hotel. Estava lá até agora, não queria sair de jeito nenhum da pequena piscina. Tinha feito até amizade com algumas criancinhas.

E meu passeio? Bom, digamos que foi até legal. A parte mais hilária foi ver Selena tropeçando em uma pedra e sair rolando até o mar e ser engolida por uma onda. Tudo bem que na hora, eu tive que me segurar para não rir, junto com Ryan ao meu lado.

Ryan era super divertido. E apesar de ter Justin mandando indiretas e me olhando com uma cara totalmente emburrada de quem comeu e não gostou, foi uma ótima tarde.

– Você é maravilhosa, Claire. Não sei como o tal pai da tua filha foi capaz de te deixar. – Ryan sorriu a mim, segurando uma das minhas mãos, quando paramos na porta do meu quarto. – É difícil achar uma garota linda, engraçada e incrível como você. Eu nunca te deixaria se fosse ele. – Ry piscou enquanto beijava as costas de minha mão.

– Ah, que horror! Pare com isso. – eu ri, puxando minha mão. – Você é ótimo também, Ry. Pode ter certeza. E obrigado. – tentei sorrir gentilmente.

– A gente se vê mais tarde. – ele se aproximou e me deu um selinho demorado.

E logo aquele selinho virou em um beijo. Que eu retribuí muito bem.

Ryan me segurou pela cintura, colando ainda mais nossos corpos. A gente já tinha “ficado” lá na praia. E a coisa mais engraçada foi ver a cara do Justin depois daquilo. Mas, vamos parar de pensar nisso, Claire. Curta o beijo.

– Até mais Butler. – murmurei, enquanto lhe dava um ultimo selinho e logo entrava no meu quarto de hotel.

Suspirei enquanto fechava a porta e em seguida corri pulando na cama.

Eu me sentia bem, de verdade.

Não me sentia uma vadia nem nada assim. Talvez eu estivesse aprendendo a deixar de amar pessoas que não se importam comigo. Talvez dessa viagem, eu levaria algo bom. Apesar que, o que seria se soubessem de Alice? Tudo mudaria?

Balancei a cabeça tentando afastar alguns pensamentos.

Justin havia mudado tanto... E acho que algumas coisas acontecem por alguns motivos. As pessoas mudam para que você possa aprender a deixá-las, as coisas dão errado para que você possa dar valor a elas quando estiver certas, você acredita em mentiras e eventualmente aprende a confiar em ninguém exceto você mesmo e às vezes coisas boas dão errado para que coisas melhores possam dar certo.

Fechei os olhos por um segundo. Pensando em minha vida toda.

Acabei me lembrando de um dos meus momentos com Justin, aos nossos 15 anos.


~~**~~

– Você é linda. – ele sorria, enquanto acariciava meu rosto com o polegar.

Eu ri pelo nariz.

– Até parece. – revirei os olhos.

– É linda, pra mim. – ele me deu um selinho demorado.

Eu gostava de estar com ele. Demais. Eu era uma adolescente sonhadora, a procura de carinho e alguém que soubesse cuidar de mim. Eu não tinha uma vida tão boa na época. Apenas pais que me odiavam e amigos falsos. Cheguei até a me envolver com drogas e quando Justin chegou, ele me fez parar de seguir qualquer caminho obscuro. Era como se ele houvesse me iluminado.

– Você precisa de óculos. – ri, enquanto bagunçava seu cabelo.

– Não. Eu preciso de você. – Justin me puxou para ele, fazendo com que eu me sentasse em seu colo.

Senti suas mãos passando pela minha perna e a outra segurar minha nuca.

– Eu não acredito em amor. – mordi os lábios.

– Porque não? – ele perguntou como se o que eu houvesse dito fosse a coisa mais absurda que ele já ouvira.

– Porque ele não existe. – disse como se fosse obvio.

– Como sabe que ele não existe? – arqueou as sobrancelhas.

– E como sabe que ele existe? – ri o desafiando.

– Vai saber quando sentir. – ele sorriu de canto.

~~**~~


E hoje eu sei. E sei também o quanto machuca. E o quanto as pessoas podem mudar.

Eu e Justin tivemos um tipo de relação escondida, sabe? Mas, foi tudo tão mágico. Tudo tão lindo, que eu me lembro até hoje.

Ouvi algumas batidas na porta e me levantei, aliás, poderia ser Alice.

Suspirei, enquanto abria a porta.

Levei um susto ao ver Justin parado ali. Quando se pensa no idiota... Ele aparece! Que incrível.

– O que você quer? – perguntei irritada.

Ele entrou rapidamente sem falar nada e fechou a porta, rápido.

Senti ele me puxar pela cintura.

– Justin! Se afaste. – tentei o empurrar.

– Fica quieta. – ele colocou um dos dedos sobre meus lábios e senti ele prensar na parede. – Eu to perturbado... Você acha engraçado tudo aquilo? – Justin estava com seu rosto próximo e me prendia na parede, segurando forte minha cintura.

– O que? Aquilo o que?

– Eu estou louco por você. Eu não sei... Eu não paro de pensar em você... Tenho sonhos contigo... Porra! Desde que me contou sobre Alice eu estou assim. – ele disse um pouco irritado.

Fitei seus olhos que tinham aquele misto de duvida e paixão, sabe?

Eu sorri de canto.

– Achei que já tinha me esquecido. E que eu só fosse seu brinquedinho temporário. – passei meus dedos sobre seu tórax.

– Eu também achei. – ele me olhou, ainda sem aquele sorriso travesso que ele sempre dava. – Me diz... O que há? Achei que... Achei que fosse mais por causa de Alice, mas, te vendo com Ryan daquele jeito... Eu achei que tinha te superado, de verdade. Mas, toda vez eu me pego pensando em você e cara, isso me irrita. – ele bufou.

Vai saber quando sentir... – sussurrei a frase que ele havia me dito a um bom tempo atrás, enquanto conversávamos sobre amor.

Há alguns minutos atrás eu estava dizendo a mim mesma, que não pensaria mais em Justin. Que ele seria apenas o pai da minha filha e nada mais.

Justin tentou me beijar e eu virei o rosto. Eu queria parar de ser uma boba apaixonada por cafajestes.

– Não Justin... Chega. – suspirei, ainda com o rosto virado.

– Vamos, Claire... Vamos... Olhe aqui nos meus olhos e diga que não sente nada mais por mim. – ele pediu, segurando meu queixo com o polegar e virando meu rosto para si.

Fiquei fitando aqueles seus olhos caramelados e o meio sorriso nos lábios.

Aquilo tudo me trouxe mais lembranças. De quando éramos adolescentes, aos 15 anos... E de como ele fez acreditar em amor. De como ele mudou minha vida, sabe? Era inevitável olhar praqueles olhos e não sentir nada. Era inevitável olhar pra ele, ou até pra minha filha que era tão parecida com o pai, e não me lembrar de coisas passadas.

– Você é o pai da minha filha. Talvez você tenha sido o cara que eu mais amei nesses últimos anos. Mas, não dá mais Jus... Não vamos complicar as coisas, por favor. – tentei desviar seu olhar do meu.

– Claire... Podemos tentar... – ele puxou meu rosto, mais uma vez o segurando com as mãos.

Eu tentei desviar mais uma vez, mas, acho que não deu muito certo.

Senti os lábios de Justin pressionados nos meus e sua língua pedindo passagem.

Eu tentei não retribuir o beijo. Tentei. Por um bom tempo.

Mas, fui fraca demais. Como sempre. E sei que ele não desistiria lá tão facilmente. Ainda acho que estou sendo usada, mas, como saberei a resposta correta?

Senti o modo como nossas línguas se moviam e exploravam lentamente cada canto. As borboletas no meu estomago faziam festa e meu coração estava a mil. Justin tinha sua mão segurando minha cintura com força, como se estivesse se certificando de que eu não sairia dali tão facilmente. Senti ele chupar meu lábio inferior e segurar minha nuca para que nossos rostos ficassem ainda mais próximos e aprofundasse ainda mais aquele beijo intenso.

Senti nesse momento que eu ainda sentia algo por ele. Eu sempre senti algo intenso e puro por Justin, desde o nosso primeiro beijo e até mesmo antes disso. Eu sempre tive aquela necessidade de estar perto dele, de ser a sua garota... E enquanto eu esperava ele por esses três anos e olhava para Alice, eu desejava que em algum lugar do mundo, ele também estivesse pensando em mim.

A mão de Justin puxou uma de minhas pernas, que eu rapidamente entrelacei em sua cintura, enquanto ele me segurava com firmeza e aproveitava ainda mais aquele beijo. Infelizmente nos faltou ar e tivemos que separar os nossos lábios.

Estávamos arfantes. Mas, Justin logo começou a beijar meu pescoço. Mordeu meu queixo e mordiscou meu lábio o puxando para si, em seguida o selou, dando inicio a outro beijo.

– O que está acontecendo aqui? – ouvi uma voz ecoar raivosa pelo quarto e rapidamente empurrei Justin, me afastando dele.

Que droga!


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Notas finais do capítulo

Então?
Desculpem minha falta de criatividade :( mimimi
Bem vindos novos leitores! E fantasminhas, nao esqueçam de comentar tbm.
COMENTEM, TÁ? TODOS VCS...NÃO ESQUEÇAM DOS REVIEWS. Se quiserem, deem sugestões........ Seilá. E que tal uma recomendaçãozinha? *----*
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Obrigado por tudo princesas!
NHAC. :3