Desde que Te Vi. escrita por LizzLongbottom


Capítulo 9
Grifinória vs Corvinal 2




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Várias pessoas corriam de um lado para o outro, e Lizz se sentia tonta. Se meteu no meio delas. Sabia exatamente o que fazer, só estava tensa.

Então ela começou a jogar. Angelina passou a bola para ela, e ela tentou marcar seu primeiro gol. Para sua felicidade, marcara. Os 10 primeiros pontos para a Grifinória foram marcados por Lizz. Summer sorriu para ela. Por um momento, Lizz achou que Summer havia a deixado marcar aquele gol, mas sabia que não. E realmente, ela não tinha feito.

O jogo havia avançado aquele momento. Começou a se tornar algo incrivelmente trágico. Katie Bell havia sido retirada do jogo, pois quebrara o braço quando um balaço fora arremessado por um batedor da Corvinal. Summer quase caíra da vassoura e seu coração pulsava de susto. Jorge segurava o coração na mão... Se Summer caísse, Deus sabe o que pudesse acontecer com o seu tesouro.

Fred olhava para todos os batedores do time adversário. Jorge do outro lado fazendo o mesmo. Fred sentiu pena pelo irmão estar jogando contra a menina que ele gostava... Devia ser algo triste.

Fred sentiu que devia prestar atenção, e ficou prestando. Ele mal piscava, até que vira algo. Lizz iria marcar 80 pontos para a Grifinória, um dos batedores do time da Corvinal tomou posição para atacar. Fred sempre protegia o seu time, mas era algo um tanto mais delicado com Lizz, e por causa de tal delicadeza, saiu em disparada ao seu encontro. Quando chegou na frente dela, o bastão pronto na mão, dera uma muito forte no bastão, e o bastão fora na direção de Jorge.

Jorge por fim, não se machucou. Rebateu o bastão para um batedor da Corvinal, e o menino que estava distraído, quando viu o balaço tomou um susto, e invés de bater nele, desviou. O balaço não acertou ele, mas acertara a vassoura de Summer.

Summer ainda montada na vassoura, girou no ar, caindo. Se desequilibrou e caiu da vassoura. Jorge tentou ir correndo salva-la mas era tarde. O corpo de Summer já havia encontrado o chão.

Jorge se jogou ao chão em lágrimas, e depois o apito de Madame Hooch ecoou pelo ar. Não porque havia tido uma falta, mas porque Harry pegara o pomo. Muitos alunos da Grifinória pularam de alegria, outros ficaram preocupados. Nenhum tão preocupado quanto Jorge.

Lizz quase pulou do ar atrás de Summer, caiu no chão, se machucando. Se levantou e correu até a amiga.

- Acorda meu amor, acorda! – Gritava Jorge em prantos. Ele a segurava nos braços, e ela com os olhos fechados.

Lizz se jogou no chão, e logo depois, Fred estava ao lado dela. Lizz checara o pulso de Summer.

- Ela está viva! – Lizz disse aliviada.

Jorge não respondeu. Levantou-se com Summer no colo e correu para a ala hospitalar. Quando ele já estava longe, Fred disse:

- Vamos atrás dele... Ele está muito abalado.

- Mas... Não entendo... Ela tá bem. – Disse Lizz, assustada.

- Eu sei Lizz... Mas está machucada. Isso já é motivo suficiente para ele ficar desesperado.

- Tipo... Você quando eu me machuco.

As bochechas de Fred gritavam “Estou corando!”.

Quando Fred e Lizz chegaram na frente da ala hospitalar, Jorge estava parado com a cara inchada. Lizz achou que Jorge nunca estivera assim antes, pela cara que Fred fez.

- Como ela está? – Perguntou Fred, botando a mão no ombro esquerdo do irmão.

- Madame Pomfrey disse que ela ficará desacordada por algumas horas ou dias. Ela bateu a cabeça muito forte, e está com um corte horrível nela. Seu braço está quebrado e precisará ficar engessado... Mas ela ficará bem. – Jorge suspirou e fungou.

Lizz abraçou Jorge, e ele a abraçou também. Ele precisava.

- E quando poderemos entrar para vê-la? – Lizz soltou Jorge e se apoiou no ombro de Fred.

- Pedi para Madame Pomfrey me chamar.

- Então, agora esperamos. – Disse Fred, sentando-se no chão. Jorge e Lizz fizeram o mesmo.

Lizz apoiou a cabeça no ombro de Fred, e com a mão direita segurou a mão esquerda dele. E com a esquerda, segurou a mão de Jorge. 5 minutos depois, Madame Pomfrey aparecera na porta da ala hospitalar e disse que eles podiam entrar, e que ela continuava desacordada.

Ao entrarem, Jorge lavou as mãos, se sentou perto da cama de Summer, e segurou sua mão. Fred e Lizz lavaram as mãos também, e ficaram em pés do outro lado, apenas olhando-a.

Ela estava mais pálida do que o normal, e bem limpa. Madame Pomfrey deve tê-la banhado.

Fred passou a mão nos cabelos de Summer, e fez carinho para ver se ela mudava a expressão no rosto. Nada acontecera.

- Deixe Jorge tentar. – Disse Lizz, sussurrando bem baixinho para Fred, do modo de que Jorge não ouvisse.

Jorge ouvira sim, e depois de alguns segundos, passou os dedos levemente pelos cabelos castanhos de Summer. Depois ele desceu sua mão para o rosto dela, e acariciou suas bochechas brancas, e sorriu para Summer.

Lizz chorou e entrelaçou os seus dedos com os dedos de Fred quando ela fez um sorrisinho fraco para Jorge, e tentou falar. Summer estava acordada.

Tentava falar, mas não conseguia. As palavras não saiam, estava fraca demais. Jorge sussurrou “SHH” para Summer, e falou que ela não precisava dizer nada. Ela não abriu os olhos, ela não se mexeu, não se moveu. Ela apenas respirou fundo e sussurrou alguma coisa, algo inaudível. Todos ficaram calados, na esperança dela repetir. E ela entendeu. Repetiu mais uma vez, e desta vez ficou bem claro.

- Jor... Jor... Jor... J-J-Jorge. – Ela sussurrou, perdendo todas as forças que tinha. Os olhos pesados e a fala perdida.

- Eu estou aqui, meu amor. – Disse Jorge. Seus olhos brilharam, e seu sorriso era algo tão bonito naquele momento. Lizz e Fred se olharam, e entre olhares concordaram o que todo mundo já sabia: Summer e Jorge se amavam.

Summer encontrou forças em algum lugar para dar um sorriso com vontade. Fora um sorriso sem forças e com vontade. Para Jorge, o sorriso mais lindo que ele já vira.

Ela abriu lentamente os olhos. Fred achou que ela demorara quase um minuto para poder ficar com os olhos totalmente abertos.

- E-e-eu... Eu... A-a-acho que v-v-você e eu p-precisamos conversar.  – Disse ela, travando as palavras. Ela queria chorar mais as lágrimas não saíram.

Fred e Lizz, de mãos dadas, deixaram a sala, sabendo que eles tinham que conversar.

- Eu também acho que devemos conversar. – Ele sorriu para ela. – Mas não hoje. Você deve descansar. E quando você estiver calma, conversamos. – Ele se levantou, beijou sua testa e ficou fazendo carinho no seu rosto. – Se eu pudesse, ficava aqui a noite toda. Mas não posso, então até amanhã. Boa noite.

- Boa noite, Jorge. – Ela deu um sorriso fraco e torto, e depois, adormeceu.

- Vai para a aula hoje Jorge? – Perguntou Fred, quase certo do que o irmão iria responder.

- Não... Vou para a ala hospitalar agora. Preciso conversar com Summer.

- O que vocês vão conversar? – Fred demonstrou estar muito interessado na conversa.

- Depois eu conto a você... Sabe, eu... Amo a Summer. – Jorge corou.

- Eu sabia. – Fred sorriu maliciosamente. – Vá lá. Quem sabe é hoje que você sai da seca, Jorginho.

Jorge não ouviu. Correu o mais rápido possível para a ala hospitalar, e para sua surpresa, Summer já estava acordada. Madame Pomfrey não estava lá e aparentavam estar sozinhos.

- Oi Sums. – Ele beijou a sua testa, e se sentou. – Como se sente hoje?

- Muito melhor. – Ela disse, abrindo um grande sorriso bem forte. Não aparentava estar fraca, nem um pouco. Estava disposta e feliz.

- Que bom!  - Ele sorriu. Não sabia por onde começar.

Os dois ficaram em um silêncio morto. Jorge não sabia o que dizer para Summer... Na verdade, não era bom com palavras e muito menos para falar sobre seus sentimentos. Ele só sabia levar tudo na brincadeira, e agora, em um momento preciso, estava totalmente perdido.

Summer ficava dizendo para si mesma “São só três palavras Sums, vamos lá: eu te amo, eu te amo, eu te amo...”, mas nada saia.

Mas ela precisava criar atitudes. Era o seu primeiro amor, e ela precisava dizer a verdade para ele.

Jorge já havia perdido as esperanças de que algo bom fosse acontecer, quando ouviu Summer falar bem baixinho:

- Você está ligado em mim e em meus olhos que riem. Eu não consigo fingir  e ainda que tente esconder eu gosto de você. – Ela segurou a mão direita dele com a sua mão esquerda. - Eu acho que senti meu coração pular uma batida... Eu estou parada aqui e mal posso respirar. Você me tem. E  o jeito que você está segurando  a minha mão é tão doce. E esse seu sorriso desajeitado, me derruba. Eu não consigo imaginar como seria viver cada dia dessa vida sem você. Eu vejo no seu olhar, eu sei que você entende.E essa bagunça em que nos metemos está fora de controle. – Ela respirou e sorriu para ele, quando ele a olhava, enfeitiçado. Eu não consigo me satisfazer, o quanto eu preciso para me preencher? A sensação é tão boa, deve ser amor... É tudo com que eu tenho sonhado. Eu desisto, me entrego... Deixo ir em frente... Vamos começar... Pois não importa o que eu faça, o meu coração está preenchido com você. – Ela respirou fundo e ficou olhando para aqueles olhos verdes, que pareciam perdidos.

Summer fechou os olhos, aliviada por ter soltado aquilo de si. Mas ainda se incomodava com o silêncio... Só a respiração profunda dos dois, com as mãos trêmulas entrelaçadas.

- N-nos d-d-dias em que eu não posso ver seus olhos, eu nem quero nem abrir os m-meus. – começou Jorge. Summer abriu os olhos. Ele tremia, e gaguejava as palavras. - Nos dias que eu não posso ver seu sorriso, bem... Eu prefiro sentar e esperar o tempo... Pelos dias que eu sei que você estará por perto, porque um dia sem você simplesmente não é justo. Veja, nos dias que eu ouço a sua voz, eu fico sem escolha. – Ele respirou fundo, e aprofundou o olhar nos olhos castanhos de Summer, totalmente convidativos. - Além disso, eu fico fraco nos joelhos, com a cabeça nas nuvens, e com qualquer clichê brega. Eu fico viajando, e meu coração pula uma batida. Mas há realmente somente uma coisa para te dizer: caramba, você é linda para mim, você é tudo, e-e-e-e-e-eu... E-e-e-e-e-eu... E-e-e-e-e-eu a-a-amo v-v-v-oc-c-ê. – O coração de Jorge batia forte demais, e ele estava perdendo o controle.

Summer tentou se ajeitar na cama do hospital, mas Jorge a ajudou. Ela o encarou por um longo prazo.

- Gosto de te ver passar tão perto de mim. Parece que foi combinado que seria assim. – Disse ela, perdendo o ar.

Jorge perdeu a cabeça. Não estava mais controlando seus atos e fez a primeira coisa que lhe veio à cabeça. Ele a beijou. Beijou com ternura, amor, paixão. Ele nunca pensou que diria coisas daquele tipo para alguém, nem que beijaria alguém assim. Nem sabia que era capaz de ser tão romântico... Mas ele era. E naquele momento, ele não queria saber de mais nada, apenas de ficar lá com a única garota que ele sabia que diria algo parecido.

- Quer namorar comigo? – Ele perguntou a ela decidido, quando o beijo deles terminou. Ergueu a sobrancelha e ela o encarou.

Ela mal conseguia falar. Foram muitas emoções de uma vez só. Jorge esperou. Quando ela se sentiu inteiramente capaz de responder, disse:

- Não. – Ela disse, sem ser fria. Jorge olhou para ela com uma cara de ponto de interrogação. Ela riu. – Eu não quero ser sua namorada. Não importa o que eu vou ser pra você. Eu só quero ser sua. E eu tive certeza disso desde que te vi. – E o beijou mais uma vez.

Não se tinham dúvidas mais sobre os sentimentos de Jorge e Summer um pelo outro. Ela o amava, ele a amava... E agora eles iriam compartilhar esse amor.


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