Isabella PDV

Eu sentia-me leve, era como se estive-se num mundo só meu em que só eu é que existia, eu podia gritar, chorar, correr e ninguém me via, ninguém existia, eu não me lembrava de como é que tinha ido ali parar mas isso agora era uma coisa que não me interessava, eu estava no céu e era ali que eu sempre queria estar, mas algo me puxava dali, algo mais forte que a minha vontade de ficar, então tudo ficou escuro, não conseguia ver nada a não ser escuro. Os meus sentidos ficaram mais apurados e consegui ouvir uma palavra que a muito tempo eu não ouvia, uma palavra dita por uma voz que eu não queria que fosse ela a dizer, não por não querer mas sim por eu não conseguir suportar mais dor que o amor trás, sim porque o Amor anda sempre acompanhado de dor.
E então abri os olhos para confirmar aquilo que eu mais temia a uns messes atrás, a pessoa que eu mais desejo tinha acabado de dizer a palavra mais perigosa.
Ele estava com os olhos fechados e pude ver uma lágrima cair e escorregar pelas bochechas, eu estiquei uma mão e sequei-lhe a lágrima.

Edward PDV

Pude sentir uma mão na minha bochecha, abri os olhos para ver o meu anjo. Sim, ela estava de olhos abertos.
-Eu cheguei ao céu. – Sussurrei mas ela deve ter ouvido porque fez um pequeno sorriso com os lábios.
-Se eu for para o céu é porque o mundo está mesmo mal. – Disse ela fazendo uma careta.
-Ainda agora acordas-te e já estas a dizer baboseiras. – Disse eu fazendo um sorriso torto.
Ela ficou a olhar para mim, não era da maneira que ela costumava olhar, era um olhar mais… clamo, sincero e …feliz? Será que era isso? Bem, não tenho a certeza mas eu gostava desse olhar, era bom poder ver isso nela.
EDWARD ANDAS A FICAR MALUCO! COMO PODES TER ESTES PENSAMENTOS ACERCA DA ISABELINHA!
Abanei a cabeça e acordei para a verdade.
-Consegues levantar-te? – Perguntei fazendo um gesto para ela se levantar, ela entendendo fez força para se manter em pé.
-Sim, consigo. – E lá estava o seu olhar natural. EDWARD! MANTER ACORDADO!

Isabella PDV
Eu conseguia andar e voltamos a andar mais um pouco, já estávamos nisto a meia 2 horas e os meus pés já não aguentavam mais.
-Edward. Acho melhor parar-mos e  descansarmos até que fique de dia. – Disse parando.
-Sim, podemos ficar ao pé daquele tronco. – Disse ele apontando para um tronco de árvore enorme.
Sentei-me ao pé do tronco, mas o sono foi mais forte que eu e deitei-me nas folhas secas, senti um tecido estender-se decima de mim.
-Obrigado, mas assim tu ficas com frio. – Disse agradecendo o casaco.
-Não faz mal, tu precisas mais dele que eu.
E a conversa ficou por ali.
Desta vez não tive sonhos, acho que foi pelo stresse de estar ali perdida com o meu inimigo. Mas que pensando bem, desde que ele “me recordou” que tem estado diferente, um pouco distante, eu gostei da atitude dele, não gozou comigo nem nada, foi bem simpático.
Senti algo bater nas minhas costas e virei-me para olhar, era Edward tentando levantar-se. Não acredito que ele ia deixar-me aqui sozinha!
-Ei! Não estas com intenções de me deixar aqui! – Disse levantando-me logo.
-Claro que não, eu ia chamar-te!
-Mas não pareceu!
-Se fosse agora tinha ido embora, ao menos assim não tinha que te aturar.
-Então vai! Vá! Ao menos ainda tenho a chance de nunca mais encontrares a saída.
Dei meia volta e comecei a andar… Será que ele vinha atrás de mim, mas se eu espreitar ele pode ver, não espreites Bella, assim ele vé que estas decidida.
Andei por algum tempo e sem ouvir nada atrás de mim, acho que desta vez ele não tinha vindo atrás de mim, voltei-me para trás e nada, ninguém.
Edward tinha ficado para trás, como é que ele foi capaz, deixar assim uma rapariga sozinha. Tentei voltar pelo mesmo caminho que vim, mas não conseguia identificar por onde passei, a uma altura desisti e tentei gritar mas a minha voz saia rouca por falta de água, e com a lembrança de água veio a fome. Não suportava estar sozinha no meio daquele matagal.
O QUE FOSTE FAZER BELLA! É NO QUE DÁ QUERERES SER MELHOR QUE O TEU INIMIGO!
Bem ainda tenho um dia pela frente, ainda posso encontrar o meu ini-amigo, boa fiz um apelido para o Edward.

Jasper PDV
No fim do jantar levei Alice a casa, despedi-me dela e voltei para casa, quando lá cheguei os meus pais ainda estavam levantados.
-Boa noite. – Cumprimentei entrando na sala.
-Boa noite, isto é que são horas de chegar a casa meninos?
-Meninos, a Bella já veio para casa, Edward veio traze-la.
-Não, ela ainda não voltou desde que saíram.
-Mas ela veio, só se aconteceu alguma coisa a eles. Vou ligar-lhe.
Marquei o numero de Bella mas dava sinal de estar desligado. Depois de 3 ou 4 tentativas o meu telemóvel mostrava uma chamada de Alice, ela podia ter noticias deles.
-Olá amor.
-Olá amor, por acaso Edward não esta em sua casa com a tua irmã?
-Não, nem ele nem ela, pensei que eles estivessem em  tua casa.
-Deve ter acontecido alguma coisa Edward não tem rede no telemóvel e Bella tem o dela desligado, isto não é normal amor. O meu irmão não desaparecia assim sem dizer nada, principalmente aos meus pais.
-O único sitio em que se não tem rede é no mato entre a tua casa e a minha. Achas que eles foram pelo atalho e se perderam?
-É possível, Edward tem a mania dos atalhos, temos que ir a procura deles.
-Sim, cada um vai andando até a mata o primeiro a encontrar o carro espera, ok?
-Sim, até já.
E Alice desligou.
-A Bella e Edward desapareceram, vão ter com Carlisle e com a Esme a casa, eles devem precisar de ajuda.
-Esta bem filho, encontra a tua irmã. – Disse o meu pai confiando em mim.
Eu peguei nas chaves do carro e sai a correr. Pouco tempo de pois já estava a chegar ao pé do carro de Alice. Tirei as chaves e fui ter com Alice.
-Eu já estive a chamar por eles mas nenhum me responde. – Disse ela em desepero.
-Temos que entrar no meio das árvores, eles podem andar a procura de saída.
Agarrei na mãe de Alice e descemos por um rasto de ramos partidos, ao fundo avistei o vovlo de Edward.
-Olha o carro do teu irmão. Vamos.
-Não estão cá, Jasper… - Alice abraçou-me com toda a força a chorar.
-Calma, nós vamos encontra-los.
-Vai chamando-os, pode ser que nos oiçam.
-Ed!! Bella!!!! – Gritou Alice.
-Edward!!!! Isabella!!!! – Gritei eu.
E assim andamos… Sempre a chama-los.

Edward

Eu desta vez não ia atras dela, ela é que quis assim. Virei para outro caminho, o contrario de Isabella.
Andei por volta de uma hora e meia, quando me sentei ao pé de uma árvore, fechei os olhos por um tempo quando comecei a ouvir umas vozes, levantei-me e tentei ouvir de onde vinham. Andavam a chamar pelo meu nome e o de Bella.
-Estou aqui! – Quem quer que fosse tinha que me encontrar. – Estou aqui!
E ouvi passos na minha direcção, eu corri na direcção dos passos.
Dei de caras com a minha irmã com os olhos marejados de lágrimas e vermelhos e um Jasper preocupado.
-Mano… - Alice correu na minha direcção.
-Calma, eu não desapareço.
-Edward? A minha irmã? – Perguntou Jasper.
-Não sei, ela virou-me as costas, eu avisei-a para ficarmos juntos mas ela não quis saber. – Disse agarrando a minha irmãzinha.
-Não sabes! Tu és parvo! Deixas-te a minha irmã sozinha, TU ÉS MESMO ESTUPIDO! Sabes como ela reagiu ao acidente e deixaste-a sozinha no meio deste mato! QUANDO CHEGAR A CASA EU VOU MATAR-TE! – E Jasper começou a andar sozinho.
-Espera, eu vou contigo. – Disse Alice correndo na direcção de Jasper.
-Ei! Esperem por mim. – Gritei indo até eles.
Andamos por um quarto de hora sem dizer-mos nada, Jasper indo sempre a ferente e Alice ao lado dele.
-Nós vamos encontra-la. – Disse eu. – Bella! Aparece! Temos ajuda! – Gritei. – Foi aqui que eu a deixei.
-Vamos chama-la, resultou contigo! – Disse Alice. – Bellaaaaa!
-Bellllaaaaa!
-Belllaaaa! Isabelinha!!!! – Olharam para mim. – O que foi? Pode aparecer!
Ouvimos passos na nossa direcção e Bella apareceu.
-Tornas a chamar-me esse nome e ficas sem cabeça.
-Agora pareces a Rainha de Copas do Alice no pais da Maravilhas, é isso, vocês as duas vieram de lá.
-Edward!^- Gritou Alice ao meus ouvidos.
-Vamos embora. – Disse Jasper pondo Bella debaixo de um braço e Alice de baixo do outro.
Agora era eu o mau da fita, todas as imagens me passaram pela cabeça mas só uma é que continuou até chegarmos a minha casa, a imagem de Bella deitada ao meu colo desmaiada eu a beijar.
Talvez eu esteja mesmo a gostar de Bella. Sim aquilo que eu senti foi algo e não posso deixar ficar assim.