Eterno Verão. escrita por _BieberHot


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

- Eu realmente espero que vocês gostem. Sou nova por aqui, e essa é a minha primeira fanfic.
— Leiam as notas finais, ok? É importante! Obrigada, amores :)



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Marie Elizabeth Walters abriu um dos olhos para espiar o relógio enquanto a primeira luz penetrava por sob as persianas. Eram 06:45. Se se levantasse agora, ainda teria quase uma hora pra si, talvez mais. Momentos quietos nos quais não haveria telefonemas para Mike Edouard de Londres ou Roma. Momentos nos quais poderia respirar, pensar e ficar sozinha. Saiu silenciosamente de sob os lençóis, lançando um olhar para Mike, ainda adormecido no outro canto da cama. Tirou do armário seu roupão de seda longo, cor de marfim. Ficava delicada à luz da manhã, com seus longos cabelos escuros caindo sobre seus ombros. Observava seu marido parada no vão da porta, querendo que se mexesse, que acordasse, que lhe estendesse os braços, sonolento, com um sorriso, sussurrando as palavras que não lhe dizia a muito tempo: “Volte pra cama, minha Beth. Minha bela Beth.”

Não era isso pra ele a uns 1.000 anos, ou mais. Agora era simplesmente Marie Elizabeth pra ele, como para todos os outros. Seus pensamentos voltavam com freqüência para aquele passado longínquo. O começo das manhãs sempre fazia com que se lembrasse do passado.

Marie desceu suavemente as escadas de sua luxuosa casa em São Francisco, indo direto ao seu mundinho particular, nos fundos da casa, onde ela pintava... e onde fugia. O estúdio era precioso pra ela, uma explosão de música e flores. Abriu as portas envidraças, e foi para o minúsculo terraço que ali se encontrava. Esta manhã o sol estava tão forte que ela apertou os olhos ao pisar lá fora. Seria um dia perfeito para velejar, ou desaparecer pela praia. A simples idéia a fez rir. Quem diria a Margaret o que lustrar? Quem responderia à correspondência? Hoje era o dia da partida de Mike. Mais uma. Ele iria para Paris neste verão, visitar sua família. Marie jamais ganhara a aprovação da família francesa de Mike. Para eles, Marie era, afinal de contas, americana, e jovem demais pra ser uma esposa responsável.

O telefone soou suavemente na sua mesa, quando ela voltou pra dentro do estúdio e se sentou. Era o telefone interno, sem dúvida Margaret querendo saber se ela iria querer receber seu café ali.

- Sim? – A voz dela tinha um toque macio e enfumaçado que sempre prestava suavidade às suas palavras.

- Marie Elizabeth, tenho que ligar pra Paris. Só vou descer daqui a uns 15 minutos. Por favor, diga a Margaret que quero os meus ovos fritos, não torrados. Está com os jornais aí?

 - Não, Margaret deve tê-los deixado à sua espera na mesa.

 - Ok.

Nem sequer um “Bom dia”, um “Como vai?”, “Dormiu bem? Eu te amo.” Somente os jornais. Seus olhos se encheram de lágrimas, mas ela logo tratou de enxugá-las. É, seu dia havia começado.

Já na mesa do café da manhã, Mike lhe dissera:

 - Vou ficar em Paris por algum tempo.

 - Quanto tempo? – Olhou-o intrigada. Mike era realmente um homem bonito. Rosto magro e aristocrático, e olhos azuis faiscantes como o mar. Era um homem que os homens invejavam, e as mulheres bajulavam.

 - Não tenho certeza, alguns dias. Tem importância?

- É claro. – Havia uma pequena ponta de irritação na voz dela.

- Temos alguma coisa importante? – Pareceu surpreso, tinha olhado na agenda e não vira nada ali. – E então?

Não, nada de importante, querido... apenas nós dois.

- Não, não, não é nada disso. Só queria saber.

- Eu a avisarei. Saberei melhor depois de algumas reuniões, hoje. Parece que há um problema naquele grande caso de navegação. Talvez eu tenha que ir diretamente de Paris pra Atenas.

- De novo?

- É o que parece.

                                              ***

 E então Mike se foi de novo, mas dessa vez iria ficar 3 meses fora. Isso mesmo, o verão todo. Apesar da distância física e emocional de Mike, ela sentia sua falta, ela ainda o amava. Ela devia muito à ele. Ele a tirou da miséria quando seu pai morreu, e ela não tinha mais do que alguns quadros que pintou, para se sustentar. Ele a acolheu, lhe deu roupas, uma casa, amor, lhe deu a vida novamente. Ela seria eternamente grata à ele.

O telefone tocou, interrompendo seus pensamentos sobre Mike. Era Kimberly, ou Kim como preferia ser chamada, melhor amiga de Marie.

 - Oi, Kim. O que há de novo?

- Não muito. Estive em Los Angeles sendo simpática pra um dos nossos clientes. O filho da mãe já está falando em retirar a conta. – Kim frequentara a escola de arte com Marie, mas agora era uma importante força criativa no ramo publicitário. – Quer almoçar comigo, amiga?

 - Não posso, tenho um compromisso.

  - Qual? – A desconfiança apareceu na sua voz. Sempre sabia quando Marie estava mentindo.

 - Um almoço de caridade. Tenho que ir.

 - Eu serei a sua caridade, preciso de conselhos, estou deprimida. – Marie riu. Kimberly Houghton nunca estava deprimida. – Vamos querida, vamos almoçar em algum lugar. Preciso de uma folga.

 - Eu também... – Por um momento de descuido, sua voz ficou melancólica ao telefone.

- O que isso quer dizer? – Indagou Kim.

 - Quer dizer, sua pé-no-saco enxerida, que Mike está viajando. Ele partiu ontem à noite.

- E você não pode curtir essa? Não é sempre que se tem uma folga dessas. Se eu fosse você, correria nua pela sala de visitas, e convidaria todos os meus amigos pra aparecerem.

 - Enquanto ainda estou nua, ou depois de me vestir? – Marie jogou as pernas por sobre o lado da cadeira e riu.

- Tanto faz. Escute, nesse caso esqueça do almoço. Que tal jantarmos logo mais?

 - Negócio fechado. Assim posso trabalhar um pouco no estúdio, à tarde.

 - Pensei que você ia a um almoço de caridade. – Marie quase podia ver Kim sorrindo vitoriosa. – Te peguei.

- Vai à merda.

 - Obrigada. Jantar às 19:00 no Trader Vic’s?

 - Te encontro lá.

 - Tchau.

Desligou, deixando Marie com um sorriso. Graças à Deus pela Kim!

                                              ***

- Está um barato! Vestido novo? – Kim levantou os olhos do seu copo quando Marie chegou, e as duas trocaram o sorriso de melhores amigas.

 Marie estava realmente linda no seu vestido de cashmere branco que realçava seus cabelos pretos e enormes olhos verdes.

 - Você também não está nada mal. – Disse Marie pedindo um drink e se acomodando na cadeira à frente da amiga.

- E então, curtindo a sua liberdade?

- Mais ou menos. Na verdade, dessa vez estou demorando um pouco mais a me acostumar. – Suspirou Marie, tomando sua bebida logo em seguida.

- Do jeito que Mike viaja, pensei que a essa altura já estaria acostumada. Além do mais, um pouco de independência faz bem a você.

- Provavelmente. Mas ele vai ficar fora por três meses, parece uma eternidade.

 - Três meses? Como foi que isso aconteceu?

- Ele tem uma causa muito importante entre Paris e Atenas, não faz sentido pra ele vir pra cá nos intervalos.

 - Hm, e você está detestando cada minuto depois de apenas dois dias, certo? Certo. – Respondeu à própria pergunta. – Porque não vai pra algum lugar?

- Onde?

- Oras Marie, qualquer lugar. Sei que Mike não irá se importar.

 - Não mesmo, mas não quero viajar sozinha. Além disso, aonde iria? – Parecia desanimada ao falar, e Kim achou graça.

 - Que tal ir a Carmel comigo, amanhã? Tenho que encontrar um cliente, durante o fim de semana. Você podia vir junto.

 - Que bobagem, Kim, eu iria atrapalhar. – Mas por um momento gostou da idéia. À anos que não ia a Carmel, e sem dúvida não era longe, apenas uma viagem de duas horas de São Francisco.

 - Porque iria atrapalhar? Não estou tendo um caso com o cara, Deus me livre, e gostaria de companhia. Sozinha vai ser um porre. Por favor, eu iria adorar.

 - Vou ver.

 - Não, você virá, ok?

 - Kimberly... – Marie estava começando a rir.

- Pego você às 17:30. – Kim abriu um amplo sorriso vitorioso.     


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Notas finais do capítulo

- Eu posto todo sábado à noite. (:
— Divulguem a história, por favor?
— Deixem reviews pra mim, vou ficar feliz igual a uma criança quando ganha um doce.
— Se não tiver conta aqui no site, fale comigo pelo twitter (@_BieberHot), meio óbvio, né? KKKKKKKK.
— Eu realmente espero que vocês gostem, e eu prometo que o próximo capítulo será mais legal.

Beijos, Mari