Mônica estava no meio da floresta, estava cansada e não sabia onde estava. Tentou caminhar um pouco mais pra ver se achava o caminho de volta pra casa.

Mônica – Nossa, devo ter me afastado muito de lá! Sei que o Cebola me irritou, mas aquilo que eu falei, foi... sem pensar!

Mônica ouve um barulho, algo estava as aproximando e estava um pouco escuro, só o pouco da luz do luar que tinha ali e que iria acabar por que estava nublado e com jeito de que iria chover, tentou achar de onde estava vindo aquele som.

Mônica – Q-quem ta ai?

Ninguém responde então Mônica tenta se esconder, mas acaba tropeçando em um galho.

Daniele – Mônica?

Mônica – Dani!

Daniele levanta Mônica do chão.

Daniele – por acaso você ficou doida? Correr pra floresta, justo na hora que tava escurecendo?

Mônica – eu sei... é que o Cebola...

Daniele – é eu sei! Olha... vamos achar um local pra gente passar a noite! Tem uma caverna aqui perto.

Mônica – tudo bem...

Daniele leva Mônica a tal caverna, logo que chegam lá fazem uma fogueira. Na caverna havia umas frutas que elas podiam comer e logo a frente tinha uma nascente. Elas se sentam em volta da fogueira, Mônica precisava de alguém pra desabafar, já que sua amiga Magali não estava ali resolveu falar com Daniele mesmo.

Mônica – Dani, eu poderia falar com você?

Daniele – acho que você não tem muita escolha né? Só tem eu aqui!

Mônica – hahaha! Verdade! Mas... eu queria falar sobre...

Daniele – o Cebola?

Mônica – é... sabe, eu falei pra ele que...

Daniele – você não queria mais saber dele!

Mônica – ué, como você sabe?

Daniele – o Franja colocou umas câmeras pela casa! E tinha uma no seu quarto, então ele ligou pra gente poder ouvir a conversa se vocês!

Mônica – isso foi idéia do Cebola também?

Daniele – não! Nessa parte dos equipamentos ele não participou!

Mônica – bom... pelo menos em alguma coisa ele não faz nada!

Daniele – olha... eu sei que você estava com muita raiva do Cebola quando disse aquilo, mas não precisava falar isso!  

Mônica – como não? Depois de tudo o que ele já fez e...

Daniele – mas, pelo o que eu sei... você gosta dele justamente por causa disso né?

Mônica – B-bom eu...

Daniele – ele pode ser a pessoa mais irritante, chata, ciumenta, arrogante, e que ainda faz esses planos doidos, mas mesmo assim você gosta dele. Você gosta dele por essas e outras qualidades, ele é carinhoso, atencioso, romântico e jamais iria fazer algo com você de propósito! Você ás vezes só enxerga as boas qualidades dele, e o ama mesmo sabendo que pode te magoar de novo.

Mônica – pior que isso é verdade! Nunca encontrei um garoto que ficasse tanto no meu pé! Mas, nunca soube por que ele me persegue tanto!

Daniele – bom... ele sempre tentava te derrotar, mas nunca conseguiu né?

Mônica – bom, sim!

Daniele – acho que ele criou uma admiração de você! Você é forte, sempre sabe o que quer, e nunca iria deixar ele ou a turma na mão! Ele talvez tenha inveja da sua liderança, da sua maturidade! E quer ser igual a você!

Mônica – quando nós terminamos o namoro... ele disse que queria estar a minha altura, não queria ser só o troca-letras que apanhava no final...

Daniele – isso quer dizer, que ele ainda não se sente a melhor pessoa pra namorar com você! Ele quer ser uma pessoa que possa superar os problemas junto com você, ser um companheiro leal e que com quem você possa sempre contar! Ele se sente uma pessoa, digamos... um pouco inútil perto de você!

Mônica – mas como ele pretende me derrotar se sou melhor que ele?

Daniele – é com esses planos que ele vai descobrindo sues pontos fortes e fracos, ele vai aprendendo um jeito de derrotar você! Mas antes ele tem uma necessidade de fazer alguns planos contra você!

Mônica – nunca tinha pensado desse jeito... ele disse que precisa me derrotar antes da gente poder namorar de novo.

Daniele – ele ainda precisa de um tempo pra conseguir esse plano, só precisa agir na hora certa!

Mônica – obrigada Dani! Me ajudou muito!

Elas se abraçam

Daniele – disponha!

CLACK!

Mônica – que barulho é esse?

Daniele – eu não sei... mas fala baixo...

Daniele pega um pedaço de madeira e pega um pouco de fogo acendendo um tipo de tocha.

Daniele – fica aqui... vou ver o que é...

Mônica – tenha cuidado!

Daniele foi em direção a entrada da caverna e olhou em volta, não havia nada, mas mesmo assim desconfiou. Conhecia aquele local e sabia as pegadas e rastros de qualquer coisa, ficou um tempo parada pra ver se conseguia ouvir alguma coisa... nada. Resolveu voltar, mas...

Daniele – AAHHH!!!

O Tigre de que Roberto havia falado tentou ataca-la, mas se defendeu com a tocha de fogo.

Mônica – Dani!

Daniele – fica ai! Não é a primeira vez que eu tenho que lutar com um bicho desses! Parece que ele deve ter fugido da reserva!

Daniele tenta ir pra cima do Tigre para assustá-lo, mas ele reage e pega de raspão sua perna fazendo sangrar.

Daniele – Aii!

Mônica – Dani!

A chuva começa e acaba apagando o fogo que Daniele segurava, o Tigre tentou ir de novo pra cima dela, mas Daniele é um pouco mais rápida. Ela consegue dar um chute forte na cabeça do bicho e logo atirou uma pedra grande nele pra ver se ele fugia. Sem sucesso, mas ele se afastou um pouco. Daniele viu que tinha uns cipós ali e teve uma idéia.

Daniele – Mônica! Pega aqueles cipós! Rápido!

Mônica pega os cipós e entrega a Daniele.

Daniele – fica atrás de mim!

As duas já estavam molhadas por completo e tudo já estava começando a ficar enlameado.

Daniele – Vou tentar imobiliza-lo!

Daniele tenta se aproximar do animal, mas ele vai pra cima dela, Daniele tenta se soltar, mas ele tinha prendido ela no chão. Daniele aproveita e amarra as duas patas traseiras do tigre.

Daniele – Mônica! Puxa acorda!

Mônica que segurava outra ponta da corda, puxou com força tirando o animal de cima de Daniele.

Daniele – prende a corta nessa árvore!

Mônica prende a corda em uma árvore que estava ao seu lado. O Tigre tentou avançar nela, mas Mônica se afastou a tempo de não ser pega pelo animal.

Daniele – temos que sair daqui rápido! Isso não vai segura-lo por muito tempo!

Elas tentam correr o mais longe que podem e acabam parando perto de um penhasco.

Enquanto isso, não muito longe dali... a turma procurava as duas. Eles ouviram alguns gritos (a parte que o tigre atinge Daniele na perna) e tentam acha-las o mais rápido possível.

Roberto – pelo grito, só pode ter sido a Daniele!

Titi – acho que ela já achou o Tigre!

Roberto – é, mas ela já lutou uma vez com um desses, ela sabe se cuidar!

As meninas haviam ficado na casa de Cristina, só os meninos foram fazer a busca.

Quim – olha! Tem luz e fumaça ali!

Cebola – deve ser uma delas! Vamos!

Eles correm e vão até o local que as meninas estavam, mas não encontram ninguém.

Xaveco – é uma fogueira!

Roberto – a Daniele deve ter achado a Mônica!

Nimbus – ei pessoal! Olhem isso!

Nimbus havia achado o local onde teve a pequena briga de Daniele com o Tigre, lá tinha marcas no chão e um pouco de sangue.

Cascão – I-isso aqui é sangue?

Franja – sim! E aqui tem um cipó amarrado!

Roberto – Daniele deve ter amarrado o Tigre ai! Elas não devem estar longe!

Cebola – isso quer dizer que o Tigre também não deve estar longe!

Titi – vamos continuar por aqui! Tem uma trilha! Deve ser delas!

Roberto – vamos!

Um pouco longe dali estavam as meninas debaixo da chuva, e Daniele quase não conseguia ficar em pé por causa do machucado que o Tigre fez.

Mônica – Dani? Você ta bem?

Daniele – pior que não... aquele Tigre faz esse machucado em mim!

Daniele estava sangrando muito, mesmo o Tigre ter pegado ela de raspão.

Daniele – vamos tentar sair daqui e...

Mônica – Dani!

Daniele – o que foi?

Mônica apontava para alguma coisa que se mexia na frente delas.

Daniele – ah! Qualé! De novo não!

O Tigre estava se aproximando novamente delas.

Daniele – Mônica! Corre o mais rápido que você puder!

Mônica – e deixar você aqui com ele? Nem pensar!

Daniele – se você não quer morrer é melhor correr! Vai logo! Eu cuido dele!

Mônica não tinha escolha, então obedeceu Daniele e correu o mais rápido que pode.

Daniele – pronto pro segundo tempo?

Daniele pega um peço de troco que estava ao seu lado e tenta acerta-lo, o Tigre vai em cima dela e a empurra pra trás, ela tenta acerta-lo, mas ele é mais forte e Daniele acaba batendo a cabeça em uma árvore. O Tigre sente o cheiro de Mônica e vai atrás dela já que tinha acabado com Daniele. Mônica corre, mas acaba chegando em um penhasco que havia um rio em baixo. Logo depois do Tigre se afastar de Daniele os meninos acham ela desmaiada.

Roberto – Daniele!

Daniele – Ann?

Roberto – meu Deus! Que bom que você ta bem!

Daniele – como é? Olha pra minha perna!

Franja – I-isso foi o Tigre?

Daniele – sim e... meu Deus! Cadê ele?

Cascão – ele tava aqui?

Daniele – agorinha! Ele deve ter ido atrás da Mônica!

Cebola – como é? Pra onde ela foi?

Daniele – ela foi correndo em frente! Mas vai rápido! Tem um penhasco e ele pode ter cercado ela!

Cebola saiu correndo antes de ouvir Daniele dizer a parte do penhasco, correu tão rápido que ninguém da turma o alcançou. No penhasco o Tigre já havia encontrado Mônica.

Mônica – meu Deus! O que eu faço?

O Tigre já se aproximava de Mônica. E ela estava a ponto de cair do penhasco. O Tigre finalmente resolveu pular nela para atacá-la.

Mônica – SOCORRO!

POW!

Mônica ouve um tiro e o Tigre havia caído em cima dela fazendo os dois caírem do penhasco. Com a queda o Tigre arranha o braço de Mônica com força e acaba sangrando.

Mônica – AAAHHHHH!!!!!

Cebola – Mônica!!!

Cebola por impulso pulou no penhasco para tentar pegar Mônica, (num sei como, mas tentou) o rio era um pouco fundo e a correnteza estava forte, e Mônica estava com dificuldade pra nadar, Cebola a viu e conseguiu pega-la antes que afundasse. Pro azar muito forte deles, havia uma cachoeira logo a diante. Cebola num desespero pensou que iria morrer ali mesmo, então beijou Mônica.

Cebola – me desculpa!

Os dois acabaram caindo da cachoeira, e lá em cima do penhasco todos já sabiam o que havia acontecido, assistiram a tudo. Se não fosse pelo Cebola, o Tigre poderia ter matado Mônica ali mesmo. Daniele e Roberto já sabiam onde os dois poderiam parar, então foram direto para casa para cuidar de Daniele e depois iriam voltar para procurá-los.