Destroy My Life escrita por AnnaCleawater


Capítulo 11
Rainha do Mau Humor


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Quando chegamos em casa fui direto para o meu quarto me deitar. Talvez no dia seguinte eu me encontrasse animada o suficiente para mostrar a cidade para Edward e prosseguir com meu plano de deixá-lo louco.

Mais tarde naquela noite minha mãe foi até meu quarto e eu acordei com seu carinho.

– Oi, mãe – eu disse meio zonza.

– Oi, meu amor. Seu pai ligou. Está com saudades. – Ela disse ainda me acariciando.

– Você... Falou com ele? – perguntei um pouco surpresa.

– Falei. Ele pediu que você ligasse quando pudesse.

Fiz uma pausa para ponderar se entraria naquele assunto ou não. Minha curiosidade venceu.

– Mãe, porque aquilo aconteceu? Com você e o papai? – perguntei e vi seu rosto ficar um pouco relutante.

– Eu não era a mulher da vida do seu pai, querida. Acho que já sabia disse antes de nos casarmos. Seu pai é um homem bom, mas aquela vida pequena e calma demais, sem nenhuma emoção... Eu não aguentaria.

– Então por que se casaram? – perguntei e ela suspirou.

– Não sei se já te contamos isso antes, mas eu conheci seu pai quando eu tinha 13 anos e ele 14! – ela fez uma pausa para rir. – Nos tornarmos grandes amigos instantaneamente. Meu pai ia até Forks todo verão, porque minha avó era de lá, então em um desses verões nos conhecemos. Mas eu sempre fui aquela garota de cidade grande, aquele furacão! E seu pai o garoto do interior, calmo demais.

“Nos víamos todo verão e ele foi meu primeiro namorado. Então quando eu fiz 18 anos resolvi bater o pé e ficar em Forks com a vovó. Meu pai ficou confuso, mas o que ele podia fazer? Você me conhece... Então nos casamos cedo demais, 20 anos... Eu tive você um ano depois, mas não podia mais fazer aquilo. Eu não conseguia aceitar o fato de que ele seria meu único homem, que eu não conheceria o mundo, que aquela seria a vida monótona que eu teria para sempre.

Tive que deixar você minha bonequinha. Não me perdoo por isso até hoje, mas eu não conseguia ficar por lá.”

– Então foi isso? – perguntei suspirando. – Se separaram porque eram diferentes demais?

– Sim. Eu estava matando seu pai com toda aquela agitação e confusão. – Percebi que ela estava chorando. Puxei-a para o meu abraço e ficamos deitadas juntas enquanto ela chorava. – Mas agora estou aqui, com a vida que eu sonhei. Badalando, viajando e conhecendo o mundo. A única coisa que me faltou foi a minha princesa.

– Mãe, não pensa em se casar de novo? – perguntei.

– Ah! – Ela riu. – Estou namorando um bonitão de 28 anos. Mas não te apresentei porque achei inadequado.

– Mãe! – eu disse rindo. – Ele é 9 anos mais novo! Não acredito!

Ficamos rindo por mais alguns segundos.

– Eu me sinto nova perto dele, me sinto viva. – ela disse sorrindo. – Espero que se sinta tão feliz assim um dia.

Suspirei. Eu duvidava.

– Mãe, isso não tem nada a ver comigo – eu disse rindo.

– Por quê? E esse rapaz que te trouxe até aqui? Não sente nada por ele?

– Sinto, mas... Mãe, isso não importa. – eu disse triste. –Amor não tem absolutamente nada a ver comigo. Nem Edward. Nem porcaria de homem nenhum... – eu resmunguei diminuindo o tom de voz.

– Bells, você não consegue um homem de graça. Ele deve ser conquistado. – ela disse­ – Você está tão linda, tão jovem! Não se desanime assim.

– Obrigada, mamãe. – eu disse para encerrar o assunto e a abracei.

Depois de um tempo, ela saiu do meu quarto e eu liguei para Carlisle. Conversei com ele por algum tempo, não contei sobre o incidente, apenas disse que estava sendo maravilhoso, mesmo não sendo verdade. Resolvi sair do meu quarto e assistir um pouco de TV no primeiro andar.

Edward estava sentado no sofá comendo alguma coisa e eu me lembrei que eu estava faminta. Corri para o sofá e roubei o que quer que estivesse em sua mão.

– Ei! – Ele resmungou.

Era um pedaço de pizza. Enfiei tudo na boa e mastiguei com ela um pouquinho aberta. Engoli e senti caindo no meu estomago ainda faminto.

– Pediram pizza e não me chamaram? Estou faminta! – eu disse.

– Estava dormindo. Sem falar que estava naquele mau humor esquisito. – ele disse. – Como eu ia saber que não estava chata como antes?

– Sabe de uma coisa? Eu deveria ter atirado em você. – Eu disse brava. – Estou com fome!

– Tem mais na cozinha. – ele resmungou.

Eu me levantei e fui até lá. Peguei dois pedaços e coloquei em um prato. Voltei para o sofá.

– Ah, valeu! – Ele disse e quase tocou um dos meus pedaços. Fui mais rápida e tirei o prato do seu alcance.

– Estou morrendo de fome. Isso é pra mim.

– É magra assim por quê? – ele me olhou indignado, se levantou e foi até a cozinha se servir.

Enquanto isso, roubei o controle e coloquei no meu programa favorito: Fashion Police. Era um programa que analisava as roupas das famosas e as criticavam com um humor super negro. Edward voltou resmungando e eu o ignorei comendo minha pizza.

– Precisamos trabalhar na nossa homenagem. – eu disse enquanto olhava distraidamente para TV.

– Eu sei... Eu não acho que deveríamos tocar Oasis mais. – ele disse e eu o olhei com uma sobrancelha erguida.

– No que está pensando? – perguntei.

– Em algo mais pessoal. Algo que significasse algo para eles e não para nós. – Ele disse me fitando.

– Essa música não significa nada para mim. – eu respondi séria e virei a cara.

– Conversei com sua mãe o dia todo Isabella. – ele me acusou. – Eu sei que significa. Sem falar que nós...

– Nós nada. – eu o interrompi. – Não vem com essa de nós, Edward, porque não era real. E não me chame de Isabella.

– Isabella. – ele disse me provocando e eu não olhei para ele. Podia sentir seu sorriso cínico. – Isabella, Isabella... – ele começou a cantarolar.

Eu coloquei meu prato na mesa de centro e fui para cima dele com tapas e socos. Eu estava com raiva acumulada dele e acho que ele merecia toda a minha fúria.

– Seu filho da puta! – eu xinguei enquanto ele tentava segurar minhas mão.

– Para! – ele gritou rindo. – Isabella, para! – ele gargalhou.

Não tive alternativa e tive que acertar meu joelho em seus países baixos. Ele gemeu de dor e me soltou para colocar as mãos sobre a área ferida.

– Você é um idiota. – eu disse, peguei minha pizza e fui para cozinha.

Sentei-me na bancada e comi sossegada. Eu não amava muitas coisas na minha vida, mas comer merecia meu amor. Suspirei feliz quando saciei minha fome, mas logo a onde de felicidade passou porque Edward entrou na cozinha e se sentou a minha frente.

– Há tempos eu não te via assim com tanto ódio de mim. – ele disse sério, mas com os olhos divertidos. – Isso é TPM?

– Não. – limitei-me a dizer. Era TPM, mas não era da conta dele de jeito nenhum.

– Pare com isso. – ele disse e se levantou. – Você estava muito mais divertida dois dias atrás.

– Infelizmente não posso dizer o mesmo. – observei-o se aproximar de rabo de olho. – Você nunca foi divertido.

Ele se abaixou e colou os lábios no meu ouvido.

– Qual é Bellinha... – ele sussurrou, me arrepiando. – Não seja tão má comigo.

– Eu não sou... má. – minha voz falhou. Ele mordeu meu lóbulo e continuou sussurrando.

– Acho que é sim. – ele desceu para meu pescoço e deu leves mordidas. – Se não fosse tão má, ainda estaria no sofá comigo, aproveitando a noite.

Ele me virou no banco e se encaixou entre as minhas pernas semi-abertas. Abracei-o com as minhas pernas e passei meus braços pela sua nuca, deixando que ele me carregasse até o sofá. Enquanto ele me deitava no sofá tentou me beijar, mas eu desviei, fazendo com que ele beijasse meu pescoço.

Ele pareceu não ter gostado e continuou tentando, mas eu continuei desviando dos seus beijos.

– Porra Isabella! – ele xingou e segurou meu rosto. Apesar de ter odiado ouvir meu nome daquele jeito, cedi e deixei que ele me beijasse.

Não me arrependi. Foi delicioso quando sua língua entrou em contato com a minha enquanto explorava minha boa. Foi um beijo intenso, carregando de fúria e excitação. Quando nossas bocas se separaram nós ofegamos e eu o empurrei para trás, fazendo com que ele saísse de cima de mim e se sentasse no sofá.

Antes que ele começasse a reclamar, como eu sei que ele faria, eu me aproximei dele e o beijei com uma ferocidade ainda maior e nos deitei. Quando ele colocou as mãos sobre o meu bumbum, eu parei. Ele não abriu os olhos, esperando que eu continuasse o beijo, mas eu simplesmente não quis.

Não sei o motivo, mas não queria mais fazer nada com Edward. Ele era um idiota e eu acabaria louca, antes mesmo de completar minha vingança.

– Aonde você vai? – ele perguntou quando eu me levantei.

– Eu quero ir embora. – eu disse séria. – Agora mesmo.

– Má notícia: você atirou em alguém querida, não pode sair da cidade. – ele disse cínico e mal humorado.

– Eu devia tê-la matado. Assim teria valido a pena. – eu resmunguei.

– Qual é o seu problema?

– Você, seu idiota! – eu gritei.

Me senti nauseada e tonta e eu sabia o que estava por vir.

– Bella? – Edward disse assustado. – Bella!

E eu cai na inconsciência.


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Notas finais do capítulo

Bella e essa falta de compromisso com seus remédios...
Gostaria muito que vocês comentassem a fic meus anjos. Estou pensando em editá-la para aumentar sua qualidade, mas vou fazer aos poucos.
Beijos



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