Escolhas 2 escrita por sophiehale


Capítulo 37
37 - Both of us


Notas iniciais do capítulo

Vim o mais rápido que consegui! Boa leitura, lindinhas :)



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Capítulo 37

I wish I was strong enough to lift not one but both of us

Eu queria ser forte o suficiente para levantar não só um de nós, mas nós dois

Someday I will be strong enough to lift not one but both of us

Algum dia eu serei forte o suficiente para levantar não só um de nós, mas nós dois

Both of us – B.o.B. feat. Taylor Swift

Travis POV

Ella, Bree e eu paráramos o jogo de tabuleiro assim que ouvimos os berros do quarto. Pensei que mamãe estivesse brigando com tia Alice, mas depois entendi que ela estava irritada com outra coisa completamente diferente. Tia Alice não tinha nada a ver com aquilo, era com Emmett que ela estava discutindo.

Depois de ouvir o “acabou” proferido por minha mãe, Ella e eu nos entreolhamos com os olhos arregalados.

-Acabou? – não sabia se minha irmã repetia as palavras de minha mãe simplesmente por estar surpresa ou por não ter entendido o que acontecera. Mas, respondendo minha dúvida mental, Ella começou a chorar.

-Eles são adultos, Ella. Vão saber se resolver. – Bree a consolava e eu ficava grato por isso. Não sabia o que fazer, como agir; muito menos o que dizer.

Logo agora que tudo estava tão bem os dois iam terminar o relacionamento? Justo quando meu irmão ou irmã estava a caminho?

Deixando minha irmã com minha melhor amiga na sala, caminhei até o quarto de minha mãe, onde, pelo que pude observar, ela era consolada pela minha tia.

-Mãe? – chamei sua atenção. Ela levantou a cabeça e limpou as lágrimas de seu rosto assim que me viu. – Por quê?

Não era preciso completar com mais palavras minha pergunta. Eu tinha certeza que minha mãe entendera.

-É complicado. – ela também foi econômica com as palavras. – Quando você tiver uma namorada, vai entender também.

Revirei os olhos. Se ela me explicasse, eu também entenderia perfeitamente.

-E o meu irmão ou irmã? – perguntei. – Vai crescer sem o pai também?

Minhas palavras soaram como punhais aos ouvidos de minha mãe. Ela fez uma careta como se elas tivessem a machucado fisicamente e então recomeçou a chorar.

Não preciso dizer que me arrependi de ter dito qualquer coisa instantaneamente. Mas é que eu precisava saber a resposta.

Nos anos que cresci sem meu pai perto de mim, tudo tinha sido difícil demais. Não queria que meu futuro irmão sofresse com aquilo também, ainda mais desde bebê. Minha mãe tinha que considerar os fatos.

-Travis. – minha tia chamou minha atenção. – Volte pra sala, por favor.

-Não até ela me responder. – respirei fundo. Não queria magoar minha mãe que nem antes, mas agora não havia escolha. Ela tinha que entender.

-Travis...

-Está tudo bem, Alice. – minha mãe se controlou e estendeu a mão pra mim. Eu a encarei. – Vem.

Peguei-a, ainda que relutante, e sentei-me ao lado dela na cama. Tia Alice parecia desgostosa da minha presença ali, e não era pra menos. Ela estava preocupada.

-Não deixa acontecer com esse bebê o que aconteceu comigo, mãe. Por favor. – implorei. Por mais que eu tentasse evitar, não pude conter lágrimas que rolaram pelo meu rosto.

-Você cresceu tanto, meu menino. – ela chorou comigo. Tia Alice, do outro lado, também estava um tanto emocionada. Daphne, alheia a tudo o que estava acontecendo, já tinha dormido no montante de almofadas que minha mãe aprontara para ela. – Nunca vou me perdoar.

-Não era para eu crescer? – estranhei. Já tinha me controlado e limpado minhas lágrimas, mas a sensibilidade continuava à flor da pele. Ver minha mãe daquele jeito me deixava triste.

-Claro que era. – ela riu um pouco, quebrando um pouco a tensão. – Quero dizer... Não tanto assim. Você já se comporta como um rapaz responsável, Travis, e é só uma criança de 11 anos...

-Sou o homem da casa, né? – sorri, mas sem olhar pra ela. Não era exatamente bom nessa coisa de demonstrar sentimentos.

-Agora vai ser. – ela afirmou. – Se esse bebê for um menino, você vai ajudá-lo, não vai?

Ela fez carinho em meu rosto. Ri baixinho.

-Se for menina vou ajudar também. – eu disse e ela me deu um beijo estalado na bochecha. – Mas você ainda não me respondeu.

Ela virou meu rosto, me fazendo olhar pra ela.

-Travis, eu realmente sinto muito que você tenha sofrido tanto com meu divórcio de seu pai. – ela suspirou. Minha mãe já não chorava mais. – Mas eu aprendi com meu erro.

-Emmett vai poder visitar a gente? – fiz outra pergunta. Apesar de tudo, eu gostava do meu padrasto.

Ou ex-padrasto.

Sei lá.

-Isso já é outra história, Travis.

-Mas mãe... – tentei argumentar, mas logo ela me interrompeu.

-Isso não é assunto pra você. – ela respondeu, decidida. – É algo que Emmett e eu precisaremos conversar. É claro que nunca vou me desligar dele completamente por causa do filho que teremos em comum, mas ele aqui em casa... Não sei, querido.

Fiz uma careta.

-Vai dar tudo na mesma, então. – resmunguei. – Você também não deixava o papai vir pra cá, lembra? Ella e eu só o víamos nos finais de semana e dias de neve. E ainda assim, nunca era uma garantia.

-Eu não disse que já aprendi com meu erro, Travis? – minha mãe questionou. Apenas pude assentir. – As coisas vão ser diferentes sim. Emmett não vai mais morar aqui e nem visitar o tempo todo, mas será bem-vindo sempre que quiser ver o filho.

-E a gente também? – deixei escapar. Minha mãe me olhou com compaixão e me abraçou.


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Notas finais do capítulo

Espero vê-las nos reviews, hein?! Vou respondê-las assim que conseguir, prometo! :D
Beijoss!!



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