Escolhas 2 escrita por sophiehale


Capítulo 21
21 - Home sweet home


Notas iniciais do capítulo

Oie :) estou tentando postar sempre dois capítulos por semana agora, então provavelmente os capítulos serão pequenos mesmo!
Espero que vocês gostem, boa leitura :)



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Capítulo 21

Take me to your heart

Me leve para o seu coração

Feel me in your bones

Me sinta em seus ossos

Just one more night

Só mais uma noite

And I'm comin' off this

E eu sairei dessa

Long and winding road

Longa e cansativa estrada

I'm on my way

Estou no caminho

Home sweet home

Lar doce lar

Home sweet home – Linkin Park

Lembra do que eu disse que acreditava que os gritos podiam ser ouvidos a um quarteirão de distância?

Para a minha própria surpresa, eu não estava exagerando tanto.

Jasper, em sua postura mais autoritária, estava de braços cruzados na entrada da casa. Sua maleta estava jogada no sofá da sala, onde também estava Alice, com o rosto vermelho cheio de lágrimas secas. George estava com a mão na testa, acredito que sem saber onde colocar a cara depois de “desmascarado” daquele jeito.

Meu irmão cruzou olhares comigo e então com Grace com Daphne em seu no colo, logo atrás de mim. Ele nem piscou antes de pegar a filha em seus braços, e sua sogra não disse nada; apenas entregou minha sobrinha de boa vontade.

-Chega de brigas, por favor. – Jasper finalmente disse com a voz calma, apesar da expressão rígida, e sem tirar os olhos de Daphne.

-Ela está bem? – Alice perguntou ainda sentada no sofá. Jasper assentiu.

-Dormindo. – ele limpou algumas lágrimas que ainda jaziam no rosto de sua filha. –Mas ela esteve chorando. Muito nervosa. Isso não dá pra acontecer. Ela é muito nova pra isso, Alice.

Minha melhor amiga coçou a cabeça e assentiu, recomeçando a chorar baixinho. Jasper, com a sensibilidade à flor da pele, foi em seu encontro e disse alguma coisa pra ela que não pude escutar. Alice deu um meio sorriso e assentiu para ele, e então ele deu um beijo protetor em sua testa.

Sorri. Jasper nunca perdia o cavalheirismo, não importava a gravidade da situação. Era sempre muito raro isso acontecer.

-Hmmm... – decidi quebrar o silêncio, mas logo me arrependi daquilo quando todos os olhos se viraram para mim. Corei. – Acho melhor eu ir. Vou dar uma passada no escritório.

-Eu vou também assim que puder. – prometeu Jasper.  Assenti e, em silêncio, deixei a casa de Alice e Jasper. Agora era uma conversa de família que teria que acontecer, e eu não tinha nada a ver com aquilo, pelo menos não naquele momento.

Após uma caminhada que levou quase dez minutos – e teria levado bem menos tempo, não fosse o cansaço causado pela gravidez –, adentrei o edifício com os dizeres em mármore: “Hale e associados – serviço de advocacia”. Olhei para tudo a minha volta como se fosse uma criança vendo algo pela primeira vez: eu não ia àquele lugar há meses e só agora percebia o quanto aquilo me fazia falta.

Com Emmett fora da cidade e sem ter como pegar muito no meu pé, decidi assumir algum caso qualquer. Eu estava muito enferrujada, precisava de trabalho.

-Mas quem é vivo sempre aparece! – sorri e procurei o autor da voz tão familiar. Meu pai estava com um sorriso que não cabia no próprio rosto. Percebi que ele usava seus óculos de grau para leitura e carregava alguns papeis, provavelmente de casos já encerrados. Ele estava exatamente em minha frente, na porta de entrada do escritório.

Fui até ele e o abracei.

-E o seu namorado? – ele perguntou de má vontade, percebi; apenas para não me aborrecer. Além de tudo o velho Bill se recusava terminantemente a se referir a Emmett pelo nome até que estivéssemos oficialmente noivos.

-Está voando para Chicago nesse exato momento. – ignorei seu modo de falar sobre Emmett e respondi com educação. Meu pai revirou os olhos. Infelizmente ele já sabia da situação de meu namorado.

Ele suspirou.

-Vai dar tudo certo, você sabe, filha. –arregalei os olhos. Aquela era a última coisa que eu esperava que ele dissesse. Ele percebeu minha expressão e se defendeu: - O que? Não sou assim um monstro. Não o apoio, mas quero que você seja feliz. Só quero o que for melhor pra você.

Sorri genuinamente.

-Obrigada papai. – agradeci de coração.

-Pra você e pra esse bebê, é claro. – ele pousou sua mão em minha barriga, referindo-se ao seu próximo neto. – Não gosto desse seu namorado, mas ele me deu mais um herdeiro e eu vou amá-lo tanto quando Travis e Ella, e agora Daphne.

Lágrimas brotaram em meus olhos. Nunca tinha visto meu pai falar daquele jeito antes!

Vi esperança naquele Bill da minha frente. Esperança de que, quando Emmett retornasse, as coisas começassem a dar certo para minha família. E era isso que eu mais queria.

Meu pai pigarreou diante da minha emoção. Ele era meio alérgico a choradeira desse estilo (e de qualquer outro).

-Hmmm... – ele devia estar pensando no que dizer exatamente. – Ahn, Rose, que tal ir pra sua sala atualizar seu trabalho, hein? Já está mais do que na hora. – ele saiu andando, mas continuou falando, mesmo de costas para mim. –Se eu não mandasse limpar aquele lugar, já estaria criando teias de aranha. Ninguém quer isso, quer?

Ri entre lágrimas, mas fiz o que ele mandou. Entrei no primeiro corredor, terceira sala a direita.

Lar doce lar.


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Notas finais do capítulo

Sem avisos hoje uahuahauhauahua :P
Vejo vocês nos reviews?
Beijos!