Escolhas 2 escrita por sophiehale


Capítulo 2
2 - Supermassive black hole


Notas iniciais do capítulo

Oi lindas! Muito obrigada pelos reviews e por voltarem a ler a fic! É muito bom ter vocês de volta =)
Bom, vou postar logo o segundo capítulo.. Mas deixo de novo o aviso: não sei MESMO quando poderei postar o próximo, mas vou fazer de tudo para que tenha pelo menos um na semana que vem!
Boa leitura, e bom final de férias né, fazer o quê. Hahah



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Capítulo 2

Buraco negro supermassivo

I thought i was a fool for no one

Eu pensava que não era um tolo por ninguém

But, ooh, baby, I'm a fool for you

Mas, ooh, baby, eu sou um tolo por você

You're the queen of the superficial

Você é a rainha do superficial

But how long before you tell the truth?

Mas quanto tempo até me dizer a verdade?

Supermassive black hole - Muse

Travis POV

Eu conseguia entender porque não podíamos entrar no quarto onde a tia Alice estava, era até meio óbvio... Nós éramos crianças e, como meus pais sempre disseram a mim e a Ella, hospital não é nosso lugar quando não estamos doentes.

Eu só não compreendia a indignação de minha irmã. Nós íamos conhecer nossa prima de qualquer jeito, ué.

-Nós vamos mesmo pra sala do Emmett? – Ella perguntou pra mim, quebrando minha linha de pensamento. – Você não está me enganando, está?

Eu ri. Minha irmã sempre pensava que eu estava gozando da cara dela.

-Claro que não, sua boba. Olha ali. – apontei para o painel do elevador. – Terceiro andar, como você já sabe.

Ella me encarou com os olhos semicerrados, desconfiando de mim como sempre. Revirei os olhos com bom humor e peguei em sua mão novamente. O elevador tinha chegado ao seu destino.

-Por que eu não posso andar sozinha pelo hospital? – Ella finalmente questionou, percebendo meu gesto.

-Porque você vai acabar se perdendo. – eu a respondi em um tom óbvio demais.

-Mas eu conheço esse lugar tão bem quanto você, seu chato. – Ella afirmou e eu senti sua certeza nas palavras, mas não era verdade. Não sabia nem dizer quantas foram as vezes que eu, minha mãe e Emmett saímos procurando por ela, que sempre se perdia por causa de um descuido de algum de nós.

De todas aquelas vezes em diante, minha mãe me alertou que eu devia ficar esperto e nunca desgrudar de minha irmã mais nova. E era isso que eu estava fazendo.

-Claro que conhece. – fingi concordar com ela, por fim; e, pelo canto do olho, vi quando um sorriso se abriu em seus lábios.

A boba alegre de sempre.

Caminhamos mais um pouco até chegarmos ao local onde Emmett quase sempre atendia as pessoas. Quase sempre, porque no começo da madrugada, durante seus plantões, ele dizia que ficava no pronto-socorro.

Por acaso, a porta estava aberta e Emmett, em sua mesa, fazendo algumas anotações em algum prontuário. Deixei Ella desgrudar-se de mim e, sorrateira, ela foi em direção a ele.

-Bu! – ela falou quando chegou ao seu lado. Emmett fingiu se assustar com a graça da minha irmã; eu apenas cruzei os braços e sorri de leve, ainda na soleira da porta.

-Um dia você me mata com esses seus sustos, Ella! – Emmett a advertiu, entrando na brincadeira, e a pegou no colo. Ele, então, olhou para mim e sorriu. –Aí está você também, Trav. Cadê a mãe de vocês?

Eu cheguei mais perto e o cumprimentei com um aperto de mão enquanto falava.

-Deve estar com a tia Alice agora. – respondi. – Parece que a Daph vai nascer.

-Vocês vieram de táxi? – ele perguntou, arqueando uma só sobrancelha. Eu sabia que ele queria que eu dissesse sim, e na verdade eu queria mesmo fazê-lo, mas de que adiantaria mentir para ele descobrir depois?

-Não. – respondi meio sem jeito. – Mas não brigue com a minha mãe. Ela estava com pressa.

Ele riu pelo nariz e deu um sorriso de canto, mas era claro para mim que ele estava aborrecido.

Eu só não entendia porque minha mãe não podia sair normalmente, afinal ela estava grávida, não com alguma doença. A razão para Emmett se preocupar tanto era escondida de mim e de Ella, e eu ficava moralmente ofendido por isso. Eu já tinha feito 11 anos, não era mais um bebezinho.

 -Fique tranquilo. – Emmett deu um tapinha amigável em meu ombro e levantou-se lentamente, ainda com Ella no colo.

Ela sim era um bebezinho.

-Vocês querem brincar aqui? – ele perguntou pra minha irmã, é claro; e me incluiu por educação. Só a Ella mesmo pra querer brincar com aquelas coisas que tinham na sala do Emmett.

-Eu queria mesmo era ir lá com a mamãe. – Ella fez seu bico novamente; eu só revirei os olhos para ela. Emmett fazia tudo o que ela queria.

-Mas você não pode, querida. – dei um sorriso vitorioso ao ver a tentativa fracassada da pequena mente maligna da sala. Só eu mesmo para saber que Ella estava longe, muito longe de ser o anjinho que todos acreditavam que ela era.

-Vou pra cafeteria, estou morrendo de fome. – cansado daquela conversa, avisei e dei meia volta, deixando os dois sozinhos.

Obviamente Emmett me impediu.

-Nós vamos com você, Trav. – ele colocou uma mão no meu ombro. – Aposto que essa baixinha aqui não comeu nada antes de vir.

-Não mesmo. Nós acabamos de acordar. – minha irmã bocejou e, aparentemente lembrando que tivera seu sono interrompido, encostou sua cabeça no ombro de Emmett.

Eu e ele rimos.

-O que foi? – Ella perguntou, piscando fortemente seus olhos. Estava lutando contra o sono que parecia ter desaparecido momentos antes.

-Nada, El. Vou arrumar um lugar pra você dormir. – Emmett afirmou. – Você vai ficar bem, Trav?

-Sim. – confirmei com um aceno de cabeça e fui em direção ao meu café-da-manhã.

Emmett POV

Fui ao consultório em que eu já estava e arrumei um sofá para Ella dormir; o que não era novidade pra minha enteada. Não era a primeira vez que eu fazia isso, e ela já devia estar acostumada.

-Eu não quero dormir. – Ella bocejou.

-Sei. – sorri para Ella e acariciei a sua bochecha rosada. –Está com frio?

-Não. – ela se enrolou no lençol que eu já havia arrumado.

-Jura? – perguntei desconfiado, com um sorriso maroto na cara.

-Juro. – ela retribuiu o sorriso.

-Com o dedo mindinho? – estendi meu dedo em direção ao dela e ela entrelaçou-os.

-Com o dedo mindinho. – ela sorriu mais abertamente, e então eu me lembrei de meu último aniversário; de falar com Rose exatamente a mesma coisa. Tanta coisa tinha mudado... Quem diria que depois de menos de um ano nós estaríamos praticamente casados e com um filho a caminho?

Melhor, quem um dia diria que eu, Emmett McCarty, iria me acertar com alguém, ainda mais Rosalie? Alguém que tinha assumido correr os riscos junto comigo, que se preocupava de verdade com meus problemas.

Eu a amava muito e por isso mesmo detestava brigas entre nós. Mas uma discussão tinha se tornado iminente por conta de sua teimosia incurável. Nós éramos diferentes demais...


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Notas finais do capítulo

Essa é uma das minhas músicas preferidas do Muse, por isso tentei encaixá-la ai hahahahah :BEspero que tenham gostado e deixem reviews! =)