Draco estava com ódio quando saiu da casa de Pansy, ele sabia que precisava esfriar a cabeça ou do contrario acabaria explodindo.

 Ele andou lentamente pela rua pensando no ódio que estava sentindo, como Hermione ousava traí-lo? Deixa-lo por aquele búlgaro imundo?

-Que droga! – gritou ele.

 Hermione tinha o poder de o transforma-lo no garoto mimado que ele tanto lutou para deixar no passado. Andou por tanto tempo que se quer percebeu como estava cansado, sentou-se no balanço de um parquinho e ficou observando algumas crianças brincando ali.

-O que está fazendo? – Perguntou Harry se aproximando acompanhado de Rony.

-Pensando Potter, o que você quer? – retrucou o loiro irritado.

-Quero que vá embora, já não fez estrago demais na vide de Hermione?

-Harry...– alertou Rony – Vamos para casa.

-Deixe Weasley, estou tão calmo que poderia fazer outra cicatriz na testa dele. – resmungou Draco. – Potter, você acha que vou deixar minha Hermione casar-se com aquele imbecil? Ela sempre foi e sempre será minha.

 Harry pegou sua varinha e mirou o rosto de Draco, mas o loiro apenas riu.

-Potter, deixe-me em paz, ok?

Draco levantou-se e seguiu pela rua pensando no quanto precisava de Granger, não sabia por que, mas simplesmente precisava dela pra que sua vida fosse no mínimo divertida.

O loiro parou repentinamente ao vê-la entrando em uma casa de muro baixo. Ele sorriu ao ver a mulher de seus pensamentos, mas seu sorriu desapareceu ao notar um homem alto e brusco a abraça-la pela cintura. Hermione estava cansada depois de passar por uma bela discussão na casa de Pansy, suas amigas tentavam fazê-la pensar em como seria sua vida ao lado de Victor, um homem a quem ela não nutria amor algum, a verdade é que todos concordavam que Draco seria melhor para Hermione, pois com ele ela se sentiria viva, teria aventuras e seria divertido, apesar das brigas, e até talvez por isso. Hermione pensou que aquilo era irônico, suas amigas não deviam detestá-lo por tê-la feito sofrer todos esses anos?

Suspirou enquanto abria o portão de sua casa. Sentiu braços fortes a envolverem, mas para sua extrema decepção não eram os braços frios e pálidos que ela ansiava, era apenas Victor, seu noivo.

-Oi meu amor. – sussurrou ele com a voz grossa.

-Oi querido, como foi a viagem?

Victor apertou as mãos nos seios de Hermione e mordiscou sua nuca.

-Tedioso, queria que estivesse comigo.

-Hum...

Victor riu baixo e colou sua mão dentro da blusa fina de Hermione, apertou os seios dela fazendo-a gemer lentamente, e quando a virou, Hermione viu o desejo exposto nos olhos dele, ela precisava daquilo para tirar Draco da mente. A morena o puxou de encontro a seu corpo e Victor a ergueu para poder apreciar verdadeiramente o corpo daquela mulher que ele pensava ser apenas dele.

Hermione tentou se concentrar no homem enorme que a dava prazer, mas tudo que conseguia fazer era compara-lo a um certo loiro de olhos azuis que certa vez a fez delirar.

Porque Hermione sabia que por mais que gostasse de Victor, ele jamais a satisfaria como Draco, ele jamais provocaria nela os sentimentos que o loiro provocou e ainda provocava.

E mesmo que Hermione não soubesse, ao vê-la nos braços de outro, completamente entregue, Draco derramou sua primeira lagrima depois de muito tempo.

-Gostou disso Malfoy? Acho que ela jamais será sua. – Disse Harry ao seu lado rindo.

-Veremos Potter- Disse com seu melhor sorriso canalha antes de aparatar para sua casa.

Antes de dormir aquela noite, Draco jurara ser aquele que Hermione Granger jamais sonharia em ter, aquele que Hermione Granger se arrependeria de perder.