Já fazia uma semana que não via Isabella nem Brayan, fiquei nervoso com isso, mas acabei me acostumando. Bella ficou chateada depois daquela discussão e não quis me ver, ligava de vez em quando para perguntar se estava tudo bem. Dizia que sentia minha falta, mas que estava cheia de problemas no hospital e não poderia vir me ver.

Hoje eu iria conversar com ela, já estava de cabeça fria e seria melhor conversar assim. Iria buscá-la no hospital, e depois iríamos jantar.

Fiquei esperando-a na recepção do hospital, ela sempre passava por lá para se despedir da secretaria que era sua amiga desde sempre como ela dizia.

Der repente Bella sai do elevador com Orlando do seu lado, com uma mão carregava sua bolsa e com a outra segurava sua cintura, fiquei possesso!

Levantei-me do sofá e sai do hospital, não estava afim de ser carregado por seguranças ate uma viatura da policia.

Esperei os dois saírem e assim que Isabella saiu do hospital pousou os olhos em mim, ela abriu um sorriso, ate ver minha carranca. E em um piscar de olhos a compreensão era perceptível em seu rosto.

– Edward. – Orlando foi o primeiro a se pronunciar. Eu não desgrudei os olhos de Isabella.

– O que faz com ele? – Perguntei curto e grosso.

– Edie... – Ela tentou se soltar do aperto dele.

– Bella... – Ele começou mais o interrompi.

– Bella é o cacete! – Gritei quase avançando em sua cara deslavada.

– Edward! – Kristen deu um grito.

– Você foi quem escolheu Isabella, agora faça proveito de seu “amigo”. – Disse fazendo aspas no ar.

– Edward! – Ela gritou novamente.

– Deixe ele ir Bella. – Escutei Orlando dizendo a ela.

Fui embora sem ao menos olhar para trás.

POV ISABELLA

Não acreditava no que Edward queria que eu escolhesse um amigo de infância e ele, existe um abismo entre as posições deles em minha vida, Edward sempre iria vir em primeiro lugar, mas me fazer terminar uma amizade de anos era quase impossível!

– Bella? – Alice me chamou quando estava entrando em casa.

– Oi Ali, nossa me esqueci que tinha deixado Brayan com você. Muito obrigada. – Peguei meu filho e já entrava em casa quando o elevador foi aberto e alguém saiu tropeçando dele.

– Uou! – Exclamou quando conseguiu se apoiar na parede.

– Orlando! – Alice e eu gritamos ao mesmo tempo.

– O que você fez seu cabeçudo? – Alice perguntou com seu jeito “amável”.

– Foi só algumas tequilas depois do trabalho. – Ele disse alto o suficiente para recebermos uma multa de barulho do sindico.

– Fique quieto. – Alice disse o segurando e tentando arrasta-lo para o seu apartamento.

– Não se preocupe irmãzinha, já sou vacinado sei me cuidar. – Ele disse tentando se soltar, mas quase indo de cara no chão.

– Sabe tanto que quase deformou sua cara agora. – Ela disse sem paciência.

– Quer ajuda? – Perguntei quando ela conseguiu senta-lo no sofá.

– Não, esta tudo bem. – Ela disse dando um sorriso.

– Ok, vou para minha casa, qualquer coisa me avise.

– Boa noite. – Ela disse fechando a porta atrás de mim.

Fui para meu apartamento com Brayan no colo, ele ressonava tranqüilo em meu colo, e só uma pessoa em minha cabeça. Edward.

Uma semana havia se passado, e nesse meio tempo não consegui encara-lo novamente. Tinha medo de discutirmos de novo, e acabássemos terminando. Então resolvi que essa semana passaria me ocupando no trabalho, colocando tudo em dia e deixando para pensar em Edward apenas quando fosse me deitar. Quase todos os dias ligava para ele, ele ainda parecia bravo porque sempre atendia irritado e nunca me ligava, comecei a ficar preocupada com essa sua atitude.

Estava agora em meu escritório guardando meus pertences para um final de semana em que colocaria minha vida em ordem, quando uma batida em minha porta me sobressaltou.

– Pode entrar. – Disse.

– Oi pessoa trabalhadora. – Orlando entrou com um sorriso alegre em minha sala.

– Ola! – Disse me animando com sua visita.

– Como vai a pessoa que se dedica mais ao trabalho do que para a própria vida?

– Deixe de brincadeiras bobas, eu me divido em milhares para dar conta de tudo que acontece em meu redor.

– Então que tal relaxar comendo uma comida mexicana?

– Claro! Por que não? – Recolhi o resto das minhas coisas e coloquei tudo em minha bolsa.

– Deixa que eu levo. – Ele disse estendendo a mão.

Aceitei dando um sorriso, despedi-me de minha secretaria e fomos em direção do elevador.

– E então... Há mais de uma semana que não nos vemos. – Ele disse.

– Na verdade, há uma semana que não nos vemos. No dia em que chegou bêbado, eu estava no corredor e vi seu showzinho.

– Que vergonha. – Ele disse virando o rosto corado.

– Não fique, acontece nas melhores famílias. – Disse apertando sua bochecha.

– Verdade. – Disse colocando seu braço em minha cintura, senti-me incomodada, mas não dei importância.

O elevador chegou e entramos, ficamos conversando amenidades ate chegar ao térreo, lá me despedi de Suzan, uma das recepcionistas do hospital que era amiga minha desde sempre.

Assim que sai do hospital avistei Edward parado na calçada, com a maior carranca do mundo. Isso não era bom sinal. Olhei para ele confusa e depois para minha cintura onde sentia um aperto, descobri na hora o porquê da carranca.

– Edward! – Orlando foi o primeiro a se pronunciar, estava em um estado de choque porque sabia o que vinha por ai. Sentia o olhar fulminante de Edward em cima de mim.

– O que faz com ele? – Ele ignorou Orlando e fez a pergunta diretamente para mim.

Mas por que, que eu estava de cabeça baixa? Como se estivesse fazendo algo de errado?

Levantei minha cabeça.

– Edie... – Falei tentando me soltar do aperto de Orlando e chegar mais perto dele.

– Bella. – Orlando começou a falar algo, mas foi interrompido por Robert.

– Bella é o cacete! – Gritou avançando em direção a Orlando.

– Edward! – Gritei em protesto.

– Você foi quem escolheu Isabella. – Disse olhando com o maior desprezo para mim. – Agora faça proveito do seu amigo.

– Edward! – Tentei alcança-lo, mas fui impedida por Orlando.

– Deixe ele ir Bella. – Ele disse me apertando, neste momento lagrimas de desespero caiam por meu rosto livremente.

– Me larga agora! – Gritei com ele. Ele se assustou, mas não me soltou. Dei uma joelhada em seu ponto fraco e ele me soltou no mesmo instante. Peguei minha bolsa e corri o mais rápido possível atrás de Edward.

Quando cheguei à esquina vi seu carro saindo da vaga, gritei seu nome, mas ele não me escutou. Peguei o celular na bolsa no intuito de ligar para ele quando sinto uma bancada me derrubar.

– Nunca mais me bata. – As palavras foram ditas como um rosnado, me apavorei e depois senti outra pancada, desta vez em minha cabeça. Depois disso desmaiei.