Devorar-te-ei: Memórias póstumas de um amor escrita por Nayou Hoshino


Capítulo 1
Prólogo




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Se os humanos acham que são os únicos a caminhar sobre esse planeta, o qual chamamos de "Terra", estão muito enganados. Desde o início dos tempos nós, humanos, vivemos ao lado de demônios, vampiros, anjos, deuses da morte... E muitas outras criaturas.

Essas criaturas, ou SM (Shadow Monster), vivem entre nós muitas vezes sem serem descobertas mas, se derem um único deslize e este for visto por um certo número de humanos, nós vamos caçá-la e eliminá-la.

Meu pai era um caçador, para ser sincera, um dos melhores caçadores de SM's que já existiu! Ele morreu pelas mãos do Akuma Noroi, o Demônio Amaldiçoado. Após a morte de meu pai, fiquei sozinha no mundo. Nunca soube quem era minha mãe e, aparentemente, não tinha nenhum parente vivo.

Meu nome? Luna, Luna Kyotsu. Eu tenho 16 anos e moro na mansão que herdei de meu pai. Aqui é bem solitário, para chegar na cidade mais próxima são necessárias horas de viagem. Mas eu não estou completamente sozinha... Como a casa é grande, meus empregados — que são poucos — moram aqui comigo. ­

— A senhorita vai querer seu chá agora, my lady? — A voz de Sebastian invadiu a sala, só então percebi que ele estava me encarando já fazia algum tempo.

— Você sabe muito bem que eu não bebo chá... — Respondi, sem tirar os olhos do livro que estava lendo.

— Então vou fazer uma torta de limão. — Ele disse pensativo

— Prefiro de maçã. — Eu retirei os olhos do livro e encarei-o por um instante — Faça torta de maçã. E depois desejo tomar um chocolate quente.

— Sim, my lady... — Ele disse, fazendo uma pequena reverência e logo saindo da sala, deixando-me sozinha novamente.

Sebastian é meu mordomo. Bom, pelo menos é isso que todos pensam... A verdade é que ele apareceu durante um pequeno "incidente" e me salvou, se assim podemos dizer... Eu não me lembro muito bem do que aconteceu, as vezes tenho alguns flashes, mas as lembranças são muito confusas. Eu me lembro de coisas que não fazem muito sentido; eu ter feito um pacto, por exemplo, é uma das poucas coisas que me lembro.

O mais estranho é que Sebastian prometeu ficar ao meu lado e sempre me proteger... Se qualquer um dissesse isso para mim logo depois de ter me salvado, eu acharia, no mínimo, um ato estranho de romantismo e preocupação. Mas com Sebastian é diferente. Principalmente porque...

...Ele é um demônio.

— Sua torta my lady. — Sebastian entrou na sala trazendo uma bandeja com um pequeno pedaço de torta.

Ele colocou-a sobre minha mesa, logo eu dei uma garfada e comi um pouco. Eu sorri, encostando-me na cadeira.

— Está perfeita...

—Como esperado de um mordomo dos Kyotsu — Sebastian completou, fazendo a habitual reverência.

E assim eram meus dias na mansão: tranquilos e tediosos. Eu achei que ficaria assim para sempre... Mas estava enganada.


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