Adeus Amor! escrita por Mandy-Jam


Capítulo 7
Próxima parada...!


Notas iniciais do capítulo

Vamos ver para onde eles vão agora...



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- Ok. Para onde agora? – Perguntou Hermes no banco de trás.

- Ah, não sei. Tem mais algum palpite feminino, Ares? – Perguntou Apolo rindo.

- Acho que é a sua vez, ensolarado. – Resmungou o Deus da guerra com raiva.

- Eu já disse... Iria para um lugar que pudesse me exibir. Ia ser divertido mexer com todos os mortais. – Respondeu Apolo sem ligar.

- Então... Onde uma mulher pode se exibir? – Perguntou Hermes. Ares pensou em uma resposta, mas não disse em voz alta. Apolo pensou na mesma coisa, mas mordeu o lábio com um sorriso maldoso para não comentar isso ao lado de Ares.

Somente Hermes é que riu ao pensar na mesma coisa, e teve coragem (ou cara de pau o suficiente) pra falar em voz alta.

- Um clube de strip? – Sugeriu ele. Ares cerrou os punhos ao imaginar Afrodite em um lugar desses cheia de homens diferentes dele a cercando.

- Não sei... O que você acha, Ares? – Perguntou Apolo tentando não rir.

O Deus da guerra estava morrendo de raiva novamente. Quem Afrodite pensava que era para causar tanta confusão de propósito?! E ainda jogar na cara dele que estava com outros mortais?!

- Tanto faz. – Respondeu ele de mau humor.

- Mas temos um problema... Se entrarmos lá, eu duvido que Apolo vá querer sair. – Comentou Hermes de brincadeira. Apolo riu.

- Só eu, amigo? – Disse ele olhando rapidamente para Hermes. O Deus das corridas sorriu torto ao pensar na idéia, mas Ares cortou seus pensamentos.

- Não tem problema. Se vocês dois não conseguirem sair, eu os arrasto de volta para esse maldito carro. – Falou Ares calmamente. Apolo e Hermes sumiram com seus sorrisos.

- Você... Está bem? – Perguntou Hermes.

- Por que está perguntando isso? – Quis saber Ares – Eu pareço mal?

- Sei lá. Não sou o mestre nisso, mas... Ela fugiu de você. – Disse Hermes devagar – Acho que não deve estar se sentindo tão bem.

- Ela fugiu de todo mundo, e não só de mim. – Resmungou ele com raiva.

- Mas... – Apolo franziu o cenho olhando para a estrada – Você não sente a falta dela? Nem um pouco?

Ares ficou mudo e encarou a janela do seu canto do carro. Houve um silêncio de um minuto, coisa curta, mas eles puderam notar que aquilo era uma espécie de “sim”.

- Não é da sua conta se eu sinto a falta dela ou não. – Resmungou Ares – Ela foi embora, e ainda por cima quis me ferrar de propósito. Se eu sinto falta de alguma coisa, é da minha moto, e nada mais!

Aquilo soou tão frio, agressivo e grosso que Apolo e Hermes engoliram em seco e ficaram quietos em seus cantos.

O Deus do Sol segurou o volante do carro com um pouco mais de força, e baixou os olhos para o rádio.

- Que tal um pouco de música? – Sugeriu ele.

Ninguém respondeu. Apolo, incomodado pelo silêncio, apertou o botão do rádio fazendo uma música eletrônica muito alta quase estourar as caixas de som do carro.

- Abaixa isso! – Berrou Ares tampando os ouvidos. Hermes fez o mesmo.

- Calma! Eu vou abaixar! – Exclamou Apolo.

Ele tentou apertar o botão de volume, mas acabou aumentando ao invés de diminuir. Ares trincou os dentes, e Hermes se esticou para frente.

- Abaixa logo! – Berrou por cima da música.

- Eu tentei! – Berrou de volta.

Hermes tentou também, mas o painel travou. Ares resolveu usar o seu jeitinho todo especial e delicado para desligar o rádio de uma vez. Cerrou seu punho com força e distribuiu uma série de socos violentos no rádio. Ele quebrou, e juntamente disso... A música parou de tocar.

- Ufa. – Suspirou Hermes voltando para seu lugar.

- Você podia tentar de outro jeito! – Exclamou Apolo chocado – Agora eu não tenho um rádio!

- Você estala os dedos e essa droga volta ao lugar. – Falou Ares aliviado por ouvir o silêncio. Apolo levantou uma mão pronto para estalar os dedos, mas Ares o impediu segurando seus dedos – Não mesmo! Eu quis dizer que você pode estalar os dedos e fazer um outro surgir depois. Agora eu quero ouvir o doce silêncio.

- Dessa vez, eu tenho que concordar com ele. – Comentou Hermes igualmente aliviado pela brutalidade de Ares.

- Vocês são uns chatos... – Murmurou Apolo.

- Então... Vamos mesmo á algum clube desses? – Perguntou Hermes voltando ao assunto. Houve uma grande pausa.

- É... Se não temos idéia melhor... – Comentou Apolo – Mas... Vai ser rápido. Vemos se ela está, e saímos.

Ele sugeriu isso sabendo que Ares não gostaria nem um pouco de ficar lá dentro vendo Afrodite com outro cara, se fosse esse o caso. Em silêncio, Hermes e Ares assentiram concordando, e Apolo voltou seus olhos para a estrada.

Já era quase noite, e Zeus não havia recebido nenhuma notícia de Ares, Hermes e Apolo. A idéia de Afrodite continuar por aí longe do Olimpo estava começando a incomodá-lo profundamente.

O que seriam deles sem o amor?! Quando estavam juntos na reunião isso não parecia ser uma questão tão importante. Ele tinha certeza de que se Afrodite falasse para ele que fugiria do Olimpo e que ninguém sobreviveria sem ela, ele não levaria á sério.

Agiria da mesma forma que Ares agira, e naquele momento estava começando a se sentir culpado por aquilo.

- Zeus. – Disse uma voz feminina. Zeus levantou os olhos e viu Héstia. A Deusa fez uma pequena reverência e se aproximou.

- Olá. – Disse ele em um tom desanimado e tenso. Os olhos dele miraram o chão de mármore da sala, só para não ter que olhar para Héstia diretamente – O que você veio fazer aqui, Héstia?

- Eu vim ver se você está bem. – Respondeu ela calmamente. Zeus apertou a parte do nariz que ficava logo entre os olhos, e os fechou com força. Aquilo era um não.

- Eu pareço bem? Alguém aqui parece bem? – Perguntou ele tenso – Eu posso ouvir que todos lá fora estão brigando e discutindo uns com os outros. E para piorar, eu não tenho idéia de onde aqueles três estão.

- O amor é o que motiva as pessoas. – Disse Héstia com calma – Sem ele, ninguém é unido. Sem ele, nós não somos nada. É uma pena que não notaram isso durante a reunião, enquanto riam de Afrodite.

- Eu sei, eu sei! – Exclamou Zeus com raiva. Ele levantou o rosto e olhou de um jeito superior para a humilde Deusa – Não venha tentar me dar lições de moral! Sei muito bem que errei, e não preciso que venham me mostrar isso!

- Não vim aqui para isso. Só quero falar com você. – Desculpou-se ainda calma.

Héstia agia de um modo tão calmo e tranqüilo, que Zeus se sentiu culpado por gritar com ela. Ele deixou seus ombros caírem e olhou para ela novamente. Dessa vez, sem raiva.

- Sinto muito. É que tudo isso está me deixando louco. – Desculpou-se – Afrodite tem razão. Devemos desculpas á ela.

- Creio que ela gostaria de ouvir isso. – Comentou Héstia – Eu ainda acho que ela pode estar em algum lugar só esperando por esse pedido de desculpas. Mas não adianta ser só de um. Ela provavelmente quer ouvir isso de todos os Deuses.

- Devemos primeiro achá-la. Isso se os três idiotas conseguirem! – Exclamou Zeus irritado com Ares.

- Eles partiram no começo do dia. Sei que devemos achá-la o mais cedo possível, mas pense... Ela não se esconderia em algum lugar que fosse fácil de achar. – Disse Héstia. Zeus cobriu o rosto com as mãos mostrando todo o seu cansaço e fez um gesto de “vá” para Héstia.

- Héstia... Deixe eu descansar, certo? Tenho que tentar me acalmar, porque acho que precisarei entrar em ação para acalmar as brigas muito em breve. – Disse ele, e ela assentiu saindo da sala dos tronos.

Assim que fechou a enorme porta atrás de si, deu de cara com Hefesto. O Deus andava distraído, por isso nem notou a presença de Héstia. Ela suspirou.

Geralmente ninguém notava ela mesmo. A Deusa tocou o ombro dele, e Hefesto se virou franzindo o cenho.

- Ah. Héstia. – Disse ele distraidamente – Eu nem notei você aqui.

- Eu acabei de sair da sala dos tronos, e Zeus está muito tenso com a situação. – Disse Héstia – É melhor Ares achar Afrodite bem rápido. Precisamos dela de volta.

- Sei disso. Estava tentando imaginar onde ela se metera. Talvez junto com algum namorado mortal. – Comentou Hefesto calmamente.

- Provavelmente não. – Disse Héstia – Ela deve estar tentando se esconder no último lugar em que seria procurada.

- Na minha oficina? – Riu Hefesto, e Héstia acabou rindo também – É brincadeira. Quem dera ela estivesse lá.

Héstia viu duas ninfas brigando á uns metros de distancia e revirou os olhos.

- Odeio essa agressividade. Sou uma Deusa pacífica, por isso enxergo a necessidade de ter Afrodite de volta. – Disse ela tentando imaginar onde ela estaria.

- Aposto que Éris deve estar se divertindo com isso. – Comentou Hefesto.

- Provavelmente. Ela odeia Afrodite e ama o caos. – Concordou Héstia, mas então teve uma idéia – Já sei! Qual seria o último lugar que você pensaria que Afrodite estaria?

- Uhm... Eu não sei. Se soubesse já a teria trazido de volta. – Disse Hefesto encolhendo os ombros.

- Eu tenho uma idéia. – Disse Héstia com um sorriso no rosto – Quer vir comigo checar se estou certa?

Hefesto parou para pensar por uns segundos, mas por fim encolheu os ombros.

- O que eu tenho a perder? – Comentou ele acompanhando Héstia.


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Notas finais do capítulo

Quem vocês acham que encontra a Afrodite primeiro?

Os três Deuses, ou Héstia e Hefesto?

Veremos... No próximo capítulo tem POV Afrodite! He he. Vamos ver onde ela está, afinal de contas.

Espero pelos reviews!

Beijos e até o próximo capítulo.