Noite Maldita escrita por William Grey


Capítulo 1
Capítulo 1




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     O sol já estava se pondo. Se aproximava o fim de mais um dia na faculdade de Woodsboro. Os alunos do curso de cinema estavam alvoroçados, pois estava chegando o fim do ano, e sairiam da faculdade preparados para um futuro emprego no cimena. 
     Os alunos entraram na sala para o último horário. Era a aula do senhor Perez. 
     Franco Perez era um dos mais veteranos professores da faculdade. Todos os alunos o admiravam por seu jeito inuzitado de dar suas aulas. Tinha uma barba grande e uma bengala, mas não aparentava ser de idade avançada. Alguns alunos até diziam que ele encorporava um perssonagem diferente a cada aula. Perez nunca falava de sua vida pessoal. Mas todos sabiam que ele tinha vários problemas com a família. A esposa fora violentada sexualmente e morta, e ele ficara sozinho cuidando de sua filha, uma garotinha de apenas três anos. Mas no fundo Perez sabia que em seus alunos, ele encontrava uma verdadeira família. 
     - Bom dia classe! - cumprimentou ele ao entrar e se sentar em sua mesa. 
     A turma toda cumprimentou com grande empolgação. Perez percebeu a alegria de cada um e deu um sorriso desfarçado. 
     - O motivo desta empolgação toda é o fim do ano? - ninguém respondeu, mas acenaram com a cabeça. - Mas saibam que ainda teremos um trabalho. - alguém resmungou no fim da classe - Ah galera, o que é isso? Vocês sempre gostaram dos meus trabalhos, e esse vocês vão adorar! 
     - Qual será profesor? - perguntou Sophia, sentada na primeira fila.      Sophia era uma garota linda, porém se escondia por de baixo de um óculos fundo de garrafa e de toda sua inteligência. Era sempre chamada de Nerd pela turma. Quando alguém a tratava bem, havia um interesse oculto. Muitas vezes ela fazia trabalhos para alguns alunos. Por medo, ou pra se sentir menos excluída... 
     - Que bom que perguntou Sophia! - disse Perez caminhando até ela. - Esse trabalho será de filmagem. -  todos se olharam com empolgação. - Formarão três grupos de dez, e os nomes de cada integrante do grupo estará na minha mesa, no fim da aula podem ir olhar. 
     - Como assim? Não podemos escolher? - perguntou Alice.      

Alice era a patricinha da faculdade. Todos os garotos viviam atrás dela. Vestia sempre roupas de marca. Loira, olhos azuis. Sempre chegava na faculdade após um fim de semana, mostrando fotos de suas viagens. Era um jeito de esnobar as outras garotas. 
     - Não, porque da última vez que deixei vocês escolherem, todos os alunos queriam ser do seu grupo, e como esse trabalho será o último do curso, vai ser especial. - Perez ouviu o reclamação de Alice mas não se importou, já havia se acostumado com o jeito dela.      

- Teremos que fazer um filme amador? - perguntou Sophia. 

- Sim. Vocês irão escolher um tema. Documentário, terror ou Comédia. irão fazer o filme, editar e trazer na próxima semana. O filme deve ter pelo menos uma hora de duração!      

Perez explicou para a turma cada detalhe do filme. No fim da aula, todos os alunos correram até a mesa de Perez para verificar a lista. Alice fora a última a ver. A lista estava assim: 

1: Alice Medina  

2: Sophia Aguiar

3: Amandha Ferrer

4: Júlia Fernandez

5: Roberta Albuquerque

6: Pedro Vasconcellos

7: Thomás Vasconcellos

8: Raphael Rodriguez

9: Diego Salles

10: Rodrigo Mendez 

- O quê? Perez, você colou gente chata no meu grupo! - reclamou Alice.             - Chato vai ser te aguentar... - disse Sophia.      

- Cale a boca, Nerd!    

 - Vai ser bom pra você aprender ser mais humilde Alice! - Perez pegou sua mochila e se retirou da sala. Sobraram na sala apenas os alunos do grupo de Alice. Todos se sentaram para discutir o que seria feito no trabalho.      

- Olha, vamos ter que ficar com o terror. Os outros grupos já pegaram os dois temas, comédia e documentário. - disse Amandha.    

Amandha era roqueira. Se vestia sempre com roupas rasgadas, era fechada com o resto da turma. Era uma das garotas ' Anti-Alice ' da sala. Odiava a patricinha por seu jeito pink de ser. Amandha tinha um relacionamento com Thomás. Os dos sempre negavam os boatos. Mas todos já haviam percebido o lance entre eles. 

- Olha, já que vamos fazer um filme de terror, quero algo sobre bruxas, ou espíritos. - disse Alice.      

- Claro, e assim poderiamos fazer uma versão nossa do filme 'A bruxa De Blair'. - sugeriu Thomás.      

- Isso, já temos a bruxa, não é Amandha? - brincou Alice.    

 - Escuta aqui sua patricinha... - Amandha se levantou pra brigar com Alice, mas foi segurada por Thomás.

- Dessa vez passa, mas você vai me pagar! 
          - Olha meninas, para com isso. Vamos focar no filme! - Roberta se levantou empedindo a briga.      

Roberta era loira, de cabelos cacheados. Filha do prefeito da cidade. A turma achava que por isso, ela recebia benefícios extras na faculdade. Mas somente Roberta sabia de seus problemas. Nunca se abria com ninguém. Nem mesmo com seu namorado, Rodrigo. Era uma garota com vários segredos guardados.      

- Já sei onde podemos gravar. Meu pai tem a chave de um sítio abandonado na saída da cidade. Ele foi comprado pelo meu pai a muito tempo, mas não vai ninguém lá a pelo menos quatro anos.      

- E pdoemos usar? - perguntou Sophia animada.    

 - Claro! Amanhã me encontrem aqui na porta da faculdade que virei com uma vãn e levo todos. É melhor levarem comida, jogos, bebidas... - Roberta olhou para Rodrigo com malícia. - É bem provável que teremos que ficar lá o fim de semana inteiro. Pra gravar.      

- Combinado. Te esperamos amanhã aqui! oito horas está bom? - disse Rodrigo. 

- Sim!      

Terminado a reunião, todos saíram da sala, animados pela gravação. Seria o primeiro trabalho cinematográfico de suas vidas. Mas o que não sabiam, é que este filme, seria baseado em fatos reais...      

Como havia prometido aos amigos, no dia seguinte Roberta os encontrou no estacionamento da faculdade. Estavam todos menos Alice ali.      

- Alguém viu a Alice? - perguntou Júlia.     

Júlia era a melhor amiga de Alice. Estava sempre a acompanhando por toda parte. Pintavam as unhas da mesma cor, se vestiam iguais. Era a sombra de Alice. Tinha uma paixão platônica por Diego, mas sempre sofria por não ser correspondida.    

 Diego era o melhor amigo de Pedro. Formavam a dupla dos pegadores da faculdade. Pedro sempre era visto com uma garota diferente. Mas era Alice quem despertava interesse maior. Já Diego, era daqueles que não acreditava no amor. Achava tolice relacionamentos sérios. 
          - Não eu não vi. - respondeu Sophia.      

- Aquela garota além de chata não é pontual! - reclamou Amandha.                   Ouviram buzinas, e um carro preto estacionou ao lado da vãn de Roberta. Alice saiu do carro vestindo trajes curtos e provocantes. Pedro a devorou com os olhos.      

- Bom dia pessoal! - disse ela se aproximando.    

 - Alice, por que veio de carro? Trouxe uma vãn!      

- Roberta, eu naõ vou no mesmo ambiente que vocês! E além disso, ainda trouxe muita coisa, roupas, maquiagem, e nao caberá tudo na vãn.      

- Mas pra quê tudo isso? É só um fim de semana. - lembrou Sophia.      

- Querida, não se pode fazer um filme sem figurino, e não se pode imitar terror se maquiagem! Se bem que você não precisa.      

- Isso amiga. Eu vou com você no carro. - disse Júlia abraçando Alice.      Amandha segurou Sophia e disse em seu ouvido 'Não liga pra ela, vai ter troco'.      

- Bom gente, vamos indo. A estrada é longa. - Roberta abriu a porta da vãn e os seis amigos entraram.      

Alice e Júlia foram no carro e buzinaram quando sairam na frente da vãn.      A viagem foi tranquila. Roberta sintonizou a melhor estação de rádio da cidade e todos foram cantando. Amandha cantou toda empolgada quando tocaram um rock pesado. 

- Gente, ontem eu vi o filme A Bruxa de Blair, pra poder ter ideias pro nosso filme. - disse Sophia atraíndo a atenção de todos. - Eu escrevi um pequeno roteiro, inspirado no filme.      

- Dizem que este filme foi baseado em fatos reais.. e que um grupo de amigos fora gravar um documentário e esses ataques começaram! - disse Raphael, deixando todos assustados.      

Raphael era como Sophia. Chamado de Nerd pela turma. Usava um óculos fundo de garrafa. Era ótimo com programas de computador. E como Sophia, os alunos da faculdade também o obrigavam a fazer seus trabalhos. Era apaixonado por Sophia, ams sua timidêz não o permitia dizer. As vezes ele percebia que ela o olhava com interesse, mas nunca teve coragem de perguntar.      

- Raphael, eu agradeceria se parasse de nos assustar. - disse Roberta sem desviar a atenção da estrada.      

- Não estou assustando, só levantando fatos!    

-  Mas tá parecendo uma indireta... - disse Pedro. - Um grupo de amigos que vai fazer um filme e uma bruxa começa a atacá-los.    

 - Qual é, gente? - Diego se virou para trás, para ver melhor todos na vãn. - Vocês acreditam mesmo nessas histórias? Isso não existe! Agente vai só gravar um filme de terror. Nossa, que medo!      

- Pode ser. - disse Sophia. - Mas voltando ao roteiro, eu mudei muita coisa, quer ver nem vai lembrar do filme verdadeiro... Precisaremos de alguém para ser uma bruxa... e ela vai matando todos nós durante o filme. E claro, alguém vai ter que ser o câmera.      

- O Raphael faz isso. - disse Pedro. 
          - Por que eu?     - Porque você é bom com esses aparelhor eletrônicos.

- E você também fará os efeitos sonoros e a edição.    

 - Tipico. Eu farei metade do trabalho pra vocês.    

 - Nada disso pessoal. Todos nós vamos ajudar, revezando. Cada hora um filma. Afinal, o Raphael precisa aprecer no filme, se não o Perez não vai aceitar. - defendeu Amandha. Raphael a olhou com um sorriso, despertando ciume em Sophia.      

A vãn balançou bruscamente, e todos se chocaram com a porta lateral da vãn.      

- Desculpa pessoal. - disse Roberta. - Culpa da Alice que me fechou. Essa garota quer morrer!      

- Agora não, preparei a morte dela no filme pra mais tarde. - brincou Sophia, mas ninguém riu. - Gente foi uma brincadeira.      

- Chegamos! - avisou Roberta. A loira buzimou pra avisar a Alice que haviam chegado.    

O carro de Alice também parou, e Roberta desceu da vã para abrir o grande portão do sítio. Alice entrou com seu carro seguida por Roberta. Estacionaram quando chegaram na grande casa do sítio.    

 Era uma casa completamente coberta por árvores, o céu fora completamente escondido pelos longos galhos. No segundo andar da casa dava pra ver que algumas janelas estavam quebradas, mas fora isso, a casa estava perfeita. Por fora não tinha sinais de danos do tempo.    

 - Que casa linda. - disse Amandha ao descer da vãn.    

 - E tem um campo, ali do lado tem a mata. Lembra uma floresta, com um trilho, muitas árvores. Perfeito para uma cena de terror. - disse Roberta. Alice desceu do carro seguida por Júlia.    

 - Roberta, achei que seria mais... abandonada. - adimirou Júlia.    

 - Eu também. Podia jurar que tinha mias janelas quebradas. Mas meu paid eve ter mandado alguém pra cuidar, capinar...      

- Nós podemos entrar? Tem mosquitos aqui fora.

- Alice deu tapas no ar, na tentativa de matar alguns mosquistos que a rodiavam.      

- É seu perfume que os atrai. - disse Sophia.    

- Tá falando que meu perfume é ruim?      

- Não...      

- Gente parem de brigar, vamos lá pra dentro. - Roberta se encaminhou pra porta da casa e a abriu. Todos entraram atrás dela.      

Roberta acendeu a luz da sala. Fazia frio dentro da casa. Os móveis estavam cobertos por lençois. Roberta descobriu os sofás e as estantes. Alice e os outros entraram olhando cada detalhe da casa.      

- Essa casa é enorme.- disse Thomás olhando para a escada de acesso ao andar superior.      

- Perfeito Thomás. É naquela escada que você morre! - disse Sophia.    

 - Sophia para. Acaba assustando agente! - gritou Amandha.    

 - Bom pessoal, lá em cima tem vários quartos, camas de casais, de solteiros, vocês escolhem, e eu vou lá na cozinha preparar um lanche. Quem tiver trazido comida deixa aqui no chão as sacolas que levo rpa cozinha. - disse Roberta.      

- Eu te ajudo a levar. - se ofereceu Diego.      

- Obrigado Dieguinho, mas essa fêmea já tem quem a ajude. - disse Rodrigo pegando as sacolas.      

- Fêmea? Que horror! - reclamou Roberta.

Enquanto Roberta e Rodrigo foram para a cozinha, os outros subiram para o segundo andar. Sem ninguém perceber, já estavam todos deitados e dormindo. 


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