Between Good And Evil escrita por Hoppe
Notas iniciais do capítulo
Espero q gostem e boa leitura :D
A musica do capitulo é essa: http://www.youtube.com/watch?v=zMmQSEaS-w0
KISSES S2
- Ele não vem, não é mesmo? – perguntou Madame Pomfrey olhando para a porta da Ala Hospitalar.
- Acho que não... – falei e em seguida bocejei.
Já passava do toque de recolher, e sabia que meu corpo não agüentaria por muito tempo.Afrouxei mais a minha gravata e apoiei minha cabeça na parede.
Meus olhos pesaram mas forcei a mim mesma a continuar acordada.
- Tudo bem... – falei e me levantei – eu vou procurá-lo pelo castelo....
- Oh, querida....você esta exausta, não precisa... – ela sorriu amavelmente e eu dei de ombros.
- Ele precisa da poção...e agora sou a responsável por ele – falei e ela concordou me estendendo o frasco com a poção azul neon.
- Obrigada... – falou enquanto eu caminhava para fora.
Nos corredores escuros a poção sacudia no frasco e ofuscava um brilho neon.
- Theodore idiota... – eu resmungava – qual é o problema dele? Aquele filhinho de Comensal....
- Que eu saiba, você também de filha de um Comensal, Srt.Dolohov – pulei de susto quando ouvi uma voz atrás de mim.
Me virei para trás rapidamente e meu rosto esquentou quando eu o vi parado.
- Você...ouviu? – perguntei olhando para o chão.
- Obviamente.... – respondeu passando por mim.
Ele estava mais pálido do que antes, as olheiras também estavam mais escuras e seus cabelos que antes emitiam certo brilho estavam opacos....
Sacudi a cabeça, me perguntando novamente por que eu sempre observava certos detalhes em Theodore Nott.
Comecei a segui-lo em silêncio, com as mãos agarradas a varinha caso ele de repente se virasse para mim e me lançasse a Maldição da Morte.
Sacudi minha cabeça novamente, certa de que o horário não fazia bem à minha imaginação.
Então, ele parou em frente a tapeçaria, perto de onde eu havia encontrado-o desmaiado.Uma porta de ferro apareceu e ele não hesitou em adentrar na sala.
Segurei a porta e entrei também.
- O que esta fazendo aqui? – ele perguntou em um murmúrio.
- Você não apareceu na Ala Hospitalar.... – falei – devia ter ido lá para tomar a poção...
- E você resolveu me seguir? – perguntou se virando para mim.
- Não! – exclamei – não estou te seguindo....
- Então... Por que esta aqui? – perguntou.
- Para lhe dar a poção... – falei estendendo o frasco para ele.
Theodore continuou parado, me encarando sem nenhuma emoção e em seguida soltou uma risada sem humor.
- Por que vocês insistem em fazer isso? – perguntou – Não preciso que sintam pena de mim!
- De quem esta falando? – perguntei.
- De você e Madame Pomfrey! – exclamou alto e eu recuei um passo – Não agüento ter que conviver com os olhares de pena que sempre lançam para mim!
- Você acha que...que eu estou fazendo isso por que eu quero....por pena? – perguntei começando a me irritar.
- Acho! – respondeu curto e grosso – ouvi a sua “conversa” de ontem com Madame Pomfrey....me diga...por que esta fazendo isso?
- Por que acha que há algum motivo por trás disso? – perguntei.
- Sempre há – respondeu e se virou para o outro lado, começando a andar pela imensa e vazia sala.
- Theodore....eu...estou exausta... – falei andando até ele – por favor...beba a poção...
- Não vou beber! – ele se virou.
- Não se comporte como uma criança! – eu gritei e ele soltou outra risada sem humor.
- Por que eu beberia? Minha vida já esta uma droga! – exclamou – Prefiro morrer!
- NUNCA MAIS DIGA ISSO! – eu gritei e ele me encarou.
- O que? – perguntou.
Controlei minha raiva e respirei fundo.
- Minha mãe e eu vivemos em uma batalha! – falei olhando para o chão – Enfrentamos qualquer coisa com o propósito de nos manter vivas! E você....você prefere morrer? Qual é o seu problema, Theodore? Só por que sua vida esta uma merda você acha que esta pior do que a minha?
- Ser um Comensal é muito pior do que ter que se esconder de um... – murmurou.
- Não! Você nem sequer sabe o que eu passo! – exclamei.
- Então...me diga! – ele se virou para mim e se aproximou – me diga o que é pior do que ser um Comensal?
Olhei para baixo.
- Fugir de uma pessoa que desde que nasci o chamei de pai – murmurei e voltei a encará-lo – Isso não é o bastante?
- Para mim não – respondeu e eu levantei minha mão, na menção de lhe dar um tapa no rosto, mas ele segurou meu pulso.
- Você é tão...mesquinho – falei com os olhos cerrados – Não sei por que aceitei ser responsável por você....
Ele apertou mais o meu pulso e reprimi um gemido de dor.
- Você não sabe o que fala, Dolohov... – sussurrou com os olhos vermelhos.
- Eu sei, Nott.... – falei – Por que...mesmo que nossas situações sejam diferentes....temos a mesma dor...angústia....o peso nas costas....
Ele soltou meu pulso e se afastou de mim.
- Veio aqui para fazer um discurso? – perguntou.
- Não....vim aqui apenas para trazer a poção... – falei e andei até ele estendendo o frasco.
Relutante, ele pegou o frasco de minhas mãos e bebeu em um gole só.Antes de me virar na direção da porta, lancei a ele um último olhar.
- Eu...eu vou ajudá-lo, Theodore... – murmurei.
- Dispenso a sua ajuda, Dolohov... – ele falou – dispenso qualquer tipo de ajuda.
- Eu..eu te vejo amanhã, então... – falei mas ele não falou mais nada, apenas continuou parado no centro daquela imensa sala, olhando para o chão com os punhos cerrados.
Saí da sala e fechei a porta lentamente.Escorreguei minhas costas pela porta e me sentei no chão, colocando as mãos no cabelo.
- No que eu fui me meter? – perguntei em um sussurro.
Por que eu sentia tanta....pena quando se tratava de Theodore Nott? Nunca senti pena de nenhuma pessoa....nunca....
Por que tinha que ser justo Theodore Nott? O garoto do qual minha mãe queria distância minha?
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