Caminhos para o Inferno escrita por Nynna Days


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo e esse tem bastantes revelações.



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Capítulo 18

Consegui fazer alguns curativos em Liene, mas para a segurança do bebê, nós a levamos para o hospital. Kris havia ficado no esgoto para queimar os corpos dos metamorfose não deixar nenhum vestígio ali.

Vocês devem estar se perguntando o porque de queimarmos os corpos. Bem, apenas vamos dizer que minha avó não ficaria muito feliz em ver a sua neta e a vizinha morta. E logo depois, elas aparecerem inteiras.

Se fosse comigo, teria um ataque cardíaco.

Quando chegamos em casa, mal conseguíamos nos mexer. Toda a adrenalina já havia perdido o efeito. Tudo o que fizemos foi tirar nossas roupas que tiveram contato com o esgoto e colocar nossos pijamas.

Eu estava indo para o meu quarto , me deitar, quando a Barbie me chamou no corredor. Não me surpreendi muito com o seu “pijama”. Enquanto eu estava com a minha calça de moletom e minha regata preta, Barbie estava com um short azul marinho e uma regata azul clara.

Descobri que ela era tão viciada em azul quanto eu era em preto. A acompanhei até o seu quarto , onde me joguei em sua cama. Se ela não falasse logo o que queria, havia um grande risco de eu cair no sono ali mesmo.

Barbie se sentou em uma cadeira em frente a cama e me encarou. Parecia que ela estava procurando ou esperando alguma coisa. Quando finalmente desistiu, me olhou nos olhos e sorriu.

Aquele sentimento de paz novamente em mim.

“Como você sabia que eu era a verdadeira?”, ela finalmente perguntou. Era isso que ela queria saber? Tão fácil.

“Kris me ajudou com aquele negócio de ' cheiro do sangue sobrenatural' e também por causa disso.”, eu apontei para a cruz que oscilava em seu pescoço. Sua mão foi para ela e sorriu.

Me apoiei no cotovelo para vê-la melhor. Como uma viagem de tão pouco tempo pode aproximar duas pessoas de mundo totalmente diferente.

“E você, Barbie?”, eu sorri. “Como sabia que eu era a verdadeira e não uma cópia barata?”

Barbie revirou os olhos antes de responder. Uma coisa que ela sempre fazia quando eu perguntava algo idiota ou que a resposta fosse óbvia.

“Você nunca iria dizer o que o metamorfo me disse.”, Barbie riu.

Ela tinha razão. Era mais fácil eu conhecer um elefante azul voador , que falasse quatro línguas diferentes e soletrasse o meu nome de trás pra frente em latim, do que eu dizer aquilo que o metamorfo disse.

“E também”, Katy continuou. “você morde o seu lábio inferior quando mente.”

Como ela havia descoberto em uma semana e meia o que meu namorado de dois anos não sabia? Era engraçado como a minha vida havia virado de cabeça para baixo. Em um momento, eu estava na vida “Normal” e no outro, estava caçando com a Barbie. Quem diria?

“Você já sentiu como...”, Katy perguntou depois do nosso silêncio. Voltei a minha atenção para ela e a vi lutando com as palavras. Finalmente as soltou. “Você já sentiu como se não pertencesse a esse mundo?”

“Eu me sinto assim todos os dias.”, nós rimos.

Me levantei e fui para o meu quarto para descansar. Logo o sol iria nascer e Kris estaria aqui para nos encher. Apaguei.

Desde o dia do enterro da minha mãe, nunca mais tive o sonho estranho. Eu já estava tão acostumada com ele que me deixou um tipo de vazio. Mas ao mesmo tempo, nunca mais acordei gritando, o que era bom. Não sabia qual seria a reação da Barbie a minha histeria noturna.

Os únicos que sabiam desse sonho eram minha mãe e Snickssah. Poupava os outros dos meus distúrbios mentais repentinos. Lá na escola, eu era a forte, a estranha, a encrenqueira, tudo o que se podia imaginar. Mas apesar de todas as implicâncias sobre o que eu visto e leio, ainda sentia falta de casa.

De manhã, senti o sol batendo no meu rosto e me obriguei a acordar. Apenas para que me deparasse com Kris. Ele estava sentado na cadeira que ficava em frente a minha cama. Vocês devem ter imaginado como eu me senti quando acordei e dei de cara com aquele Deus Grego vampírico. Meu coração foi a duzentos por hora. Parte por causa do susto e parte por causa de sua beleza.

“Então, é tabu ou vocês não dormem?”, perguntei tentando fazer uma piada matutina. Kris sorriu e deixou as suas presas amostra.

“Pequena Twist.”, ele riu. “É claro que dormimos. Somos apenas humanos com presas, apetite poe sangue e sentidos mais aguçados.”, ele apontou para as suas presas e deu um peteleco em cada uma.

Nesse exato momento, Barbie apareceu e na porta coma mala na mão. Ela já estava pronta para ir embora. Apenas eu estava atrasada. Vi Kris e Barbie se encararem e acenarem um para o outro, sérios.

“Bem”, eu disse me levantando da cama. “Vocês vão me ajudar com a mala ou vão mesmo esperar a minha boa vontade?”

Antes que terminasse a irônica frase, Kris e Barbie já estavam catando todas as minhas coisas e colocando em minha mala. Barbie pegou o diário e sem querer, o deixou cair no chão.

Eu e ela fomos pegá-lo ao mesmo tempo enquanto Kris terminava de guardar as minhas roupas. O diário havia se aberto em uma das páginas finais e quando o peguei, vi que estava datado a apenas dois anos atrás.

Curiosidade me bateu querendo saber se a minha mãe havia cuidado de alguma criatura sobrenatural recentemente. Mas o que eu li não me deixou mais tão excitada.

23 de janeiro.

Esse tal de Colin que a minha pequena Emi está namorando não é humano. Eu tenho certeza, fiz o teste quando Emi foi ao banheiro. Eu fui pegar uma bebida na geladeira e quando voltei, Lucio estava encarando Colin, rosnando.

Nunca o tinha visto assim antes. No início, pensei que era só implicância dele com o namorado de Emi. Mas depois eu descobri que não era. Sem querer , tropecei no tapete e Colin foi ao meu lado para me ajudar. Eu disse “Ai meu Deus” e quando olhei para Colin novamente, seus olhos estavam vermelho sangue.

Exatamente como ficam os olhos de um demônio lutador quando pronunciamos o nome de Deus perto.

O pior de tudo é que não posso contar a Emi. O que ela vai dizer se eu contar a verdade? “Emi, seu namorado é um demônio do mal, sua avó é uma mediadora e eu, uma caçadora.”. Ela me chamaria de louca . Então o único jeito é deixar o guardião dela de olhos abertos e dizê-lo para ficar mais atento.

O diário caiu da minha mão para o chão, mas eu nem notei. Estava em choque. Não podia acreditar no que tinha acabado de ler. Meu namorado era um demônio? E do mal?

Barbie, que leu tudo por cima do meu ombro, também ficou em silêncio. Até que eu ti de nervoso e a encarei com uma piada na ponta da língua.

“Bem, fazer o quê?”, dei de ombros. “Ele era perfeito demais.”

Ela piscou como se saísse de um transe e focalizou o seu olhar em mim. Depois me acompanhou na piada.

“A gente aqui, correndo atrás do sobrenatural e ele estava bem de baixo do nosso nariz.”, ela também riu de nervoso.

“Mas tem uma coisa me incomodando.”, olhei para Kris que nos assistia como se fossemos malucas. “Quem é Lucio?”


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Notas finais do capítulo

Faltam apenas 2 capítulos para o fim, o que acontecerá agora?



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