- Precisamos conversar sério. – Eu esperei ele continuar – Você deve ter reparado na marca negra que James tinha em seu braço, não é?!

Eu apenas assenti com a cabeça.

- Você também a terá. – Ele anunciou e continuou antes que eu protestasse – Mas a sua será diferente. Será a marca de minha Lady. Aceita Mon Petit?

- Aceito.

Ele tocou a varinha na parte interna do meu antebraço direito. Senti uma forte dor e então tudo escureceu.

POV Tom

Não acredito! Fiz ela desmaiar. Droga! Mas ela precisa da Marca, estará mais protegida.

POV Lola

Acordei sentindo meu braço arder levemente, olhei e Tom estava deitado ao meu lado. Olhei meu pulso. Era como uma tatuagem: Uma rosa vermelha com uma serpente em seu caule. Era linda.

Depois disso foi tudo normal. 1 mês havia se passado, e hoje iríamos embora para passar o natal em casa. Eu convidei Tom, e ele aceitou.

- Tom! Vamos logo. Chegaremos atrasados. Meus pais detestam atrasos! – chamei-o pela décima vez, e ele continuava a falar com seus capachos.

Logo ele se virou e veio em minha direção, beijando-me nos lábios.

- Você é impaciente.

- Sério? Nem sabia. Vamos logo Tom, vou pegar meu malão. - Alguns minutos depois voltei carregando um pesado malão e Tom como o grande cavalheiro que é, se ofereceu para me ajudar. Sim, fui irônica! – Tom! Obrigada por ser um belo cavalo. Nem me ajudou a levar meu malão.

Tom me olhou divertido e continuou seu caminho. Entramos no Expresso e nos sentamos numa cabine com Ryan e Arnold que estavam rindo, e com James. Este último estava muito calado e com fundas olheiras na pele excessivamente pálida, coisa que estranhei.

Assim que sentamos James me olhou e eu pude ver desespero em seus olhos. Assim que notou que McFinigan me encarava Tom o olhou com um ódio mortal nos olhos e disse baixo e frio:

- Quer falar algo com minha namorada, James? – Terminou dizendo o nome do garoto com repulsa.

- Senhores, – Chamei e todos me olharam e então continuei. – eu preciso conversar com Tom agora. Se importam de nos deixarem alguns minutos a sós?

Nenhum deles se mexeu para sair, apenas olharam para Tom, como se esperassem alguma ordem de seu mestre. Bufei de raiva e Tom notou isso.

- Saiam – Ryan foi abrir a boca para falar algo, mas mon amour o cortou – Agora. – A ultima parte soou como uma ameaça.

Eles se retiraram imediatamente.

- Ahhh Tom, odeio quando eles fazem isso! Não sou nada diferente deles. Me sinto inferior. Isso é péssimo! – Falei fazendo biquinho.

Tom sorriu carinhosamente para mim.

- Logo resolverei essa questão, Mon Petit. Mas agora diga-me o que queres falar comigo.

- Acho errado Tom, você os tratar assim. Acha que não sei o que fez com James? Acha que eu não sei que a horrível aparência dele se deve pela cessão de tortura que ele recebeu como premio por ter te questionado? Não sou bobinha como as outras garotas de Hogwarts.

- Vai defender aquele insignificante agora, Lola? – Perguntou-me ele sério.

- Vou sim, Tom querido. Porque ele até pode ser insignificante agora, mas já foi meu melhor amigo, com quem cresci e fui muito feliz. E o desafio que ele lhe fez, foi por se preocupar comigo.

- Não o defenda, Lorena. Não permito isso. Você deve ficar ao meu lado. Eles, todos aqueles que pensam serem meus amigos, não me passam de servos. E espero que você como minha Lady, não demonstre fraqueza neste assunto.

Eu entendi. Aquilo não foi um pedido, e sim uma ordem. E eu teria que obedecê-la.

- Claro, Tom. Mas continuo achando isso terrivelmente errado.

- Mi Lady, é necessário. Acredite. Venha, vamos comer algo.