POV Lorena

Chegamos ao Jardim e tudo estava silencioso demais. Olhei para o lado e vi Tom e Abrax. Mas era estranho. Quero dizer, não eles estarem no jardim, pois eu sabia que estariam e por isso vim para cá; o estranho é que apenas NÓS estamos no jardim.

Me direcionei para a porta principal do hotel, mas bati em algo invisível, caindo no chão. Vi que meus amigos tentaram fazer o mesmo, e novamente o mesmo aconteceu com eles.

- O que houve? – Perguntei.

- Alguém não quer que saiamos daqui. – Respondeu Abrax, tornando-se subitamente sério.

- E vocês tem razão, meus pequenos bruxos. – Disse uma voz masculina desconhecida.

Olhei para trás de nós e vi um homem de aproximadamente 30 anos nos olhando raivosamente. Ou melhor, ele olhava para Tom raivosamente.

- Vocês tem algo que eu quero. – Disse-nos ele.

- E o que seria? – Perguntou Millena, com a voz calma.

- Tom Marvolo Riddle. –disse ele de maneira lenta.

- O que? – Perguntei. – Quem é você?

- Ah sim, que falta de educação a minha com as senhoritas. Me chamo Gregory Flintyer. Acreditem ou não, vim do futuro. – Nesse momento todos o olhavam como se fosse louco. – Ah por favor, não me olhem com esta cara. Tenho 32 anos, na época que estudei em Hogwarts fui da Corvinal, puro sangue. Casei com uma Grifinória nascida-trouxa, Miranda Hudgsin. Tivemos uma filha. Hellen. Ambas morreram em um ataque a minha casa. Dois comensais da morte querendo minha esposa por ela ser nascida-trouxa. O termo deve ser bem conhecido para alguns de vocês. – Ele disse-nos. Ambos os 4 sabiam sobre os comensais. Abrax contou a Milla, com a permissão de Tom. – Mataram minha esposa na hora. Mas minha filha... eles iam a matar, mas neste momento Voldemort chegou! Ele a torturou por horas. Ela era uma garotinha. Tinha apenas sete anos! E depois a matou. Quando iria me matar, aurores apareceram, e eles fugiram. Mas Voldemort continuou sua destruição. Pesquisei por anos! E aqui estou, para cortar o mal pela raiz. Acabar com quem viria a ser Voldemort.

Ele queria matar o Tom. O meu Tom! Não!

- Crucio! – Gritei com minha varinha apontada para ele. Teria o pego de surpresa, mas uma voz muito conhecida pode ser ouvida.

- Protego! – E assim uma parede mágica se formou entre eu e o tal Gregory. Olhei para o lado, e vi James com a varinha apontada para mim.

- Desculpe, Lola. É a única forma de impedir que você se torne como ele. Tom Riddle deve morrer.

E então tudo aconteceu muito rápido. Mais 3 pessoas apareceram. Então eram 5 contra nós 4.

POV Millena

Eu estava duelando com um dos novos homens que apareceram.

- Estupefaça. – Gritei e meu feitiço atingiu o homem em cheio. Ele desmaiou bem na minha frente. Corri até ele, peguei sua varinha e a quebrei ao meio.

Ao meu lado pude ver um jato de luz verde saindo da varinha de Abrax e em seguida o homem caindo ao chão com seus olhos abertos e sem vida. Abraxas usou a maldição da morte e isso nem sequer o abalou. Sei que EU não seria capaz.

POV Abraxas

Quando matei aquele homem olhei para o lado, e vi Milla me olhando. Corri até ela. Minha preocupação era protegê-la.

Ao nosso lado, Lorena duelava com James, e pelo que parecia já tinha nocauteado um dos homens que haviam aparecido depois.

Vi quando ela lançou um crucio em James e gritou.

- Isso é pela traição.

Logo em seguida ouvi sua voz novamente.

- Ascendulen Egnoturs. – Eu sabia o que era aquele feitiço. James não conseguio bloqueá-lo e manchas negras apareceram em sua pele. Ele não demoraria a morrer. – E isso é por querer a morte de Tom.

E neste mesmo momento, ouço a voz de Tom. Parece que Lola também a ouviu.

- E você, mesmo tendo investigado minha vida toda, vindo do futuro, sendo mais velho e mais experiente ainda não consegue ser melhor que eu. E sabe por quê? – O homem caído a seus pés, com o corpo cheio de cortes, não respondeu apenas respirou pesadamente. – Porque eu sou Lord Voldemort. Avada Kedavra. – E assim o homem parou de respirar.

Enfim tinha acabado.

POV Lorena

Eu corri para o lado de Tom, enquanto Abrax abraçava e consolava Millena.

Aquilo tinha acabado, ou era isso que todos nós pensávamos.

Então eu o vi. Ele estava em pé com o rosto cheio de manchas negras, a varinha erguida e apontada na direção do Tom. E eu sabia o que ele queria fazer: Exterminar o mal, exterminar Tom. Não.

Então eu ouvi as palavras:

- Avada... – Dizia ele. Nesta hora eu soube o que fazer. Não fiquei confusa e nem com medo. Eu sabia o que teria que fazer.

Me abracei a Tom e olhei-o nos seus olhos. Ele me olhou confuso e eu sorri em sua direção.

- Eu te amo. – Disse a ele.

E então ouvi.

- ... Kedavra. – James terminou sua frase.

- Eu tam... – Foi a ultima coisa que eu ouvi a voz melodiosa falar. E então senti um forte baque em minhas costas, na altura de meus pulmões. E tudo ficou escuro. Sabia que estava morta.

Abri os olhos lentamente, estava muito claro, mas mesmo assim que ainda via.

Eu os via. Me via também.

Estava deitada no chão, com Tom abraçando meu corpo. Meu corpo... É isso! Eu morri e estava vendo-me agora. Eu realmente estava morta.

Tom chorava, soluçava na verdade. Nunca vi ninguém em tamanho desespero. Senti-me mal por isso, mas tinha consciência que era melhor vê-lo triste do que vê-lo morto.

Vi James parado, branco e horrorizado olhando para meu corpo morto. Ele havia me matado. Dizia que me amava, mas me matou.

Foi quando Abraxas e Millena chegaram. Quando eles viram as cenas foi tudo muito rápido.

Ambos logo entenderam o que acontecerá ali momentos antes. Mille começou a chorar, e Abraxas olhava chocado para meu corpo inerte no chão frio do castelo.

Então eu vi algo de estranho em meu amigo Malfoy, seus olhos brilhavam em um tom assustador de vermelho e ele logo apontou sua varinha para James.

E tudo aconteceu rápido.

Uma luz verde atingiu Jay bem no meio de seu peito. Fazendo-o cair para trás com um baque surto, e os olhos ainda abertos e assustados.

Mas não fora Tom que o matara e eu tinha certeza que o feitiço não havia saído da varinha de Abraxas. Quando olhei mais para o lado, vi Millena com a varinha apontada para o corpo de Jay e então eu soube quem lançou o feitiço que o matou.

Abraxas logo abraçou a namorada e essa pôs-se a chorar descontroladamente.

Eu não suportava mais ver aquilo tudo.

Foi quando tudo sumiu e eu fiquei em uma sala branca.

I don't mean to leave you.