Paixão ao Vermelho escrita por nique-chan


Capítulo 12
Cáp. 11 - Faça-me lhe entender.




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Não havia como errar, aquele era o meu quarto.A cadeira que ficava enfrente a escrivaninha, agora estava ao meu lado sustentando o moreno que me olhava com aqueles olhos preocupados.”Não me olha assim”, disse.Não surtiu efeito, ele permanecia sério e com o olhar preocupado.

 

 

 

- Sakura, aquela não era você. – Disse-me enquanto se ajeitava na cadeira.Eu me encolhi na cama na forma de esconder-me, mas ele continuava a me fitar daquela forma. – Conte-me o que aconteceu.

 

- Não sei dizer ao certo.Foi tudo muito rápido, ela me chamou de testuda e depois disso não lembro direito, só da dor e... Mais nada! – Escorava-me na parede da cama.Realmente eu não lembrava de nada, é como se... Outra pessoa se apoderasse do meu corpo e deixasse poucos vestígios do que fez.

 

- Como não lembra?Sakura, você quase sufocou a Simon e ainda deu um soco no rosto dela, como não se lembra de ter feito isso? – Ele se levantou da cadeira e a pôs no lugar onde ela estava.Caminhou novamente para a direção da cama e agora ficou em pé com suas mãos nos bolos da calça. – Sério mesmo que não se lembra?

 

- Não, nada mesmo.

 

- Que dor é essa que você mencionou?

 

- É uma dor que senti quando estava saindo da multidão.Meus olhos começaram a arder muito, não agüentando de dor eu cai, e quando eu os abri enxerguei tudo vermelho, até o momento na árvore e agora. – Levantei meu rosto para ver a expressão de Sasuke, este apenas me olhava sem expressão alguma.Indiferente.Ele deu espaço para levantar-me da cama, quando levantei andei em direção ao meu banheiro.

 

 

 

Lavei bem meu rosto com apenas a água gelada que saia da torneira que acabara de abrir.Quando terminei, apenas fiquei a observar a água escorrer lentamente da torneira para o ralo da pia.Finalmente fechei-a e ergui minha face para o espelho, dando de encontro no reflexo Sasuke na porta.Parecia ainda esperar por uma resposta, mas eu disse tudo o que eu realmente lembrava-me, não escondi nada.

 

Ficamos nesse silêncio apenas fitando-nos através do reflexo do espelho.Finalmente me libertei daquele transe e virei para olhá-lo cara a cara.Mas quando me virei, ele não estava mais na porta, e sim a minha frente.

 

Como sua ação foi tão surpreendente pra mim, tive que me segurar na pia enquanto encarava-o.Ele continuava sério enquanto nossos corpos já estavam juntos.Ele se aproximava cada vez mais, e quando eu menos percebi, ele me deu um abraço forte, porém carinhoso.

 

Fiquei sem reação no começo, mas depois correspondi ao seu  abraço, não da mesma forma que ele me abraçava, mas do meu jeito.Ficamos um bom tempo abraçados e no silêncio mórbido dentro daquele banheiro, até ele pronunciar-se bem baixo.

 

 

 

- Talvez eu nunca possa te proteger como eu quero. – O que ele quer dizer com isso?Agastei-me lentamente de seus braços fortes, foi então que percebi que lágrimas escorriam de seu rosto de pele morena.

 

- Por que diz isso? – Falei enquanto retirava suas lágrimas que persistiam em escorrer de seu rosto.Ele pegou uma de minhas mãos e começou a acariciá-la.Seu toque era leve, porém gelado.

 

- Eu vi que naquele momento não era você.Por que você nunca me conta sobre seu passado completo?Por que você não quer contar-me tudo? – De acanhado passou para desesperado.Olhei-o com um sentimento estranho, não quis identificá-lo, pois quero negar o que ele é.

 

- Não é bom mexer muito com o passado.Não quero lembrá-lo agora, um outro dia talvez.Prometo. – E aos poucos me aproximei dele, ele se surpreendeu com o que eu pretendia fazer.Finalmente encostei meus lábios levemente nos dele e me afastei voltando para aquele abraço que ele havia me dado.Sabia que ele ficou surpreso, pois depois de um bom tempo ele retribuiu o meu abraço.

 

 

 

~

 

 

 

Estávamos no Lago olhando o pôr-do-sol, como de costume.De mãos dadas, apenas ficamos a olhar para a linha do horizonte.

 

Tola.Isso que eu sou depois de todo esse tempo.Demorei 1 ano e alguns meses para perceber uma coisa óbvia.Estou amando.

 

 

 

Fim~


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