Chama Branca escrita por kamis-Campos


Capítulo 4
O inesperado


Notas iniciais do capítulo

Oiii! em minha opinião... demorei muito pra postar... Sério! Então, mais um cap de "Chama Branca" com uma bela surpresinha, uma nova personagem e sua louca familia.



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Capitulo 4 – O Inesperado

POV Edward

Com tudo em mãos sai do hotel em destino ao pequeno aeroporto de Port Angeles. Mal o sol tinha nascido e eu já estava fazendo o checkin Fui ao longo do caminho pensando nos meus propósitos.

Eu tinha razões que até a própria razão desconheceria. Todavia, a decisão estava tomada, concreta e sem hesitações, iria embarcar naquele avião e voar em direção a Atenas. Apesar, de sentir uma fina dor de estar, a cada passo, distanciando-me daqueles que eu amo.

A propósito, não podia deixar de mencionar a grande excitação que isso estava me fazendo sentir. Sentia-me como um adolescente que fugira de casa e os pais estão à procura. Bastaria apenas o grande prazer, porém existia um vazio em mim. Algo estava em falta, era como se eu fosse um pastel de vento.

Edward! Uma mente eufórica e um tanto irritante, me focalizou. A conhecia muito bem para identificá-la à distância. Justamente, assim que me viro uma baixinha de cabelos espetados e voz de fada, enlaçou meu pescoço em um abraço sufocante.

- Eu sei que odeia despedidas. – disse ao me soltar. – Porém, não permitiria deixá-lo ir sem te vê.

- Alice. – suspirei, desviando meu olhar para o dono de uma mente ressentida e triste. Jasper apenas abriu um meio sorriso ao me vê. – Olá, irmão. – eu o disse, um pouco sem jeito.

 - Edward. – acenou pesaroso, no entanto, depois de segundos em um silêncio horrível, me abraçou em afeto. – Desculpe por aquilo, mas... Foi necessário!

- Eu sei, Jasper. – dei palmadinhas de leve em suas costas. – Apenas disse o que era para ser dito. – ele suspirou junto comigo.

- Carlisle não veio porque ainda está muito chateado com você. – disse Alice, prevendo a pergunta que eu iria fazer ao que se deve a presença de somente deles dois. Não que eu me importasse, mas era estranho. – E Esme, viria se não fosse seu ataque de choro...

- E Emmett não veio por causa de Rosálie, que está puta da vida contigo. – Jasper balançou a cabeça teatralmente e sorriu. Mas, logo ele pausou me fitando. Eu não queria saber de Rosálie, apenas duas pessoas me preocupavam e ele pareceu ler meus pensamentos, ou minha expressão em meu rosto foi tão clara que ele nem se deu ao trabalho. – E Nessie e Bella... Bom, decidiram ficar, já que Renesmee insistiu em não te vê. Ela disse que você as abandonou para sempre e que era melhor se acostumar em não vê-las.

Aquilo me doeu internamente, tão profundo que eu senti nas minhas próprias entranhas. Era consciente de que ela ficaria assim, porém não estava preparado para enfrentar tal verdade. Na qual me submeti a bater de frente. Será que ela me perdoaria?

De um tempo depois, Jasper se aproximou sério e colocou a mão em meu ombro, sabia que ela estava pronto pra me dar um sermão, mas logo sua expressão se suavizou e ele pensou.

Eu só espero que esteja certo no que decidiu. Sorriu levemente, ele podia sentir em mim que eu estava convicto do que eu queria, porém temia por eles e por minha filha. Só em me imaginar distante, faz com que a angustia retorna. Como se a cada passo que eu dava, o perigo se aproximava mais.

- Sei o quanto é difícil de acreditar... – lutei contra as palavras, que apenas queriam ficar presas em minha garganta. – Mas, um dia... Eu voltarei. – nesse momento uma voz anuncia o meu vôo, que tanto anseio e, apenas levanto os olhos para vê o flash de dor passar nos olhos de meus irmãos.

Seria a última vez que os veria? Seria a última a oportunidade de lhes falar o quanto os amo? Que mesmo que aquela fadinha sendo tão irritante, ainda a amo... Mesmo que Jasper seja um tanto excluso e misterioso, ainda o amo... Mesmo, além de seus defeitos, são minha família e nunca os deixarei... Pra sempre.

Um gesto vale mais que mil palavras, então os abracei, sentindo-os me envolver. Sabia que para um vampiro anos valeriam de nada, mas aquela parecia a chance perfeita de me despedir e dizer o quanto os amo, o quanto são importantes pra mim. Parecia que seria a última vez que os veria como Edward Cullen.

- Você está mentindo... – Alice murmurou ainda em nosso abraço coletivo. Nos afastamos para encará-la. – Parece que vai embora de verdade... Como se não fosse nos vê nunca mais. – em sua mente, ela temia por aquilo, ela não queria que eu sumisse da vida dela, como tantos já fizeram.

- Alice, como você pode constar – aliso sua face tristonha de fada. – Meu futuro está incerto.

Aquilo era uma verdade. Por mais que ela quisesse, ela não podia me vê, não me podia vê voltando... Pois, eu ainda não estava decidido do que eu faria dali pra frente, só que eu irei pra Atenas. De lá pra frente... Só o destino me revelará.

- Amo vocês... Amores! – disse brincando e sorrindo, enquanto caminhava para o portão de embarque.

- Também te amamos... Imbecil! – Jasper sorriu, imitando minha expressão o que o fez ri, junto comigo.

- Tchau, Edinho! – Alice exclamou, quando estava quase pra sumir no grande portão apinhado de gente. Fecho a cara e ela gargalha, junto com Jasper e, então aquilo foi apenas o único som

Uma existência cheia de surpresas, onde o futuro é indecifrável e onde ficaria longe de tudo e todos. A viveria de um dia de cada vez, esperando que aprenda algo com ela e receba em troca. Eu esperava por isso, que no fim, algo valeria a pena por tudo que eu fiz.

Enquanto isso... Em Atenas.

POV Greta

No, No, No Pambo

No no no quiero saber todo lo que hice ayer creo que perdi la cabeza

eso de beber tanto alcohol me hace perder direccion aveces uno ya no piensa

no no no quiero saber todo lo que dije ayer creo que se me solto la lengua

eso de beber tanto alcohol cambia toda persepcion disminuye mi conciencia

Fazia horas... Ops! Na verdade, fazia um dia que eu parti de Londres. Demorou tanto assim, já que um vôo de Londres para Atenas não demora nada, porque a droga do avião se atrasou. Claro, comigo tinha que acontecer alguma coisa de trágico pra ferrar com minha paciência.

Iria a Atenas passar uns tempos com meus avôs. Sim, eles eram gregos e eu bem que queria, mas infelizmente, tive que nascer na hora errada e no local errado como sempre. Amava aquele país que é a Grécia e aquela cidade, sem falar da ilha onde meus avôs moram. É simplesmente, magnífica.

Os altos dos penhascos e as varandas que tinham uma vista perfeita para o mar azul, quase transparente. Sempre ia quando podia pra lá, mas agora é diferente. Passaria mais tempo e isso me daria a chance perfeita de estudar mais a área e a fauna daquele lugar, que é extraordinária.

Meu sonho de consumo. Dedico-me ao máximo para ser uma bióloga um dia, mesmo tendo acabado de terminar a escola, ainda assim eu já me decidi e nada me impedirá. Pretendo ir para faculdade assim que voltar da Grécia. E quando a terminar, voltarei para ficar.

voy dando vueltas en mi cama sin dormir estoy confundiendo la velada, me excedi

no no no quiero saber todo lo que hice ayer creo que se me paso la fiesta

eso de beber tanto alcohol elimina mi razon ya no mido por intensa

voy dando vueltas en tu cama sin dormir estoy confundiendo la velada me excedi...

- Gretchita! – meu irmão, Luke, me cutucou. Moleque insuportável! – Greta! – ele adorava me irritar, até quando eu insistia em ficar na paz com todos. Eu sabia que era infantilidade da minha parte me trocar com crianças, mas aquele idiota era a criatura mais repugnante e chata que já existiu.

Estávamos no pequeno táxi indo em direção ao cais, onde pegaríamos um barco para o arquipélago de Santorini, onde está Thera, a ilha que meus avôs moravam a anos. Infelizmente, meu irmão iria por insistência de minha mãe, que também veio. Na opinião dela, aquela seria a oportunidade perfeita de reunir a família.

Mas não é bem assim. A família nunca seria completa... Sem meu pai. Como eu sentia sua falta, como o queria aqui ao meu lado, dando-me apoio em tudo que decido e iria decidir. Infelizmente ele se foi, tiraram de mim o meu suporte de toda a vida.

Apertei mais os fones de ouvido contra minha orelha, esperando que a música já em seu volume máximo, apagasse as memórias tristes de dois anos atrás. Esperando inutilmente, que elas desaparecem junto de minhas lágrimas.

Respirei fundo, virando a cara para a janela, para que Luke não veja a lágrima solitária que escorria pelo meu rosto. Ele continuava a me aporrinhar, mas eu não ligava tanto assim. Fechei os olhos, enquanto meus lábios tremiam levemente por causa do bolo em minha garganta.

Enquanto me conformava com o que ainda me restava, o carro parou no calçadão de em frente ao enorme mar. Os pequenos barcos a vela balançavam com a maré, as lanchas partiam e saiam freqüentemente e um pouco ao norte, com uma passarela a ligando com o litoral, uma grande barca se mantinha estável ao vê da água agitada.

Franzi o cenho, nunca havia visto barcas por aqui. Devia ser novidade. Sai do carro, vendo logo minha mãe a brigar com um homem robusto e ranzinza. Meu irmão tentava acalmá-la, enquanto se fazia constrangido. Suas bochechas levemente coradas se destacavam em vista de seu cabelo loiro e um pouco comprido, batiam no ombro.

Ele não era uma criança, mas sua face de menino e o jeito ainda brincalhão, escondiam seus 17 anos de idade. Pra mim, ele ainda era um molequinho, sorri. Seus olhos azuis esverdeados se alternavam entre minha mãe e o homem, que parecia ficar mais estressado a cada minuto.

- Greta! Ajuda aqui, né? – Luke sibilou pra mim apreensivo. Apenas o olhei por uns minutos, não me importando com a ceninha e caminhei indiferente para o seu lado.

*tututurututruru...
no quiero saber se me paso la fiesta
no no tanto alcohol mi razon pero cuanta inconciencia

no no no quiero saber todo lo que hice ayer creo que perdi la cabeza

eso de beber tanto alcohol me hace perder direccion aveces uno ya no piensa....

Estava mais do que acostumada com o espírito explosivo e encrenqueiro de minha mãe, ela era a típica mulher que não levava desaforo pra casa e se estressava rapidamente. Mas nunca me intrometi em suas brigas e nem me importo, pois ainda tenho que agüentar o meu gênio e não estava com saco pra suportar o da minha mãe.

Mas, hoje estava muito empolgada para chegar a Santorini e sabia que se eu não me intrometesse ali, não sairíamos hoje. Naturalmente, passaríamos a noite na policia, então...

- Mãe! – resmunguei desligando o meu Ipod e tirando os fones. – O que foi agora?

- Esse... – ela lutou pra não chamar palavrão. – Inútil e... Ladrão! – o homem arregalou os olhos em uma careta ofendida. – é isso mesmo que você ouviu! Inútil, imbecil! L-A-D-R-Ã-O!

- Olha aqui, senhora! – o homem cuspiu o senhora, de forma desprezível. – Você me prometeu pagar adiantado, eu deixei tudo pronto, mas... O dinheiro não veio! Então... O cara ligou e comprou o barco, com o dobro do valor... Os negócios funcionam assim.

- Eu ia mandar o dinheiro, idiota! – minha mãe gritou indignada.

- Desculpe, mas vai ter que ir de barca. – o homem deu de ombros. – Sinto muito, senhora! – de novo entoou enraivecido a palavra “senhora”, agora fuzilando Tereza, minha mãe. O que mais a irritou.

- Ele me chamou de senhora. – nos disse parecendo muito incrédula. – ELE ME CHAMOU DE SENHORA! SENHORA! – Naquela altura, todos que estavam no cais e nos barcos próximos nos olhavam curiosos. Meu irmão logo se afastou, muito envergonhado, fingindo que não nos conhecia.

- MÃE! – a repreendi, vendo que isso não a faria bem. Sua pressão alta, eventualmente, a deixaria de cama.

- Você vai ver quem é senhora agora! – e avançou para cima do coitado homem, que tentava se esquivar e se defender contra os golpes de bolsa e chutes de minha mãe. Eu a segurei pela cintura, tentando sem sucesso acalmá-la, mas ela continuou a partir pra cima do homem.

Ele fugiu de seus golpes, correndo em direção a um forte. Por um momento, cheguei a pensar que ela pararia por ali, mas então Tereza tirou o sapato alto e o jogou em direção ao homem. O objeto foi certeiro em sua cabeça, o que o fez cambalear e cair de quatro. Ela se soltou de mim e correu atrás dele, muito mais do que pensei que fosse possível.

Suspirei. Meus planos para amanhã estão oficialmente acabados...


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Notas finais do capítulo

Eu quero muitos e muiitos reviews! é possivel? Aceito criticas...