A Quinta Marota - o Começo de Uma Guerra escrita por B_M_P_C


Capítulo 33
Voltando para casa.


Notas iniciais do capítulo

Quase no fim
Obrigada pelos reviews
Espero que gostem
Boa leitura ;3



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Sirius Black narrando:

            Eu entrei transformado em cachorro porque não ia poder usar magia, então eu feri e matei uns carinhas, mas nem liguei, quando eu estava transformado matar pessoas ou animais dava na mesma se eu me deixasse levar por sentimentos como raiva. E eu juro que fiquei com mais raiva ainda quando entrei na casa e ouvi os berros da Dani, só não subi porque logo depois ouvi Krish berrar, e senti cheiro de sangue, acho que a Dani e o Remus mataram o filho da puta.

             Eu estava arrancando a cabeça de alguém quando vi a Dani descendo transformada e o Remus vindo atrás com uma expressão de preocupação. Eu dei dois latidos fortes e logo tava todo mundo reunido, e saímos correndo dali. E então a Lilly e o James agarraram todo mundo e desaparatamos em Hogsmeade, bem na passagem da Dedosdemel pra Hogwarts.

            Eu voltei a virar um cara lindo e gostoso, mas a Dani permaneceu como loba, ela só me olhou do tipo “Depois eu explico”, dei de ombros e fomos disfarçadamente de volta a ala hospitalar, onde a Dani foi direto para os chuveiros e tomou um banho, mas antes chamou o Remus e pediu que ele preparasse uma poção.

            -Que poção é essa? – eu pedi pra ele, aproveitando que a Lene, a Lilly e o Prongs estavam discutindo algo.

            -A Dani foi estuprada – ele sussurrou e eu arregalei os olhos – Ela já matou o Krish – eu dei uma risada quando ele me contou como ela o matou – Porém queremos garantir que ela não engravide apesar dele não ter...

            -Gozado nela – eu completei a frase porque o puritano ia demorar séculos para completá-la, e iria falar algo tipo “ejacular”, ele assentiu – Isso aí é tipo um abortivo.

            -Não, isso só vai fazer com que qualquer espermatozoide seja morto, não sei bem como funciona as minúcias da poção, mas em base não vai permitir que a Dani engravide. E como não faz nenhuma hora que o fato ocorreu isso vai ser eficaz – ele deu um sorriso triste – É o que eu posso fazer por ela por ter chego a tempo.

            -Vai ficar tudo bem cara, a Dani supera – eu falei sem ter muita certeza, nunca pensei em minha irmãzinha sendo estuprada – Você só vai ter que ter paciência...

            -Não é pelo sexo Sirius – ele me repreendeu e eu quase que me encolhi, sou pior que uma pedra em assuntos sentimentais, nasci gostoso não sentimental – É pelo que isso significa pra ela, mas deixa que eu cuido disso, e você continue agindo como se tudo tivesse bem, isso vai animá-la – e ele desapareceu indo até o banheiro com a poção pronta. Suspirei e voltei para o meio da galera que falava como teríamos que agir depois de tudo aquilo.

            Fiquei um pouco quieto, queria ter tido o prazer de matar aquele filho da puta do Krish, mas a Dani que tinha o direito de matá-lo, pelo menos se eu fosse ela, sentiria como se minha honra tivesse sido restaurada, ainda mais depois de arrancar o que qualquer cara mais preza.

Daniella Black narrando:

            Senti a água penetrar na minha pele, purificando-a e afastando os toques sujos e nojentos do garoto que eu matei de mim, um peso enorme parecia estar sendo tirado das minhas costas. Saí do banho encarando meus hematomas e machucados e sentindo nojo daquilo.

            -Aqui está a poção – Remus falou entrando devagar no banheiro e me fazendo tomar tudo direitinho, era só uma garantia que aquilo não iria deixar nenhuma lembrança permanente, apesar de Krish nem ter ejaculado dentro de mim. Era apenas uma garantia de que eu não fosse ficar grávida, apesar das chances serem mínimas – Eu posso curar os ferimentos se você quiser... – meu namorado sussurrou passando a mão suavemente em meu rosto marcado pelo tapa.

            -Por favor – minha voz saiu quase em um tom de desespero. Mas antes de restaurar minha pele e meu rosto, Remus devolve minha varinha, e só então faz com que as marcas deixadas em meu corpo sarem e sumam em apenas alguns segundos.

            Voltei a me olhar no espelho, sentindo as últimas marcas físicas irem embora, ficando apenas as psicológicas, eu poderia tomar uma poção para esquecer disso, porém poderia apagar memórias a mais, ou simplesmente não funcionar. Eu havia lido que para traumas como um estupro ela simplesmente não fazia efeito.

              -Eu te amo – Remus sussurrou em meu ouvido, beijando de leve meu pescoço e fazendo minha pele formigar de uma maneira boa e cheia de desejo, porém meu corpo dizia que e deveria esperar para ter qualquer contato com outro homem.

            -Me ama mesmo sabendo que outro homem me tocou?

            -Do jeito que ele fez não é digno, e te amo por ter lutado contra ele até eu chegar – ele me vira gentilmente para ele e eu sorrio.

            -Eu te amo, não podia deixar que ele me tivesse sem lutar – eu me aproximei de Remus e o beijei, deixando que meus lábios fossem envolvidos pelo calor dos lábios do meu Moony. Fazendo que nossas línguas brincassem uma com a outra formando uma dança que só elas conheciam.

            Nos separamos ofegantes e eu baguncei o cabelo dele. Remy sorriu e me alcançou uma mochila, onde notei havia uma roupa para mim, eu sorri e agradeci com o olhar.

            -Quer que eu saia para você se trocar? – ele pediu, respeitando que talvez pelo que me aconteceu eu tivesse alguma vergonha do meu corpo, mas eu não tinha, e nem tinha como ter vergonha na frente do Remus.

            -Pode ficar, se você quiser – eu sorri, vestindo-me lentamente. Ele havia escolhido um pijama largo e que eu amava para que eu vestisse e me sentisse confortável.

            Remus e eu saímos do banheiro, ele estava me abraçando carinhosamente e me fez deitar em uma das  camas dali, que era tão larga que possibilitou que ele me abraçasse e que eu adormecesse em seus braços, deixando que meus sonhos fizessem eu não sentir a dor do que acabara de me acontecer.

Remus Lupin narrando:

            A Dani adormeceu, na verdade ela dormiu como uma pedra, o choque emocional deve ter sido mesmo muito forte, eu simplesmente continuei abraçado a ela mesmo quando a negadinha do Ministério da Magia entrou junto com Dumbledore e viram a Dani adormecida.

            -Vocês desapareceram por quase um dia, mataram um dos estudantes daqui, espero que tenham uma boa justificativa para não manda-los para Azkaban – um auror falou com a voz alta e todo os marotos e as meninas reviraram os olhos, inclusive eu, óbvio.

            -Minha irmã foi sequestrada, e estuprada, ela matou o cara depois disso em forma de loba então ela só fez isso em defesa da honra dela, aliás ia ser legal o ministério estar prendendo jovens que foram salvar a garota que foi sequestrada para um casamento ilegal né? – Sirius tomou as rédeas de tudo, por incrível que pareça, e a raiva com que ele falou fez o auror ficar pálido e se aquietar.

            Dumbledore apenas nos olhou e piscou, ele com certeza sabia que aquela tal história de profecia parecia errada demais e queria que alguém fosse atrás da Dani, apesar dele ter parecido preocupado com o que aconteceu.

            Os carinhas do ministério saíram e Dumbledore respirou fundo tentando achar as palavras certas, pela primeira vez na vida eu via o diretor sem saber com toda a certeza do mundo o que falar.

            -Faça com que ela continue forte – ele disse para mim e então saiu, indo resolver os problemas que causamos no ministério, eu assenti e vi que Sirius me encarava, eu o olhei e com um olhar eu garanti “Nunca mais vou deixar que nada de mal aconteça a sua irmã”. 


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Notas finais do capítulo

Quatro reviews para uma autora em depressão por estar quase no fim da fic?