Um mês depois...

Sirius Black narrando:

Não havia acontecido muita coisa naquele mês, tirando é claro de nós Marotos aprontando com os sonserinos e de Lilly não implicar com a gente por isso, a ruivinha estava com a gente agora, o ódio do James tinha passado pra ela eu acho... Ou ela só estava de saco cheio do Callum como todos nós.

A escola estava se aprontando para o baile de Halloween que seria super fantástico, e eu estaria super bem acompanhando, já tinha convidado Lene, mesmo que nem precisasse, éramos namorados.

Bem era um sábado lindo, porque todos os sábados são lindos, mas aquele em especial, porque falta uma semana para o baile, e nós iríamos ir para Hogsmeade.

–Tem certeza que não quer ir? – eu ouvi meu amiguinho veado, sim o James, perguntar pra Lils se ela vinha ou não, mas ela e Lene tinham um trabalho super foda de Runas para segunda, e iriam ficar no castelo fazendo aquela porra.

Eu estava triste porque minha Lene falou que não ia por culpa do trabalho, mas praticamente me chutou para ir, e bem como um bom cachorro, lindo e gostoso que sou, eu simplesmente obedeci. Já o Jay que é um veado, está tentando convencer a ruivinha.

–Tenho Jay, pode ir, só não vá me trair hein? – a ruivinha falou dando um selinho nele – Eu e Lene vamos terminar o trabalho, e depois ver os vestidos pro baile – Agora eu entendi porque as duas estão nos chutando do castelo, elas estão fazendo mó mistério com os vestidos.

–Tá certo, se vocês preferem ficar – eu falei interrompendo o Prongs que me fuzilou com o olhar e eu revirei os olhos – Mas cadê a Dani e o Moony?

–Chamou cachorrinho? – minha irmã fala aparecendo do nada e se jogando nas minhas costas, ela está rindo feito uma boba, talvez porque eu tenha levado um susto e fiz uma careta.

–Wolf – eu reino bravo e ela saí das minhas costas sorrindo, e bagunçando meu cabelo que eu demorei uma hora pra deixar do jeito que eu queria – Que porra, meu cabelo!

–Agora você sabe como eu me sinto quando você bagunça o meu! E eu pensei que o veado era o James – ela respondeu sorrindo marota.

–Hey, é CERVO – James falou gritando com ela, e nós dois demos olhares cúmplices, olhamos pro Remus que fez que não com a cabeça, e Dani entendeu, mostrou a língua pra nós e saiu correndo. Nós dizemos tchau pras meninas e saímos correndo atrás dela.

–Você vai ver quem é o veado – eu gritei pra Dani – É o Jay, mas em fim né...

–Hey Padfoot, cala a boca seu cachorro, e é CERVO, depois que eu pegar a Dani eu dou um jeito em você – ele resmungou para mim, e eu ri revirando os olhos.

–Isso se a gente pegar a Daniella né – eu resmunguei, vendo que o traidor filho da mãe do lobisomem estava com ela, bem, eu e Jay desistimos de pegar a Dani, e paramos nos portões, ela estava rindo da nossa cara, e Remus ria junto – Seus lobos desgraçados – eu resmunguei pros dois, e então caímos na risada. Eu sei, somos idiotas, mas idiotas felizes e isso que importa.

Daniella Black narrando:

Estávamos lá, rindo feitos idiotas depois de uma perseguição fodástica que eu saí vencedora, porque eu arraso, ok saí pra lá ego inflado do meu irmão que tomou posse de mim por alguns segundos! Ou talvez seja só que todos, sim TODOS, os Black se acham um pouquinho, ta certo, nós nos achamos muito. Mas é que, a gente arrasa! Bem, os Marotos também arrasam, mas em fim, vou parar com minha discussão mental e voltar aos fatos.

Como eu disse, estávamos lá de boa na lagoa, rindo, e nos ajeitando para ir para Hogsmeade, quando os filho da puta daqueles mal amados daqueles mini comensais apareceram, lideramos por ninguém mais e ninguém menos que o Mestre dos Filhos da Puta : Callum Krish.

Eu queria que minha vida em Hogwarts fosse normal de vez em quando, sabe, tipo tirando as marotagens e fugas pro Remus, isso não precisava mudar, eu só não queria ter um sádico filho da mãe interessado em mim, tornaria tudo mais fácil.

–Hm... Vejo Daniella que está bem feliz, não é mesmo? – Krish fala se aproximando de mim, eu dou um sorrisinho e seguro Six, Jay, e Remy pra não baterem no filho da puta.

–Sim, feliz e longe de você e se não quiser outra surra, vaza daqui – eu falei dando um sorrisinho cínico e mandando todo o meu medo filho da puta pra puta que pariu, eu to com muita raiva desse idiota do Krish, caralho, eu já deixei bem claro quem eu amo e que não o quero. E ele ta me fazendo falar muito palavrão ultimamente – E sem ameaças filhas da mãe de “vocês vão se arrepender”, porque nem que tu mate a gente, a gente não vai se arrepender.

–Não precisa se arrepender Daniella, mas no fim disso tudo, você vai ficar comigo, tenho planos, e você não vai gostar nem um pouquinho deles, por enquanto, aproveite o tempo que tem do lado do seu lobisomem porque logo você vai ser minha – eu ignorei que ele sabia, não deixei ele perceber que meu coração disparou sabendo que ele tinha realmente o segredo do meu Remus nas mãos.

–Você está errado Callum, eu morro, mas não me entrego a você – eu falei com desprezo, segurei a mão de Remus e saí dali, não olhei pra trás, e não deixei os Marotos acabarem com a raça deles, ainda não era hora.

Nós acabamos na Casa dos Gritos, Remus estava abraçado a mim, James parado em um canto, sentado em cima da mesa, e Sirius estava andando de um lado para o outro, Peter estava no colégio, ele andava meio distante de nós, mas não fazia mal, era ele que não nos queria por perto.

–Ele sabe – Remus murmurou – Eu vou ser expulso.

–Não vai não, ele sabe, mas não tem provas, e ele que tente te expulsar pra ver se não morre – eu falei levantando, e indo até Sirius, o fazendo parar – Sirius, para de andar de um lado pro outro e fala alguma coisa!

–Nós precisamos dar uma lição nesse Sonserino filho de uma puta – Sirius falou com raiva – Dani, eu não sei o que ele tá armando, mas ele tem que saber com quem ele tá...

–Ele sabe com quem ele tá mexendo Sirius – eu falei segurando os ombros do meu irmão – E já demos lições de mais nele, nós vamos precisar esperar.

–Que? – os três falaram olhando para, eu revirei os olhos e dei um sorriso maroto.

–Eu tenho um plano pra acabar com o que o Callum, mas pra isso precisamos esperar, e vocês vão precisar confiar em mim – sorri misteriosa começando a bolar um plano incrível e que provavelmente daria certo.

Régulus Black narrado:

Eu estava caminhando devagar, iria ficar na escola, mesmo querendo ir para Hogsmeade, havia uma pessoa que sem ela por lá não teria graça, ela ficaria em Hogwarts, estudando alguma coisa, ou apenas estudando para os NOM’s.

Ainda não acredito que conquistei sua amizade, demorou tanto tempo, bem um mês, mas pareceu uma eternidade, parece que foi séculos atrás (e não três semanas) que a encontrei.

Era a segunda semana em Hogwarts e Callum estava armando alguma coisa para pegar a Dani, e eu não consegui ficar lá sentado, ou fazendo parte do planinho cretino dele, porra ele tava falando da minha irmã!

Saí do Salão Comunal da Sonserina, eu era monitor, então podia ficar perambulando por aí e falar que estou vigiando os corredores, era assim que todo Monitor da Sonserina fazia, eu não seria diferente.

Foi quando eu a vi, um corpo bonito, vestes perfeitamente alinhadas, era da Corvinal, tinha cabelos ruivos ondulados, que caíam perfeitamente até metade da suas costas, usava uma maquiagem leve que realçava seus belos olhos verdes, não consegui ver de imediato quem ela era, mas logo a reconheci Rebecca Baiocci.

Tirei a veste da Sonserina, ficando só com a camiseta social, e a calça, ela odiava sonserinos, e não era por menos, seus pais foram mortos por comensais, e se ela me visse ali e me reconhecesse mesmo eu sendo monitor ou não ela me entregaria para o Filch.

Estávamos perto da biblioteca, eu entrei e sentei em uma das enormes janelas, lembrei que aquele dia estava sendo um saco, tinha que ficar agüentando o Krish e ver eles torturando criancinhas, não sei como minha mãe gosta desse tipo de coisa, talvez eles sejam todos loucos.

Estava escuro ali, não me importei, o escuro era um conforto, sabia que ninguém poderia me achar nele, ótimo para se esconder, e em fim, eu estava seguro, foi quando eu vi, Rebecca tinha acabado de entrar na biblioteca e acendeu algumas velas. Foi quando me viu, ela corou, e pareceu não saber o que falar, ela estava pálida, acho que o escuro a incomodava.

–Oi – eu falei sorrindo para ela, que sorriu – Rebecca, não é mesmo?

–Sim – ela sussurrou em resposta – O que está fazendo aqui?

–Olhando a lua – respondi, era lua cheia, minha irmã deveria estar com o Remus e Os Marotos – Daqui a visão que eu tenho dela fica linda, venha ver – Ela me olhou desconfiada, mas veio, sentou do meu lado, e eu passei meus braços em volta dela, a segurando e mostrando a lua, ela sorriu.

–A noite está clara – ela sorri – Isso é bom, a lua realmente é linda, e eu nunca tinha percebido como ela ficava ainda mais bonita daqui.

–Acho que é porque você fica muito tempo aqui estudando e não olhando para fora – eu respondi e vi ela dando uma risada melodiosa.

–É verdade – nós passamos a noite inteira conversando, e ela não perguntou meu nome, ela saiu, e eu esperei alguns minutos para voltar para o Salão da Sonserina, aquela garota havia mexido comigo de um jeito diferente.

Como uma garota que se incomoda com o escuro, odeia sonserinos, poderia ter mexido comigo, se eu sou quase o contrário dela? Ela vai me odiar ao descobrir que sou Régulus Black! Foi com esses pensamentos que eu voltei aquela noite para o Dormitório.

Alguns dias depois, eu voltei para bilbioteca, ela estava lá, sorriu para mim, olhou para minha veste da Sonserina e a ignorou, algo me dizia que ela descobrira quem eu era.

Conversamos, e eu fui conquistando a confiança dela aos poucos, hoje combinamos de ir a biblioteca estudar, e vou chegar mais cedo que o combinado, porque sei que ela está dês do almoço lá.

Rebecca Baiocci.

Eu estava tentando inutilmente me concentrar nos estudos, mas era quase impossível, Régulus Black o único sonserino que eu não odiava estava vindo estudar comigo, e minha mente estava totalmente aérea.

Mas porque eu estava assim? Ele é meu melhor amigo! Só isso, não é? Eu suspirei e fechei o livro, ainda lembrava de quando descobri quem ele era.

Havia o conhecido na biblioteca e ele fora tão simpático, me protegeu do escuro mesmo sem saber, e bem, foi tudo que um sonserino não é. Não me liguei de quem era, quem me contou que ele era irmão de Sirius Black, e um sonserino, foi Lídia minha melhor amiga.

Eu prometi que nunca mais ia o ver, quando descobri que ele protegia Daniella sua irmã, e que não era mal, e talvez merecesse uma chance para provar ser legal, dois dias depois voltei a biblioteca ele estava lá.

–Oi – eu falei sorrindo e ignorando o uniforme da Sonserina dele, que me provocava arrepios, ele sorriu e conversamos, e aos poucos ele conquistou minha confiança como ninguém havia conquistado, não sou garota de ficar falando pros outros da minha vida. Mas com o Rég... Era diferente! Talvez eu esteja apaixonada, mas isso é impossível, ainda mais por ele...

Eu estava guardando o livro no lugar quando ele me abraçou por trás, e me deu um beijo no meu pescoço, o que me fez sentir um arrepio e dar um sorriso.

-Olá – eu falei sorrindo em um sussurro, e Rég sorriu para mim, eu virei para olhá-lo melhor, senti nossos rostos extremamente próximos, e senti meu coração disparar.

-Rebecca – ele sussurrou para mim – Eu estou apaixonado.

-Está? – eu pergunto quase com um sussurro, e ele sorri aproximando mais nossos rostos, por algum motivo eu não quero o afastar – E por quem?

-Estou, e por você – ele falou sorrindo e me beijou.