Daniella narrando:

            Eu troquei olhar com Remy também e suspirei, algo me dizia que eu precisava ir atrás da minha mãe, não podia ficar ali, colocando todos em perigo.

            -Eu preciso ir lá – eu falei rápido para os Marotos – Não protestem, eu preciso fazer isso, saibam que eu amo vocês, e que estou disposta a morrer pra manter vocês seguros – eu falei para todos ali e olhei pra Remy – Moony, eu te amo – e dizendo isso, antes que alguém pudesse falar algo para mim eu saí correndo da cabine.

            Um monitor, que deveria ser o monitor chefe estava tentando conter os gritos histéricos, e impedir que alunos saíssem do trem, eu suspirei, empurrei ele pro lado, e saí.

            Eu olhei em direção a Hogwarts, eu já podia ver o castelo, e ele continuava lindo, estávamos quase chegando. Eu suspirei, na frente do trem, minha mãe estava reunida com um monte de gente, ou melhor, comensais da morte, e um bocado de alunos das sonserina estavam se reunindo a eles.

            -Merda – eu sussurrei, ao ver que eles estavam com alguns dementadores e preparados para entrar no trem se não conseguissem o que queriam, e eu sabia o que eles procuravam.

            -Daniella Black, saia do trem, obedeça a sua mãe, ou sofra as conseqüências – eu suspirei, e comecei a andar até eles, eu não podia ficar ali, ou fugir, e bem, tudo o que passou na minha mente, o único modo de manter a todos que eu amava em segurança era me entregando.

            -Não – eu ouvi um sussurro de uma voz que eu conhecia muito bem, não era dos Marotos, era de Régulus, meu irmão mais novo, ele segurou meu braço e olhou para mim – Dani, você não pode se entregar, você tem que continuar em Hogwarts, precisa ficar perto do Sirius e ajudar a impedir isso.

            -Mas Rég... – eu ia protestar, mas meu irmão me abraçou e me empurrou para dentro do trem.

            -Mas nada Daniella, você sabe que não pode desistir, você é uma leoa, uma grifinória, seja corajosa, lute. Eles não vão levar você – ele sussurrou para mim e me empurrou até a minha cabine – Agora fica aqui, que eu vou dar um jeito nisso.

            -Rég... – ele se virou para mim antes de sair e eu sorri para meu irmão mais novo – Obrigada, eu te amo.

            -Eu também te amo Dani – e dizendo isso meu irmão sonserino, que não era inteiramente do mal saiu dali, eu não sei o que Rég disse, ou o que fez, mas em dez minutos o trem voltou a andar.

            -Cadê a Dani? Ela se entregou? – eu ouvi alguém, ou melhor, o meu Moony falar alto, em outras palavras gritando descaradamente e abrindo a porta da cabine, vendo-me e abraçando-me.

            EU tinha ficado paralisada, vendo Rég se afastar de mim, quer dizer, meu maninho havia me salvo? Ele não era do mal? Não, eu sabia que não, eu sabia que ele ainda estava no caminho certo, eu sorri com isso, e me deixei envolver com os braços de Remus e me sentir segura.

            -Daniella que ideia foi essa de sair correndo daqui? Nós não entendemos nada na hora! Mas você pensou em se entregar? – a voz de Remy ainda saia sexy mesmo quando ele estava furioso, e eu suspirei, explicando tudo o que acontecei para eles e sobre Rég.

            Eu e Sirius trocamos olhares preocupados nessa parte, mas eu continuei, e suspirei, quer dizer, caramba o que minha mãe queria? Quer dizer eu NÃO IA ME CASAR COM O KRISH!

            Não tivemos tempo de discutir nada, porque o trem parou e descemos pegando as carruagens e indo até Hogwarts.

            O castelo continuava o mesmo, imenso, lindo, incrível, a minha casa. O Salão Principal estava arrumando da mesma forma familiar e aconchegante onde eu podia me sentir em paz, e dessa vez, os braços de Remus em volta de mim faziam tudo aquilo parecer melhor.

            Mesmo eu estando morrendo de medo de minha mãe aparecer e aprontar algo, mesmo eu sabendo que ia participar de uma guerra, naqueles minutos do banquete eu me senti em paz.

            Bastante alunos vieram para a Grifinória e nós aplaudimos, gritamos, e fizemos a presença dos Marotos na festa. Como sempre os Marotos fizeram.

            Esse ano Remus não teve que acompanhar os garotos até os quartos e nós dois simplesmente fomos até a sala precisa, precisamos ficar um tempo a sós.

            -Dani, tudo vai ficar bem, você sabe disso, não sabe? – ele perguntou para mim, enquanto estávamos abraçados na Sala Precisa, eu suspirei e assenti.

            -Se ficarmos juntos todo vai ficar bem sempre Remy – eu falei sorrindo, e ele me beijou de novo, de novo e de novo, conseguindo fazer com que eu me esquecesse novamente dos problemas.

            Sirius narrando:

            Sério depois da cena tensa no trem, e que Rég salvou Dani, tudo voltou à euforia do banquete e tudo mais, sabe as fofocas rolavam soltas em Hogwarts, e assim que eu e Lene fomos abraçados para o Salão Comunal, toda a escola já estava comentando.

            Eu já tinha ouvido os comentários sobre que eu iria trair Lene em  uma semana, ou que ela ia me colocar chifres, mas o pessoal dali era muito idiota mesmo, eu amava Lene, não precisava de outras garotas, ela já valia por todas elas.

            E cara, eu ficava muito gay falando isso, mas era a mais pura verdade, agora entendo como o James se sentia com a Lils. A falando nisso, os dois estão sendo até mais comentados do que eu e a Lene.

            Simplesmente porque ninguém entendeu como é que a Evans se rendeu aos encantos do Potter, eu acho que ela se cansou de ver o James se humilhando por ela, ou se apaixonou por aquele veado.

            -Aqueles dois estão mais óbvios do que nós que já são um casal – Lene falou no meu ouvido apontando para a ruiva e o Prongs que estavam se beijando na frente de metade da escola.

            -Ah! O Prongs é um exibido, e nem sabe beijar com estilo – eu disse rindo e Lene me encarou com um careta que a deixava linda.

            -E como se beija com estilo?

            -Assim? – e eu a beijei na frente de todo mundo, não de todo mundo, mas de toda Hogwarts, menos da Dani e o de Remus que já tinham dado a escapadinha deles, sério, minha irmã e meu cunhado me traumatizam muito, como eles se aguentam tanto?