Sirius narrando:

            Nós corremos atrás da Dani, e creio que só Remus deve ter a encontrando, claro que eu estava tentando não imaginar eles se agarrando em um vagão do trem, creio que não imaginar isso era meio difícil, e imaginar era traumatizante.

            Mas fora os meus problemas de um maroto lindo e maravilhoso, eu tinha que vingar a minha irmã, quer dizer, quem o Krish achava que era? Um filho de uma puta era o que ele era, isso é que sim!

            Então, assim que ele entrou, eu estava o esperando, ou melhor, eu e o Prongs estávamos esperando o sonserino idiota, que entrou sozinho, o que me fez suspirar, e dar um sorriso de canto.

            James o puxou para perto de nós, e eu dei um soco na cara do infeliz, sim, finalmente eu tinha conseguido dar um soco na cara dele. Eu e Jay trocamos olhares, eu acho que quebrei o nariz dele, mas isso não vem ao caso... Jay o soltou, e eu cuspi nele.

            -E isso é só um aviso, fica longe da minha irmã – eu falei e dei mais um chute em Krish, e assim virando as costas, e deixando o garoto caído.

            Foi quando eu ouvi alguém gritar e lançar um feitiço em Krish, que se defendeu. Então que eu entendi, o filho da mãe ia me largar um feitiço pelas costas, mas não tive tempo de responder, porque quem havia sido derrubada com o escudo do filho da mãe fora Lene.

            -Lene – eu gritei indo até ela que já estava de pé, e tinha acabado de mostrar o dedo pra Krish, que agora já estava sendo levantando por outro dois garotos sonserinos – Não me faça tirar minha varinha com você... – eu ia começar a falar, mas Lene puxou meu braço, apontando Dani e Remus que tinham acabado de sair de uma cabine, minha irmã parecia ter acabado de chorar, mesmo que os outros não pudessem ver isso, eu perceberia.

            Daniella narrando:

            Eu vi meu irmão e Lene metidos na confusão perto de Krish, vi que Lilly tinha acabado de chegar e estava falando com o Jay, senti Remus me abraçar mais forte, e eu olhei pra Krish, ele estava com o nariz sangrando e algo me dizia que o culpado por aquilo havia sido meu irmão. Lembrem-me de dar um sapo de chocolate pra ele depois!

            Eu havia visto Krish levantar a varinha para golpear meu irmão por trás, eu vira de relance é claro, mas aquilo só comprovava o bruxo covarde que aquele filho da mãe era.

            -Olha aqui seu covarde filho da puta – eu falei com toda a minha educação possível – Você já tem causado problema demais, se machucar meus amigos eu juro que te mato seu idiota! – eu completei me largando de Remus e indo até Krish – E tentar me tirar de Hogwarts não vai mudar nada! Vou amar sempre Remus Lupin, e você sempre seera um ser desprexível para mim! E essa atitude de tentar atacar pelas costas, só prova isso – eu falei dando um sorriso maroto e encarando mortalmente Krish, que limpou o sangue do rosto, e deu um sorriso de canto pra mim.

            -Você vai ser minha Black – ele disse friamente, e eu ri.

            -Porque eu Krish? Eu sou grifinória, nem sou tão bonita assim, e nunca troquei nenhuma palavra civilizada com você, porque eu? – eu perguntei o olhando séria e ele deu outro sorriso de canto.

            -Porque sim Daniella, você é minha, e isso basta – ele falou isso e tentou me puxar para perto de si, mas eu o empurrei e revirei os olhos.

            -Primeiro: porque sim não é resposta, segundo: eu sou do LUPIN, e não de você – enfatizei no Lupin – Vê se me esquece Krish! – e dizendo isso virei as costas, com a varinha em mãos caso o covarde tentasse algo, mas comecei a ouvir um burburinho, meninas da sonserina haviam o cercado, impedindo de qualquer um dos dois lados naquela briga (marotos ou ele) lançassem qualquer feitiço.

            -Vamos... – Remy falou me estendendo a mão, e eu aceitei, nós fomos até a cabine que todo mundo sempre deixava para os marotos, só que agora com Lilly e Lene, o que todo mundo parecia estar percebendo, e eu sabia que as fofocas iam se espalhar rápido.

            Lilly e Remus ficaram só um pouco com nós, e foram até a reunião dos monitores, enquanto, eu Lene, Six, Jay e Peter ficávamos falando besteiras na cabine.

            Pelo fim da tarde, Remy e Lilly voltaram, eles estavam rindo sobre alguma coisa, acho que era do professor de poções que havia sido proibido de fazer aquela reunião no trem aquele ano.

            Também foi por aí, que uma menina resolveu invadir nossa cabine, e interrogar James e Sirius sobre o que a “Evans e a McKinnon estavam fazendo ali?”

            -A Lene é minha namorada e a ruiva é a do James – meu irmão respondeu simplesmente e deu um sorriso maroto pra menina que revirou os olhos e saiu dali praguejando.

            -Todos eles já têm namorada! Que droga, e elas não são bonitas! – bem, foi isso que eu a ouvi falar, eu claro achei a menina cega e invejosa, mas não ligava mais pra aquele tipo de idiotas, eu confiava no Remus, e ele era tão meu, e eu tão dele, que aquelas meninas não passavam de bobas para mim.

            Eu acabei adormecendo no ombro de Remus, eu estava me sentindo cansada, resistir a maldição Imperius havia sido mais difícil do que eu pensei. Havia me cansado mentalmente.

            E enfrentar minha mãe, e Krish, mesmo eu fingindo ser algo fácil, era algo que me deixava cansada, era como se brigar, lutar, contra eles não desse certo, como se cada passo que eu desse, eles me empurrassem dois pra trás!

            E bem, dormir também não foi algo legal, imagens de luta, guerra, medo, gritos, lágrimas, perseguiam minha visão, e a frase de Krish continuava na minha mente “Uma guerra se aproxima”...

            -Daniella – eu ouvi Remus sussurrar no meu ouvido – Vamos chegar logo, é melhor ir colocar seu uniforme – eu assenti levantando ainda meio confusa e indo junto com as meninas me trocar.

            -Dani, tá tudo bem? – Lilly perguntou pra mim, assim que saímos do banheiro, já de uniforme e digamos de passagens muito bonitas.

            Foi quando eu senti o trem parar e um frio que já havia ouvido falar em algum lugar percorrer o trem. Eu engoli em seco, aquilo eram dementadores? Lembrava deles em meu sonhos...

            -Não Lilly – eu sussurrei em resposta – E tudo só tende a piorar – eu ouvi ela e Lene arfarem, e então, juntando minhas forças, eu pensei em todos os meus momentos com Remy, e com os garotos – Expecto patronum!  

            A minha loba saiu da ponta da minha varinha, e eu chamei as garotas com a mão, elas estavam atrás de mim, e eu suspirei, indicando para irmos buscar os garotos, e ver o que estava acontecendo.

            E sinceramente, aquela risada gélida e familiar que percorreu o ar não foi um bom sinal. Eu engoli em seco entrando na cabine e olhando para Remus, e depois para Sirius.

            Cada um ali já estava com seu patrono, Lilly uma corça, Prongs um cervo, Six um cachorro, Lene uma cadela, Peter um rato, eu minha loba, e Remus seu lobo.

            Meu olhar cruzou com o do meu irmão novamente, aquela risada só podia ter sido da minha mãe, e algo me dizia que estávamos ferrados.