Complicated escrita por Miss Moonlight


Capítulo 12
Capítulo 11 - Decisão, decepção e... Suspense?


Notas iniciais do capítulo

HA!! Aí está o capítulo 11, que vai ser bem melhor que o anterior, eu acho... e.eEnfim, não vou ficar enrolando aqui (como sempre faço)Divirtam-se



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Narrado por Christopher Walker

Os dias aqui em casa estão mais silenciosos e monótonos que o normal. Eu e Thomas não nos falávamos, eu ficava trancado no meu quarto achando uma maneira de trazer Kate de volta. Com Thomas era quase a mesma coisa... Ele vai pro trabalho e se tranca no quarto, aposto que deve estar um tanto quanto arrependido por ter dito tudo aquilo para Katherine, bem feito, quem mandou ser tão imbecil?

Não vou mentir, nesses dias minha mente só se resume a uma coisa: Katherine. É estranho, pois quando eu via Frank falando de Julie e de como ela não saia de sua cabeça, eu achava isso uma grande babaquice. Só que aí, aconteceu comigo e eu vi que isso é verdade. Será que ela está bem? Será que ela já tomou alguma decisão? Queria tanto vê-la, encarar aqueles belos olhos que tanto tinham um brilho especial... Já fazem 4 dias, sinto tanta falta daquela mulher.

– Entendeu, Chris? - disse Peter tirando-me dos meus pensamentos.

– Er... - eu mexi no meu cabelo nervoso, não havia escutado nada.

– Não, ele não entendeu - Peter revirou os olhos e se levantou da cadeira que estava na minha frente.

– Deve estar pensando na Kate - disse Will com um olhar malicioso atrás de sua bateria virando uma de suas baquetas com os dedos

– Ela ainda não voltou para sua casa? Então ela deu um pé na bunda do Thomas, mesmo? - disse Greg em um tom de brincadeira.

– Acho que sim. E eu não sei se fico feliz ou triste - levantei-me e fui até minha guitarra.

– Por que você ficaria triste? - perguntou Frank.

– Porque ele não vai vê-la todo dia, dã - respondeu Will lendo meus pensamentos e dando um baquetada na cabeça de Frank.

– Mas nesse caso é só você visitá-la lá no hotel - disse Peter arrumando seu microfone.

– Fazendo isso, Thomas me mataria.

– Não se ele não souber - piscou Will para mim.

– Enfim, vamos ensaiar ou não? - eu disse tentando mudar um pouco de assunto.

A frase de Will havia ficado em minha mente. E se eu fosse visitá-la? Se eu fosse cedo, Thomas não saberia que fui vê-la, saberia? Ensaiamos a tarde inteira de sexta-feira e eu não consegui tirar aquela loura da minha cabeça nem um segundo se quer. Estava decidido, eu iria vê-la hoje a noite.

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Estava trocando se roupa pela 5ª vez, nunca me preocupei tanto com isso, incrível. Estava parecendo uma mulher se arrumando para um encontro com o seu amado, porém eu não era uma mulher, eu não tinha um encontro... Ah, pelo menos uma coisa em comum, ia me encontrar com a minha amada. Depois de escolher a roupa certa, olhei para o meu relógio de pulso, os ponteiros marcavam 18h30, eu iria para lá antes de Thomas chegar em casa. Peguei a chave do meu carro e disparei para o primeiro andar, recebendo olhares assustados de meus familiares.

– Christopher, aonde você vai com toda essa pressa? - perguntou minha mãe.

– Ah, vou para um lugar aí... Eu já volto e se tudo der certo, voltarei com uma visita - eu sorri com a possibilidade daquilo dar certo.

Sem esperar a resposta de Lílian, sai pela porta com uma euforia incrível, estava convicto que ela voltaria... tudo bem, não tão convicto assim. E se ela estivesse brava comigo? Era bastante provável, já que aquilo tudo havia sido culpa desse imbecil aqui, chamado Chris. Fui até meu carro bastante confiante, entrei, coloquei meu cinto e dei a partida.

Dirigi em direção ao hotel olhando para todos os lados procurando uma floricultura aberta à esta hora da noite e finalmente achei uma. Estacionei o carro e fui rapidamente até a loja, queria trazer Katherine o quanto antes para casa. Abri a porta de entrada com cuidado, analisando o local, lá não havia muitas pessoas, na verdade não havia ninguém ali. Assim que abri a porta totalmente, um sininho tocou anunciando minha entrada. De repente uma senhora de cabelos um poucos grisalhos, apareceu na bancada, ela sorriu ao me ver.

– Olá, posso ajudá-lo? - disse a senhora que aparentava mais ou menos uns 60 anos.

– Claro, eu gostaria de comprar um pequeno buquê de flores. Nada exagerado, ela não é disso, sabe? - eu disse aproximando-me da bancada.

– Ah, sim. Bom, e que tipo de flor vai querer? - ela sorriu.

– Esse é o problema, senhora. Eu não sei nada sobre essas coisas de flores, mas eu só sei que não pode ser Rosas. Dar Rosas para mulheres já está tão clichê, quero outra flor - eu disse meio envergonhado, por não saber que flor pedir.

A mulher soltou um riso e disse pegando um pequeno vaso com algumas flores:

– Tem esta flor, chama-se Lírio e significa sorte - ela sorriu mostrando-me uma flor bonita, mas um tanto quanto estranha pelo meu ponto de vista, acho que ela percebeu minha cara de reprovação e mostrou-me outra - Essas são Margaridas e seu significado é a inocência.

Inocência? Bom, melhor não. Não é um significado muito apropriado para mim e Kate. Olhei para o lado e localizei um vaso com uma flor simples, porém ao mesmo tempo era bonita, havia duas cores, vermelha e amarela.

– Aquelas ali são...? - eu perguntei apontando para o local aonde estavam.

– São Tulipas, as vermelhas significam "declaração de amor" e as amarelas "esperança de amor".

– Vou levá-las, quero que as misture. Capriche, é para alguém muito especial - sorri para mulher enquanto ela ia pegar as flores.

A moça montava o buquê com bastante agilidade, estava ficando bastante bonito, acho que ela iria gostar. Depois que o buquê ficou pronto, peguei a quantia e a paguei. O que demorou um pouco, pois a mulher se recusava a aceitar o dinheiro, ela dizia que o pagamento dela era ver jovens fazendo esse gesto bonito para sua amada - mal ela sabia que eu estava fazendo isso para a amada do meu irmão, que no qual era minha amada também -, depois ela finalmente aceitou.

Sai da loja com o buquê nas mãos e com um sorriso idiota no rosto. Peguei a chave do carro e dirigi novamente em direção ao hotel. Aos poucos fui avistando aquele belíssimo hotel, estacionei na vaga mais próxima que achei. Antes de sair do carro, me olhei no espelho e arrumei meu cabelo rapidamente, olhei para o banco ao lado e peguei o buquê que estava depositado ali. Caminhei até a recepção, com as mãos um pouco trêmulas e soadas, estava realmente nervoso.

Avistei Susan, amiga de Kate e recepcionista do hotel. Fui até ela que estava com sorriso no rosto enquanto conversava com um garoto não mais velho que eu, com um uniforme que os carregadores de malas que ficavam lá na frente do hotel usavam.

– Thomas? - perguntou Susan com os olhos arregalados ao me ver.

De primeira eu acabei estranhando a morena me chamar de "Thomas", porém depois me lembrei que da primeira vez que fui lá, havia mentido sobre quem eu era. Mas teve outra coisa que eu também estranhei, porque os olhos dela estavam arregalados?

– Olá, Susan - eu sorri indo até a bancada.

– Então ele é o Thomas? Não era o cara que acabou de ir pro quarto da Kate? - disse o rapaz que estava conversando com Susan antes. A recepcionista lhe deu um tapa no braço fazendo o outro moreno reclamar de dor.

– Cara? Mas que cara? - eu perguntei confuso e começando a me irritar.

– Um cara quase igual a você e... - o rapaz tentou falar novamente, porém foi interrompido por Susan.

– Não ligue para ele, Thomas. Ele está confundindo as pessoas - ela tentou disfarçar, coitadinha, daria uma péssima atriz.

– Não estou, não. Olha lá os dois - ele apontou para o lado.

Quando fui olhar naquela direção, me arrependi totalmente. Creio que o meu rosto havia tomado a cor vermelha, minha mão direita apertava fortemente o buquê e a esquerda estava fechava em punho. Lá estava o casal de pombinhos, juntinhos, eram perfeitos um para o outro, que nem goiabada com queijo. Ele, mal cheiroso e ela doce e deliciosa. Tudo bem, eu não disse isso, esquece, isso ficou um tanto quanto ridículo. Voltando ao assunto, aquele cafajeste abraçava a minha Kate pela cintura e ela mantinha um meio sorriso no rosto, no qual não me convenceu. Porém a loira o abraçava também.

Rapidamente lembrei-me que o Thomas não poderia sonhar que eu estava ali, ainda mais um um buquê nas mãos. Rapidamente entrei atrás da bancada e me sentei ali em baixo. Susan me olhou confusa, porém fingiu que nada estava acontecendo quando o casal do ano chegou perto.

– Olá, Suse - ouvi uma voz doce e feminina dizer, ou seja, a voz de Kate.

– Oi, Kate. Pelo o que percebo vai voltar para a casa do seu namorado - a recepcionista deu ênfase no "namorado".

– Sim, ela vai para minha casa - respondeu uma voz grossa.

– Seu irmão deve ficar muito feliz com a volta de Kate para lá - Susan disse.

Droga, ela achava que Thomas era eu, esse pedaço de mal caminho aqui. Isso não vai dar certo, isso não vai dar certo... Deus, me ajude nessa hora difícil.

– Hãn...?! - exclamou Thomas confuso.

– Bom, vim entregar a chave do quarto, Suse - ouvi a minha loira mudar de assunto com uma voz triste, entregando a chave de seu quarto.

– Novamente - Susan disse pegando a chave a mão de Kate.

– Vou sentir sua falta - elas se abraçaram.

– Idem - a morena sorriu.

Assim que a loura despediu-se de seus amigos e foi embora, a fúria me tomou. Levantei-me dali e olhei para minha mão, ali se encontrava aquele pequeno buquê de tulipas que havia comprado para a bela garota loura, que de certa forma, havia roubado meu coração. Avistei uma lata de lixo perto da saída do hotel, caminhei em passos firmes e pesados para fora dali, porém ao passar pela lata de lixo, deixei lá, jogando com raiva, as belas tulipas.

Katherine definitivamente é a mulher mais bipolar da face da terra. Primeiro ela fica com raiva e volta pro hotel, não se passa nem uma semana se quer, e lá está a garota: Feliz e voltando para nossa casa novamente, agarrada com o homem que a trata como capacho. Era só o que me faltava.

Não queria voltar para a casa tão cedo e ver o casalzinho nota 10 no maior clima. Enrolei bastante no caminho para casa, o que no mínimo gastou 40 minutos, do meu nada precioso tempo, a mais do que deveria. Uma hora ou outra eu teria que voltar para casa, achei melhor fazer isso o quanto antes, porém iria levar uma "surpresa" para todos daquela casa junto comigo, surpresa principalmente direcionada a Katherine.


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Notas finais do capítulo

Capítulos ridículos, eu sei. Me desculpem...
Mas eles precisam ser assim, para que as cenas que estão na minha mente, consigam se encaixar na história D:
Aliás, os significados das flores não são invenção minha, eu peguei de um site que parece ser "especialista" nisso.
Enfim, sugestões, críticas, elogios? *-*