(Yuuki)

-KANAME! – gritei desesperada. Ele estava pronto para fincar seus dentes no meu pescoço, quando de repente vejo uma sombra atrás de mim, alta. Virei-me para ver quem era. – hã?

-A solte Kanaminho! – era Zero, enfurecido. – eu te falei que você teria que controlar seus instintos, ainda mais com ela! – ele pegou Kaname como um filhotinho e o afastou. – tá bem monga? – perguntou ele se abaixando, indo á minha vista. Ele foi rude, mas... Estava preocupado comigo...? – responda!

-Hã? T-Tô, seu mal educado! Humf! – resmunguei, virando o rosto. Ele pegou meu rosto com força. – e-ei!

-Eu mal educado? Te salvo e me chama de mal educado...? – ele falou irritado. – você ainda não me viu mal educado entendeu?! – ele gritou. Ele parecia beeem irritado, assenti apreensiva. No mesmo momento, ele soltou meu rosto e pegou Kaname pelo braço. – venha, você precisa se alimentar. – e assim os dois saíram.

O que estava acontecendo? Que inferno de vida era essa?!

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!

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Depois de me recompor daquela confusão, saí do quarto, que era grande e fui ao corredor, que era maior ainda. Zero parecia beeem rico, isso por um lado era bom...

Desci aquelas escadas gigantescas e fui para a sala de chá, que era bem grande, não vi ninguém.

Fui então para algum lugar que tivesse claridade, a cozinha. Fui até lá, era ampla e antiga, ninguém. De repente, ouço um ruído, parecia alguém conversando. Fui seguindo o som e cheguei até outro cômodo, mas era fora da casa, o jardim, que havia uma piscina e churrasqueira também.

Olhei para os lados e nada. Ué? Cadê todo mundo...?

-O que você faz aqui mocinha? – uma pessoa atrás de mim falou.

-Kyaaaa! – gritei, dando uma tapa na cara da pessoa, de nada adiantou, quase quebro minha mão. – aaaah!

-Hey, você sabia que nós vampiros não nos machucamos assim facilmente...? - era Takuma, com uma marca de mão no rosto risonho.

-T-T-Takuma-san! – gaguejei. – d-desculpe! – me curvei. Ele riu de minha reação instantânea.

-Tudo bem Yuuki-chan, isso não doeu nem um pouquinho, você é muito fraquinha. Hehe. – ele riu de minha deficiência. Fiz cara e emburrada. – bem, bem... O que faz aqui/ - ele perguntou de novo.

-Eu estou procurando o Kaname... Sabe onde ele está? – perguntei. Ele ficou sério.

-Yuuki-chan, Kaname está se alimentando, não acho bom você ir onde ele está sabe... – Takuma respondeu meio apreensivo.

-Mas eu quero! Eu agüento! Me leve, por favor, Takuma-san! – falei ordenando. Ele riu.

-Se prefere assim... – Takuma respondeu. De repente, ele me pegou pelos braços e me colocou no seu colo, começando a correr numa velocidade nunca vista! Ser vampiro tinha suas coisas boas...?

Então, ele parou de correr e me colocou no chão, fomos andando até uma casa iluminada, onde deveriam estar Kaname e os outros.

-Cuidado certo? E não demonstre medo, por mais horrível que a cena seja. – Takuma falou serio, engoli a seco.

Fomos caminhando até o casebre e Takuma me pediu para ficar ao seu lado. Fiquei medrosa, mas me acalmei. Então ele abriu a porta e comecei a ouvir gritos, o medo foi chegando á minha alma aflita. Fomos andando até outra porta, cada vez mais os gritos eram altos.

-Preparada...? – Takuma perguntou, eu assenti. Ele abriu a porta e vi uma cena horrorosa.

-Kyyyyyaaaaa! – uma mulher ensangüentada gritou. Meus olhos foram se enchendo de lágrimas de medo, apreensão. A pessoa que a sugava parou a solta praticamente morta no chão.

-Hey! O que você tá fazendo aqui sua tábua? – Zero reclamou.

-Calma Zero! Ela insistiu para vir aqui, eu avisei sobre o que teria... – Takuma respondeu paciente.

-Mas olha a cara de medo dela! Eu disse para não trazê-la! – Zero retrucou irritado. Ele estava de novo se preocupando comigo? – hey, Kaname, olha quem chegou. – ele falou com o Kaname que não estava lá, mas apareceu.

-Hum? – a pessoa que sugava a mulher era Kaname! – aaaaarg! – de repente, ele veio para cima de mim, caí no chão e sentia o sangue que derramava da boca dele, vir de cima para meu rosto, junto ás minhas lágrimas.

-Clama Kaname... – Zero ordenou calmamente. Por que só eu estava tão nervosa? – Yuuki tábua, ele está sedento, ele sentiu seu cheiro e quer seu sangue, que é muito atrativo... Huhu. – ele brincou. Fiz cara de raiva.

-Kaname, calma, é a Yuuki, sua amiga, lembra? – falei me levantando para frente dele. Takuma e Aidou o seguravam com esforço.

-Yuuki-chan! Melhor não forçar nada! Ele está sem consciência do que faz! Se afaste, vá. – Aidou falou.

-Y-Yuuki... – ouvia a voz quase inaudível de Kaname. – me perdoe Yuuki... – ele falava chorando, meus olhos se encheram e mágoa e dor.

-Kaname! – o abracei. Todos ficaram perplexos com minha coragem de abraçá-lo naquele estado. – Kaname, eu te ajudarei, juro a você! – eu sentia sua respiração de volta, seu calor voltando, ele estava virando humano novamente?

-Pode soltá-lo. – Zero ordenou e eles obedeceram. Kaname caiu no chão junto comigo, me abraçando forte.

-Yuuki... – ele me olhou confuso. Colocou suas mãos banhadas em sangue sobre meu rosto molhado de lágrimas. – me perdoe...

-Perdôo, perdôo Kaname. Eu te ajudarei, agora calma... – falei tentando acalmá-lo.

-Bem, bem... Hora de vocês e nós irmos, temos que dar essa mulher aos cães. – Zero falou. Eu e Kaname o olhamos perplexo. Cães? – calma pirralha, era brincadeira, huhu. – ele riu de minha cara espantada. Aff, esse Zero...!

-Bem, vamos...? – Aidou perguntou. Assentimos, indo para o colégio desta vez. O caminho todo foi um silencio assustador, por que ninguém se falava oras?!

-Agora, escute vocês dois... – Shiki falou, quebrando o silêncio. – se você Kaname ou Yuuki contarem sobre nós, não seremos piedosos, ouviram/ - ele nos ameaçou, assentimos.

Puxa, e agora? Teríamos que guardar um segredo assim...?