O Amuleto Rafma escrita por Rafma


Capítulo 26
Fim - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que falei para todos que quiseram ouvir que só iria existir só mais um capítulo, só que enquanto eu estava escrevendo o capítulo, eu via folhas e folhas sendo enchidas no word e achei que seria muito grande para um capítulo. Então resolvi separar o que seria o capítulo 26 inteiro, em dois capítulos.


Pensem que é o mesmo capítulo só que em duas partes.


Desculpem se esse capítulo ficou muito grande e chato. Me desculpem mais ainda se a minha explicação "científica" ficou uma droga. Eu fiz o máximo que eu pude para fazer um bom capítulo. Espero que vocês, e o Randy também (tenho mais medo do review que ele pode me enviar do que de qualquer outra pessoa) gostem muito do capítulo que fiz com o máximo de cuidado e demorei demais para escrever.


Me desculpem mais uma vez, por ter que separar o último capítulo. A segunda parte será postada aqui no Nyah! até sábado. De sábado não passa. Obrigado aos leitores e todos as outras pessoas e para alguém que me mandou cinco review de uma vez.


Boa Leitura


E que as mensagens comecem /o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/14828/chapter/26

- Agora, solte minha mãe! – Vanessa notou que Hans estava pegando algo em sua mão – O que você está pegando?

 

Erica também tinha notado o movimento de Hans e quis aproveitar o momento para tentar impedir ele. Erica pegou impulso e deu um pulo que fez ela chegar em frações de segundos, perto de Hans e Sandra.

 

- Ahhh... Como você fez isso? – Hans, com medo do pulo da anja, tropeçou, caindo para trás e se descuidou deixando Sandra fugir – Não chega perto de mim! Não chega perto! Eu vou atirar!

 

- Não! Você não irá atirar em ninguém! – Erica apontou sua mão para Hans que caiu desmaiado no chão.

 

Lucas e Vanessa abraçam sua mãe. Lucas volta a olhar para Erica que fez um sinal positivo.

 

“Impressionante! Foi tão rápido. Aquilo foi sensacional. Foi uma ideia simples, mas de tão rápida que foi executada, Hans só conseguiu ver um vulto, de quando ela saiu daqui até chegar a ele e minha mãe. Se Hans que estava vendo Erica de frente não conseguiu notar isso, suponho que nem minha mãe e a Vanessa tenham enxergado alguma coisa. E eu acho que só consegui perceber um pouco do que ela fez, pois estou com esses poderes. Se eu estivesse na mesma situação que Hans, minha mãe e Vanessa também não teriam visto muita coisa. Eu adoraria me movimentar tão bem quanto ela.” – Lucas deixou sua mãe um minuto com Vanessa e foi falar com Erica – Obrigado, Erica! Você foi incrível, de novo. Esse seu plano foi genial.

 

- Ahhh... Que é isso? – Erica coçava a cabeça um pouco corada – Foi uma tática tão simplesinha. Nada de mais.

 

Erica se abaixou e pegou a mão de Hans, tirando um objeto parecido com uma cápsula.

 

- “Cápsula de aprisionamento de mutantes.” – Após ler o que estava escrito, passou a cápsula para as mãos de Lucas.

 

- Então devia ser com isso que ele iria me prender e me levar até lá. – Lucas joga a cápsula na direção de Hans que abre uma rede que o envolve – Hum... Será que isso iria conseguir me prender por muito tempo?

 

- Acho que sim, mas talvez a SSMM ainda não tenha poderes o suficiente para enfrentar o que eles chamam de “mutantes”. Viu o que aconteceu com aqueles carros blindados só com o impacto com as Pétalas de Fogo lançado por Salquetren? Eles ainda não têm tecnologia o suficiente para nos enfrentar. O máximo que pode acontecer é eles ficarem nos atrasando.

 

- Ei, mãe. Vocês ainda querem continuar? – Lucas chamou a atenção – São coisas assim que irão acontecer se vocês forem com nós em busca do amuleto. Acho que seria melhor vocês ficarem para o próprio bem das duas.

 

- Concordo com Lucas. Vai ser muito perigoso. O vilão que estamos enfrentando também não é fraco. Não será fácil. – Erica complementava.

 

- Eu quero ir sim. – Sandra ajeitou o cabelo e se levantou com a ajuda de Vanessa – Foi só um susto. A gente também deu bobeira. Ele era um agente do SSMM. Estava armando esse tempo todo. Além de ser um babaca. Não podemos confiar em ninguém ligado ao SSMM. Aposto que na próxima não iremos marcar tanta bobeira assim.

 

- Ok, então. Você pode dirigir, mãe? – Perguntou.

 

- Claro!

 

- Então a gente vai no carro do SSMM? – Lucas viu que elas olharam com desagrado na ideia e foi se explicar – É que... Bem, o carro é todo cheio dos aparatos e tecnologia, sem dizer que tem uma bela potência. Acho que até seria mais fácil.

 

- O problema é que talvez o SSMM possa rastrear o carro. Posso ter certeza que os carros da SSMM têm rastreador. Pode ser que daqui a pouco eles dão a cara por aqui para saber o que aconteceu com Hans ou pelo menos, com o carro. – Erica explicou.

 

- Então vamos ao carro da mãe. Daqui a pouco é meia noite. Então, amanhã acharemos à caverna e iremos atravessar o portal. – Lucas não via a hora de chegar à caverna e passar pelo portal para conseguirem o amuleto e impedir de vez o Salquetren.

 

- Por que você acha que a Natália poderia estar nos traindo? Ela só nos ajudou até agora. – Fredo ficou confuso depois que Trevor levantou essa hipótese.

 

- Pensa bem. Uma caixa aparece do nada. Dentro dessa caixa há uma pedra que liga para um outro caminho. Esse caminho leva até um local onde existe um portal e nesse portal as pessoas que passam nele morrem. Da onde surgiria essa caixa? Por que alguém deixaria a caixa por ali dando sopa? – Trevor parou de falar por algum tempo, esperando ouvir algo de Fredo, que se manteve calado. Trevor continuou – É claro que isso é uma armadilha. Aquela caixa foi deixada lá para eles descobrirem aquela passagem, chegarem até o portal e no final o escolhido morrer.

 

- Então você está dizendo que aquilo tudo teria sido uma armadilha para fazer com que o escolhido morresse? Até que tem uma certa lógica. Mas o que Natália tem haver com isso? Até por que da para deduzir que foi Salquetren que bolou a armadilha para matar Miguel. – Se ajeitou melhor no banco e soltou um longo bocejo.

 

- Aí é que você se engana, meu caro.  Depois que Salquetren foi derrotado pela irmã de Erica, ele ficou muito machucado. Várias partes de seu corpo foram mutiladas e perdeu grande parte de seu cérebro, o que fez ficar debilitado. Meu pai sabia dos mais diversos truques e tinha aprendido uma vez, quando era ainda jovem, através de um ancião, um truque para curar cicatrizes, machucados, até mesmo os mais profundos. Salquetren, como eu disse quando estávamos presos no Misem, tem um grande exército de pessoas que apoiam ele. Salquetren usou esse truque, só que como ele teve um grande estrago em seu corpo e mentalidade, iria demorar anos e anos até ficar curado novamente, mas até lá, ele não iria aguentar e estaria morto. Então, seus aliados tiveram a ideia de congelá-lo. 400 anos depois, Salquetren conseguiu se curar de todos os machucados. Quando ele voltou, seu corpo que antes estava velho, ficou jovem. Sua força, sua aparência, seus poderes, tudo era novo e diferente. Salquetren não tinha aguardado 400 anos só para se curar dos machucados e sim para rejuvenescer. Quando estava congelado, conseguia se comunicar através de aparelhos mentalmente e ele arquitetou um plano para acabar com o escolhido, já que ele estava debilitado. Foi nessa época que comecei a procurar o escolhido da família Rafma, só que quando vi, já era tarde demais, e o escolhido já estava morto. Depois de 2005, em 2006 Salquetren foi descongelado e veio diferente, como disse há pouco. Ele veio também com uma grande inteligência. Conseguiu ajuda do presidente da república e conseguiu ser dono de um departamento só dele. Quando eu fiquei sabendo da morte de Miguel, disseram que ele morreu em uma expedição e agora tudo está se encaixando. – Trevor chegou mais perto de Fredo – Raciocina comigo: Salquetren bolou uma armadilha para Miguel em 2005. Já que estava debilitado, pois ainda estava congelado, pediu para outra pessoa fazer esse serviço para ele. Então a pessoa que pode ter feito esse serviço é...

 

-... Natália. – Fredo olhou fascinado com as informações e argumentos que Trevor usou para falar o porquê Natália poderia ser uma traidora – Isso é inacreditável! Lembro-me que em uma conversa com Erica e os outros, a gente não sabia como Salquetren tinha sobrevivido da época em que ela morreu até hoje. Esse Salquetren mesmo não dá ponto sem nó.

 

- Isso mesmo! Agora temos que ficar ligados. Se Sandra contou da nossa conversa para Lucas e Erica, eles que são espertos, também devem estar desconfiados dela. Não podemos confiar naquela mulher. – Trevor virou para trás e ficou olhando por um tempo para a janela do centro.

 

- O que foi? – Fredo estranhou o tempinho que Trevor já observava a janela.

 

- Tipo, você não acha que Natália está demorando muito, não?

 

Dia 10 de Fevereiro de 2008.

 

Lucas, Erica, Vanessa e Sandra estavam indo ao encontro de Fredo, Trevor, Nilton e Natália para poderem encontrar a caverna e atravessarem o portal. Enquanto isso, o cientista Cid se preparava para mostrar sua, chamada de “arma mutante”, para seus colegas cientistas, pesquisadores e para o presidente da república, em uma apresentação que iria acontecer.

Salquetren estava dormindo em uma casa do Mundo Paralelo. Talvez os moradores tivessem sido expulsos pelo exército dele ou talvez mortos, enquanto Fabio, que estava maltrapilho, tentava se contentar com o chão frio daquela casa. A procura deles estava difícil. Tiveram que enfrentar várias pessoas, monstros, passar por florestas onde o perigo havia em todo lugar. Para Salquetren, isso nem ameaça era, mas para Fabio, um golpe poderia ser fatal, o que então levaria a pedir com que algumas pessoas de seu exército viessem junto deles para proteger o menino, que era peça-chave para o encontro do amuleto que estava em um museu.

 

00h34min

 

Em uma das poucas salas do SSMM que são iluminadas com lâmpadas em vez de botões e luzes de outras máquinas, Cid entrou pela porta dos fundos da sala que o leva direto para um galpão. Ele colocou uma maca levantada no galpão com um lençol branco que ofuscava a visão do resultado de seu projeto. Os cientistas, pesquisadores estavam sentado em cadeiras de frente para o galpão, enquanto o presidente da república via tudo mais afastado dos outros. Alguns assistentes o ajudaram, mas ninguém viu o resultado final do seu projeto. O presidente estava afastado do grupo. Ele tinha quatro seguranças por perto e ficou olhando atentamente para ver se o projeto tinha sido um bom negócio.

 

Cid olhou atentamente para todos antes de pronunciar qualquer coisa. Ficou um pouco nervoso quando notou a presença do presidente, mas tentou ficar mais calmo.

 

- Primeiro, eu quero agradecer o Senhor Presidente por ter nos dados ajuda financeira e uma grande parceira com o departamento SSMM e a todos que acreditaram e ajudaram a esse projeto ser realizado e concluído. Bem, irei dar uma pequena introdução de como foi criar o que eu chamo de: “arma mutante”.

 Quando aqueles mutantes foram presos aqui, conseguimos fazer várias pesquisas e experimentos. Descobrimos por exemplo que o DNA daquelas criaturas era diferentes, extremamente modificados. Então o que eu fiz? Em base na ovelha Dolly, eu retirei uma célula que continha esse DNA modificado do mutante chamado Lucas, chamando de “célula mãe”. Após isso, mantive essa célula viva em meio de cultivo no laboratório do departamento. Depois disso eu consegui um óvulo humano desprezando o núcleo. O óvulo vazio e a célula cultivada foram fundidos por meio de estimulação elétrica, formando um ovo fecundado, que se transformou em um embrião e, ao atingir a fase de blástula, ou seja, apresentar mais de cem células, foi implantado no útero de uma mulher “mãe de aluguel”.  O ser gerado com essa técnica foi geneticamente idêntico ao doador da “célula mãe”, ou seja, Lucas, possuindo as mesmas características físicas e biológicas que este. – Cid deu uma pausa e retirou o lençol para que todos vissem o resultado final de seu projeto.

 

Todos ficaram inquietantes. O clone era igual ao Lucas. Se o embrião foi implantado no útero de uma mulher, como o clone já havia nascido? Ele começou a fazer essa experiência não faz nem cinco dias. Como Cid tinha conseguido um resultado desses tão rapidamente e como ele convenceu uma mulher como “barriga de aluguel”?

 

- Algumas pessoas dessa sala devem ter ficado impressionadas de como essa gravidez tenha sido tão rápida, mas existem outros cientistas que nem tanto. – Cid olhou para todos com um ar confiante – Muito antes desse departamento ser criado, muitos cientistas que trabalham aqui, tinham descobertos um método de reprodução acelerada. A única coisa que fiz foi usar esse método no embrião antes de ser implantado no útero. O resultado foi espantador até para mim. Eu paguei uma boa quantia para uma mulher fazer esse serviço e eu disse que demoraria de 30 a 40 dias, só que no final o resultado foi de um dia e meio. Depois disso a aceleração do crescimento do clone foi muito rápida. Ele já tem 11 anos igual ao mutante original e tem os mesmo poderes que ele. Depois disso, consegui retardar esse crescimento anormal matando algumas células que estavam com uma aceleração avançada e implantando outras células que trabalham normalmente, como em um ser humano normal.

 

Todos olharam impressionados. Pelo que estava parecendo, Cid não mostrou nenhum perigo durante esse processo tão pequeno. O presidente ficou pasmo com algo assim. Pode ser que Cid tinha revolucionado a história da humanidade com esse clone. Cid mandou o clone fazer alguns movimentos e esse o fez perfeitamente. O mais notável era como ele estava mesmo parecido com Lucas.

 

O clone olhava para todos um pouco espantado, mas com seu crescimento “adoidado” conseguia entender o que todos diziam, por isso ele fazia o que Cid mandava.

 

- Esse clone está obrigado a nos obedecer, pois se isso não acontecer, existe uma bomba dentro dele, que, se notarmos que ele poderá arruinar nosso objetivo, que é capturar e estudar os mutantes, eu apertarei esse botão e a bomba explodirá. – Cid mostrou o controle que tinha o botão para todos – Agora quero explicar a melhor parte: Os poderes do clone.

 

- Que demora pra gente chegar até a Área Florestal. – Indagou Lucas.

 

- Calma, Lucas. Calma. Já estamos quase chegando. Daqui alguns minutos já estaremos chegando à Área Florestal. – Sandra respondeu, voltando a olhar para a pista.

 

- Eu sei, só que estou meio ansioso. É que ir até a caverna para encontrar o portal e ir descobrir o que tem no outro lado dele, me da um nervosismo. Não sabemos o que podemos encontrar do outro lado do portal. Eu nem consigo imaginar sequer o que pode existir por lá. E ainda terei que impedir o Salquetren. – Lucas olhou para a janela do carro, sem um pingo de paciência.

 

- Eita! Tudo bem ter ansiedade. Acho que todos nós estamos ansiosos, mas você precisa se acalmar. Parece que vai morrer de tanta ansiedade. – Vanessa resmungou.

 

- Me desculpe, só que não estou conseguindo mais aguentar isso. – Lucas começou a chacoalhar suas pernas.

 

Erica que estava no banco de trás com Lucas percebeu o grande nervosismo do escolhido e chegou mais perto dele. Erica deu um abraço apertado em Lucas que transmitiu uma energia muito boa que acalmou o escolhido.

 

- Nossa! Esse abraço... Me deu um alivio tão grande, assim, do nada. – Lucas olhava surpreso para Erica.

 

- Nós temos uma energia diferente, Lucas. Você sentiu uma energia boa que veio do meu abraço e eu senti uma energia boa de você. – Erica deu um sorriso.

 

- Energia boa por causa de um abraço? Que droga... – Vanessa resmungou novamente.

 

- Eu já cansei de esperar. Acho que vou procurar a Natália. – Trevor se levantou e foi parado por Fredo que segurou o seu braço.

 

- E se ela fez isso só para a gente ir atrás dela? Vai que ela armou uma armadilha com o Nilton? O Nilton também nem deu mais as caras. – Fredo largou Trevor que olhou para a entrada do centro da reserva.

 

- Você tem razão. Natália pode muito bem ter sumido esse tempo todo para tentar nos matar, com a ajuda do Nilton que também não deu mais as caras. – Trevor continuou com o olhar fixamente para a entrada – Só que ficar aqui sentado nesse banco não irá adiantar nada. Acho melhor eu ir lá dentro dar uma olhada no que aconteceu, enquanto você fica aqui. Tenta achar um pedaço de árvore jogado no chão para se defender de alguém, sei lá. Eu vou indo.

 

Trevor tomou um pouco de fôlego e tentou juntar o máximo de coragem possível. Coçou a cabeça e empurrou uma das duas portas de entrada do centro. Quando entrou, não via nada de estranho. Havia um silêncio fora do comum. O centro era pequeno e não tinha muito que ver. Analisou tudo muito bem antes de qualquer outro passo e foi até o balcão onde ficavam as pessoas que trabalhavam ali.

 

Olhou por trás do balcão e também não viu ninguém e não achou nada demais, apenas alguns papeis no chão. Trevor esticou sua mão que foi até as folhas, pegando-as. Eram folhas que continham informações sobre a distância da Área no total, algumas anotações sobre animais que poderia achar no caminho até a caverna e a última folha era um mapa da Área. Nesse último, podia se notar algumas marcas de sangue.

 

“Isso... Isso é sangue? Será que... Não! Não pode acontecer o que eu acho que está acontecendo!” – Trevor olhou assustado para todos os lados e não percebeu nenhum movimento, nem a presença de alguém. Colocou os papeis no bolso e continuou andando, se afastando do balcão. Os últimos lugares que tinham para ver eram os dois banheiros do centro.

 

Olhou para a janela do lado de fora e viu Fredo em pé com um pedaço de galho na mão. Voltou a olhar para os dois banheiros e optou por ir ao banheiro feminino, primeiro.

 

Trevor deu passos pequenos até chegar à porta e a abriu devagar. Continuou dando passos pequenos e se observou no grande espelho que havia naquele lugar. Ainda não conseguia perceber nenhum barulho. Trevor estava ficando tenso e tinha vontade de desistir daquela ideia e sair correndo daquele lugar, mas tinha que saber o que aconteceu.

 

Trevor não encontrou nada e resolveu abrir as sete portas que tinham ali. Ele foi abrir a primeira porta com sua mão tremula. Não havia nada na primeira porta, além de um vaso sanitário e um suporte para papel higiênico. Assim foi na segunda, terceira e quarta porta. A cada porta aberta, Trevor ficava feliz por não achar nada que comprometesse sua vida e frustrado por não achar nada que resolvesse aquele mistério que estava se tornando irritante.

 

Sua respiração parecia abalada. Seu coração estava batendo a mil por hora. Tomou novamente a difícil iniciativa e abriu a quinta porta. Quando olhou para o que tinha atrás daquela porta, ele botou a mão em sua boca para não gritar e tropeçou caindo para trás. Ao se ajeitar melhor, percebeu que estava na frente do corpo de Natália, que estava morta. Natália tinha um pedaço de madeira que perfurou sua testa e atravessou a cabeça. Seu pé direito tinha sido mutilado e seu corpo estava todo ensanguentado.

 

Não aguentando ficar mais naquele local, Trevor se esticou até a porta do banheiro para pode sair mais rápido dali e chegar a Fredo para avisar o que havia acontecido. 

 

Trevor saiu do banheiro e com um medo desesperador, tentou ir o mais rápido possível até a saída.

 

- Fredo, Fredo! – Trevor gritou indo o mais rápido que pode – A Natália morreu! Ela morreu!

 

Fredo ouviu alguns ruídos e entrou no centro, vendo Trevor se esticando o mais rápido possível.

 

- Vamos sair desse local! É uma armadilha! A Natália está morta! Estão querendo nos matar! – Trevor passou da saída.

 

- “Nos matar”? – Fredo também foi correndo até a saída quando um tiro foi dado, fazendo o parar.

 

BANG!

 

- Trevor? – Fredo correu até a saída e percebeu o menino-elástico atingido no chão – Trevor! Você está bem?

 

- Estou! A bala só pegou de raspão. Isso para mim não foi muita coisa. – Trevor se levantou com a ajuda de Fredo, se apoiando.

 

- Eu encontrei a Natália morta no banheiro feminino. Deu para perceber que desconfiamos da pessoa errada. – Trevor apontou o dedo para sua direita – O tiro veio dali. Eles vão vir para nos matar.

 

- Acertou, meu querido! – Apareceu uma mulher de cabelos lisos e loiros, com uma jaqueta de couro, calças jeans e botas brancas. Era muito linda por sinal. Do seu lado estava Nilton, o guia.

 

- Nilton? Desgraçado! Seu traidor! – Fredo atacou Nilton verbalmente, surpreso com aquela situação.

 

- Cala boca, seu idiota! – A mulher deu um tiro no ar.

 

- Foi você que matou Natália? – Trevor perguntou, observando a mulher.

 

- Nossa! Você é muito esperto, campeão. – A mulher falava com um tom irônico, quase rindo.

 

- Então, deve ter sido você que armou a armadilha contra o Miguel e os outros.

 

- Caramba! Temos um gênio entre nós! – A mulher andou para frente e apontou a arma para Trevor.

 

- Então você só pode ser a... - Trevor foi interrompido.

 

- Sim! Eu sou Laura! Muito prazer, filho do Salquetren! – Deu um sorriso sínico.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Agora é certo, até a segunda e última parte de toda essa história


Malz, Randy o/ Fiz o melhor que eu pude e valeu a todos que leram e seguiram até agora



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Amuleto Rafma" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.