A roda de histórias não deu certo por causa que Henry havia tido uma intoxicação alimentar.

Fazia tempo que Valerie não pegava no livro, era uma segunda nublada, tinham suspendido o trabalho nesse dia por causa do perigo de ter uma chuva forte, então Valerie pegou uma bolsa, e colocou o livro dentro dela, foi para a ferraria onde Henry sempre estava.

-Henry você tá melhor?—perguntou Valerie entrando na ferraria.

-Estou sim.

-Henry vamos comigo na cabana da minha vó? —Valerie.

-Você pedindo que eu te acompanhe, Valerie é você mesma? —Henry perguntou estranhando o fato de Valerie está pedindo para que ele fosse com ela na cabana, não que ela não quisesse era só que esse não muito o tipo de Valerie ficar pedindo coisas para os outros. Valerie acentiu. —Você está bem?

-É só que eu queria que você acompanhasse a história do livro comigo. —Valerie puxou o livro da bolsa e mostro para Henry.

-Ah!

-Mas se você não quiser não precisa ir comigo. —disse Valerie.

-Não, eu vou sim. Pode deixar. Só deixa eu pegar algumas coisas aqui para gente comer lá.

Valerie não tinha pensado nessa parte de comida, isso que ela estava grávida e precisa de proteínas em seu corpo. Henry não era tão descuidado como Valerie.

Os dois já prontos foram para a cabana, Valerie direto tropeçava por causa de seu pé torcido, ela não parava quieta então o pé dela não melhorava, sempre doendo, mas ela não se queixava disso pra ninguém.

Quando eles chegaram na cabana, Valerie pegou seu livro e leu a parte que ele não tinha lido. Depois de ler a parte que Henry não havia lido, ela foi para onde ela tinha parado.

Cayro vaga por vila em vila, para encontrar essa pessoa de quem o lobo falou que viveria eternamente por possuir seu sangue. Cayro tem medo de não encontra a pessoa mencionada.

A maldição passa de pai para filho(a), graças a imprudência do jovem rapaz Cayro, todos de sua geração sofreram o que ele sofre até hoje.

-Espera um pouquinho Valerie. —disse Henry. —E se esse Cayro for do seu sangue? Já que seu pai era o lobo, ele poderia ser seu “parente”.

-Não, meu pai pode ter sido mordido por outro lobo.

-Nunca se sabe Valerie.

Valerie deu de ombros e continuou a ler.

Há um mito que se diz que tem uma solução para a maldição, ou seja, tem um antídoto para quem foi mordido, mas por enquanto ninguém conseguiu provar tal coisa.

Lendo isso o coração de Valerie disparou e se encheu de esperanças, ela olhou alegremente para Henry.

Henry ficou feliz em ver Valerie tão entusiasmada, porém ele sabia que seria bem difícil Valerie descobri esse tal antídoto, uma porque até hoje ninguém havia descoberto algo, quer dizer foram a cinco séculos passados. Dois não se sabia se era verdade ou mentira.

Valerie retomou a leitura com muito entusiasmo.

Cayro sai em busca de respostas para esse antídoto, porém a única coisa que ele sabe é o que o lobo disse logo em seguida de ter amaldiçoado o rapaz:

Mas você ainda tem uma chance, terá um antídoto em que você poderá voltar a ser o que era antes de querer me atacar, porém você vai continuar vendo as pessoas que ama morrendo. O antídoto vai sair de um sangue de uma pessoa do mesmo sangue e genética sua.

Desde então Cayro tem tentado não fazer mal a ninguém, porém o instinto de lobo fala mais alto. Só depois de alguns anos que ele conseguiu ter total controle de si ao redor de pessoas que ele ama. Agora Cayro só se transforma quando ele senti que precisa da uma liberada no lobo dentro de si.

Valerie pensou em Peter. Peter poderia fazer isso que Cayro consegue fazer, aprisionar a besta que mora dentro de si. Ela se encheu de esperanças de novo.

-Acho que já é informação demais por hoje, não acha?—perguntou Henry preocupado com Valerie. Esse livro poderia fazer mal para Valerie, ela poderia se encher de esperanças e se decepcionar muito. —Vou fazer algo para comer. Me dê esse livro.

-Pra quê?—perguntou Valerie confusa.

-Porque eu sei que assim que eu der as costas você vai mergulhar nisso, então me dê ele. Para o seu bem Valerie.

Valerie fez cara feia. Henry estava certo ela iria continuar lendo assim que ele saísse de seu alcance.

-Não adianta fazer cara feia.

Então ela entregou de mau gosto o livro e fez biquinho. Henry riu e disse:

-Você parece uma criancinha fazendo isso.

-E você parece um lobo mal que pega doce de criancinha. —disse Valerie.

-Você está me confundindo com o Peter, ele que é o lobo da história.

-Não fale de Peter, ele não está aqui para se defender, isso é errado, ficar falando mal dos outros pelas costas. —disse Valerie irritada.

Mesmo Valerie irritada, Henry só estava se divertindo mais com a situação então disse:

-Não precisa ficar irritada Valeriezinha. —disse ele numa voz manhosa como se estivesse mesmo falando com uma criança.

-Me poupe!—disse Valerie.

Henry deu um sorriso maroto e disse dessa vez normalmente, até que compreensivo:

-Não se irrite, faz mal para o bebê e pra você mesma.

Valerie deu um sorriso e acentiu á se acalmando.

-O que você vai fazer de gostoso hoje?—perguntou Valerie.

-Ontem eu achei uma receita de biscoito de sua vó, vou fazer biscoitos. Já está tarde, teremos que dormir aqui, você avisou a sua mãe que viria aqui comigo?

-Sim, avisei sim. —disse Valerie.

Nessa hora Peter chegou o que foi uma surpresa para os dois (Henry e Valerie).

-Senti o cheiro de vocês dois. O que vocês estão fazendo aqui sozinhos?—perguntou Peter desconfiado, Valerie riu e mostrou o livro. —O quê? Contando historinhas românticas um para o outro.

-Para de ser um bobo ciumento e leia, eu chamei Henry para vir comigo para eu ler para ele a história e para não ficar sozinha, só que o tempo passou rápido e não vi, agora teremos que dormir aqui. Você também vai, não é?—perguntou Valerie, Henry bufou, Valerie e Peter ignoraram.

-É claro que vou, não vou deixar você de novo sozinha com ele aqui.

Valerie deu um pulo e um Celinho em Peter.

-Depois eu leio isso. —disse Peter.

Peter se ofereceu para ajudar na cozinha já que sabia cozinhar também, Valerie ficou na sala. Henry havia pegado o livro de Valerie para que ela não lesse. Peter concordou, então Valerie teve que se ocupar com outro livro, enquanto não tinha a companhia de nenhum dos dois.