-Cara... Você é muito ruim! – Ele gargalhava. – Até eu ganhei de você. E olha que eu não sou bom nesse jogo!

-Obrigado por falar a parte que me toca! – Emburrei-me. – Você disse que iria deixar eu ganhar! Mentiroso!

-Não. Eu disse que iria pensar em deixar você ganhar. – Ele olhou sério para mim.

-E por que você não deixou eu ganhar?

-Eu deixei. Acredite! Mas é que você é tão ruim, que ainda sim não ganhou! – Ele vangloriou-se.

-Nossa... – Fiz cara de cachorro sem dono.

-Desculpe-me. Não foi minha intenção te humilhar. – Ele segurou meu queixo.

-Eu estava brincando... Eu só fingi ficar triste, pois sempre minha mãe libera-me dinheiro quando eu faço essa carinha de cachorro sem dono.

Dei-me conta de que Bill e eu estávamos muito próximos. Nossos rostos estavam cada vez mais próximos, um do outro.

Bill aproximava-se cada vez mais de mim e eu fiquei imóvel.

Ele delicadamente segurou o meu rosto. Nossos lábios foram aproximando-se e...

-Filha! Abra aporta, por favor! – Minha mãe batia na porta. – Eu esqueci a minha chave.

-Ah... Só um momento mãe! – Desviei-me do Bill e fui abrir a porta.

-Obrigada Liz! – Ele beijou-me na testa. – Ah... Oi Bill.

-Oi Senhora Burns. – Ele sorriu. – Bom... Acho que eu já vou, Liz! – Ele pegou a mochila dele.

-Mande lembranças minhas, para a sua mãe Bill. – Minha mãe falou subindo as escadas.

-Sim. – Ele sorriu para ela.

Quando a minha mãe subiu as escadas, Bill e eu nos encaramos por poucos segundos.

-Tchau Liz. – Ele foi à porta.

-Tchau Bill. – Sorri e beijei-o na bochecha.

Ele sorriu e foi embora.

Foi estranho, nunca tinha rolado um clima entre eu e o Bill.

Mas eu não posso esquecer que eu amo o Tom e o Bill ama outra pessoa.

Subi as escadas e fui para o meu quarto brincar com o Max.

Ao menos ele não me humilhava por eu ser uma péssima jogadora.

-Filha! – Minha mãe entrou no meu quarto e observou o Max humilhar-me, mordendo a barra da minha calça, fazendo-me cair de cara no chão.

-Até tu Max? – Olhei para ele com um olhar assassino.

-Todo mundo te bota no chão Liz. Até eu no vídeo game! – Ela gargalhou.

-Eu quero os documentos!

-Quais documentos? – Ele questionou.

-Os que provam que você é a minha mãe. – Emburrei-me. – Nem uma mãe é igual a você! Que fica humilhando a própria filha no vídeo game.

-Não começa. Não tenho culpa de você não saber jogar.

-Ok... Mas não precisa jogar isso na minha cara. – Falei séria. – Mas o que você quer aqui?

-Eu só vim saber o que o Bill estava fazendo aqui. – Ela sentou-se na minha cama.

-Ele veio me humilhar no vídeo game. – Levantei-me do chão e sentei-me ao lado dela.

-Nossa... Você é ruim mesmo! – Ele sorriu. – Mas ele só veio fazer isso?

-E você já não acha o bastante ele me humilhar? – Questionei.

-Não! – Ela sorriu novamente. – Isso é fácil mesmo!

-Obrigada! – Sorri ironicamente.

-Quer jogar vídeo game?

-Acho que não, eu já joguei de mais!

-Não perguntei para você. – Patada. – Eu perguntei para o Max. Ele deve ser melhor que você. – Vou perguntar novamente. Tem como não ama-la?

-Hahaha... Estou morrendo de rir! – Sintam a ironia!

-Vamos Max. – Ele pegou o Max nos braços. – Vou de dar um pouco de ração.

Quando finalmente ela saiu, tomei um banho e desci para jantar.

Minha mãe tinha pedido pizza. Comi uns dois pedaços e voltei para o quarto, deitei na cama e tentei dormir.

...

...

...

Ah... Eu não consigo dormir!

Quer saber, vou assistir um filme.

Levantei-me e comecei a procurar algum filme, mas tudo era uma merda.

Só tinha filmes de crianças, como “Barbie em vida de sereia”, “Cinderela”,...

Tudo bem que eu gostava desses filmes quando criança, mas hoje em dia eu quero ver um filme de verdade né!

-Finalmente. – Gritei a achar um filme que realmente prestasse.

O nome do filme era “O massacre da serra elétrica”.

-Não deve ser tão assustador assim. – Falei comigo mesma. – Mas para ver um bom filme, tem que ter pipoca e refrigerante.

Desci para a cozinha, peguei uma pipoca de microondas e um refrigerante.

Coloquei a pipoca no microondas e fiquei esperando uns 5 minutos.

...

A pipoca estava pronta. Derreti um pouco de manteiga e joguei por cima.

Peguei tudo e subi para o meu quarto.

Coloquei tudo em cima de uma mesinha ao lado da minha cama e coloquei o DVD.

O filme começou... Ai credo! Não acredito que chamam isso de filme de terror.

Cochilei e nada de terror no filme, tinha se passado uns 30 segundos de filme e nada!

-Vou processar o cara que classificou esse filme como de terror! – Comecei a comer a pipoca.

De repente a serra elétrica apareceu e...

-Ah...! – Gritei a ver um vulto em meu quarto. – Quem esta ai? – Assustei-me.

O vulto aproximou-se e... Começou a lamber a minha mão?

Ah... Era o Max!

-Que coisa feia Max, ficar me assustando! – Ele subiu em minha cama e deitou-se ao meu lado.

Realmente eu era medrosa e estava morrendo de medo do filme. Resolvi desligar e dormir.

-Max! Não saia de perto de mim. – Abracei-o. – Se o Jason aparecer você é a primeira vítima dele.

Incrivelmente ele olhou para mim com uma carinha fofa.

-É brincadeira Max! – Abracei-o mais.

Cochilei...

“-Barney? Eu tenho que mostrar isso para a minha mãe. Ela vivia dizendo que você não existia, mas você existe! Eu te amo barney! – Sorri.

-Eu também de amo Liz! – Ele sorriu.

Abracei o Barney. Era tão bom, que eu não queira parar de abraça-lo.

Paramos de nos abraçar e de repente... O Barney virou o Bill?

-Liz eu te amo! – Ele me beijou?”.

Abri os olhos e o Max estava me lambendo.

-Para Max! – Virei para o outro lado da cama.

Tentei dormir, mas era impossível. Eu não conseguia esquecer daquele sonho.