Letters To You escrita por Inês Potter


Capítulo 18
15 e 16 de Novembro de 1978


Notas iniciais do capítulo

Olááá =)
Fiquei muito triste quando vi que só tinha 3 reviews ao capítulo passado =s mas pronto, aqui está o próximo!
Este capítulo é a junção de dois dias porque se eu postasse cada um deles separadamente iam ficar muito pequenos...
É um ponto importante da história, há aqui uma reviravolta inesperada MUAHAH
Boa leitura =D



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15 de Novembro de 1978

“Querida Lily,

Diz-me que não estás a pensar em seguir o plano de não me mandar cartas nunca mais.

Eu preciso de falar contigo. Tornou-se essencial. Não me faças isto. Não nos faças isto.

Gosto muito de ti.

Com amor,

J.”

“Querida Lily,

São 8h30. Às 10h começa o jogo de Quidditch. Confesso que estou ansioso por te ver jogar contra os Slytherin. Espero que os Gryffindor lhes dêem uma abada mas preferia que me respondesses antes disso!

Com amor,

J.”

“Querida Lily,

Tudo bem, falta meia hora. Estás a conseguir pôr-me nervoso. E uma resposta?

Se não responderes desejo-te já boa sorte. Boa sorte, Lily. Quer dizer, tu não precisas de sorte, tu jogas bem.

Com amor,

J.”

“Querido J,

Fizeste-me mudar de ideias. Eu não te deixo de responder… Arrependi-me. E para além disso parecia mesmo que querias falar comigo.

Sim, imagino que isso iria mesmo acontecer! Autógrafos e cartas?

Mas seres maior, mais alto e mais velho não te dá direito de mandares em tudo, felizmente!

Ah,… isso deve ser mau. Amar alguém que não te ama…Uau! Parece uma pessoa espectacular, tens sorte em teres-te apaixonado por alguém assim!

Eu acredito em ti.

É ela? É a Amy a pessoa especial de quem estavas a falar? Ainda gostas dela? Ficaram muito mal quando acabaram?

Tens razão, eu sei que tens mas é tudo tão diferente, tão estranho. Mudou tanta coisa desde a semana passada, reparaste? O Amos convidou-me para ir ao baile com ele, o Sirius e a Lene começaram a namorar, o Remus e a Mary parece que se estão a entender muito bem e o James convidou outra rapariga para o baile. Não imaginava que tudo isto fosse acontecer assim tão rápido. Não sei se algum dia vou conseguir habituar-me. Faz-me impressão.

Vou ter de me ir embora, estão a chamar-me para ir para os vestiários. Espero que corra tudo bem.

Com amor,

Lily.”

“Querida Lily,

Também tenho de ir para o campo de Quidditch por isso vou responder-te muito rápido.

Ainda bem que te arrependeste! Estou mesmo feliz! Pensava que não iríamos falar até sábado. Mas afinal não!

Eu sei o que é ser famoso, Lily. Quando era mais novo formei uma banda com uns amigos e demos alguns concertos. Chegaram a pedir-me autógrafos.

Pois não! Ainda bem. Imagina um mundo em que eu mandasse em tudo… Iria ser a desgraça total!

É, é mau mas acabas por te habituar à dor e à tristeza. Acho que tenho sorte em ter encontrado alguém assim, mas mais sorte teria se ela estivesse a meu lado.

Não, não é ela. Gosto dela, sim, tenho muito carinho por ela mas nada mais que isso. Fiquei mal, obviamente, gostava muito da Amy… Sempre me culpei por ela me ter deixado, não consegui fazer com que ela me amasse o suficiente.

Sim, mudou muito mas para melhor!

Vai correr, de certeza.

Com amor,

J.”

“Querida Lily,

Ainda não posso crer que aconteceu isto. Há uma hora e meia falei contigo e agora não sei quando me poderás responder. E tudo por culpa daqueles estúpidos e nojentos Slytherin.

Quando acordares não sei se te lembrarás de alguma coisa do que se passou, mas eu digo-te: Tu estavas a voar com a quaffle na mão quase a marcar mais um ponto (o que traria uma vantagem de 50 pontos para os Gryffindor) quando o Malfoy avançou sobre ti e literalmente te empurrou da vassoura abaixo. Tu caíste de 15 metros de altura, o Dumbledore ainda suavizou a aterragem mas mesmo assim ficaste inconsciente. Levaram-te para a enfermaria para a Madame Pomfreyte tratar e desde aí não consegui saber nada do que se passa. O jogo acabou à meia hora com uma vitória dos Gryffindor, que apanharam a snitch dez minutos depois de tu teres sido levada. Foi difícil fazer o Sirius Black, o James Potter, o Frank Longbottom e a Marlene McKinnon continuarem a jogar mas a possibilidade de se vingarem deles no resultado fê-los ficar lá e esperar mais um pouquinho para te ver. O Malfoy, para além de ter sido expulso do jogo imediatamente por ataque deliberado a uma chaser, vai levar duas semanas de detenção e creio que poderá ser expulso da equipa de Quidditch dos Slytherin.

Vou agora ver-te, parece que a Madame Pomfrey nos está a deixar entrar.

Gosto muito de ti,

J.”

“Querida Lily,

Voltei agora da enfermaria. Ainda não estavas consciente e ninguém sabe quando irás acordar, isso depende apenas do teu organismo. Acho que o teu estado não é muito grave, pelo menos foi o que nos disseram mas talvez o tivessem feito apenas para nos tranquilizar… Com a queda acabaste por partir a cabeça e uma perna, para além de estares cheia de hematomas e de arranhões. A perna e a cabeça já estão quase curadas mas a Madame Pomfrey não pode fazer mais nada quanto ao resto. Se o Dumbledore não tivesse suavizado a queda poderias ter morrido mas eu nem sequer quero pensar nessa possibilidade.

Não queria ir embora da enfermaria mas fui corrido quase a pontapé pela Madame Pomfrey. Disse que tu tinhas de estar sossegada e que precisavas de muito descanso. Vou tentar comer alguma coisa agora. Espero que o Malfoy não seja burro o suficiente para aparecer à minha frente senão não respondo por mim.

P.S. Eu prometi que semore que acordasses ias ter uma carta minha, certo? E não vou quebrar a promessa!

Com amor,

J.”

“Querida Lily,

Já é tarde e tu ainda não deste sinais de que vais acordar. Sinto-me tão impotente aqui sozinho sem poder fazer nada além de te segurar a mão. Quem me dera que ao menos te mexesses a meio do sono, ou que balbuciasses qualquer coisa. Era sinal de que te podias mexer e de que estava a sonhar.

Sorrio tristemente ao olhar para ti. Estás tão bonita hoje… Os teus cabelos ruivos espalhados pela almofada… Mas a tua pele está demasiado pálida, lívida. Não está um pouco corada como de costume. E faltam os teus olhos verdes! Estou a começar a sentir a tua falta. Volta depressa por favor.

Boa noite e bons sonhos, minha querida.

Com amor,

J.”

16 de Novembro de 1978

“Querida Lily,

Hoje é um novo dia. Pode ser que acordes hoje. Eu sei que é improvável mas a esperança é a última a morrer, certo?

Ainda não te fui ver. Foi estabelecido um horário estúpido de visitas por isso só vou poder estar contigo duas horas hoje à tarde. É melhor distrair-me com qualquer coisa por isso decidi ir voar um bocado, pode ser que me faça bem.

Está um dia tão bonito e tu estás aí enfiada. Quem me dera que estivesses aqui.

Estou a contar as horas até hoje à tarde.

Até já,

J.”

“Querida Lily,

Já é quase hora de te poder ir visitar.

Na verdade não me consegui distrair mas encontrei um sítio muito bonito onde fiquei a pensar. A vida dá com cada reviravolta, hã?

Faltam-me as palavras, não consegui escrever nada de jeito nesta carta. Fiquei mais de 15 minutos a olhar sem acrescentar nada. Não é a mesma coisa escrever-te sem me responderes…

Vou ter contigo agora.

J.”

“Querida Lily,

Estive a falar com a Madame Pomfrey e ela disse que com uma queda daquela sé provável tu teres mais ferimentos no corpo cujos efeitos ainda não se manifestaram. Só espero que esteja enganada, já estás suficientemente magoada assim.

Não me parece que vás acordar hoje. Ainda estás demasiado calma. Ao menos tens um sorriso na cara. Ao menos isso.

Os teus amigos também estiveram cá hoje. E à bocado vi o Snape a cruzar o corredor, vindo da enfermaria. O Malfoy, por outro lado ainda não deu a cara. É melhor para ele, assim. Ainda estou com mais vontade de pôr o nosso plano em prática. Vou amanhã falar com a Amy. Ele está feito comigo.

Com amor,


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Notas finais do capítulo

E então? Fui muito má para a Lily e para o J? =O
No próximo capítulo vou fazer a mesma coisa, vou juntar dois dias para o capítulo ficar maiorzinho.
Desculpem até agora não ter respondido aos reviews mas vou fazê-lo hoje à noite quando chegar a casa.
Beijinhos!
Podem mandar reviews? :3
Inês.