Acordei, sentindo uma brisa entrar pela janela entreaberta do quarto. Olhei ao redor e, bom... Eu ainda estava no quarto de Justin. Mas ele não abraçava mais confortavelmente a minha cintura, como antes. Ele nem estava mais deitado comigo.

Suspirei e abracei o travesseiro ao lado. Aspirei o cheiro dele que ainda estava impregnado ali. Um perfume maravilhoso. Olhei no relógio ao lado, vendo que já se passava da uma hora da tarde. Ultimamente, eu ando dormindo demais. E me sinto cansada demais. Cansada emocionalmente e fisicamente.

Toquei meus pés no chão frio e cambaleei pro lado. Fui andando apoiada até o banheiro.

Me olhei no espelho por um momento. Me sentindo mais fraca, mais magra e mais feia ainda do que já sou.

Dei de ombros e me despi, entrando no chuveiro. Precisava de um banho longo. Senti meus músculos se contraírem e me arrepiei sentindo a água fria. Me senti calma por alguns minutos. As coisas não estavam tão fáceis. Pattie, a mãe de Justin, havia viajado e Selena e Ryan ainda estavam aqui, comigo e Jus.

Há alguns tempos atrás eu realmente acreditei que coisas boas aconteceriam em minha vida. Que pessoas permaneceriam e que promessas se cumpririam. Acreditei por um momento que poderia me tornar alguém bem melhor do que sou. Alguém que não se importaria com muitas portas trancadas e com a sociedade dando críticas e opiniões. Acho que me enganei com algumas coisas. Aliás, olhe só o que sou hoje.

Sou uma pessoa a beira da morte e que a única coisa que consegue ter dos outros é isso... Pena.

Não quero que os outros me olhem com pena. Odeio isso.

Desliguei o chuveiro e saí, me enrolando em uma toalha.

Saí do banheiro e andei até o quarto.

Dei um berro quando encontrei Ryan sentado na cama me olhando de sobrancelhas erguidas.

- RYAN! – gritei colocando as mãos na cintura. – O que você faz aqui? Saía! – apontei pra porta.

- Oi pra você Lindsay. Eu dormi bem. – ele riu sacana enquanto se levantava da cama. – Calma aí, gatinha! Eu só ia vim aqui te acordar, mas, acho que já... Já esta bem acordada né. – ele mordeu os lábios e baixou os olhos para o meu... Corpo.

Ótimo, eu estava de toalha.

Acabei rindo.

- Muito legal. Veio aqui pra me ver de toalha, querido? Porque não pediu antes? – fiz bico e dei alguns passos até ele.

- Não, Linds... Não é isso... É só que... –

- Shhhhh... – coloquei o dedo indicador sobre os seus lábios. Vi ele fechar os olhos. Segurei o riso. – TARADO! SAÍA DO QUARTO! – berrei, Ryan abriu os olhos assustado e em seguida, eu o empurrei.

Ryan caiu no chão, no meio de algumas roupas e edredons.

Eu gargalhei alto. Muito alto.

- Fica lindo aí com a cara enterrada e a bunda pra cima. – gargalhei mais ainda do meu comentário besta.

Ryan bufava e se levantava.

- Muito engraçado! – ele revirou os olhos e se pós de pé. – Mas, então... Você acha minha bunda linda, hm? – ele riu safado.

- RYAN! SUMA DA MINHA FRENTE OU TE BATO! – berrei, ainda rindo um pouco.

- Tudo bem. Eita, estressadinha! – ele colocou as mãos pra cima como rendição.

- Suma. E prepare um café pra mim. – pisquei.

- Folga. – Ry me mostrou a língua.

Eu ri e o empurrei porta a fora.

Era engraçado o jeito como Ryan tinha virado quase que um irmão pra mim. Ele sempre me fazia rir e por mais que suas piadinhas fosse sem graça, eu ria do mesmo jeito. O que é meio sem sentido, mas... Tudo bem.

Sorri e fui escolher uma roupa confortável.

Me vesti e penteei o cabelo, o deixando solto mesmo. Fiz uma leve maquiagem, já que agora eu parecia um defunto com esse rosto.

Depois disso, desci as escadas e fui até a cozinha pra procurar algo pra comer.

Ryan estava lá, em frente ao balcão preparando alguma coisa.

- Hey, taradinho. – sorri enquanto sentava em uma banqueta a sua frente.

- E aí, estressada. – ele riu. – Aqui está. Torradas e suco de maracujá, foi feito com carinho. – ele fez bico e empurrou o prato pra mim.

- Aw, que fofo. Você fez mesmo meu café. – apertei uma de suas bochechas e ele bateu na minha mão, isso me fez rir.

- É pra isso que serve os amigos. – ele piscou.

Eu apenas sorri agradecida e ataquei minhas torradinhas.

Ryan ficou ali na minha frente, me fitando enquanto comia. Eu sempre acabava rindo uma hora ou outra.

Já disse que eu sou uma garota que ri até do vento? Pois é... Eu sou.

- E Justin? Cadê? – perguntei, percebendo o quão silenciosa a casa estava.

Será que só tinha eu e Ry ali?

- Saiu. – ele deu de ombros.

- E Selly?

- Saiu com Justin.

- Ah, entendi. – tentei não mostrar o quão ciumenta eu havia sido nessa frase.

Mas, qual é... Justin e Selly? Saindo juntos?

Será que confio ou não?

Ouvi Ryan rir pelo nariz. Acho que ele percebeu minha confusão interna.

- Relaxa, Linds. – senti ele colocar sua mão sobre a minha. – Justin deixou algo pra você. Mas, veja depois que comer. Ta em cima do sofá. – ele deu de ombros.

Eu sorri.

Olhei pra sua mão na minha e acho que... Corei. Por uma razão desconhecida.

Ele riu, como sempre ria e tirou sua mão rapidamente.

- Valeu, Ry. – sorri, enquanto via ele passar a mão pelo cabelo, de um jeito nervoso.

Terminei com as torradas e tomei meu suco em um único gole.

Ryan riu da minha pressa.

Dei de ombros.

As coisas até que não estavam tão ruins assim, né? Apesar de as vezes eu sentir dores e muito cansaço, eu tinha pessoas ao meu lado, que faziam com que tudo ficasse bem melhor. Porque, olhe só, se você estiver com as pessoas que ama, você pode vencer qualquer coisa! Pode ter certeza.

As coisas são bem mais fáceis quando você luta com a ajuda dos seus amigos.

É.

Que diabos de coisas sem sentido estou falando?

Bom, parece fazer sentido. Pra mim.

Minha vida deu uma reviravolta infernal. Primeiro conheço o namorado da minha melhor amiga, que depois de um tempo vira meu namorado e eu perco minha melhor amiga. E a recupero. E depois ganho Ryan como um irmão. Que me deixou corada. E que me ajuda.

Ahn... Agora eu não entendo mais nada essa confusão de pensamentos.

- Acha que eu devia estar desconfiada? – torci o nariz, fitando Ry.

- Desconfiada de que? – vi ele franzir a testa.

- Você sabe... Jus e... Selly. – praticamente sussurrei, com medo, talvez.

Aliás, Selena não havia parado de amar Justin.

Pelo menos, eu acho que não.

- Não. Já disse pra relaxar, Little Linds. – ele riu, passando mão no meu cabelo e o bagunçando.

- Besta. – bufei, ajeitando o cabelo. – Porque você ficou aqui?

- Eu tinha que cuidar de você, gatinha. – ele riu, parecendo empolgado e se levantou.

- Cuidar de mim? Ry, desde quando ficou tão fofo e se importando comigo? – fiz um olhar desconfiado.

Ele revirou os olhos.

- Vish! Não posso ser legal quando quero? Ok. Vou ser um chato pra sempre, então. – ele bufou.

- Não, não! Eu gosto de você fofinho, ok? Não quero que mude. Gosto de ti assim, seu chato fofo. – lhe mostrei língua.

Ele riu, revirando os olhos.

Não parecendo convencido.

Ele ficou me fitando por um tempo. Dei um sorrisinho de canto.

- Ok, isso ta ficando gay. Vai lá ver o que seu amorzinho deixou pra ti. – ele fez cara de nojo e apontou pra sala.

Eu gargalhei.

Dei-lhe um empurrãozinho enquanto passava por ele.

Caminhei até a sala e encontrei no sofá um... tanananã... Rufem os tambores!

Ok, sem tambores.

Vi uma caixinha prata, que deveria ser chocolates, um lírio branco em cima e um papel ao lado. Meu Deus... Só Justin mesmo.

- Só ele pra fazer essas coisas. Quer me deixar obesa. – disse e ouvi Ryan rir atrás de mim.

Me sentei no sofá e abri a caixinha, vendo algumas trufas. O lírio era lindo.

Peguei o bilhete e o abri.

“Bom dia, princesa. Espero que goste disso. Você merece mais e eu prometo que farei de tudo pra ver esse sorriso lindo no teu rosto... Me encontre no endereço abaixo as 2 horas da tarde.”

- Ry, será que você pode... –

- Sim, eu te levo. – ele suspirou.

- Hm... Você tinha lido? – eu ri.

- É, eu li. Justin é patético, mas, tudo bem. Vamos. – ele deu de ombros.

- Ele é apenas... Romântico. – eu sorri, sonhadora.

Ryan fez uma cara enjoada e isso me fez gargalhar.

- Patético. Eca. – fingiu que ia vomitar. – Vamos logo antes que eu vomite com tanta... Melação. – bufou, pegando as chaves.

- Tudo bem... Diz isso porque é sozinho. – ri, me levantando e pegando o bilhete.

- Tenho a garota que quiser. – ele fez pose e piscou pra mim.

- Ok senhor-galanteador-que-se-acha-o-gostosão. Vamos logo. – ri, o puxando.

[...]

- Uma praça? Justin ta zoando comigo? – arqueei a sobrancelha e fitei Ry.

Ele deu de ombros.

Havíamos parado em frente a uma daquelas praças. Árvores, grama, bancos, mesinhas... É. Porque uma praça? Achei que fosse um local mais... Reservado. Ou sei lá.

- Romântico. Muito romântico. – Ryan gargalhou ao meu lado. – É melhor você ir.

Bufei, enquanto revirava os olhos.

- Ok... Ok... Você sabia disso? Digo, da praça? – arqueei as sobrancelhas.

- Não importa. Vai logo, Little Linds. Você vai me ver depois... Sei que não quer me deixar. – ele fez bico.

Revirei os olhos e soquei seu braço.

- Besta. Tchau, Ry. – beijei sua bochecha antes da sair do carro.

- Tchau, gatinha. – piscou.

Revirei os olhos e praticamente saí correndo por aquela pracinha, a procura do Jus.

Andei um pouco, vendo algumas crianças brincarem ali... Um casal rindo do outro lado, sentados em um banco. E até dois velhinhos de mãos dadas caminhando ali.

Era tão lindinho ver isso.

Observando o tempo, estava um dia lindo. O sol reluzente, o céu bem azul e uma brisa ótima. Sorri, ouvindo um som de violão e uma voz de anjo. Olhei ao lado e vi ali, sentando em cima de uma mesinha, o meu menino. O meu anjo.

Eu revirei os olhos e fui até ele... Justin parou de tocar quando me viu.

- Porque parou? Amo ouvir você tocando. – fiz bico.

- Eu canto pra você sempre que quiser. – ele riu e me deu um selinho demorado.

Justin saiu da mesinha e me pegou pela cintura, me girando no ar, isso me fez rir.

Depois me colocou sentada em cima da mesinha e sentou-se no banco a minha frente.

Revirei os olhos, rindo do momento.

- O que é tudo isso? – franzi a testa, vendo uma cesta ao meu lado.

- Vamos comer, ué. – ele deu de ombros.

- E porque em uma praça?

- Porque foi em uma praça que tivemos nossa primeira... Conversa. – ele franziu a testa, parecendo se lembrar do momento.

Eu lembrei vagamente.

Foi no Canadá. Lembro de Selena brincando com os pequenos, Jazzy e Jaxon. E Justin sentado do meu lado, parecendo simpático. E do quanto ele ficava lindo com o vento batendo no seu rosto, fazendo seu cabelo voar.

Ele ficava lindo.

Lembro de tê-lo admirado.

- Ah, sim. Não foi uma conversa muito... Inteligente. – arqueei a sobrancelha, rindo.

- Foi um bom começo. – ele deu de ombros e apoiou os braços em minha perna.

- Apesar de eu ter dito que estaria morto se magoasse Selena... É. Era pra você estar morto. – ri.

- Você fez parte disso... Ter magoado ela. – ele suspirou.

- Não vamos falar sobre ela. Me sinto mal. – mordi os lábios.

- Eu também.

Vi ele abaixar o olhar.

Eu ri pelo nariz e comecei a mexer nos seus fios de cabelo.

Baguncei seu cabelo. Antes estava um topete e agora, estava todo arrepiado. Mas, continuava lindo. Eu ri.

- Lindsay! Sabia que demoro pra arrumar o cabelo?

- Awwww! Que fofo! Ta lindo, baby. – ri mais uma vez, beijando a ponta do seu nariz.

Ele bufou e tirou minha mão do seu cabelo e logo foi o ajeitando.

- Vamos comer. – Justin se levantou.

- Ok. – suspirei, enquanto observava ele estender uma toalha no chão. – Podíamos comer na mesa... – dei de ombros.

- Aí não seria um piquenique. – ele riu, pegando a cesta.

- Isso é clichê.

- Qual é... Todos gostam de algo clichê. – Justin me fitou por um tempo e estendeu a mão pra mim.

- Com certeza. – ri pelo nariz e peguei sua mão.

Ele se sentou na tolha vermelha estendida no chão e eu me sentei a sua frente.

Fiquei observando ele tirar as coisas da cesta, com calma.

Justin existia mesmo? Cara, ele era o tipo de garoto que toda menina queria. Sério. Perfeito.

Acho que Selena estava certa quando disse que eu não conseguia garotos bons e ‘peguei’ o dela.

Digo, todos os caras com quem fiquei, eram totalmente idiotas. Sabe daqueles que ficam disputando com os amigos quem pega mais em uma noite? Me lembro de ficar com garotos assim. Aqueles bem idiotas e imaturos.

Justin era bem diferente. Ele era romântico, mas, também tinha aquele jeito malandro e safado.

Ele era um pouco dos dois.

E acho que isso torna um garoto perfeito. Na medida certa.

Eu sempre quis alguém que cuidasse de mim. Que se importasse comigo. Que fosse meu companheiro e meu amigo acima de tudo.

- Morangos? – apontei pra tigela nas mãos de Justin. – É minha fruta favorita. – passei a língua pelos lábios.

- Bom saber. – ele riu. – Vamos comer alguns. Com chocolate.

- EBAAAAAAA! – gritei como uma criança e bati palminhas.

Justin riu.

Ele pegou outra tigela com chocolate.

Mergulhou o morango ali e estendeu a mim.

Eu ia pegar, mas, ele fez não com a cabeça.

Arqueei uma sobrancelha e me aproximei um pouco mais dele.

Justin levou o morango até a minha boca e eu passei a ponta da língua no chocolate que escorria por ele. Fechei os olhos e mordi o morango lentamente, eu amava morangos! Ainda mais com chocolate! Hmmm!

Abri os olhos vendo Justin me olhar com uma cara engraçada.

Será que fiz uma cara tipo... Erótica? Porque me lembro daqueles filmes meio eróticos com morango e... Arrrgh! Porque estou pensando nisso? Eca.

- Qual o problema? – gargalhei.

- Ahn... Nenhum. Eu só... Céus, Linds... Você me provoca. – ele riu e senti uma das suas mãos segurando meu rosto.

- Provoco, é? Não! – revirei os olhos.

Ele mordeu os lábios e fechou os olhos.

Se aproximou para me beijar, e em um gesto rápido, eu coloquei meu dedo no chocolate e passei no nariz dele.

Justin abriu os olhos, rápido. E eu gargalhei.

Era engraçado ver ele com o nariz sujo de chocolate.

- Mas, o que... – ele resmungou, passando a mão no nariz para limpar.

- Tava tão lindo, mô. – fiz bico.

- Ah, você vai ver, Linds. – ele praticamente foi pra cima de mim.

E quando vi, eu estava deitava na toalha, com Justin por cima de mim, prensando seu corpo por cima do meu.

Eu gostava de sentir seu peso sobre o meu. Nossos corpos colados e seu rosto próximo.

Mas, não queria ficar suja de chocolate!

Me debati embaixo dele e Justin só ria, enquanto ficava sentado por cima da minha cintura.

- Você é um obeso Justin! Arrrgh! – resmunguei, dando socos leves no seu peito.

- Caladinha, menina travessa! – ele riu, pegando o pote de chocolate.

Fechei os olhos quando ele se aproximou com o dedo encharcado de chocolate.

Senti ele passar o dedo nas minhas bochechas depois no meu queixo, ao redor da minha boca e até no meu pescoço.

- Não. Acredito! Justin! Agora eu to melada de chocolate! Que isso menino! – falei um pouco alto fitando seu rosto de garoto safado.

- Ta tão linda, mô. – Justin tentou imitar o que eu tinha falado minutos atrás.

Tentei passar a mão no rosto, mas, Justin segurou meus pulsos, me impedindo.

- Te odeio. – lhe mostrei a língua.

- Me ama.

Bufei.

- Limpe, já! Não posso ficar com a cara assiiiim! – fiz bico, sentindo minha cara toda melada.

Isso é... Nojento.

- Tudo bem, eu vou limpar. Fica quietinha.  – ele sorriu malicioso, aproximando o rosto.

- Ah, não... – fechei os olhos.

Ouvi Justin rir e depois, foi um pouco... Nojento.

Justin passou a língua pela minha bochecha lentamente. Depois mordeu meu queixo e o lambeu também. Eca!

Ele abaixou os lábios e começou a beijar meu pescoço. Ou melhor, passar a língua por ele e mordê-lo, por onde trilhava o chocolate. Estremeci, quando ele começou a chupar divertidamente uma parte do meu pescoço. Cara, ele quer me provocar!

Mordi os lábios, antes que eu acabasse suspirando. Aliás, Justin estava por cima de mim, me apertando, beijando o meu pescoço... Aquilo estava me deixando... Um pouco louca.

Senti ele parar de beijar meu pescoço e em seguida, passou a língua pelos meus lábios.

Entreabri os lábios e Justin adentrou sua língua na minha boca. Segurou minha nuca, aprofundando um beijo com gosto de chocolate e morangos. Ele mordeu meu lábio inferior e não parou o beijo, o deixando bem... Intenso. Agarrei seus cabelos, enquanto ele abaixava a mão para minha coxa e a apertava com força. Entrelacei minhas pernas ao redor da sua cintura. Os dedos de Justin passaram pela minha barriga, me deixando arrepiada.

Deixei um gemido sair dos meus lábios quando ele apertou um de meus seios.

Ele mordiscou minha língua, antes de partir o beijo para buscar ar.

Passei minha mão pelo seu rosto, tentando fazer um carinho ali. Olhei para os seus olhos caramelados que me fitavam brilhando. E eu gostei daquilo.

Ambos estávamos arfando.

Mas, eu tive que quebrar o contato visual. Empurrei Justin, fazendo ele cair deitado ao meu lado.

Em seguida, comecei a gargalhar, mesmo sem fôlego.

Parei de rir, quando senti a mão de Justin encontrar a minha e seus dedos se entrelaçarem nos meus.

Eu olhei pra ele de soslaio e sorri.

Fitei o céu por um tempo, que não estava mais azul. O céu estava nublado e o sol estava escondido agora.

Suspirei e fechei os olhos.

- I like how your eyes complementing you hair... The way that them jeans fit is making me stare. Promise, I'll be here forever, I swear... Kissing on your neck while. – (Eu gosto de como os seus olhos complementa o seu cabelo... O jeito que a calça jeans encaixa, está me fazendo olhar fixamente. Prometo, que eu estarei aqui para sempre, eu juro... Beijando no seu pescoço enquanto isso)

Justin cantou sussurrando no meu ouvido e depois beijou meu pescoço.

Eu fechei os olhos e suspirei.

Céus! Que voz é essa? Acho que vou morrer.

- Jus... – murmurei ainda embargada por aquela voz terrivelmente sexy.

- Love me like you do...  Like you do. Hold me tight and don't let go. – sussurrou mais uma vez, o que certamente me levou a loucura.

- Caralho, Justin! – mordi os lábios com força. – Chega de provocar vai. – murmurei, me virando para fitá-lo.

Ele sorriu travesso.

- Provocar, é? – ele riu, enquanto me puxava pela cintura.

Acabei ficando por cima dele.

Apoiei meu queixo em seu peito, enquanto fitava seu rosto.

- Bobo. – lhe mostrei língua e ele fingiu que iria mordê-la.

- Linda. – ele riu pelo nariz.

Senti Justin passar a mão pelas minhas costas e depois descansá-la na minha bunda, a deixando ali, parada apenas.

- Tem que parar com isso. Puta que pariu Jus... Que voz era aquela?

- Gostou? Eu posso cantar pra ti sempre que quiser. – riu

- Não... Se não eu fico toda... –

- Molhadinha? – ele riu malicioso.

- Eu ia dizer envergonhada! – bati no seu ombro, enquanto revirava os olhos.

- Mas, molhada também.

- Cala boca, retardado. – ri

Justin gargalhou e me deu um selinho demorado.

Em seguida, senti alguns pingos molharem-me. É estava chovendo. Mas, estava chovendo fraco, apenas alguns pingos de chuva.

E eu e Jus... Bom, a gente não se mexeu, continuamos ali...

Eu por cima dele, com o queixo apoiado em seu peito. Ele com a mão boba pra lá e pra cá. Mas, não me importei.

Mesmo sabendo que sairia fotos em tudo quanto é site sobre nosso momento e que teríamos que explicar isso pra meio mundo... Eu ainda assim estava bem.

É tão bom ter ele, tão bom estar com ele, tão bom ouvir sua voz, tão bom escutar sua risada... Tão bom viver esses momentos. É bom amá-lo. Apesar de tudo... É bom.

E que dure.

Por favor, que isso dure.