O Namorado da Minha Melhor Amiga. escrita por Kaah_1


Capítulo 24
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Faz tempinho q nao posto né? =[
espero q gostem, escrevi com amor e carinho



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P.O.V – Lindsay Johnson.

(...)

Abracei fortemente as minhas pernas, sentada encolhida na cama, enquanto olhava fixamente pela janela, vendo o sol forte e o céu azul lá fora. O quarto de hospedes da casa de Justin era confortável e estar perto dele era uma das coisas que eu adorava.

Bom, eu era uma garota com câncer, carente e que precisava de amor. E Justin, bom, ele teve que ir para sua casa, a pedidos de sua mãe e Scooter e então, decidiu que me levaria junto, dizendo que não me deixaria sozinha em circunstancia alguma. Chegamos à noite passada e sua mãe nem ao menos sabia que eu estava aqui. Na verdade, ela não sabia até agora.

Justin havia saído correndo do quarto e foi até a cozinha onde Patrícia, sua mãe, se encontrava. Eu ainda não a conhecia e tinha medo e vergonha do que ela acharia de mim então, preferi ficar aqui no quarto. Mas, as vozes e a gritaria – nem tenta gritaria – que vinha lá de baixo, me deixava ainda mais curiosa.

Selena não me ligara. Não depois do dia em que ela disse que Justin estava dividido. Eu não a vi mais e isso já fazia duas semanas. Kenny deixou escapar que ela foi ao apartamento de Justin e eles conversaram e até mais que isso, só que ele não me disse nada a respeito e também não me atrevi a perguntar. Machucava, mas, eu procurava não me importar com isso.

Desci da cama, sentindo o chão frio me fazer tremer. Minha pele parecia mais sensível ultimamente. Ignorei o fato da minha tontura repentina e comecei a caminhar para fora do quarto. Desci as escadas lentamente para que ninguém me ouvisse.

Cheguei à porta da cozinha e fiz algo totalmente infantil. Fiquei ouvindo por trás da porta.

–... Mas, mãe, eu achei que a senhora... – Justin disse até calmo, mas, foi interrompido.

– Filho, eu sei que ela esta doente, mas, você tem que trabalhar querido e não pode ficar com uma garota no seu pé. – a voz de sua mãe apareceu, não sabia se estava em um tom de arrogância ou calma.

– No meu pé? Quando eu estava com Selena não se importava de eu namorar e trabalhar ao mesmo tempo! – Justin advertiu.

– Selena era diferente. Ela não estava doente e entendia bem o rumo da fama. E ela é famosa também. – agora eu tinha certeza que sua voz era de arrogância. Ótimo, ela me odiava. – E eu achei um absurdo o que fez com Selena! Nem ao menos me contou que tinha terminado com ela! – a mulher pareceu bater no balcão.

Eu mordi os lábios e queria sair dali e não escutar mais nada, só que, meu corpo não me obedecia. Eu não consegui sair do lugar.

– Não fiz nada com Selena!

– Não? Você a traiu. Traiu-a com a melhor amiga. Com uma vadia! – me senti ofendida e me encolhi ali mesmo.

– Lindsay não é uma vadia. – Justin pareceu gritar e eu fiquei feliz por ouvir alguém me defendendo.

– Se não fosse uma vadia, não roubaria o namorado da melhor amiga. – a voz rude de Patrícia soou novamente. Ela parecia estar certa, afinal. – E cadê os modos que eu te ensinei Justin? O que eu te ensinei sobre tratar uma mulher bem? – ela suspirou de decepção.

– Mãe, eu amo Lindsay. E não pude evitar isso. – o garoto pareceu suspirar mais alto ainda que sua mãe.

– Limpe a bagunça que fez e arque com as conseqüências. Essa garota só ficara aqui por dois dias e depois você vai pagar um hotel pra ela ficar ou qualquer coisa. – o tom da sua voz abaixou, como se aquilo fosse sigiloso. – Não quero vagabundas na minha casa. – disse por fim e foi o que bastou para eu sair dali e ir correndo para cima, sem se importar se me ouviriam ou não.

Cheguei ao quarto e peguei minha mala, a abrindo e logo em seguida abri a porta do armário onde eu havia guardado as minhas roupas.

Selena sempre me contara que Pattie era hospitaleira e uma boa pessoa. Me dizia que ela se saia bem no papel de sogra e que ela a amava como se fosse parte da sua família. Mas, parece que Pattie não era bem assim como Selena me contara, ou apenas me odiava a tal ponto de nunca me mostrar seu lado dócil.

Por mais que eu amasse Justin e que não quisesse ficar sozinha, eu não iria ficar em um lugar onde não sou bem vinda. Por isso, peguei um pouco da roupa do armário e soquei dentro da mala.

Algumas lágrimas caiam pelo meu rosto.

Maldita doença. Maldita hora pra uma doença aparecer e piorar tudo.

Eu não era mais saudável, podia morrer, havia perdido minha melhor amiga, minha possível sogra me odiava e meu talvez namorado já havia me traído até mesmo antes de começar o namoro.

Talvez fosse melhor deixar a doença me levar embora. Embora do mundo.

– O que esta fazendo? – ouvi a voz preocupada de Justin e em seguida, senti ele segurando meus pulsos, fazendo com que eu parasse de colocar as roupas na mala.

– Arrumando as malas. – falei chorosa, com a voz rouca.

– O que? Você vai ficar comigo, Linds. – passou a mão em meu rosto, limpando as poucas lagrimas.

– Não sou bem vinda. – murmurei, evitando olhar seus olhos caramelados.

– O que?... – ele parou por um instante e só então percebeu que eu tinha escutado tudo. – Não liga pro que minha mãe fala. Ela ta estressada. As coisas andam difíceis pra ela. É a pressão. – disse, enquanto erguia meu rosto com o polegar.

– As coisas também andam difíceis pra mim e sei que estou atrapalhando você e todos. – funguei, piscando e deixando com que o resto das lagrimas guardadas descessem.

– Para com isso, porra. – passou seu polegar na minha bochecha. – Não ta não. Você tem que ficar perto de mim. Não liga pra ela... Ela só... Gostava de Selena e não gostou nada de eu a ter magoado. – deu uma risadinha fraca.

Fitei se rosto, vendo seus olhos marejados.

Me permiti aproximar-se e beijei de leve seus lábios doces que eu tanto amava. Fechei os olhos querendo guardar aquilo, que talvez eu nunca mais pudesse sentir.

Eu estou morrendo, Justin. – eu disse, mas, saiu como um sussurro e eu comecei a soluçar. – Aos poucos. Aqui dentro, por fora. To perdendo as forças. Eu estou me desfazendo aos poucos. – murmurei, vendo sua testa franzir e sua expressão ficar raivosa.

– Lindsay se você não parar de falar essas coisas, eu juro que não ajo mais por mim. – ele disse, rindo fraco logo após.

– Você tem que me deixar ir. Me deixar... Morrer. – dei de ombros. – Vai se o melhor. Vai ficar livre. Eu vou atrapalhar sua carreira. – suspirei, abaixando a cabeça.

Ela fechou os olhos por um minuto e depois se afastou, socando o criado mudo ao seu lado.

Fez um barulho enorme, o que me fez dar um pulo de susto.

– CARALHO! – berrou. – VOCÊ VAI VIVER. PORRA, VOCÊ TEM QUE PARAR COM ISSO. PARAR. PORQUE VOCÊ NÃO VAI MORRER. NÃO VAI! – ele berrava, enquanto segurava meus ombros.

Aquilo me deixou estranhamente assustada. Minha respiração acelerou e foi só assim que ele se afastou, passando a mão pelo rosto e murmurando um “Por favor... Isso me tira do sério”.

O vi sentar na cama e me sentei ao seu lado. Ele sussurrou um “eu não vou deixar... não vou te deixar ir.” – Puta que pariu, porque ele tinha que ser tão fofo, atormentado e preocupado comigo ao mesmo tempo? Porque tudo tem que ser tão... Estranhamente... Feliz e Infeliz.

– Vem... Vamos esquecer isso. – ele se levantou ficando a minha frente. – Vamos pra piscina! Vamos... Vou chamar alguns amigos ou qualquer merda. Só vamos... Esquecer. – ele disse e em seguida saiu dali, bufando e falando com si próprio.


(...)

– MINHA GAROTINHA FORTE! QUE SAUDADES! – ouvi Ryan berrar o que me fez levantar na mesma hora e correr para abraçá-lo.

Além de eu estar com saudades, estava molhada, tinha acabado de sair da piscina e queria deixá-lo um pouco irritado, quem sabe. Justin estava na piscina rindo de nós dois, abraçados e Ryan reclamando que estava ficando todo molhado, enquanto eu dava gargalhadas altas e esquecia o quão fraca e doente eu estava.

– Sua baixinha! – ele riu, enquanto bagunçava meu cabelo.

– Me ama, né? – eu ri, enquanto me afastava e observava a camiseta azul clara de Ryan toda molhada.

– Te odeio boba. – me mostrou a língua.

– Seu viado. – o empurrei e ele foi rindo e cambaleando até a beira da piscina para falar com Justin.

Eu fui rindo até a espreguiçadeira que ficava perto de onde os meninos estavam. Eu sentia falta desses momentos de lazer. Ultimamente, as pessoas estavam me tratando como se eu fosse uma pessoa a beira da morte. Não me deixavam ir à praia, tomar sol e nem comer coisas gordurosas e nem tomar álcool. Era tudo proibido, milhões de coisas proibidas.

O sol estava forte e tão bonito que me deixou com vontade de ficar ali pra sempre.

Coloquei meus óculos de sol e me espalhei mais pela espreguiçadeira, sentindo o sol bater mais ainda pelo meu corpo. Me lembrei de quando ia na casa da Selly e ficávamos a tarde inteira tomando sol, bebendo sucos, refrigerantes e até bebidas alcoólicas. Conversavam que nem duas loucas e riamos feito hienas. Aqueles momentos, aqueles pequenos momentos, a gente nunca esquece.

Depois de algumas horinhas, Pattie havia saído e eu não estava mais tão abismada em saber que ela não me queria em sua casa. Eu estava chateada, mas, eu ficaria enquanto Justin não me colocasse pra fora.

– Porque não vem nadar um pouco princesa? – essa era a voz de Justin, o fitei brevemente e ele estava com um sorriso debochado no rosto.

– Agora não to afim. – murmurei.

– Vou ter que te jogar na piscina! – dessa vez era Ryan falando e quando tirei meus óculos de sol ele vinha em minha direção com um sorriso malicioso no rosto e já estava pronto para me pegar no colo.

– Não... NÃO! JUSTIN FAZ ALGUMA COISA, SEU VAGABUNDO! – berrei, enquanto tentava correr, mas, Ryan segurava meu braço tão forte que até doía.

– Vamos, Lindsay... – ele riu travesso, me puxando enquanto eu batia nele e tentava de alguma forma continuar presa na cadeira.

– PORRA, RY! – gritei, tentando o chutar, mas, ele sempre desviava.

Acabei gargalhando, ainda tentando fazer com que ele me soltasse.

E quando ele me soltou, não foi por uma razão tão boa assim.

– Justin Drew, você não me disse que Lindsay estaria aqui! – ouvi uma voz conhecida. Conhecida até demais.

Virei meu rosto, igualmente aos meninos, encarando Selena, vestindo um biquíni Pink, com óculos de sol pretos e um chapéu de renda na cabeça.

Eu deixei escapar um sorriso. Aliás, fazia um bom tempo que eu não via a minha amiga, mas, ela não parecia nada feliz ao me ver. Murmurou alguma coisa a si própria, algo como “vou ficar por causa da piscina” e logo jogo sua bolsa na espreguiçadeira ao meu lado.

Eu empurrei Ryan com o pé, fazendo o mesmo cair na piscina, surpreso. Gargalhei alto.

– Vai se fuder, Linsay! Que isso! – ele disse, enquanto se encostava à borda da piscina e tentava jogar água em mim.

– Otário. – lhe dei língua, ainda rindo.

Fitei Selena, que passava seu protetor solar, o espalhando pelo braço.

– Selly... Eu... –

– O que você quer, vadia? – ela me olhou raivosa. – Dizer que sente muito e que precisa de mim? Oh, querida... Faça o favor de mandar uma cesta de doces de café da manhã e deixar recado na secretária, obrigado. – ela sorriu sínica, enquanto voltava sua atenção pra embalagem de protetor solar.

– É sério, Sel... – suspirei, me virando para encará-la. – Eu sinto sua falta. Sinto falta de nossas maluquices, de nossas conversas de hospício... Da nossa amizade. – funguei, cruzando as pernas.

– Devia ter pensado nisso antes. Dizem que só dão valor quando perdem. – ela disse sem me olhar.

– Nós juramos que ia ser pra sempre. Independente de qualquer coisa, lembra? – disse enquanto colocava a mão em seu ombro e ela voltava a me fitar com desgosto. – Por favor... Vai mesmo deixar que isso estrague nossa amizade? – fiz beicinho.

Selena pareceu bufar.

Ela ficou me fitando por um longo tempo. Os meninos pareciam fazer uma certa corrida dentro da piscina e eu ri com aquilo, sozinha.

Eu estava doente e tudo que precisava, era de uma amiga.

– Lindsay... Quando eu... Quando eu fui ao apartamento do Justin e tentei de alguma forma seduzi-lo e nos beijamos... – ela suspirou. Droga. Mas, logo continuou. – Eu me perguntei... Por que afinal eu estava fazendo aquilo. Aquela não era eu. Eu não sou vingativa e eu me senti mal quando o beijei e pensei em você. E me senti pior ainda quando ele pareceu se preocupar mais em trair você sem nem ao menos estarem mesmo namorando, do que me trair quando estava comigo. Aquilo doeu, mas, doeu ainda mais, saber que eu não tinha uma amiga pra poder contar. – ela disse, no final abaixando a cabeça e limpando uma lagrima caída logo em seguida.

– Selly... Eu... –

– Eu não consigo fazer o que você fez comigo. E eu não pude acreditar como você foi tão fria a ponta de ficar com o meu namorado, alguém que você sabia que eu era apaixonada... Você sabia o quanto eu era apaixonada pelo Justin e não se importou em fazer o que fez. Não pensou na conseqüência e que isso poderia acabar com nossa amizade. – sua voz era fraca, e eu nunca me imaginei nesse tipo de conversa com Selena. – Você preferiu ele. Acho que você tava tão abismada em não ter alguém que resolveu pegar o Justin e estraçalhar meu pequeno coração. E não vem me dizer que não escolhemos por quem nos apaixonamos porque é mentira, Lindsay. Você não pensou na nossa amizade de anos, não pensou em como eu me sentiria... Devia ter se posto no meu lugar... Mas, tudo bem. Eu vou ficar bem. Mesmo ainda o amando. – ela disse e no final, percebi que algumas lagrimas caiam tanto pelo seu rosto como no meu.

– Selena... Eu não pensei em nada. Mas, a cada momento que eu me via próxima dele eu me sentia culpada. E era como se, minha mente gritasse para eu parar com aquilo, mas, meu coração implorava por mais, meu coração chamava por ele. E me desculpe mas... Eu o amo. E eu te amo também, Selly. E nunca quis te magoar. Eu só queria ser uma boa amiga e queria que tudo desse certo. Me perdoa... Por favor... Se eu morrer, quero morrer sabendo que você me perdoou. – eu disse sinceramente, tentando resumir tudo que eu tinha pra dizer faz tempo.

– Eu posso perdoar. Mas, te digo que não posso esquecer. – ela me fitou, com um meio sorriso. – Agora, vem cá, me abrace... Eu também sentia sua falta, minha pequena imbecil. – ela riu, enquanto abria os braços.

Eu ri, e praticamente me joguei em cima dela, a abraçando forte.

– Lembra de quando uma era o apoio da outra e nunca nos separávamos? – eu disse, enquanto ainda estávamos abraçadas.

– Eu lembro. – riu

– Quero que isso volte.

– Eu também quero... Eu também quero... – murmurou, enquanto no separávamos.

Que momento mais clichê aquele.

Um lindo e maravilhoso momento clichê.

– Vão ficar aí chorando e cheias de sensibilidade ou vão vir nadar? – Ryan praticamente gritou, enquanto jogava água em mim e Selena.

– Você é um filho da puta, Ryan. Pare de jogar água ou você vai ver quem vai ficar chorando aqui. – Selena gritou, praticamente rindo, enquanto atacava a embalagem de protetor em Ryan, que bateu em sua cabeça.

– Venham cá, minhas garotas. – essa era a voz de Justin. Meu tarado e maravilhoso Justin. – Ou vamos ai buscar vocês, gatinhas. – ele riu, dando um sorriso malicioso.

– Pervertido! – gritei, lhe mostrando a língua.

– Te amo mais, Lindsay. – e ele riu de novo.

Depois disso eu e Selena nos jogamos de mãos dadas na piscina.

Justin me agarrou pela cintura, me encostando na parede da piscina e beijando meus lábios, meu pescoço e o mordiscando divertidamente. Ryan e Selena faziam uma espécie de guerra de água o meu lado, mas, Justin parecia não se importar com água caindo pra todo lado.

Talvez agora as coisas fossem voltar aos poucos...



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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Gente, por favor comentem..No outro capitulo só recebi acho q 3 reviews e parece que ninguém mais ta lendo minha fic... Aqui mostra que tenho mais de 50 leitores.. então... FANTASMINHAS APAREÇAM! USHAUSHU ,,hm . PROMETO Q NAO VOU MAIS DEMORAR TANTO PRA POSTAR!
Um recomendação me deixaria happy =[
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OBRIGADO POR TUUUUUUDO!!! BEIJOS, OBRIGADO DE VERDADE.. s2