Blood Moon escrita por Lost star


Capítulo 34
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

FÉRIAS; um tempo bom e agradável em que você curte o verão e ESQUECE DE MANDAR REVIEWS PRA MIM!
saosiaoisoiaiosaiosoia'
Oi, amores. Dois caps em uma semana, eu tô me esforçando, não acham?
osiaosiaoisioaoi'
boa leitura!



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Pov Luna

                Acordei me sentindo renovada.

-Olá, tia.- Saldei a mulher que estava ao meu lado. Claro, ela não era a mais importante para mim, mas era o único familiar vivo que eu ainda tinha- tirando a idiota da Natasha, claro- e mamãe gostaria que ficássemos juntas.

                Sarina me abraçou com força.

-Ah, minha sobrinha está de volta. Seja bem-vinda, Luna.- eu dirigi-lhe um sorriso amarelo.- Vou preparar um banho para você, essas roupas estão terríveis.- Assenti depois de dar um olhada rápida em mim mesma.

-Aquela Sarah é uma tonta, é tão bom que ela se importe tanto com a família que nem tenha percebido que ia perder a chance de viver.- Suspirei.- Vou destruir toda a família dela, só por que ela matou minha mãe.

-Mas não foi culpa dela.- minha tia protestou. Agarrei-a pelo pescoço e deixei-a longe do chão.

-Repita isso e Natasha será minha única parente viva.- Minha tia guinchou em busca de ar.  Larguei-a no chão, pois tive pena por ela ser tão fraca. Claro, ela era minha tia, e eu a amava, certo? Bem, acho que sim. Mas a verdade é que eu sempre amei mais minha mãe, e agora que ela se foi o amor que eu sentia por minha tia se tornou ódio. Minha tia se contorcia no chão e eu ria dela.

                Os poderes de Sarah me seriam muito úteis, principalmente sua força. Eu gostava de Sarah. Gostava dela, de sua mãe e de seu irmão. Até daquele híbrido irritante- mas muito gostoso, não vamos esquecer- que ela chamava de pai quando era criança. Sim, estou falando do Nahuel, impriting da mimada da Sally. Bem, continuando, eu gostava deles...até ela chegar nessa reserva e mudar tudo.

                Sarah não sabia que eu morava aqui, óbvio. Nem sua mãe. Nem seu irmão. Nem o irritante/gostoso do Nahuel. Só eu. Ela também não sabia que seu pai era um alfa nem nada disso, mas mesmo assim eu a culpo. Eles estavam bem onde quer que morassem.

                Mas a partir do momento que eu percebi que Sarah, a cópia mal feita de mim, sim, eu vim primeiro, eu sou a original. Bem, desde o momento em que ela pisou aqui, eu surtei e passei a odiá-la. Só piorou quando minha mãe se entregou ao barqueiro para salvar o irmão idiota dela. Foi ai que eu passei a odiar todos.

                Mas, é claro, para a minha sorte a duplicada era boa demais e tentou salvar minha mãe e acabou desafiando o barqueiro. Foi muita burrice, devo admitir. Mas muito útil para mim, com a maldição dele eu pude me libertar.

                Eu só precisava que Sarah estivesse irritada e fraca, acabei por aparecer quando ela brigou com o Nahuel. Depois disso foi só esperar que ela surtasse de novo, o que não foi difícil com a volta de Leah. E depois com a burrice da meia irmã dela, que era orgulhosa demais para admitir que estavam perdidas e o trunfo que foi Jannie em nossas mãos, eu consegui tomar o poder sobre o corpo da duplicada.

                Ele não era dos melhores, os cabelos dela eram mais claros que os meus antigos- e pior, eles eram lisos. Mas, claro, eu logo ia mudar isso-, ela era um pouco mais baixa, seu rosto era meio redondo e eu achava sua boca pequena- o que era apenas impressão, eu sabia, porque sua boca era normal e Sarah era linda, não que eu iria admitir isso.-. Pelo menos ela não era gorda.

-Acho melhor você avisar que Luna está de volta, quero todos os Cullens e Blacks mortos antes do fim da lua cheia.- Ela pôs- se de pé, mas antes que pudesse dar um passo Alec apareceu ao nosso lado.

-Luna.- Alec falou, avaliando-me. Eu apenas sorri para ele. Garoto idiota.- Então iremos atrás deles.- Neguei com a cabeça.

-Jannie conhece esse lugar, isso é ruim para nós. Precisamos de um lugar mais plano, onde eu possa ver a família dela enquanto eles morrem. Tem alguma sugestão, Alec?- O garoto sorriu presunçoso para mim.

- A clareira.- ele respondeu.- É uma clareira bem no meio da floresta, impossível de não se encontrar. Tem bastante árvores em volta, o que poderia nos dar uma vantagem.

                Eu sorri.

-Claro.- resmunguei, a verdade é que eu não me importava com os detalhes técnicos da batalha, nem com quantos iriam morrer, só queria os malditos Cullens e os estúpidos e orgulhosos dos Black mortos.- Matem Isabella primeiro, seus poderes não funcionaram com ela viva.

-Os poderes de Sarah...- ele mudou a frase rapidamente.- Seus poderes são fortes o suficiente para ultrapassar a barreira de Isabella.- ele argumentou.

-Bem, eu quero os Cullens mortos, mas eu gosto de um bom show, sabe? Não importa quantos morram, os Black vão morrer de qualquer forma.- eu ri, que garoto idiota.

-Você não vai nos ajudar na batalha.- ele afirmou, apenas assenti, furiosa.- Bem, vou informar isso ao outros, com licença.- Eu balancei minhas mãos para que ele fosse logo.- Gostava mais dela quando ainda era Sarah, mas ela continua gostosa.- ele pensou.

Pov Seth

-Você está o que?- Gritei quando ouvi a conversa de Sally e Aaron.- Repita.- sibilei.

-Tio.- Sally alertou-me. Aproximei-me dele. Aaron levantou-se da cadeira onde estava sentado e encarou-me com insolência.

-Eu estou apaixonado pela Sarah, Seth. E beijei-a pouco antes dela ser sequestrada.- eu arregalei meus olhos.- O que foi, Seth, não gosta de concorrência?- ele perguntou.  Semicerrei os olhos, já ainda partir para cima dele quando Sally se colocou entre nós. Ela apoiava uma mão no meu peito e outra no peito de Aaron.

-Escutem.- ela disse, intercalando olhares entre mim e Aaron.- Parem de brigar, guardem sua raiva para a noite de amanhã. Tudo bem?- ela tirou a mãos de nós. Continuamos nos encarando e Sally suspirou.- Nahuel!

                Nahuel logo apareceu, ele passou os braços por sua cintura e beijou seus pescoço. Revirei os olhos.

-O que foi, Sal?- perguntou manhoso. Eu mereço. Nahuel era literalmente um idiota, não sabia o que fazia Sarah gostar tanto dele.

-Ele a criou, Seth. Só isso.- Anthony respondeu aos meus pensamentos passando rapidamente por mim e parando ao lado dos dois.- Algum problema aqui?- Perguntou, seco.

                Renesmee não estava se sentindo bem desde que Sarah foi sequestrada, então Jacob obrigou os filhos a manter a ordem nos treinamentos enquanto ele cuida de Renesmee. Anthony e Ephraim aceitaram cuidar de tudo, claro, só o que eles não sabiam era que acalmar todos seria tão difícil.

                Os Cullen sempre resolvem suas discussões calmamente, óbvio, mas digamos que o mesmo não valha para os lobos. Sally e Leah discutem o tempo todo por causa da formação de ataque e do Nahuel, claro. Embry discute com Sam toda a vez que ele tenta mandar, digamos que Embry não suporte mais ordens de Sam. Sophia vive invadindo os treinamentos com Sue, ela dá em cima de mim e Melanie, a irmã de Aaron que vai nos ajudar a salvar Sarah, briga com ela.

                Aaron e Melanie são Heckaios, uma tribo de transmorfo que se transformam em lobos. Melanie adorou Sarah desde o momento que a conheceu, além do mais ela teve um impriting com Ephraim, então era óbvio que ela faria qualquer coisa para ficar perto dele, nem que isso envolvesse algo que colocasse sua vida em perigo.

-Acho que Seth e Aaron estão tendo um problema chamado ciúmes.- Sally alfinetou. Eu revirei meus olhos. Anthony me olhava com um sorriso de canto, Nahuel era o pior, ele estava rindo.

-Só por que eu beijei a Sarah.- Aaron falou sem perceber, seu tom de voz fazia parecer que não fora nada demais, mas ambos sabíamos que era. Aquele beijo, por mais sem sentimento que fosse- sim, sem sentimento. Sarah é meu impriting.- dava à a Sarah uma segunda chance. Uma nova escolha.

-Você beijou minha irmã?- Ephraim, que também passava por ali, perguntou com os olhos queimando de raiva. Aaron revirou os olhos.

-Nem venha me cobrar nada, Ephraim. Você beija a minha todo o dia.- Comentou despreocupadamente. Ephraim continuou dirigindo-lhe um olhar assassino para ele, Anthony e Nahuel se juntaram a ele.- Escuta, isso não teria acontecido se Seth cuidasse bem do impriting dele. Eu perguntei a Sarah, ela disse que eles não estavam dando certo. Sabe, “as vezes o amor dura, mas às vezes machuca”. Isso te lembra alguma coisa, Seth?- Aaron desafiou-me.

                Respirei fundo tentando me acalmar. Eu sei que errei com Sarah, não preciso que Aaron me lembre disso. Sei que a fiz chorar, que a fiz sofrer muito mais do que deveria ou poderia. Não fiz nada além de feri-la, eu só queria poder abraçá-la e desfazer tudo o que fiz, mas eu sei que é impossível.

                Sarah é a melhor garota do mundo, por isso talvez eu ache que não a mereça. Eu queria tanto um impriting que quando finalmente consegui estraguei tudo. Não sou o tipo cara que se queixa de tudo, geralmente faço piadas de tudo, sou meio idiota até. Não sei como pude ser tão frio com Sarah, a única coisa que eu sei é que Sarah desperta o que há de pior em mim. Antes dela aparecer eu tinha certeza sobre quase tudo, então ela apareceu e acabou com todas aquelas certezas, ela me fez ficar inseguro e receoso. Parei de proteger minha sobrinha, elas brigavam tanto...Eu só queria ter feito tudo diferente. Queria ter aguentado mais ao lado dela antes que a realidade nos puxasse de volta, queria ter tido mais tempo para falar o quanto a amo, mais tempo para beijá-la, amá-la.

                Sei que não posso culpar aos outros quando a culpa de tudo é única e exclusivamente minha, mas Sarah era tão teimosa. Me irritava tanto aquele jeito infantil dela de ver o mundo. Eu odiava aquele altruísmo dela que fazia com que ela desse a própria vida para salvar alguém que ela talvez nem conhecia. Eu odiava ter sido o escolhido para amá-la, para tê-la.

                Odiava a bondade e o sorriso dela, a forma como ela protegia até quem não precisava de proteção. O jeito que ela absorvia os problemas dos outros, os conselhos que ela dava a todos que precisassem. Eu odiava o amor dela, odiava que ela preferisse ferir a si mesma do que a sua família. Odiava que a vida tivesse sido tão dura com ela. Odiava tantas coisas nela que acho que no fundo me odiava por ser tão diferente dela, era isso. Eu queria ser como Sarah, mas nunca consegui.  Como eu queria ter conhecido ela antes...

-Seth...- Anthony começou. Levantei a mão em sinal de “pare”. Sentei-me em uma pedra com as mãos na cabeça. Baguncei meus cabelos e finquei minhas unhas curtas em meu próprio couro cabeludo, eu era tão desprezível.

                Encarei Aaron.

-Ela tem que escolher, Aaron.- disse, quando finalmente consegui controlar o bolo que se formava em minha garganta.- Eu já a fiz sofrer demais e sei disso. Eu não a mereço, sei que não mereço. Mas Sarah merece ter tudo o que quer, ela é a pessoa mais maravilhosa que já conheci. E ela é sábia também. Por isso a escolha é dela.- Aaron ficou calado, me olhando.

-Acha mesmo que ela não escolheria você?- Sally perguntou, espantada. Claro, Sally fora criada acreditando que o impriting sempre funcionava, mesmo que seu próprio pai fosse um exemplo de que nem sempre o conto de fadas era real. É claro que ela deu muita sorte, Nahuel era um cara fantástico e eles raramente brigavam. A volta de sua mãe tem dificultado um pouco as coisas, mas eu sabia que Sally largaria tudo se Nahuel pedisse e vice-versa. Mas comigo e com Sarah não era assim, ela amava demais a família para isso e eu era orgulhoso demais para largar tudo se ela não largasse.

-Algumas vezes as coisas não funcionam, por mais que tentemos. Não é o que Sarah diz?- Indaguei, ressentido. Sally soltou-se de Nahuel e sentou-se ao meu lado, sua mão estava pousada em meu ombro.

-Parte disso é culpa minha, Seth. Eu dificultei tanto para vocês no início e agora eu deixei que se entregasse.- ela suspirou, cansada.- A culpa de todos estarem tão cansados é toda minha, não é a primeira vez que eu a coloquei em perigo.- Sally baixou sua cabeça.- Eu sabia que estávamos perdidas, mas eu era orgulhosa demais para voltar. A culpa é toda minha.- Passei meus dedos pelos longos cabelos de minha sobrinha. Eles eram lisos e me lembravam vagamente os cabelos de Sarah, que eram alguns tons mais claros. Eram mais sedosos também, não que eu fosse dizer isso à Sally.

-Não é sua culpa.- disse-lhe, beijando o topo de sua cabeça.- Eu que nunca devia tê-la deixado ir, devia ter aprendido com você e Nahuel, vocês abandonariam o que fosse um pelo outro. -No fundo eu sei que isso nunca daria certo para mim e Sarah, mas Sally não precisava saber disso.

Capitulo 17-

Pov Luna

A noite já caia e os filhos da lua saíram para procurar alguns humanos descuidados e trazê-los para o bando como aliados. Alec e o resto dos Volturi estavam sentados próximos ao lago, eles discutiam sobre o ataque. Ao que parece eles pretendiam fazer um ataque surpresa, mas precisariam de mim para isso. Os poderes de Sarah eram realmente muito úteis.

-Não vou lutar ao lado de vocês, podem esquecer.- resmunguei saindo da barraca improvisada que alguns filhos da lua haviam montado para mim. As bainhas de meu vestido rosa, feito de seda pura, sujavam conforme eu ia caminhando. O colar que havia ganhado de minha mãe o nascer pesava em meu pescoço. Eu já havia tirado o colar ridículo com o nome da Sarah, pretendo devolver ao caquético do avô dela quando eu exterminar o resto da família.

-O que você quer dizer com “não via lutar”?- Jane perguntou, pronta para me atacar. Seus olhos brilhavam em um tom carmesim, eu ri.- Você vai lutar sim, Luna. Pode ser poderosa, mas ainda é apenas uma.- ela sorriu ironicamente.- Pensei que queria matar os Black.

                Meu sangue circulou mais quente e meu rosto avermelhou, tamanha a raiva que eu sentia.

-E eu quero!- exclamei.- Mas faz parte do acordo. Não posso fazer mal às pessoas que ela ama, ou ela volta.- respondi entediada. Jane não pareceu surpresa.

-Ah, sim. Sua tia comentou.- Felix disse, a primeira vez que eu o ouvia falar. Jane parecia contente em ouvir a voz dele, já que pareceu se acalmar.

-Aposto que ela está com medo.- Alec alfinetou. Fitei-o extremamente cansada. Sabia que Alec sentia uma atração pelo meu corpo, bem ,pelo corpo de Sarah, quero dizer. Talvez esse fosse o motivo de ele agir como um completo idiota.

-Não, não estou com medo, Alec.- respondi, tentando manter a calma.- Se eu quebrar o acordo Sarah volta.- ele revirou os olhos e um sorriso zombeteiro surgiu em seus lábios.

-Aposto que você não mataria um tal de Seth.- Neguei com a cabeça, confirmando que não o mataria.

-Sarah o ama.- respondi cordialmente.

-Você o ama.- ele retrucou, ainda com aquele sorriso zombeteiro em seus lábios.- Pelo o que eu sei você e Sarah tem a mesma alma, ela não estava com ele quando veio para cá. Como alguém que sente algo tão forte pode estar longe? Simples, ela não sentia. Você o ama, Luna. Está com medo de mata-lo.

                Engoli em seco, sabia que Alec provavelmente estava tentando me manipular, mas eu era orgulhosa demais e meu orgulho parecia começar a me cegar.

-Não tenho medo.- Afirmei, confiante. Alec riu.

-Se não tivesse medo concordaria em mata-lo.- ele começou a fazer voltas ao redor de mim.- Já te disseram pra ter cuidado com o medo? Sabe, eu ouvi dizer que ele gosta de destruir sonhos.- Alec sussurrou ao pé do meu ouvido, arrepiei-me.- Sarah não vai voltar se você não quiser. Admita que está com medo.

                Engoli em seco novamente.

-Vou lutar e matar Seth Clearwater só pra provar que eu não tenho medo, mas depois disso vocês estarão sozinhos para matar a família Black.- Alec sorriu vitorioso e eu corri de volta para minha barraca, eu ainda tinha uma parte humana e essa parte precisava descansar.

Pov Sally

-Renesmee está melhor?- Leah perguntava se sentando ao meu lado na fogueira. Dei de ombros, a fogueira estava sendo na praia em frente a minha casa. Carlisle havia passado a tarde com Renesmee, mas ninguém recebeu notícias. Eu e o resto da família, exceto meu pai, estávamos evitando entrar em casa. Era terrível ver Renesmee naquele estado.

-Não tive notícias dela, papai parece bem preocupado.- Meu pai estava sentado do outro lado da fogueira, analisando a nossa tática de batalha, eu e minha havíamos passado grande parte do nosso tempo planejando-a. A nossa batalha se aproximava cada vez mais e nós já podíamos sentir a tensão no ar. Seth não tirava os olhos de Aaron, a situação entre eles ficava pior a cada minuto que passava. Anthony parecia preocupado com Jannie, que estava presa às rochas.

                Jannie estava descontrolada hoje, então Anthony teve que prendê-la. Meu irmão odiava fazer isso, é claro. Parecia que Jannie era seu animal de estimação.

-Renesmee não vai lutar amanhã. Ela está muito nervosa com tudo, então seremos só nós e os Cullens. Carlisle também não vai lutar, ele vai cuidar de Renesmee.- meu pai anunciou após um momento de silêncio.

-Pai, seremos muito poucos lutando.- protestei.- Ninguém sabe o que iremos encontrar lá.

-Por isso mesmo Renesmee deve ficar em casa, seu estado atual pode comprometer a batalha.- ele suspirou.- revisaremos a formação de batalha amanhã, acho bom que se preparem, passaremos o dia todo procurando os filhos da lua. Nosso ponto de encontro será a clareira.

-Como os filhos da lua saberão que queremos lutar amanhã?-Karl, um dos lobos, perguntou.

-Eles tem Sarah.- Seth e Aaron respondera em uníssono, depois bufaram.

                Seth continuou sozinho:

-Sarah vai informa-los onde nos encontrar, ou, na pior das hipóteses, Luna fará isso. Não sabemos como ela está agora, só espero que ainda seja a minha Sarah.- Aaron rolou os olhos diante do comentário de meu tio.

-Claro, Seth, nós sabemos o quanto a Sarah é sua.- Aaron ironizou. Meu pai levantou-se irritado.

-Não sei se perceberam, mas enquanto Sarah não estiver conosco ela é dos Volturi e não de vocês, agora sugiro que vão dormir. Vejo vocês amanhã.- meu pai subiu a trilha que dava para nossa casa e nós ouvimos um baque quando ele fechou a porta.

                Suspirei cansada e olhei reprovativamente para Aaron e Seth.

-Vocês são muito idiotas. Tomara que a Sarah seja esperta e fique com um Volturi.- Senti os braços frios de Nahuel me envolverem.

-Quer dizer que uma garota esperta fica com um Volturi?- perguntou contra o meu pescoço. Eu assenti.

-Eu já te disse o quanto sou burra?- Nahuel sorriu para mim e me arrastou pela areia. Minha mãe nos fitava ao longe, com cara de poucos amigos. Ela vem dificultando pra mim e para o Nahuel, ela não gosta dele e só por isso acha que eu não devo gostar também. Eu acenei para minha mãe e Nahuel correu comigo trilha acima.

                Nós entramos em casa em silêncio e nos trancamos em seu quarto. Não faríamos nada, claro. Bem, hoje não. Não faria isso com a minha irmã desaparecida e Renesmee mal, era muita falta de respeito.

                Nahuel dormiu logo, estávamos todos cansados do treinamento, mas Nahuel dormia serenamente. Beijei sua testa e repousei minha cabeça em seu peito. Deixei minha mente vagar.

                Lembro-me da primeira vez que vi Sarah, a forma como sua família a protegia, a forma como sua mãe a amava, seu rosto doce...eu odiei ela no momento em que a vi. Depois o fato dela ser amiga do Nahuel, o impriting de meu tio, a bondade excessiva dela e seu altruísmo...foram coisas que me fizeram acreditar que ela estivesse fingindo ser quem não era.

                Não me arrependo de nossas brigas, não mesmo. No fim foram nossas brigas que nos aproximaram, agora eu amava tanto minha irmã que só de pensar o que ela estava passando na mão dos Volturi já me dava vontade de matar alguém.

                Meus olhos foram se fechando aos poucos e um riso foi preenchendo minha mente.

                Eu estava em uma clareira, era primavera e as flores preenchiam aquele lugar com seu colorido. Uma garotinha loira ria para mim, ela estava sentada em um galho de uma grande árvore e comia uma maçã. Seu riso era contagiante e ela usava um vestido branco leve, igual ao meu. Sentei ao pé da árvore e observei a garota, suas feições gentis me lembravam alguém.

-É bom te ver, Sally.- A garotinha disse, após comer sua maçã. Ela pulou da árvore, que tinha pelo menos o dobro de seu tamanho, e sentou-se ao meu lado. Aquela garota me lembrava uma fada.

-Eu...eu conheço você?- perguntei, estranhei minha voz trêmula. Não sei o por quê, mas eu estava nervosa. Me ocorreu a estranha vontade de abraça-la e não deixa-la ir mais, acho que eu estava ficando louca. A garotinha riu, balançando seus cabelos dourados.

-Claro que me conhece, nós somos irmãs. Certo?- ela arqueou as sobrancelhas para mim. Arregalei meus olhos, aquela garotinha de apenas sete anos era minha irmã.

-Sarah?!- envergonhei-me do espanto em minha voz.- Não pode ser você, você está tão...- não encontrei palavras para descrevê-la.

-Infantil?- perguntou, sem tirar o sorriso do rosto. Sua voz suave me fez corar, assenti. Ela olhou para si mesma e seu sorriso aumentou.- Eu era assim quando tinha sete anos, você está sonhando, Sally. Pode me ver do jeito que quiser.

-Então isso não é real?- Sarah meneou com a cabeça.

-Talvez.- respondeu, seu rosto tornou-se sério e ela pareceu envelhecer alguns anos.- Sally, por que me procurou?- perguntou-me.

-Eu estava pensando em você antes de dormir.- admiti, Sarah sorriu, retomando seu estado alegre. Mas ele não durou muito, logo Sarah desviou o olhar para o horizonte e apontou para a floresta que se erguia ao nosso redor.

-Amanhã você vai me encontrar aqui, mas não vou ser eu, Sally.- Ela disse-me, séria.- Você precisa lembrar disso, não importa o que você ouça meu corpo dizer. Aquela não sou eu. É Luna.

                Arregalei meus olhos.

-Você...?- Não consegui terminar a frase, só a ideia de não ver mais minha irmã me apavorava o suficiente para fazer com que as palavras sumissem de minha boca. Sarah assentiu, cabisbaixa.

-Fiz o acordo, pedi que ela não machucasse aqueles que amo e em troca eu lhe cederia meu corpo. Mas, Sally, eu não confio em Luna.- Sarah admitiu.

-Vamos dar um jeito.- assegurei-lhe. Ela negou com a cabeça.

-Vocês tem que fugir, Sally, fujam antes que alguém se machuque.- Sarah pareceu assustada por um minuto.- Sally, você está me ouvindo? Fuja!- a voz de Sarah foi ficando mais distante e eu já não podia mais vê-la.- Sally, faça o que eu te pedi.

-Sally!- uma voz masculina me chamava, eu já não sabia a quem deveria ouvir.- Sally!- a voz masculina chamou de novo.

-Fuja!-A Voz de Sarah ecoou novamente em minha cabeça.

                Eu abri meus olhos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado 2;*