Blood Moon escrita por Lost star


Capítulo 10
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Sei que estou demorando muito pra postar, e que a fic vai ficando mais confusa a cada post, é, bem, peço descuplpas por isso. A história agora vai evoluir bem rápido e novas espécies vão entrar no meio.
Bom, espero que vocês continuem gostando da fic.
Sinceramente.
Boa leitura;*



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Ao contrário do que eu imaginei não houve discussão alguma, meu pai apenas me disse para tomar cuidado, não queria ter netos ainda. Claro, não houve sermão dele, porém Anthony e Ephraim, ri bastante deles e meu pai me acompanhou. Uma hora meus irmão questionaram-lhe sobre a falta de sermão, ele disse que meus irmão já faziam isso o suficiente.

                Subi as escadas com um sorriso no rosto, perguntei-me se deveria tocar um pouco de piano, decidi deixar para outro dia, eu queria mesmo era dançar, porém algo me impedia, era como se alguém precisasse de mim. Subi correndo para meu quarto e me assustei ao ver Sally sentada na cama.

-Olá, Sarah.- ela me cumprimentou com um meio sorriso, ela ainda devia estar chateada com Nahuel, ou apenas envergonhada, já que ela estava no me quarto e nós não nos dávamos bem.

-Oi.- disse desconfiada. Sally sorriu incerta e levantou-se. Hesitou ao se aproximar.

-Olha, Sarah, eu queria lhe agradecer.- disse envergonhada, bochechas um pouco vermelhas deram cor à seu rosto.- Você me ajudou, eu não esperava isso de você, sabe...depois do que eu fiz.- ela fez uma pausa- Obrigada mesmo, Sarah.

-Faria o mesmo por mim.- eu disse como reflexo, só depois dei-me conta do que havia dito.

-Na verdade não faria, mas agradeço a confiança.- ela disse cabisbaixa. Puxei-a para cama e sentei-me ao seu lado.

-Sally, você é minha irmã e, mesmo que não goste muito de mim, eu gosto de você. Claro que é um pouco mais difícil a nossa relação, mas eu não esperava que fosse fácil. Só quero que saiba que não quero roubar nada de você, eu nem queria vir pra cá para começar.- eu disse, sorrindo. Sally pareceu se animar também e logo sorriu.

-Sinto muito por tudo o que te fiz, Sarah. Hoje, quando Nahuel me disse aquelas coisas, eu percebi o que havia feito com você e com o tio Seth, eu machuquei os dois porque fui egoísta.- Sally olhou no fundo de meus olhos.- Você é uma pessoa grande, Sarah. Sabe, uma pessoa boa levaria Nahuel para longe de mim ou tentaria acalmá-lo.- ela olhou pela janela, sem coragem de me encarar.- Mas uma pessoa grande faria o que fez. Você me amparou, acalmou Nahuel e, como se já não bastasse, você nos apoiou.- Sally voltou a me olhar. Dei-lhe um meio sorriso.

- Eu tinha que ajudar, me senti responsável.- respondi sorrindo, foi então que Sally fez algo que eu jamais esperaria que ela fizesse, Sally me abraçou. Senti um liquido quente no meu ombro, deduzi que fossem lágrimas. Sally estava chorando, de alegria.

-Obrigada, Sarah. Muito obrigada.- ela murmurava em meio a mês cabelos. Após alguns minutos Sally levantou o rosto e limpou as lágrimas que ainda caiam. Murmurou um “ desculpe” e deu uma risadinha, eu a acompanhei. Logo nossas risadas se tornaram gargalhadas, rimos até perdermos o fôlego.

-Então, como vocês ficaram?- perguntei segurando minha barriga dolorida de tanto rir.

                Sally olhou-me com um sorriso sapeca, ela começou a me contar tudo em detalhes, não apenas de seu dia com Nahuel, mas também de sua vida. Contou-me sobre a mãe, disse que sentia falta dela, falou sobre seu primeiro namorado, das brigas com o pai, tudo. Mas não foi só ela quem falou, eu também contei-lhe tudo sobre minha vida. Como resultado conversamos até a madrugada, rimos muito e Sally acabou dormindo no meu quarto.

                De manhã cedo levantamos bem animadas, fizemos nossa higiene pessoal e nos encaminhamos para a cozinha, no caminho encontramos com Anthony, que estranhou nosso comportamento, mas nada comentou, ele devia estar com sono, já que ele e Seth passaram a noite toda fazendo ronda. O cheiro dos ovos me atingiu, fiz uma careta, eu não gostava de comida americana, com exceção das panquecas nada prestava para mim.

                Papai era quem os cozinhava, fez uma careta preocupada ao ver-nos juntas.

-Quem morreu?- ele perguntou sério, eu e Sally nos encaramos e rimos.

-Ninguém morreu, papai.- Sally afirmou, ainda rindo. Eu assenti, olhei para os ovos que ele acabara de colocar no prato e fiz uma careta. Tirei meu olhar dos ovos nojentos e voltei a fita-lo.

-Olha, nós vamos à cidade hoje.- eu disse, ele me olhou com uma sobrancelha erguida.

-É, e eu preciso de dinheiro.- Sally disse, ele olhou-a sério e eu comecei a rir. Ri muito da cena de meu pai tirando o dinheiro da carteira- com uma careta enorme- e entregando-o à Sally, que sorria como uma idiota.

                Papai suspirou.

-Também quer dinheiro, Sarah?- ele perguntou. Olhei-o séria.

-Não, obrigada. Mamãe mandou semana passada com tia Alice.- eu disse calmamente, fui até a geladeira e procurei algo para comer, peguei um iogurte de morango, não que eu gostasse dele.- Aliás, pai,eu ando meio entediada aqui.- Peguei uma colher e tomei um pouco do iogurte, constatei que devia estar vencido, o gosto era horrível.- Quando posso voltar a fazer ronda?- perguntei enquanto derramava o que restou do iogurte na pia.

                Meu pai se engasgou com os ovos, Sally com o suco de laranja. Eles me pareceram preocupados, eu fingi não perceber. Olhei-os com expectativa, bati meu pé no chão impacientemente.

-Você não vai!- Papai afirmou sério. Sally assentiu.- Não com os filhos da lua por ai, não quero que se encontre com eles, você sabe o que aconteceu da outra vez.- ele advertiu. Revirei os olhos. Sabia muito bem o que havia acontecido, ainda tinha uma pequena cicatriz que me lembra do ocorrido todos os dias.

-Me dê um motivo!- eu exclamei. Sally me olhou com deboche.

-Vem vindo um ai.- disse terminando de tomar seu suco. Senti seu cheiro amadeirado encher minhas narinas. Sorri.

-Seth!- Corri para seus braços e beijei seus lábios macios. Seth sorriu para mim. Senti o cheiro de Nahuel e logo ele entrou na cozinha, o barulho de pratos se quebrando me fez parar de beijar Seth. Olhei para Sally e Nahuel, Sally olhava-o com a maior cara de cachorra, notem a ironia. Sorri.

-Ai, que ótimo.- Meu pai disse desapontado.- Todo esse trabalho para elas acabarem com eles.- ele diz para si mesmo. Nós rimos. Empurrei Seth para fora da cozinha e ele me prensou contra a parede, beijou-me. Não durou muito, Ephraim Anthony logo apareceu.

-Pode soltando ela, senhor moderninho.- Anthony disse. Ele olhou para Seth com o rosto severo- Beijar só depois do casamento.- Advertiu me afastando de Seth. Olhei-o incrédula.

-E quanto as garotas que você pegava na praia lá no Brasil?- perguntei curiosa.

-Bem, tecnicamente, eu posso.- continuei fitando-o furiosa.

-Ephraim Anthony Cullen!- berrei, chamando a atenção de todos.

-Esqueceu o Black, maninha.- ele disse rindo de mim. Olhei-o furiosa.- Vadias, Mabel.- olhei-o com a cara mais horrenda que pude.- Você as conhecia, eram suas amigas!- ele disse na maior cara de pau.- Além do mais você é minha irmã.- Urrei de raiva.

-Já chega, os dois.- meu pai disse intervindo. Ele olhou significativamente para Sally, que logo tratou de me tirar dali. Seth e Nahuel fizeram um movimento para nos seguir, mas não foram muito longe.- Seth, Nahuel, vocês ficam. Tenho umas perguntas a fazer.- meu pai disse maldosamente. Pudemos ouvir Seth e Nahuel engolirem em seco, rimos.

                Corremos até o carro, ligamos o som no último volume e cantamos durante todo o percurso até a cidade. Quando já estávamos lá fizemos diversas compras, ficamos horas andando do nada para o lugar nenhum até entrarmos em uma sorveteria para lanchar.

                O sorvete de Sally era de morango, o meu de menta. Havia uma garota loira que me encarava a todo o momento, apontei com a cabeça para ela, Sally seguiu meu olhar e suspirou.

-Que droga!- ralhou. Saímos apressadas de lá, quase esquecemos de pagar. Corremos até o carro de Sally, já que ela se recusou a vir com a minha caminhonete, não vou andar nesse troço, afirmou antes de sairmos de casa. O carro dela era um carro totalmente comum, não era chique também. Se eu tivesse algum conhecimento sobre carros diria que era um antigo Camaro, mas como eu não entendo nem um pouco sobre esse assunto é melhor deixar quieto.

                Praticamente corremos até em casa, Sally despejou as sacolas no sofá com pressa e correu para contar ao papai o ocorrido, ele deixou bem claro que não iríamos mais à cidade sozinhas. Subimos para nossos respectivos quartos e trocamos de roupa, teria um luau hoje. Parece que vovô Billy queria falar mais sobre a escolhida.

                Quando chegamos à praia a grande fogueira já estava acesa e todos estavam sentados ali perto. Vi Seth conversando com meu avô, sorri para eles e fui me sentar próximo a meu pai, logo meu avô começou a contar uma história.

-Hoje, revirando alguns antigos pergaminhos, encontrei alguns que se referiam a Luna, a escolhida. Em um deles estava escrito o dia em que ela quase morreu.- Meu avô olhou para mim, eu estava apavorada.

                Meu avô contou-nos o que descobriu sobre ela, ele disse que havia um desenho dela, pelo que pude ver, não havia nada de semelhante entre nós, mas aqueles olhos... eu já os vira em algum lugar.

                Voltei para casa cansada, Meus irmãos, meu pai, Seth e Nahuel haviam ficado lá conversando com meu avô. Resolvi pegar o caminho mais comprido para casa e fui pela floresta, sabia que era perigoso, mas algo muito forte me atraia para lá.

                Vi um vulto branco passar rapidamente em meio as arvores, sai correndo procura-lo. Encontrei uma clareira no meio da floresta, era a mesma com que minha mãe sonhava. O vulto estava parado bem no meio dela, pude ver que era uma garota, ela vestia um longo vestido branco, em sua cabeça havia uma coroa de flores.

-Olá, Sarah.- ela disse docemente. A garota que estava em minha frente era Luna, em carne e osso, ou melhor, bem, eu não sabia do que ela era feita.

-Olá, Luna.- respondi a altura. Ela avaliou-me por alguns instante, verificou tudo, desde meus longos cabelos castanhos de reflexo dourado até a minha altura mediana , tudo.

-Vejo que não és parecida comigo.- ela afirmou. Balancei a cabeça, incomodada com sua afirmação.- Em tudo, quero dizer.- ela andou ao redor de mim.- Não sei por que, mas és a escolhida.- ela suspirou.- Como já deve ter percebido, você é a minha reencarnação, com tudo, não tem o meu antigo corpo.- Olhou-me com nojo.- Vejo que não a fizeram muito bem. Não temos nada em comum.- Afirmou por fim.

-O caráter, talvez.- ponderei.- Amar o mesmo homem, confiar em si mesma, a bondade, a alegria mesmo diante dos problemas.- Luna me pareceu encantada.

-Vejo que és uma menina cativante.- Deduziu.- isso vai lhe ajudar.- Garantiu.- Mas precisa tomar cuidado, logo você terá problemas, muitos deles para resolver, talvez ter vindo para Forks não tenha sido uma boa ideia.- Luna estava bem próxima de mim e tocava-me o rosto. Ouvimos um barulho vindo das arvores. Luna se afastou.- Deve ir para casa agora, não venha para a floresta sozinha, Sarah. Ela é perigosa, talvez eu não esteja aqui para lhe ajudar.

Assenti. Luna sumiu na frente de meus olhos, não esperei para ver o que estava entre as árvores, corri o mais rápido que pude para casa, cheguei lá extremamente ofegante. Subi para meu quarto e tranquei-me. Olhava-me no espelho e as palavras de Luna me vinham à mente.

Suspirei.

Todos estavam errados no fim, eu não era como Luna, era diferente. Não tínhamos nada em comum. Fitei-me no espelho novamente, os olhos verdes logo apareceram.

-Mas que droga!- esbravejei.

Odiava aqueles olhos, não me serviam de nada, só me mostravam o quanto eu estava descontrolada.

-São meus olhos, Sarah- a voz de Luna ecoou em minha mente- Logo os seus se tornaram desta cor também, meus olhos mudaram de cor quando eu tinha sua idade, é uma maldição, toda a escolhida tem olhos verdes.- Ela afirmou.

Suspirei.

Gostava de meus olhos, eram a única coisa que provavam que eu era a filha de Renesmee Cullen, tudo o que eu tinha herdado dela eram os olhos.

-E a beleza.- Luna exclamou em minha mente. Perguntei-me se ela ficaria lá para sempre, como não houve resposta deduzi ser um sim.

Olhei pela janela, no escuro pude distinguir as figuras de meu pai e meus irmãos. Todos eles pareciam alegres, Anthony então,tinha um brilho no olhar. Eu sabia o que aquilo significava.

Deitei-me. Não queria mais pensar nessas coisas. Todos pareciam felizes e isso era o que importava, diante da felicidade todos os problemas são nada, sorri e,logo depois,adormeci.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
UHU, quem queria ter a maldição dos olhos verdes levanta a mão o/
2;*