Quatro dias havia se passado desde a batalha que ficou conhecida como [b] A Batalha Renascentista ou do Renascimento [/b]. Naruto estava no hospital desde então, estava fraco devido ao despertar da magatama, que era ainda um poder muito misterioso para todos. Sasuke estava preso, ainda sem sentença definida, mas nada que fosse menos do que dois anos o aguardava. Mas talvez o mundo não tivesse todo aquele tempo.

Naruto acordou no quarto de hospital e ao perceber onde estava se dirigiu ao armário onde encontrou suas roupas e logo as vestiu. Resolveu sair normalmente pelo hospital, nos corredores ele encontra várias pessoas o aplaudindo.

- Naruto-kun, você não pode sair do hospital ainda – quem falava era Shizune com uma prancheta na mão esquerda e uma pena na direita.

- Não se preocupe, já estou melhor. Não precisa fazer tantas cerimônias. – tenta dar o próximo passo, mas fraqueja quase caindo se Shizune não o segurasse.

- Pelo menos leve isso com você. – Shizune entrega um par de muletas a Naruto que relutante aceita.

Assim Naruto sai do hospital e se põe a caminhar pela vila, por onde ele passava, as pessoas o olhavam e batiam palmas pelo seu exímio desempenho, mas dava pena de vê-lo naquele estado “limitado”. Passou pelo clã Hyuuga, deu uma espiada e se pôs a andar novamente. Sentiu o corpo perder a força, a visão foi ficando turva, e tudo de que se lembrou foi de uma pessoa aparecendo à sua frente.

Ao acordar Naruto se deparou numa linda planície de beleza indescritível. O sol estava com uma grande incidência, olhou para sua frente e viu Hinata cada vez mais ficando longe e longe até que ela parou e ao seu lado apareceu a tão destemida Rose, a prima de Naruto que iria tentar destruir o mundo. Como? Eu repito, como? Teria Hinata se aliado ao inimigo por raiva a Naruto por não aceitá-la? O que estava acontecendo? Olhou para o céu, e viu a imagem do Sábio dos Seis caminhos, não sabia o que aquilo significava, novamente viu as imagens das duas pessoas idosas ao lado do Rokudou Sennin e ficou perguntando quem eram elas afinal? O quão importante elas eram para ele? De repente o clima mudou, nuvens cobriram o céu e começou a chover, mas essa chuva era diferente, era de [i] sangue, o seu sangue. [/i] Hinata havia atravessado seu peito com um Jyuuken. Ele se achou o pior cara do mundo por não dar a ela o que merecia. Tudo foi ficando escuro até se apagar completamente.

Acordou novamente, estava em um quarto de aparência feminina, tentou se levantar e sentiu um peso no seu peito, foi quando reparou Hinata adormecida sobre seu peitoril. Alisou seus cabelos, talvez nunca mais tivesse aquela chance, pois já havia tomado sua decisão. Gentilmente saiu de baixo de Hinata, beijou sua testa e pulou a janela. A linda Kunoichi acordou logo em seguida decepcionada por não presenciar a partida de seu amado.

Naruto se dirigia para o prédio Hokage, ao adentrar a sala de Tsunade ele a presencia conversando com Kakashi e Yamato.

- Ótimo. Hora perfeita para isso. – falou Naruto enquanto se acomodava.

- O que você quer Naruto? – retrucou Tsunade.

- Quero partir em treinamento para poder dominar a Kyuubi, e estou disposto a qualquer coisa para isso – talvez ela nunca tenha ouvido Naruto falar tão confiante em toda sua vida.

- Muito bem, mas não posso deixar você ir sozinho, muito menos sem ter noção do que fazer.

- O que você pretende fazer Hokage-sama? – quem se pronunciou agora foi Yamato.

- Vou entrar em contato com a vila Oculta da Pedra.

- Não me diga que você vai... – Kakashi estava surpreso com a decisão de Tsunade.

- Sim, vou pedir ajuda ao Jinchuuriki do Haichibi.

- Vai pedir ajuda a quem? – indagou Naruto

- Ao único Jinchuuriki vivo que consegue controlar sua Bijuu atualmente. Shizune!!! Mande uma mensagem para a vila oculta da pedra pedindo uma audiência com o Raikage.

- O que eu faço até lá? – Naruto já estava impaciente.

- Acho que você tem coisas importantes para discutir com certas pessoas... – retrucou a Hokage.

Naruto saiu do prédio sem saber bem para onde ir, enquanto caminhava veio na sua memória a lembrança da batalha, recordou da magatama e imediatamente a toca em sem peito, puxa-a e lê o kanji que significa vida e fica a refletir. Olhou para o céu, apertou forte o objeto em sua mão, seja qual fosse o seu destino, ele iria enfrentá-lo, pois destino é o futuro de um presente que está sempre sujeito a mudança. Naruto viu um pequeno brilho na vastidão azul, um brilho que foi aumentando intensamente até tomar conta de toda sua visão.

Quando recobrou o raciocínio ele estava numa vastidão branca, à sua frente apareceu mais uma vez o Sábio dos Seis Caminhos junto com os dois idosos.

- Jovem herdeiro dos três caminhos da prosperidade, seu destino é muito mais complexo do que imaginas. Dois grandes perigos se aproximam do mundo em que vives, e estará responsável por proteger o planeta de ambos, mesmo que custe sua vida, ou a vida de alguém muito próximo. Você é o herói desse mundo, e não poderá falhar, mas deixo um alerta. O segundo perigo será mais difícil de enfrentar do que você pensa, estará que estar preparado para enfrentar seu pior inimigo. – toda essa fala vinha do Rokudou Sennin

- O que eu devo fazer?! – Naruto estava confuso, tudo aquilo era muito chocante para ele. O que poderia ser pior do que ter um parente seu querendo destruir o mundo?

N/A: Ter dois? Hehe....

- Isso só você pode decidir... – essas foram às últimas palavras ouvidas pelo Uzumaki antes desse voltar ao mundo real.

Naruto sabia o que fazer por agora, por isso se dirigiu ao presídio de Konoha. Ao chegar lá se dirigiu a um dos últimos andares, onde a segurança era mais rígida. Assim que os guardas permitiram sua entrada ele se dirigiu para a sela de Sasuke.

- Olha só quem veio me visitar...

- Não estou para brincadeiras Sasuke, quero saber por que você me salvou do ataque do seu amigo.

- Apenas me dei conta de que tudo que eu estava fazendo era desnecessário, que minha vingança já tinha acabado e queria tentar atenuar a grande dívida que tenho com você.

- Não se faça de bobo e nem tente me fazer! Eu quero saber exatamente porque você me salvou! – Naruto já estava ficando vermelho de raiva, a qualquer momento ele iria explodir.

- Desde quando você ficou esperto? – Naruto fuzila Sasuke com o olhar. – Muito bem, você me convenceu. Eu voltei porque você é o único que pode deter Madara e seu terrível plano.

Naruto tremeu ao ouvir o nome, mas não podia vacilar naquela hora.

- Não faz sentido, se você me quisesse vivo para deter Madara, você não teria me matado – retrucou o loiro deixando as coisas mais difíceis para Sasuke.

- Realmente não era minha intenção te matar, esperava que você fosse se livrar ou algo do tipo, e mesmo assim, para lutar contra Madara esteja preparado para tudo. E se você voltou do mundo dos mortos significa que você ainda tem uma missão a cumprir nesse mundo – Sasuke tinha dado o xeque, cabia a Naruto decidir se era mate ou não.

- Não pense que você me convenceu só com isso, ainda vou descobrir o que você está tramando – dito isso o Uzumaki se dirige para fora do presídio.

- Você pode até tentar Naruto, você pode até tentar...

Naruto ao sair do prédio desmaiou mais uma vez. Dessa vez ele viu a grande Kyuubi a sua frente, devia esperar por uma luta. Será que Naruto teria que domar a Kyuubi? O que mais o futuro lhe guardava?

Acordou e se sentiu em movimento, olhou ao redor e viu que alguém o carregava, e este ao perceber colocou Naruto de pé. Para sua grande surpresa era Hinata que estava a sua frente e que logo lhe deu um forte abraço.

- Hinata...

- Por favor, Naruto-kun! Só me de uma chance, só uma!

A chance era perfeita, Naruto com certeza falaria sim. Estava esperando por isso há muito tempo.

- Hinata, isso é tudo que eu mais quero – A Hyuuga começou a se aproximar mais de Naruto, cada vez mais. Quando os lábios estava a ponto de serem tocados, Naruto recua. – Mas não posso. Não posso sequer pensar em te envolver em perigo de novo, eu apenas não me perdoaria – e dito isso, o loiro foi embora.

Afinal, ele é como um lobo solitário, poderia andar em bando, mas não anda. Poderia tentar amar, mas logo um grupo maior e forte iria disputar também, então era melhor ficar apenas, e apenas, [b] solitário.

FIM! (Do cap)