Provehito In Altum escrita por Ana Cobain
Notas iniciais do capítulo
Tentei fazer o melhor... Ficou um pouco dramático (fato), mas é o que tem pra hoje! RSRSRSRSRRSRS.
Deve estar cheio de erros, mas vai assim mesmo então me perdoem.
Beijos beijos!
- Não tem nada para comer aqui. – Falou ela se jogando no sofá. – Que tal pedirmos uma pizza?
- Sou vegetariano. – Respondeu ele.
- Ah é! Esqueci. Desculpa. – Disse ela envergonhada por saber tão pouco dele.
- Mas acho que dessa vez não vai ter problema.
Ela mudou de estado rapidamente, já exibia um lindo sorriso.
- Perfeito, vou pedir uma metade brócolis para você - Disse ela pegando o celular e tentando se lembrar o número de uma pizzaria que viu no caminho – Ou você prefere Alface?
- Brócolis está bom. – Disse ele sentando na poltrona.
Annie fez o pedido e voltou à sala.
- Daqui 20 minutos a pizza chega. – feliz.
- Você está sempre de bom humor? – Perguntou Jared.
- Acho que sim... com a vida que eu tive tudo parece bom.
- Às vezes você me deixa curioso.
- Em relação a minha vida? – Perguntou ela sentando no sofá e cruzando as pernas como “indiozinho” ( que foi gente é assim que falavam quando eu era criança!).
- Sim.
- Não sei se é algo que eu gostaria de contar. – Afirmou Annie pensativa em um lapso de memória.
- Fique a vontade para fazer o que quiser. – Disse ele.
- Não sei... é que soa como uma novela, eu pareço uma vítima da vida cruel, e não gosto de me sentir assim. Odeio que as pessoas me vejam como a pobre coitada, eu não sou a única cuja coisas ruins já aconteceram ao decorrer da vida.
Jared levantou da poltrona em que estava e juntou-se a ela. Annie pensou durante algum tempo e então começou a falar
- Bom, meu pai era alcoólatra e batia muito na minha mãe. Eu cresci vendo o sofrimento dela, ele dizia que a amava, mas que aquilo era necessário, como eu era criança achava que tudo era normal, porém nunca esqueci os gritos e o medo que sentia. Quando os dois começavam a brigar eu ... – Ela fez uma pequena pausa como se fosse difícil continuar. –... levava meu irmão pro quarto e abraçava ele muito forte, eu prometia que nada ia acontecer a ele, sempre tivemos uma relação muito forte. – Disse ela limpando uma lágrima que insistia em cair. – Apesar dele ser muito violento nunca encostou um dedo em mim ou no meu irmão, mas descontava toda a raiva na minha mãe. Para eu era comum ver ela machucada e ouvir os gritos... – A frase se perdeu. – Quando tinha 15 anos ele morreu. Ele estava bêbado e tentou nadar... acabou se afogando. Uma morte um tanto quanto ridícula, aliás. Eu continuei em casa até os 16 anos e então fui embora. – Annie parou para ver a expressão de Jared. – As coisas em casa estavam ficando difíceis então eu decidi que era hora de ir e tentar ajustar a minha vida, foi difícil deixar minha mãe e meu irmão pra trás, contudo era a minha chance.
- É uma atitude corajosa em tempos como os nossos. – Disse Jared como uma observação para si ele não queria interromper Annie nem parecer insensível.
- No começo minha mãe ficou desesperada, afinal eu não tinha avisado ela, só peguei algumas roupas e fui pra qualquer lugar. Arrumei um emprego em um posto de gasolina, no final de semana eu fazia maquiagem de algumas pessoas para festa. – Disse ela sorrindo. – Enviava um pouco de dinheiro pra ela, aluguei um quartinho. Eu consegui um emprego melhor e fui morar em um apartamento que mais parecia um buraco e fica em um bairro que só tem boêmios, a essa altura eu já tinha 17 anos. Foi nessa época que conheci Ville, ele foi morar comigo... comecei fazer faculdade e enfim... é basicamente essa a história da minha vida.
- Como você conseguiu ficar famosa? Quero dizer, como você conheceu as pessoas que te ajudaram, como você descobriu que cantava?
- Com a ajuda do Ville, mas essa é uma história para os próximos capítulos da Novela da vida da Annie. – Disse ela com uma mistura de riso e mistério.
A campainha tocou
- Nossa Pizza. – Disse ela.
...................
Eles comiam em silêncio Annie tentava digerir as lembranças e ficava se perguntando quando seria a vez de Jared começar a contar de sua vida.
- Annie me desculpe à pergunta, mas não posso evitá-la. - Ela percebia seu constrangimento. - Você já amou alguém?
Annie agora parecia mais constrangida que ele.
- Sim, eu amo meu irmão, minha mãe, o Ville... – Respondeu tentando fugir da pergunta.
- Não é desse amor que falo. – E Jared sabia muito bem que Annie havia entendido em qual sentido ele estava perguntando.
- Eu já tive um namorado quando tinha 16 anos. – Respondeu ela colocando outro pedaço de pizza na boca pensando que dessa maneira poderia fugir de mais uma pergunta.
- Não perguntei se teve um namorado, perguntei se já amou alguém. – A fuga da pergunta por parte de Annie começava a irritá-lo.
- Que raio de pergunta é essa? – Questionou Annie mais para si do que para ele.
- É apenas uma pergunta! Não é difícil! Só é uma palavra com três letras. – O tom de Jared demonstrava impaciência.
Annie não respondeu.
- Ok, não precisa responder.
E após um pequeno período de silêncio Annie falou:
- Não. – Assim baixou a cabeça como se sentisse vergonha.
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