Heaven And Hell escrita por letstrabach, callmenikki


Capítulo 7
Capítulo 6.


Notas iniciais do capítulo

bem gente, mais um capítulo pra vocês *-*



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- Dean. – sussurrei. – Dean, acorde!

- Hum? – ele perguntou ainda sonolento.

- Você não vai sacanear com o Sam, otário? Acorde logo! – dei um tapa na nuca dele.

Rá! Agora ele acordou. Achou estranho, não é? Então eu vou explicar..

Eu estou com os Winchesters. Eles são as melhores pessoas do mundo inteiro, ao contrário do que todos dizem. Depois daquela noite cansativa na lanchonete, eu estou com eles há duas semanas. E aquilo tudo era muito bom.

Eu ainda não tinha superado totalmente a morte do meu irmão, mas ele ainda continuava na minha mente constantemente. Era bom lembrar dele e como os abraços dele faziam falta. Mas Dean tinha entrado na minha vida e tudo tinha melhorado. Ele virou o irmão mais velho que eu perdi, e as melhores coisas que já tinha feito, tinham sido com Dean. E quando digo as melhores coisas, significavam infernizar a vida de Sam.

Bom, começou assim. Teve uma noite em que eu e Dean não tínhamos nada pra fazer e estávamos entediados, então resolvemos atazanar o Sam um pouco. Coitado, ele não superou até hoje. O que fizemos foi colocar ketchup em todas as cuecas dele, e devo dizer, eram todas boxes. Eu morri quando as vi, mas não deixei Dean ver isso, afinal, ele também usava boxes. Bem, explico isso logo mais.

Continuando, depois que fizemos a “pequena” brincadeira, fingimos que estava tudo bem e saímos do quarto. E Dean ficou vigiando Sam se trocar, e eu não vi, é claro. Mas eu pude ouvir o grito de raiva. Dois minutos depois, Sam saiu do quarto, apenas de toalha e apareceu no corredor vermelho de raiva, e nos encontrou contorcidos de tanto rir. Mas uma coisa me chamou muito atenção; Sam era lindo. O físico dele era tão bom quando o de Dean e o mais impressionante era que ele não fazia questão de mostrar pra quem quisesse ver.

Sam falou uma vida sobre como nos éramos infantis e nós ainda teríamos vingança. Mas isso não aconteceu. Bem, não completamente.

Sam até tento use vingar, mas não conseguiu por que nós descobrimos e acabamos com vingança dele.

E agora estamos aqui e vamos sacaneá-lo de novo.

Dessa vez, pensamos em colocar um balde d’água em cima da cabeceira da cama dele. Quando ele acordasse, ele iria se espreguiçar e esbarraria no balde, e a água cairia toda em cima dele. Dean que deu a ideia, e eu gostei.

E então, lá fomos nós colocar o plano em pratica. Pegamos o balde que a gente tinha escondido no banheiro, e enchemos com água. Dean sorriu maliciosamente e levou o balde até a cabeceira da cama, nas pontas dos pés, de Sam.

Em silêncio, ele fez o serviço, e nós voltamos a fingir que estávamos dormindo. Depois de alguns minutos, o sol já estava anunciando que iria aparecer.

Eu abri um pouco os olhos só para ver Sam se espreguiçar e o balde cair em cima dele com tudo. Dean se levantou e começou a gargalhar, e eu fiz o mesmo.

Sam se levantou e rugiu de raiva. Ele balançou os cabelos e água espirrou para todo o lado.

Ele, de repente, sorriu. E aquele não foi um sorriso muito legal. Ele veio andando até mim e eu percebi o que ele faria a seguir. Me molhar também.

- AAAAAAAAAAAH NÃO SAM! NÃAO! POR FAVOR! – gritei.

- AAAAAH KERA, O QUE É ISSO? COM MEDO DE ÁGUA, É? – ele gritou de volta e correu mais.

Em menos de três segundos, ele já estava me abraçando e eu já estava toda molhada. Pelo canto do olho, eu vi Dean rindo e então eu tive uma ideia.

- Sam, e o Dean? – sussurrei no ouvido de Sam.

Ele só balançou a cabeça positivamente e eu corri até Dean. Eu pulei em seu colo e ele segurou a minha cintura, prendendo-me á ele. Eu sorri enquanto ele se contorcia e dizia que não queria se molhar.

Sam do outro lado do quarto, sorria vitorioso. E eu vi que, depois de caçadas fracassadas para saber o que sou e muita frustração, Sam e Dean estava realmente se divertindo e aquilo me alegrava muito.

Os garotos me disseram que havia anos que eles não se divertiam e aquilo mexeu comigo. Sam e Dean mereciam coisa melhor. Uma coisa melhor do que passar o resto de suas vidas caçando essas coisas.

- Já chega, Kera. Já me molhei o suficiente. – Dean me disse e me colocou no chão, mas não sou minha cintura.

Sam estava recostado na mesinha que havia perto da parede, ainda molhado, e ele tinha um sorriso brincalhão nos lábios.

Ao vê-lo assim, eu sorri abertamente e algo dentro de mim pulou. Sam não era o meu tipo de cara, mas ainda sim não deixava de ter seus atributos. Eu o amava; mas como eu irmão.

- Temos algo pra fazer hoje? – eu perguntei.

Sam pensou e logo respondeu: - Não.

- Ótimo, então vamos sair. – eu disse, animada.

Sam e Dean trocaram olhares e eu me senti nua com aqueles dois homens me olhando. Eu me senti ruborizar um pouco e olhei para eles, esperando eles protestarem, mas o protesto não veio. Sam apenas sorriu e balançou os ombros e Dean assentiu.

- Isso! – comemorei. – Vou me trocar, e vocês, tomem outro banho.

- Acho que não vou precisar. – Sam brincou.

- Tudo bem, mas estejam prontos em trinta minutos. – sorri e fui para o meu quarto.

 O motel não era nem de longe o melhor da cidade de Lexingthon. Ele tinha vários quartos, mas nada muito aconchegante, mas era o melhor que conseguimos com o dinheiro dos meninos.

O motel tinha um letreiro em neon verde a ele era todo pintando de azul. Lindo, não?

Os quartos eram pequenos e tinham apenas uma cama e um banheiro. Não havia frigobar nem nada do tipo. Era apenas um quarto.

O dia estava lindo. Ótimo para sairmos e passear.

Eu entrei no meu quarto sujo e desgastado, e fui até o banheiro e me despi. De costas para o espelho, eu pude ver que alguma coisa pequena crescia ali e eu não consegui identificar. Aquilo já estava ali já havia uma semana e eu ainda não tinha contado aos meninos, por medo de me repulsarem.

E nem mostraria. Acho que aquilo não era importante a ponto de eu fazer um grande alarde por causa disso.

Tomei um banho bem gelado e fui trocar de roupa. Coloquei um short jeans velho e uma blusa branca e os meus velhos all stars. Tênis era a melhor coisa do universo, ainda mais os confortáveis.

Assim que terminei de pentear o cabeço, alguém bateu a minha porta. Eu fui atender e esperava que fossem os meninos, mas quem eu encontrei foi a mulher da recepção, a que nos atendeu. Ela era baixinha, meio gordinha e tinha cabelos pretos e olhos claros.

Ela sorriu e me entregou um bilhete e saiu andando, sem dizer nada.

Eu corri até ela e segurei sem ombro, mas ela caiu sem vida aos meus pés e alguma coisa preta saiu voando da sua boca. Eu gritei e sai correndo de lá, indo até o quarto dos meninos.

Mas, eu os encontrei antes. Eles me viram e correram até mim. Eles me pararam e perguntaram o que havia acontecido, mas eu não soube responder. A imagem daquela mulher morta, sem vida no chão perto de mim ainda me aterrorizava. Eu apenas apontei para o corredor aonde tudo havia acontecido e eles foram até, me guiando com eles.

Dean segurou o meu braço com delicadeza e me levou com ele, me deixando usá-lo como apoio. Ele me ajudou a subir a escada que dava até o corredor enquanto Sam ia na frente, com uma arma em mãos.

Com cuidado e sempre silenciosos, eles foram até o corpo. Sam chegou perto e olhou bem para a mulher e negou com a cabeça. Ele nos olhou e Dean me soltou, e foi até Sam.

Dean olhou a mulher e fechou os olhos e se levantou. Eu estava encolhida no meu próprio espaço, com os braços rentes ao corpo e com medo. Muito medo.

O que tinha sido aquilo que havia sido de dentro da mulher?

Eu ainda segurava o papel e ainda não tinha coragem de abrir.

Sam se levantou e falou com Dean.

- Temos que ir embora. Ela está em perigo, eu sinto. – Sam disse.

- É, eu também sinto isso. E para onde vamos agora? – Dean perguntou e olhou para mim.

De cabeça baixa, eu senti uma lágrima escorrer, e eu fui mais rápida e a sequei antes que pudesse anunciar que eu estava chorando.

Dean veio até mim e me levou até o quarto, com Sam em seus calcanhares.

Ele abriu a porta e pediu que eu entrasse.

- Entre, pegue tudo o que precisa e saia daqui. Não fale com ninguém, nem olhe para ninguém. – ele ordenou. – Nós iremos juntar as nossas e já voltamos.

Eles sairam e eu fui, devagarzinho, até a cama. Eu me sentei lá e tomei coragem para abrir o papel.

A letra que estava ali era impressionante. Era uma caligrafia linda, e então, eu comecei a ler.

“Você deve estar se perguntando o que está acontecendo com você. E para falar a verdade, ninguém sabe. Nem mesmo seus criadores. O que você é ou o que será, é uma incógnita para todos; para o Céu e para o Inferno.

A única coisa que eu posso lhe falar, minha cara Kera, é que você é importante. Muito importante, e cabe a você decidir a qual dos lados quer pertencer. Há um lado seu que ainda é desconhecido, mas que é poderoso e ainda pode-se sentir que está adormecido, mas não se espante. Esse é sempre o processo.

Quando isso aconteceu pela primeira vez, ambos os lados ficaram sem reação alguma. Eles esperavam que o ser se decidisse por si mesmo e que pudesse servir para alguém, mas isso não aconteceu. Depois de lutas e mais lutas, o ser foi destruído e o caos reinou na Terra por milhares de anos. E após milhares de anos, esse ser nasceu novamente; nasceu você. Pela primeira vez em anos, ambos os lados estão dispostos a conseguir o que querem sem nem pestanejar, então tome cuidado. Seu destino é mercado com gotas de sangue e nunca ninguém jamais viu alguém tão poderoso e com um destino tão incerto quanto o seu.

Escolha o seu lado; não se deixe levar pelas emoções e mais importante: conecte-se com o seu irmão.

Com amor, A.”

Leves batidas na porta me despertaram e eu fiquei estática. Meu coração pareceu pular pela boca e minhas pernas não obedeciam mais. Eu poderia abrir?

Silenciosamente, eu andei até a porta e segurando a respiração, eu abri a porta num baque surdo. Lá fora, Sam me esperava com uma mala nas mãos e com um olhar apreensivo.

Eu ainda segurava o bilhete e assim que eu percebi isso, eu o levei rapidamente até o meu bolso do short e o guardei lá.

- Pronta? – Sam perguntou.

- Quase. – eu respondi e voltei para dentro do quarto.

Lá, peguei uma jaqueta de Dean tinha me emprestado e fui até Sam. Eu não tinha muitos pertences, afinal eu proibi os garotos de comprarem roupas pra mim. Eu iria me virar do jeito que dava, e se eu precisasse, eu pediria alguma muda de roupa emprestada com eles.

Eu não iria admitir que a roupa dos meninos caberiam em mim, mas elas era ótimas. Eram quentinhas e cheirosas, e aquilo era bom.

Fui até Sam e ele me seguiu até o lado de fora do quarto. Procurei por Dean e não achei, e eu já estava a ponto de perguntar onde ele estava, quando Sam respondeu primeiro.

- Ele foi fechar nossas contas e ir pegar o carro.

Eu assenti e segui Sam. Eu estava atrás dele, mas mesmo assim conseguia ver ser rosto. Ele de vez em quando virava para trás só pra ver se eu estava lá, e quando me via sorria. Bem, esse era Sam me protegendo.

Nós fomos até a recepção, eu coloquei a chave em cima do balcão, e nós saímos.

Lá fora, Dean nos esperava já dentro do carro. Sam foi até o porta-malas e guardou a sua mala e eu entrei no carro, no banco de trás.

Dean tinha o rosto um pouco estranho e eu imaginei que aqui era por causa de tudo aquilo que voltara a acontecer.

Bem, é, voltara. Voltara por que já haviam mais de cinco dias que nenhum caso tinha chegado até os meninos e parecia que a vida deles tinha voltado ao normal. Ao normal deles. Mas então, o que quer que fosse aquilo lá em cima, tinha voltado e Dean não parecia muito feliz com aquilo e eu não podia culpá-lo. Ele me dissera que queria mesmo descansar.

Sam entrou no banco de passageiro, colocou o cinto e acenou com a cabeça para Dean.

Em um único movimento, Dean girou a chave do Impala, e nós saímos.

***

Durante boa parte da viagem, nós ficamos em silêncio. Eu cheguei até a dormir, e quando acordei quem dirigia era Sam e Dean estava dormindo ao seu lado.

Eu bocejei e Sam virou para trás para me olhar e sorriu. Eu só de volta e ele voltou a olhar a estrada.

- Com fome? – ele perguntou e apontou para uma garrafa com a logo de uma lanchonete e um hambúrguer embrulhado, em cima do painel.

Eu sorri e peguei o lanche e abri sem nem pensar duas vezes. Antes mesmo de eu ter terminado de abrir, meu estomago anunciou que estava vivo e fez um barulho estrondoso.

- Que fome, hein. – Sam me disse.

- Muita. – eu apenas respondi, e comecei a comer.

Quando eu terminei, eu vi que Sam me observava pelo retrovisor e eu me vi sorri e corar levemente. Ele sorriu também, e meu coração pulou.

Eu sabia que aquilo não era normal, mas Sam era um amigo e nada mais. Eu não poderia me deixar levar pelas emoções. Eu não o amaria. Não, nunca.


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Notas finais do capítulo

e então, galera? reviews?



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