Origem escrita por Sailor Zombie


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Bem meu prólogo ficou um tanto comprido, mas espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/145508/chapter/1

Era mais um dia comum para Dara.  Ela andava pela rua tranquilamente, despreocupada com tudo. Seus longos cabelos negros flutuavam conforme andava, todos paravam para admirá-la, era linda e perfeita, perfeita até demais. Rainha da escola onde estudava, rica, linda, todos os garotos aos seus pés, todas as garotas morrendo de inveja.  Orgulhava-se de sua vida, sendo assim.

Ela andou mais um pouco e seu celular tocou, retirou de sua bolsa um celular rosa cheio de badulaques, ao ouvir a voz do outro lado da linha seu semblante mudou, parou em frente a uma soverteria, pensou um pouco e finalmente entrou. Sentou em uma mesa afastada e pediu um Milk – shake de chocolate, para a atendente.  Estava com raiva, com muita raiva. Há dias vinha recebendo ligações estranhas, um homem, a voz grave a ameaçava constantemente, sempre dizia para ela que a hora iria chegar, que iria se arrepender por todos seus pecados, que ele estava próximo.  Dara Ianka não ligou para essas ameaças desde inicio. Mas o dia em que ela encontrou uma antiga boneca, sua preferida com uma faca, na parte em que deveria estar o coração.  A parti disto ela começou a ficar com medo muito medo. Queria avisar a policia, mas o bilhete que recebera ontem a tarde deixava bem claro que estava sendo observada e todos seus passos eram vistos.  Tentou não se preocupar com coisinhas tão bobas, achou que só podia ser uma brincadeira de alguma pessoa do colégio com raiva dela, afinal ela já tinha pisado em muita gente, mas não conseguia acreditar que alguém de lá poderia estar fazendo isso. Era crueldade demais, assustar uma garota como ela. Isso só podia ser vingança, mas que teria tanta raiva? Pensou um pouco, e se lembrou de uma garota esquisita, que estudara com ela há uns dois anos.

Flash Back on

Uma garota magra e pálida, com cabelos loiros cheio de cachinhos entrou na sala, usava roupas fora de moda, as quais eram grandes demais para ela. Usava óculos, e tinha um irritante ar convencido.

- Muito bem classe! Esta é Alícia Becker, ela chegou ontem à cidade e fará parte de nossa turma. Espero que todos a façam a sentir bem vinda. – o professor a apresentou a classe, era alta e muito desajeitada fazendo com que todos fizessem piadinhas.

Naquela mesma tarde fui obrigada a ir para a biblioteca. A garota Alicia entrou e sentou na mesma mesa que a minha.

- Escuta aqui sua anormal – eu disse ríspida – Você sabe quem eu sou?

Ela balançou a cabeça negativamente.

- Eu pensei que... – ela começou.

-Não, nem continue. Eu sou Dara Ianka a rainha desta escola, todos me adoram, todos me obedecem, eu ando na moda, e sou rica. Sou uma beldade, e você quem é? Apenas uma pessoa a mais. Com roupas de trouxas, alias como é que você se atreve a falar comigo?

A garota olhou com um olhar triste, e saiu correndo, as lagrimas rolando pelo rosto.

Flash off

Dara se lembrava deste fato com pouca nitidez, fazia muito tempo que não via aquela garota esquisita.  Ficou um pouco mais de dois meses na escola, e depois despareceu, assim como seus pais, A quem seus pais haviam comentado um dia no jantar, por serem pessoas extremamente sonhadoras e loucas. Dara não entendeu muito o significado daquilo, mas também não a importava.

Aquela garota não tinha nada a ver com sua situação, porque tinha pensado nela?

Dara pagou o soverte intocado se levantou e foi embora, ia para casa o local a qual considerava seguro. Quando saiu da sorveteria percebeu uma multidão se formando, e ela pegou o lado contrario. Um homem com um, sobretudo preto apareceu em sua frente. Antes de ter qualquer reação a jovem sentiu seu corpo mole, uma dor lancinante a atingiu, e ela sentiu seu mundo desmoronar.

- Sinto muito, querida.

Ela ouviu o homem dizer, antes de cair na escuridão.

**************************************************************************

Numa praia vazia na encosta da África, em uma praia deserta, preenchida apenas por uma sofisticada cabana de madeira, um jovem de cabelos cor de chocolate procurava por alguma coisa, uma garota vinha em sua direção com um olhar mortífero.

- Liana, onde você estava? – o rapaz que aparentava uns 20 anos, perguntou com uma expressão raivosa para a garota.

 - Não importa, e não sei por que devo te dar satisfações, Erich – A garota respondeu grossa.

- Você sabe muito bem, que não deve andar sozinha por aí. Porque insiste em desobedecer às regras, não percebe que poderá colocar todos em risco.

- Cansei de me importar com que Sienna diz. Será que você não percebe o quanto ela domina sua mente – a garota era baixinha, tinha os cabelos pretos e repicados, os olhos verdes brilhavam intensamente. 

A garota andava em direção a cabana de madeira, andava rápido com passos firmes e decididos. O rapaz correu para acompanha- la.

- Liana, por favor... – Erich a agarrou pelo braço – Não fale como se ignorasse tudo.

- Já chega Erich, - disse se soltando – Eu não agüento mais, faz mais de um ano, não vou ficar sendo uma marionete nas mãos dela.

Erich se irritava com o jeito rebelde de Liana, porque ela não podia obedecer às regras? Por que não podia aceitar a situação?

- Porque não pode ficar quieta?Porque tem que ficar procurando os humanos? – Erich estava começando a ficar com raiva.

- Eu não estava procurando... – Liana parou de andar, e sua voz falhou e não conseguia terminar a frase.

- Não pode mentir para mim, eu sei o que você esta fazendo, Mas isso não ira trazê-lo de volta – suas palavras saiam como veneno. Liana fechou os olhos e as lagrimas que tanto odiava rolavam pela sua face – Quando ira perceber que ele esta perdido para sempre. E  mesmo se estiver vivo, não poderá voltar conosco, nunca mais, nunca mais.

- PARA, POR FAVOR, PARA – Cada palavra de Erich era como farpas na direção de Liana.

- Porque não gosta de ouvir a realidade? Linus cavou a própria sepultura, e você esta indo pelo mesmo caminho. Tão burra, talvez vocês dois se mereçam, pensam do mesmo jeito. Não se esqueça que veio aqui por um propósito, e se não pode fazer o que é para ser feito, então não coloque tudo a perder. – Erich a olhava com raiva, Liana chorava desesperadamente – Ah, Linus tinham um dom incrível, pena que desperdiçou tudo o que tinha para ajudar essa raça.

Erich estava satisfeito pelo efeito de suas palavras em Liana. Mas a apreensão tomou conta de Erich, Liana abriu seus olhos, e ao invés dos lindos verdes, todo seu olho estava negro. Ela tremia e arfava. Erich começou a se afastar,

- Liana, por favor, não perca o controle – falou calmamente.

-EU TE ODEIO.

Seu corpo estava envolto em uma fumaça negra. Ela olhou para Erich com ódio. Um raio negro atingiu Eric, que se contorcia e gritava desesperadamente.

- Você ira se arrepender de tudo o que falou – Liana fazia com que os raios negros atingissem Erich. Erich se contorcia de dor, como se estivessem esfaqueado seu corpo, era como se estivesse em uma fogueira ardente. Erich sabia que ficaria pior. Estava se entregado, quando a dor alucinante parou. Antes de ‘’apagar’’ viu Liana parada no ar. A poderosa figura de Sienna estava parada olhando com desdém para Liana.

**********************************************************************************

Alicia andava pelas ruas de Paris, andava rápido preocupada com o tempo. Entrou em um conhecido café, e foi para a mesa onde estava um rapaz alto e elegante, os cabelos negros brilhantes, estavam escondidos por um chapéu preto. O rapaz se deliciou ao ver a figura de Alicia. A garota alta e magra.  Usava óculos e era um tanto desastrada, prova disso, ao tropeçar no tapete e quase derrubar uma velha senhora, que saiu praguejando em francês.

Alicia se sentou na frente do misterioso homem e sorriu ao vê-lo.

- Qualquer dia vou me matar e não será de propósito - A menina loira de cabelos cacheados riu.

- Não duvido muito disto – o homem também riu – E então Alicia, porque a pressa de me ver tanto assim? Será que não consegue ficar longe de mim por muito tempo?

- Ora, Linus, é sério. Muito sério – Alicia tirou um jornal de sua bolsa – Olhe esta matéria.

Linus pegou jornal e começou a ler, onde a menina tinha indicado. A reportagem era curta:

Garota Americana é encontrada morta em um deposito abandonado.

Dara Ianka, 17 anos, foi encontrada morta na tarde de quinta feira, em um deposito abandonado, próximo a sua casa. A garota estava nua e tinha cortes por todas as partes do corpo, seus olhos foram cruelmente arrancados e em cima de seu seio esquerdo estava escrita a palavra Vingança, a policia americana encontrou o corpo após um recado deixado na casa dos Iankas, o deposito estava trancando por dentro, e a policia não tem pistas do assassino. Desde manhã de domingo da mesma semana Dara estava desaparecida, a policia descobriu em seu quarto bilhetes de ameaças. A garota foi vista pela ultima vez em uma sorveteria. O caso é um mistério, e por enquanto não apresenta solução.

Linus terminou a leitura e olhou assustado para Alicia.

- Não consigo acreditar

- Eu também não consegui, mas as provas estão aí – Alicia comentou com tristeza.

- Trilom. Ele sabe que...

- Não! – Alicia respondeu com veemência – Ninguém sabe disso, ele não conseguiria descobrir nada.

- Quem era a menina? Que ele matou – perguntou Linus.

- Dara Ianka, estudou comigo por uns dois meses nos Estados Unidos. – A voz falhava, Alicia se sentia triste por sabe que era a culpada por aquela morte.

Linus se levantou e quando ia saindo falou com profunda tristeza a Alicia:

- Creio que não ficaremos seguros por muito tempo, e melhor nos prepararmos para tempos difíceis.

Ao falar saiu do café, deixando Alicia a beira das lagrimas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Origem" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.