Ciclone: o Romance de Edward e Bella escrita por Déborah Ingryd


Capítulo 15
Capítulo 15 - Construindo laços


Notas iniciais do capítulo

Bom, dessa vez não demorei muito não é? Mas infelizmente esse capítulo ficou pequeno, é por que é tipo igual eu fiz com o capítulo 11,12 e 13, dividi em tópicos, ao invés de colocar tudo junto, pois assim quero que analisem cada tópico. Espero que gostem, boa leitura.



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Senti uma luz forte tocar minhas pálpebras, trazendo incômodo as mesmas. Com a mente ainda vaga, abri os olhos e deparei-me com um sol nascendo ao leste, olhei em volta e me encontrei deitada no chão do meu quarto de frente para janela que dava para a varanda, absolutamente atordoada e sem entender muito do que acontecera na noite passada, levantei e como uma descarga elétrica, tudo o que ocorreu na véspera veio a minha mente, com força total. Senti meu peito rasgar e lágrimas trilharem caminho em meu rosto, voltei ao chão.

Minha cabeça doía, toda a sensação de entorpecente que sentira de madrugada se foi e toda a dor que foi evitada voltou multiplicadamente, meu ar faltou e antes que eu desmaiasse novamente, ouvi a porta ser aberta e dela entrar uma criada completamente desesperada, correndo ao meu encontro.

– Bella? Bella?! – ouvi a voz de Lizzy – Oh meu Deus o que aconteceu?

Ela veio até mim e fez força para erguer-me do chão, sem muito sucesso.

– Bella? Levante!

Tentei fazer o que ela pedia, mas era muita dor, minha consciência clamava por paz, queria desmaiar novamente, fazendo assim, que o sofrimento cessasse.

– Por favor!

Ela me puxou novamente e dessa vez ajudei-a, levantei e ela me segurou pelos ombros e sacudiu-me. Tinha absoluta certeza que meus olhos estavam mortos, meu corpo sem vida.

– Bella, o que aconteceu?

– Eu estou bem – foi a única coisa que consegui dizer, qualquer outra palavra a mais, sairia de modo embargado.

– Bella...

– Já disse que estou bem! – falei alto para saísse de modo rouco – só preciso de um banho, coloque meu vestido sobre a cama e saia.

Meu tom ríspido assustou-a e a fez fazer o que mandei. Rumei ao banheiro.

Ao chegar, abri a torneira e fiquei esperando a água encher a banheira e de acordo vi as gotas sendo derramadas, minhas lágrimas desciam, era tanta dor que não conseguia me mexer, fiquei estática até ver a banheira ser cheia, depois joguei os sais e entrei.

Ouvi a porta de o quarto ser fechada e fiz o mesmo com meus olhos, comecei a repassar em minha mente tudo o que ocorrera na noite passada, desde o momento em que vi Edward de cabeça baixa, os soluços voltaram e a única coisa que se passava em minha cabeça era: Minha culpa. Pois sim, tudo isso foi minha culpa, toda mágoa de Edward, sua ida, tudo isso foi porque aceitei me casar com Mr. Darcy, como pude ser tão burra? Como havia pensado ontem a noite, antes de apagar; se eu tivesse ao menos ter ido atrás do corpo... Mas não, fiquei parada deixando a dor tomar conta de mim, agora não havia mais volta, Edward nunca voltaria, as palavras que confirmaram isso, ficariam pra sempre gravadas em meu coração: “Será como se eu nunca tivesse existido”. Respirei fundo e tentei controlar as lágrimas, chorar não adiantaria de nada, não faria meu amado voltar.

Deixando que uma última lágrima caísse, prometi a mim mesma, nunca mais derramaria uma lágrima pelo acontecido, por mais que sofresse seria forte, me agarraria ao meu último fio de esperança, os bens da família de Edward, agora que já estragara tudo, nada me custaria. Casaria-me com Mr. Darcy, pagaria o preço de uma vida ao lado de quem eu não amo, irei pagar esse pacto, fruto de minha estupidez e insensatez.

Convicta, terminei meu banho e segui para o quarto, colocando em seguida meu vestido, depois penteei os cabelos e perfumei-me, fazia tudo de modo robótico, meu corpo só seguia as ordens de meu cérebro, não deixei o coração trabalhar. Após estar arrumada, desci.

Ouvi uma voz masculina conhecida, Mr.Darcy. O que ele estava fazendo aqui?

Dei de ombros, o que isso importava? Não tinha mais porque não querê-lo aqui, afinal logo, em um futuro bem próximo, estaria casada com ele. Respirando bem fundo fui até seu encontro.

– Isabella – cumprimentou-me contido, sem aquela sua empolgação de sempre.

Suspirei. Mais essa, tinha que fingir estar chateada com ele para depois de um tempo dizer que está perdoado, ou, poderia ignorar a situação e quando ele perguntasse, dizer que já tinha esquecido o ocorrido. Optei pela segunda opção.

– Mr. Darcy – ele franziu o cenho, mas ele tinha que admitir que deveria chamá-lo assim na frente de minha mãe.

– Pensei que a essa hora estaria em Londres.

– Deveria minha dama, mas houve certos problemas com meu barco, terei que adiar a viagem

Assenti, pouco me importava, perguntei por obrigação.

– Querida, estas bem? Parece tão cansada – perguntou minha mãe. Sim voltaria a chamá-la assim, pois de nada me adiantaria culpá-la, quem fez a burrada maior, fora eu.

– Não consegui dormir direito, sofri de insônia na noite passada.

– Sinto muito querida.

Balancei a cabeça.

– Bom, que tal você dar uma volta com Mr. Darcy?

– Seria um prazer – virei pra Harenton e estendi o braço – Vamos querido?

Ele assentiu.

– Se nos der licença Sra. Swan.

– Toda, meu jovem.

Harenton pegou meu braço e levou-me porta afora, fomos caminhando em silêncio até o campo de rosas, ele parou e se sentou, dando um tapinha ao seu lado, um pedido mudo para que eu sentasse junto dele, assim o fiz.

Ele ficou um tempo observando-me, ergueu a mão cautelosamente, pedindo autorização com os olhos para tocar-me e diferente do que sempre fazia, não me afastei, deixei que ele concluísse o ato, assim o fez.

– Parece-me cansada, minha noiva.

– Como disse, não dormi bem.

Ele franziu o cenho.

– E o que tirou o sono de minha bela dama?

E toda minha força se foi, senti meus olhos coçarem, as lágrimas ameaçarem cair. Virei o rosto.

– Ei, o que houve?

– Nada.

– Isabella?

– Tive um pesadelo.

– Quer me contar?

Neguei com a cabeça.

Ele suspirou.

– Dizem que é melhor quanto dividimos os pesadelos com alguém, faz com que esqueçamos rápido.

Olhei pra ele e vi que em seus olhos só havia compaixão, queria confortar-me.

Por que não? Pensei, talvez uma mentira fizesse-me melhorar, pensando assim, decidi falar.

– Sonhei que perdia algo importante – tudo bem, isso não ajudaria em nada.

Harenton se aproximou e continuou a acariciar meu rosto.

– O que perdia?

Engoli em seco.

– Não faço ideia – menti – só sei que era algo importante, algo que havia perdido por minha culpa.

Deixei que as lágrimas rolassem, ele as enxugou.

– Shh... Tudo bem, eu estou aqui, pode desabafar, o que aconteceu depois?

– Eu cai no escuro, me perdi, vi pela última vez a coisa importante. – estremeci, fora quase isso, após me sentir culpada, cair no abismo, senti que estava morrendo, outra lágrima caiu.

Dessa vez ele a enxugou com um beijo, olhando em meus olhos.

– Tudo bem, foi só um sonho – falou calmamente.

Antes fosse, queria tanto que fosse ele a estar aqui me reconfortando, dizendo que jamais o perderia, que foi só um sonho. Àquele pensamento as lágrimas e o soluço vieram com toda a força.

 Harenton me abraçou fortemente.

– Shh... Isabella... Shh – sussurrou em meu ouvido – vai ficar tudo bem meu amor.

Franzi o cenho para o “meu amor”, dessa vez não saíra sarcasticamente e sim de modo carinhoso, aquilo me pegou de surpresa e fez-me querer retribuir o abraço e assim o fiz, envolvi meus braços em volta de sua cintura, fazendo-o sorrir, afinal era a primeira vez que retribuía um carinho seu.

– Isso Bells, retribua.

Olhei pra ele.

– Não lhe chamei de Bella e sim de Bells, não quebrei nenhuma regra, sim?

Assenti.

– Tudo bem – sorri fraquinho.

– Isabella Marie Swan dando um sorriso sincero pra mim? Nossa o céu vai cair!

Ri calmamente e só fiz aumentar a intensidade do som ao ver seus olhos arregalarem mediante ao gesto.

– Arregale menos ou seus olhos cairão da órbita – falei sorrindo.

Ele riu com gosto.

– O dia que eles sairão da órbita será quando verem seu corpo totalmente despido no dia da lua de mel.

Todo meu bom humor se foi, fechei a cara.

Ele franziu o cenho.

– Ah Bells, me desculpe, eu sou um pervertido mesmo, perdoe-me.

Assenti.

– Droga! Estraguei o momento não foi?

Concordei com um aceno.

Ele pareceu arrependido então falei:

– Todo bem, não pode lutar contra sua natureza pecaminosa – falei descontraindo.

Ele riu.

– Ah perdoe-me, será que poderia me levar ao padre para me confessar, senhorita madre Swan?

Ri com gosto e dei-lhe um tapa de leve no braço.

– Como sempre sarcástico, Harenton.

Ele pareceu gostar de me ouvir chamá-lo assim.

– Que tal darmos uma volta? Estou me sentindo sedentário sentado aqui – fez cara de tédio.

Sorri e levantei-me.

– Tens razão, sinto-me da mesma forma.

Ele veio até mim, pegou minha mão e puxou em direção leste, rumo ao lago que ficava perto de minha propriedade.

Ao chegarmos largou minha mão e se aproximou da margem, ficou um tempo olhando a água depois olhou pra mim maliciosamente e disse:

– Que tal um mergulho Srta. Swan?

Dito isso correu em minha direção e pegou-me no colo e partiu em direção ao rio.

– Harenton... nã.. – não terminei a frase, já estávamos água dentro.

Seus braços fortes me envolviam, meu vestido subiu e começou a me sufocar, ele percebeu e puxou-me pra cima.

– Ficou louco? – disse assim que consegui respirar.

Ele sorria contagiante.

– Não é legal? Adoro adrenalina.

– Ah adrenalina vai ter quando correr atrás de você a fim de lhe dar uns tapas! – falei com um toque de irritação.

– Ah que isso Bellita! Divirta-se!

– Agora ganhei mais um apelido?

Ele apenas sorriu.

Bufei e fiz menção de querer sair da água.

– Ah qual é? Fica mais um pouco.

– Não Harenton, estou morrendo de frio!

– Com todos esses panos?

– Panos completamente encharcados se ainda não percebeu!

Ele revirou os olhos e ajudou-me a sair do lago.

Fiquei espremendo meu vestido enquanto ele ficava lá sorrindo e nadando, toda vez que eu olhava pra ele, me mandava beijos. Argh! Ser maluco!

– Era meu vestido favorito, Harenton! Agora está todo imundo! – a areia molhada perto do lago penetrou de tal forma em meu vestido que acreditava que nunca seria possível voltar a ser como era antes.

– Sem problemas coração, mando fazer um idêntico!

Bufei exasperada e disse:

– Lembre-se de trazer-me sapatos novos também! Ah olha como esses ficaram! – choraminguei.

Ele gargalhava e voltava a nadar. Depois de um tempo me cansei e disse que queria voltar pra casa.

– Só mais um pouquinho Bells!

– Nem mais um segundo, vamos trate de sair daí!

– Aff você é muito chata!

– Obrigada, agora vamos.

Ele revirou os olhos e saiu da água veio até minha direção e me abraçou.

– Larga Harenton, vai me sujar mais ainda!

Sorrindo ele pegou meu rosto em suas mãos e olhou em meus olhos. Mordeu os lábios e parecia ponderar entre duas coisas, coisas que eu sabia quais.

– Posso? – perguntou.

A dor de estar traindo a ele voltou, mais o que eu poderia fazer? E u devia isso a ele, deveria proteger seu patrimônio!

Com um aperto no coração, assenti. Harenton sorriu e foi aproximando o rosto até encostar os lábios nos meus, fechei os olhos e me deixei levar. Ele acariciava meu rosto enquanto sua língua era passada em meus lábios, como um carinho, ele beijava-me mansamente, eu estava imóvel, até que ele fez uma leve pressão, levando-me a entender que queria que eu retribuísse, fiz o que ele queria, de modo calmo beijei-o também, ignorei todos os avisos de meu cérebro, toda a dor em meu coração, era por ele que eu fazia isso, ele merecia que ao menos eu deixasse seu patrimônio intacto, com esse pensamento que continuei a retribuir o beijo e a acariciar de leve seu peito. Harenton diminuía a intensidade, finalizando o beijo, deu mais três leves toques com seus lábios nos meus e se afastou.

Olhou pra mim.

– Viu? Não é tão ruim assim – sorriu.

Forcei um sorriso e disse:

– Tem razão.

– Agora sim podemos voltar.

Dito isso pegou minha mão e voltamos pra casa.


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Notas finais do capítulo

E awe? As team Edward quererm me matar? Bom, eu tbm, mas peço que entendem o ponto de vista da Bells, tah esquece, BELLA, a Bella do Edward. Acontece que ela desistiu de tudo, já que não tem volta, ela está desacreditada de tudo, então está se deixando levar, nem emoção no beijo ela sentiu... Bom, galera tentem entender e se não conseguirem podem reclamar nos reviews,"no problem", eu entenderei, mas please não abandonem a fic, vcs ainda se supreenderão! Muitas coisas ainda por estão por vim! E gente mandem reviews, sou movidas a eles, quando não tem, fico decepcionada e desmotivada a escrever, então, por favor, façam uma autora feliz, prometo que se vcs mandarem bastante, posto um POV Edward, pra v6 saberem como ele está, okay?
Ah e antes que eu me esqueça, talvez eu mude a capa, tenho várias lindinhas que posso usar, então se virem uma capa diferente não estranhem, é só ler a sinopse e ver que é a minha fic e caso querem criar capas, é só mandar um review dizendo que posto o link da cominidade do orkut, ou quem já sabe é só mandar direto pra lá me add que entro em contato, o link se eu não me engano está no "notas finais" do capítulo 11 ;) Beijão meus leitores!