- Pode sair, vista vestes bruxas que vamos ao beco diagonal. – avisou Draco olhando-a receoso, como se fosse uma bomba prestes a explodir.

            A garota levantou sem olhar a nenhum deles e caminhando devagar saiu da sala, pegou sua roupa no pé da escada e foi até o quarto de Joe. Se atirou na cama sem falar nada.

            - Que que aconteceu?

            - Tem câmeras em todos os lugares! Eles ouvem tudo.

            - Merda.

            - Ah, vista roupas bruxas que vamos ao beco diagonal. – e dito isso, a garota saiu do quarto, atravessou o corredor e no quarto trocou-se. Prendeu os cabelos loiros num coque e vestiu sua sapatilha favorita, a vermelha com preto. Mais uma vez encarando as fotos do espelho, a garota se comoveu e com uma onda de raiva, saiu do quarto batendo a porta. Bateu com força na porta de Joe.

            - Entre. – ela se sentou no puf cinza enquanto o amigo trocava de blusa.

            - Crianças, vamos logo! – ouviram a voz magicamente ampliada de Draco.

            Os dois desceram rapidamente. Aparataram para o beco diagonal. Compraram tudo. Desde o sapato e a meia calça até a ultima grama dos ingredientes de poções. Quando iam saindo da ultima loja, Bruna vê sua “prima” emprestada, Dominique que tem dezesseis anos acompanhada de Fleur, Gina, Hermione e Rose, médico hoje? Ou não né. Bruna revirou os olhos e continuou a conversa com Joe, até que uma mão a cutucou, seu pai virou-se de costas e deu de cara com Ron Weasley com seu filho mais novo.

            Os dois se encararam por um momento tenso, Bruna lançava olhares assustados as mãos de seu pai, que se contorcia. Eles não seriam loucos de brigar no meio da rua. Ela esperava.

            - Posso falar com Bruna? Ou está difícil? – Ron perguntou à Draco, que fez um sim muito contido com a cabeça.

            - Filha, nós vamos tomar um sorvete, vá ali depois, sim?

            A garota com muito esforço concordou em ir ao encontro com Ronald. Ela sentia que ia acabar falando alguma bobagem que a comprometeria. Seguiu-o até uma mesinha da rua. Olhou-o por cima dos dedos com os quais brincava e falou:

            - Fala logo, Ronald. – e continuou a brincar.

            - Porque diabos você não gosta de mim e gosta do seu pai? Ele é um verme!

            A garota encarou-o escandalizada, como ele ousara insultar o pai dela? O herói? Draco Malfoy, o melhor homem do mundo. Ela nada disse e continuou olhando-o séria.

            - Quero dizer, não foi culpa minha que sua mãe se separou de seu pai. Seu pai é um verdadeiro verme.

            - Você acabou de cometer um dos piores erros da sua vida. – a garota disse.

            - Eu me meti em confusões em todos os 6 anos que fui para a escola, saí a procura das horcruxes com sua mãe e Harry, lutei na guerra de Hogwarts... Acho que realmente, cometi erros piores. – Ron debochou

            Fora a gota d’água. Para não bater no padrasto, a garota levantou-se e correu até seu pai, que o encarava preocupado.

            - O que aquele cachorro falou, filha? Ele te xingou?

            - Não papai, ele só estava falando como era Hogwarts. – Blás, Joe e seu pai sabiam que ela estava mentindo, mas nada falaram

            - Eu estudei em Hogwarts no mesmo ano que ele, caso você não saiba.

            - Papai, menos né.

            E então, eles voltaram para casa. A garota botara suas coisas dentro do malão, atirado no canto do quarto e bateram na porta. Era Joe. Alto, moreno e bonito, Joe tinha olhos cor de mel e cabelos negros. Era um sonserino perfeito, arrogante e exibido, porém, preocupava-se mais com os amigos do que com ele próprio.

            - Entre.

            - Bruna chegou carta da escola. – ele entregou uma a ela, que se sentou na cama e abriu.

            Cara Srta. Malfoy,

                        De acordo com os costumes, no segundo final de semana letivo, no salão principal haverá o baile de boas vindas [n/a: eu criei esse costume, por favor, não queiram me matar] e os alunos do primeiro ano estão convidados a ir, porém, não estão aprovados a ir a Hogsmeade para comprar a roupa. Se pretender ir, leve-a de casa ou peça a um parente mandá-la por correio.

Atenciosamente,

A direção.

            - Um baile? Ah, tá me tirando né? – falou Bruna indignada. – eu não vou ter com quem ir!

            - Bota pra dois! – Joe falou, sentando na cama.