Bruna Malfoy - primeiro Ano escrita por ViihAcunha


Capítulo 3
Capítulo 2




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A garota estava decididamente envergonhada e culpada; passava da meia noite, todos os integrantes da família Weasley (todos mesmo) estavam desesperados, chorando, seus primos pequenos a sua procura pela propriedade, berravam seu nome, debulhou-se em lágrimas.

            Draco puxou-a até sua mãe. Que ao vê-la deu um berro, todos vieram ver se ela estava bem, saber o motivo da fuga e até mesmo, o que tinha acontecido. Bruna, vermelha abraçou a irmã e pegou o irmão no colo que, agora resmungava e beijava seu rosto. Isso fazia chorar mais, ela amava aquelas crianças, elas eram as pessoas mais preciosas do mundo, e não sabia como, ainda naquele mesmo dia, sentira raiva daqueles pequenos seres indefesos. Não era culpa deles que a mãe não lhe dava atenção ou que seus pais não continuavam juntos.

            - Mamãe está triste com você – comentou Rose

            Bruna riu e dirigiu-se a sua mãe, ainda com o irmão no colo.

            - Seu pai me contou porque você fugiu. – Hermione falou e uma lágrima rolou do seu olho maravilhosamente doce.

            A garota continuava a encará-la, com os olhos mais frios que pôde.

            - Desculpe por ter sido uma mãe tão ausente e por não me preocupar com você como você deve. Eu te amo, seus irmãos te amam e você é minha princesa.

            A garota continuava sem demonstrar qualquer sentimento, com o irmão no colo e seu pai atrás dela. Ela de alguma forma, não conseguiria aceitar ou desculpar a mãe. Não conseguia pensar nela sem querer que Ronald Weasley explodisse. Controlou-se.

            - Hermione, eu acho que Bruna está cansada. Amanhã durante a tarde eu a levo à sua casa se quiser conversar...

            - Oh, desculpe, Draco, mas amanhã eu tenho que levar Hugo e Rose no médico e... – quando ela disse isso, Draco olhou automaticamente para a filha, esta por sua vez largava Hugo no colo de Rony que assistia tudo e ia dar um beijo em seus primos e sua irmã.

            - Ok então, vamos indo Bruna? – ele pegou a filha pelo braço e aparatou – Para a sala, agora, precisamos conversar.

            A garota já não chorava. Estava fria, os olhos impassíveis, nenhum traço de sorriso no rosto. Uma vontade sem igual de matar Ronald.

            - Pois fale – a garota olhou para o pai.

            - De castigo, proibida de sair de casa.

            - Certo, Joe pode vir aqui amanhã?

            - Vou ligar para o pai dele agora eles vão passar esse próximo mês aqui.

            - OK.

            - Porém, você só sai dessa casa com seu padrinho ou comigo, em ultimo caso se o Potter ou a Granger vierem te buscar.

            - Pai, eu só quero sair para ir ao beco diagonal, não quero sair nem do meu quarto!

            - Vá tomar banho e ir dormir, amanhã nós conversamos.

            A garota subiu, ainda com olhos meio frios e cansados. Olhos de seu pai em Hogwarts; frios, de peixe morto, porém com a diferença que os olhos dela eram doces e raramente conseguiam ficar assim.

            Entrou no chuveiro e pela primeira vez desde que começara a falar com a mãe, chorou enquanto a água batia em seu rosto e cabelo, chorou pelo que lhe pareceu uma eternidade, até que convenceu-se da hora e ela precisava dormir, seu melhor amigo Joe iria para sua casa no dia seguinte, e ela precisava de estrutura para contá-lo tudo.

            Escovou os dentes e seu imenso cabelo, vestiu o pijama e deitou-se na cama, ignorando o fato que daqui a pouco teria de levantar. Dormiu muito, um sono quieto e sem sonhos. Até que, sem aviso um ser puxou as cortinas do quarto, a garota resmungou.

            - Bom dia Bruna. – ouviu a voz do seu pai sentando-se e olhando para ela – acorde.

            - Bom dia pai. – ela se sentou na cama e começou a passar a mão nos cabelos.

            - Como prometido, você tem seu castigo. – ele disse olhando para ela – Você teve razão, mas não lhe dava o direito de fugir. Que seja a ultima vez

            - Ok – ela disse

            - Há alguém no quarto de hospedes aqui do lado que quer falar com você – ele sorriu e se levantou – troque-se e vá falar com Joe, ele está quase tendo um filho.

            - Joe tá aí? – ela voou da cama para o closet, Draco riu.

            - Está sim. – ela ouviu a porta bater.

            Vestiu um vestido curto, na metade da coxa que era azul claro, uma rasteirinha branca e deixou os cabelos soltos. Saiu correndo para o quarto que tinha a porta de frente para o seu, seu melhor amigo, seu protetor, seu irmão, Joe estava sentado, encarando o nada da janela. Ela berrou:

            - Joe!!

            - Bruna, você está bem? Está machucada? Meu pai quer te matar. Você é uma idiota, não deveria ter fugido! Você não ouve tio Draco, ele te avisou varias vezes. – o amigo começara a falar e não parava mais.

            - JOSEPH ZABINI CALMA O CORAÇÃO! – ela olhou-o e suspirou – Eu estou bem, apenas com um arranhão na mão. Nossos pais querem me matar... Estou proibida de sair de casa sozinha.

            - SUA IDIOTA, VOCÊ COME BOSTA? NÓS PRECISAMOS SAIR! – ele berrou – nem que seja escondido...

            - Você é louco? Se meu pai descobre que eu saí escondida, eu morro, Joe! Só posso sair com Papai, Tio Blás, Tio Harry e com a Granger.

            Ela falou Granger ao referir-se a mãe, isso desarmou Joe, que ficou encarando os olhos incrivelmente doces da amiga. Eles eram tão jovens, se conheciam a tanto tempo, tinham uma vida pela frente, e um acreditava mais secretamente que o outro, que pudessem levá-la juntos, não como casal, como grandes amigos.

            - Bruna? – ouviram uma voz no fim da escada, Tio Blás, agora sim, ela estava encrencada.

            Tio Blás era o padrinho paterno de Bruna, um segundo pai, mais importante para ela que sua própria mãe, ele era mais linha dura com Bruna do que seu próprio pai.

            - To indo tio – ela gritou de volta, Joe a olhava com uma cara que dizia “você tá ferrada, amiga”

            Ela desceu as escadas e deu de cara com seu tio, seu pai e seu avô Lucio Malfoy.  QUE MERDA É ESSA? Ela estava mais que ferrada, ferrada ela estivera com seu pai, com seu padrinho era duas vezes pior, seu avô três.

            - Ao escritório. – seu avô disse sério.

            Todos se dirigiram para o escritório de seu pai, onde ele sentou atrás da mesa, Tio Blás no sofá junto com seu avô e ela, estática na porta. Sem saber o que fazer, as três pessoas mais bravas do mundo, juntas numa sala. Eles não bateriam nela, isso nunca, mas gritariam, e ela choraria.

            - Bruna, sente-se, agora. – seu pai falou, apontando com a varinha para uma cadeira no meio da sala.

            A garota se sentou, esperando a bronca, que não demorou muito. Draco levantou-se e começou, calmamente a falar.

            - Filha, você sabe como você é importante para mim? Sabe o quanto eu estava desesperado à sua procura? Antes de receber a coruja de sua mãe eu já sabia que você tinha se metido em encrencas, por favor, não faça isso de novo.

            - Ora Draco! – Lucio levantou – Você pega leve demais com essa garota, por isso ela é assim. Você está proibida até segunda ordem de sair de casa, só sai com seu pai ou seu tio, pronto.

            - E, em toda a casa – Blás se levantou – estão adaptadas câmeras. E ouvimos a ideia de Joe de sair escondido, se o fizerem, terão punições sérias, os dois. Entendido?

            À essa altura, a garota soluçava baixinho, e concordava com a cabeça, sem olhar nos olhos das pessoas com quem falava. 


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Notas finais do capítulo

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