The Diary Of Alicia. escrita por Kaah_1


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Esse é o primeiro capitulo. Não ta tao bom, mas, espero que gostem.



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Eu fitava o teto do meu quarto, enquanto ouvia alguns pingos de chuva baterem na janela. Eu teria que levantar daqui a pouco para ir na porcaria de escola. Eu tinha abandonado os estudos aos meus 15 anos, mas fui obrigada a voltar. Eu odeio aquilo, é como uma prisão pra mim. Eu nunca tive amigos, digamos que eu nunca consegui manter uma amizade. As pessoas tinham medo de mim. Até eu tinha medo de mim mesma. Não acho que tenho dupla personalidade, duas caras ou algo assim. Eu só escondo um certo segredo. Uma parte de mim é sombria e medonha, que gosta de correr riscos e coisas um tanto maldosas. Outra parte de mim, esconde esse segredo e então, eu tento agir normalmente como se eu fosse apenas uma frágil garota. Já ouviu dizer que as aparências enganam? É isso aí. Quando minha parte sombria esta ativa, digamos que eu me sinto mais livre, me sinto forte de certa maneira. Essa parte de mim domina meu corpo como se fosse... É algo inexplicável. Eu não sou uma pessoa do mal, eu sou só alguém fazendo algo que pra ela parece um hobbie. Como já disse, não tenho dupla personalidade. Não sou bipolar. Sou apenas eu, somente eu. Alicia.

Enfim, deixei meus pensamentos de lado e me levantei. Ao me olhar no espelho, percebi uma mancha de sangue em minha blusa. “Droga”, murmurei. Se eu não quisesse que ninguém soubesse quem realmente sou eu, eu tinha que ser mais cuidadosa. Fui ao banheiro fazer minhas higienes, troquei de roupa e comi um cereal. Esse seria mais um dia chato e tedioso de aula. Olhei pro relógio e bom, ainda eram 6h30, a aula começava as sete. Me joguei no sofá, peguei minha bolsa e comecei a revira - lá procurando meu maço de cigarros. Finalmente achei e acendi um. Enquanto isso liguei a TV onde passava um jornal.

- Houve mais um assassinato essa semana. – disse o jornalista preocupado.

- Legal. – exclamei sorrindo e logo após soprando a fumaça do cigarro.

- Não houve suspeitas de quem foi o assassino. – o jornalista continuou. – Isso já esta ficando preocupante, todas as semanas tem casos assim.

Eu soltei uma gargalhada um tanto vitoriosa. Eles nunca descobriam, não é? Ninguém nunca ficará sabendo. Aliás, o que uma menina doce e fraca como eu poderia fazer de mal a alguém? Era o que eu queria que eles pensassem. Eles mostraram fotos do corpo do homem e da “cena do crime”.

- Espera, tem um isqueiro aqui, deve ser do assassino. – disse o jornalista apontando.

- Droga! – gritei colocando as mãos nos bolsos.

Tentei lembrar se ontem eu havia colocado luvas na hora. Era importante. Se não tivesse posto, eles saberiam que sou eu através do isqueiro e de suas impressões digitais. Olhei a hora, e 30 minutos já havia se passado. Tratei de me levantar, pegar minhas coisas e ir para o inferno de escola. Eu me preocuparia com isso mais tarde.

- Qual seu nome? – disse a inspetora antes de abrir o portão pra mim.

- Alicia. – suspirei irritada.

- Você está atrasada para a aula, mocinha.

- Ta eu sei, agora, será que eu poderia entrar?

- Só desta vez.

Minha parte sombria quis dar um soco na cara daquela mulher e a mandar conhecer o inferno. Mas, achei melhor não. Aquela moça sempre me irritava.

- Obrigado. – sorri ironicamente.

Andei calmamente até o meu armário. Guardei as coisas que eu não ia usar e então, fui até a sala.

- Licença. – bati na porta.

- Atrasada de novo? – a professora disse. – Porque não fica em casa?

- Acredite, eu queria estar lá mesmo se pudesse. – me dirigi até minha carteira.

Um silencio pairou ali. Todos me fitavam, pelo visto. Eu realmente odeio isso. Ouvi algumas pessoas rindo atrás de mim. Sempre que alguém perto de mim está rindo, acho que estão falando de mim.

- Hey, Alice... Não penteou o cabelo hoje? E sua mãe não sabe lavar roupas? – disse Sabrina, uma garota que se achava demais. Ela sentava atrás de mim, e aquela voz dela, me dava nojo.

Me virei pra ela e respirei fundo pra conter minha raiva, ela não sabia o que eu seria capaz de fazer. A olhei com os olhos semi serrados, um tanto amedrontador, o melhor que eu podia fazer.

- Minha mãe morreu. – falei com a voz mais fria do mundo.

- Awn, eu sinto muito. Meus pêsames.  – ela fez a cara de choro mais falsa que eu já vi.

- eu não preciso dos seus pêsames... Ainda mais vindo de pessoas falsas como você.

- Silencio meninas. – gritou a professora.

Eu me virei e fitei a professora, como se eu tivesse prestando atenção nas coisas que ela estava explicando. Eu realmente tinha nojo daquela garota. Eu já tinha um plano pra ela. A morte dela ia ser a mais vagarosa, dolorosa e cuidadosa possível. Eu ia me vingar de tudo. Mas, não agora. Ainda não.

- Alicia?

- Sim? – fitei a professora que se apoiava em minha carteira.

- Você consegue resolver essa questão? – ela apontou pra lousa.

Visualizei a lousa que estava cheia de coisas escritas as quais eu não entendia nada.

- Desculpa, não professora.

Demorou mais do que devia. A aula parecia não passar. Quando por fim acabou e bateu o sinal para a hora do almoço, eu fui embora. Eu não ia voltar ali. Fui até uma lanchonete que ficava ali perto da escola. Como já eram meio dia e meio, meu estomago roncava.

- Hã... Eu quero um hambúrguer, por favor. – eu disse para a atendente.

Me sentei na mesa, com meu hambúrguer. Dei uma mordida e fitei a TV da velha lanchonete. Passava uma reportagem, sobre o assassinato que eu tinha visto mais cedo.

- Não havia expressões digitais no isqueiro, ainda não se sabe quem é o assassino. – disse a jornalista.

Eu sorri um tanto vitoriosa. Com isso eu não precisaria mais me preocupar. Disso eu sabia. Eu iria ficar mais atenta da próxima vez, para não deixar pistas nenhumas além do corpo.

[...]

Passei em minha casa para deixar minha bolsa de escola. Vesti um grande casaco, peguei minhas coisas e saí. Fui até uma pracinha que tinha ali perto. Me sentei no banco e fiquei ali, olhando os carros passarem. Eu esperaria escurecer para fazer minha atividade predileta. Resolvi ascender um cigarro para me distrair, isso me acalmava um pouco.

- Não se preocupa com a saúde? – disse um garoto se sentando ao meu lado.

Eu não o olhei muito bem. Continuei com meu rosto virado, praticamente de costas para ele. Eu preferia não falar com certos estranhos.

- Você é tão nova e fica fumando... Não se preocupa com o que pode acontecer mais tarde? Você pode ficar doente e até pegar um câncer.  – continuou o garoto.

- Foda-se. – me virei pra ele e sorri.

Agora eu podia visualizar melhor o seu rosto. Seu cabelo era um pouco loiro, ele tinha os olhos cor de mel, eram lindos. Meu lado um pouco mais bonzinho se interessou por aquele garoto. Eu não podia negar que ele era lindo.

- Tudo bem, eu tentei. – ele suspirou e afundou as costas no banco. – E aí, quantos anos você tem.

- 17 anos. – soprei a fumaça perto do rosto do garoto, para implicar com ele um pouco. – E você?

- Eu também... E então, nunca me viu? Não me conhece?

- Como assim? Eu deveria? – eu mantinha minha expressão fria de garota durona.

- Sou Justin Bieber. – ele estendeu a mão. – Sou cantor, minhas musicas tocam em rádios e...

- Não ouço rádios.

- E qual seu nome? – ele disse puxando a mão para si um tanto sem graça.

- Alicia. – fitei meu cigarro. – Hey, já que você e cantor e essa coisa toda, o que ta fazendo por aqui?

- Eu moro aqui. E você?

- Eu moro naquele prédio velho ali na frente. – apontei.

- Legal. – ele balançou a cabeça.

- E aí, quer um? – mostrei a caixa de cigarros.

- Eu não fumo.

- E daí? Tudo tem sua primeira vez. – peguei o isqueiro e lhe entreguei um cigarro.

- Tudo bem. – disse o garoto.

Eu sorri um tanto vitoriosa. Ele colocou o cigarro na boca, de primeira ele tossiu, mas, logo após começou a se acostumar com aquela droga.

- Você é doida, né?

- Você ainda não viu nada. – ergui as sobrancelhas. 


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Notas finais do capítulo

Muito ruim? continuo? deixem reviews KKKK

Beijoooos =*