Meu Inimigo é Minha Paixão... escrita por KAMI-sama
Notas iniciais do capítulo
Oie gente 8) Eu sou a Piih, a beta... Estou postando aqui pra Vaal-chan (mais conhecida como KAMI-sama) porque ele está viajando XD Espero que vocês gostem desse capítulo! Babem bastante e, por favor, não esqueçam dos reviews (n_n)
L POV
Estava sozinho no QG. Watari havia saído para comprar mais doces, não que eu já tivesse acabado os meus; era só por precaução. Não queria ficar novamente sem açúcar, era horrível.
Estava lendo mais uma matéria sobre a morte de Kira e como o mundo voltara ao normal; pelo menos o mundo deles, porque o meu só voltaria à normalidade ao lado de Raito.
Levantei-me da cadeira e fui para a cozinha pegar mais chá. Odiava ter que fazer as coisas por mim mesmo, pois já havia me acostumado a ser mimado por Watari.
Fiz tudo lentamente para o tempo passar mais rápido e acabei demorando mais do que deveria. Escutei a porta abrir, será que Watari já havia voltado?
Voltei para sala do QG com a xícara de chá em mãos. Vi que a porta estava entreaberta e havia uma sacola azul em cima da mesa, mas não foi isso que me chamou atenção: havia mais alguém no local e, definitivamente, não era Watari.
Ele estava sentado na cadeira ao lado da que deveria ser a minha, sorriu ao me ver e mexeu nos fios castanhos. Senti meu coração acelerar. Como esperei para ver esse sorriso de novo!
Quando me dei conta que Raito estava realmente ali, a xícara de chá escapou por entre meus dedos e dei passos apressados até ele, desviando dos cacos de porcelana. Ele se levantou e também caminhou até mim, diminuindo o espaço entre nós rapidamente.
Paramos um em frente ao outro; eu estava sem reação. Preocupei-me em gravar novamente cada traço de seu rosto já tão bem guardado em minha memória. Pude perceber que Raito estava um pouco mais magro e os cabelos um pouco mais compridos.
Quando voltei a mim, percebi que ele me apertava entre seus braços e eu retribuí igualmente forte ao perceber que ele realmente estava lá. Sentir aquele cheiro tão conhecido era tudo que eu queria, me deixava nostálgico. Ele saiu do abraço e pousou as mãos em meus ombros.
– Lawliet, eu te amo! – Disse, limpando uma lágrima de felicidade que havia escorrido por meu rosto, sem eu perceber. – Voltei para você.
– Eu também te amo muito Raito! – O abracei novamente e beijei-o. Era um beijo urgente, quase violento; mas, ainda assim, havia paixão. Ele passou a mão em meus cabelos, bagunçando. Depois desceu as mãos até minha cintura e me jogou no sofá, deitando em cima de mim. Raito me beijava intensamente, enquanto passava a mão no meu corpo, o que me dava arrepios. Provavelmente teríamos feito amor ali mesmo se Watari não tivesse entrado.
– Meu Deus! – Exclamou Watari na porta.
– Watari! – Senti meu rosto ficar vermelho. – Trouxe os doces que eu pedi?
– S-Sim Ryuuzaki... – Ele abaixou a cabeça e foi caminhando para a cozinha. – Vou guardá-los agora mesmo.
– Ele ficou mais envergonhado que você. – Raito ria.
– Não fiquei envergonhado!
– Então por que está corando? – Fui pego. – Trouxe uma coisa para você. – Raito me deu um beijo na bochecha e se levantou, indo até a mesa. – Você vai gostar.
Ele voltou com a sacola azul na mão e me entregou.
– O que é isso? – Perguntei.
– Abra! – Ele estava ansioso demais.
Abri devagar e tirei o objeto de dentro. Nem em meus pensamentos mais obscuros eu imaginaria que seria aquele o meu presente.
– Raito, não acredito que você teve coragem de me dar isso! – Joguei o DVD que havia ganhado de presente no sofá a nossa frente.
– Achei que ia gostar. – Minha expressão parecia diverti-lo, já que ele não parava de rir.
– Em que mundo você achou que eu ia gostar de ganhar esse maldito filme!? Você achou mesmo que eu assistiria “O chamado 2”?
Agora ele estava gargalhando. Fiquei observando-o rir, fazia tempo que eu não escutava esse som... Parecia até um sonho. Há alguns dias eu estava chorando, achando que jamais o veria novamente e, agora, estávamos aqui, juntos, rindo como se tudo o que passamos tivesse sido um pesadelo. Enfim, ele parou de rir e sorriu para mim.
– Senti sua falta. – Comentei enquanto ele deitava no sofá e colocava a cabeça na minha coxa.
– Também senti a sua. – Ficamos em silêncio enquanto eu fazia carinho em seus cabelos castanhos.
Ficamos um bom tempo assim e, quando vi, ele estava dormindo. Parecia frágil enquanto dormia e era tão fofo... Raito era lindo e o melhor: era exclusivamente meu.
– Te amo. – Sussurrei em sua orelha. – Muito.
Raito POV
Estava no quarto esperando Ryuuzaki sair do banho; havíamos acabado de terminar o que começamos no sofá, antes de Watari interromper. O dia havia sido maravilhoso, ao contrário dos anteriores.
Eu me sentia culpado pelo que fiz a Misa e preocupado com Remu, mas, quando vi Ryuuzaki entrar naquela sala, esqueci de tudo. A expressão que ele fez foi engraçada, mas não tanto quanto a que ele fez quando viu o presente que eu comprei; ele me fez rir como não ria há muito tempo.
Eu não seria o Deus do novo mundo, mas, nem precisava, porque o meu mundo estava bem ali, no banheiro, e era perfeito aos meus olhos.
Ryuuzaki saiu do banheiro pingando, com uma toalha enrolada na cintura e se jogou molhado na cama, quer dizer, em cima de mim. Ele parecia uma criança.
– Raito, agora que estamos juntos de novo e não tem mais caso nenhum para investigar, o que vamos fazer? – Me perguntou.
– Tenho que falar com a minha família. – Minha mãe e Sayu iriam pirar com meu pai. – E voltar para casa, a não ser que tenha uma idéia melhor.
– Falar com a sua família claro que sim, mas...
– Mas?
– Você vai voltar para casa mesmo? – Ele parecia triste com a idéia, assim como eu.
– Tenho outro lugar para ficar? – Perguntei meio sarcástico.
– Você sabe que sim. – Ele sorriu para mim. – Vamos morar juntos?
– Bom... – Fiquei um pouco surpreso. – Eu aceito.
– Weee! – Ele pulou, ficando de pé. – Vamos.
– Onde?
– Terminar o meu banho. Não está escutando o chuveiro? – Eu não estava, mas agora que ele havia dito, eu escutei.
– Quer que eu faça o que? – Perguntei inocente.
– Que você me dê banho. –Ele ficou vermelho ao dizer isso. – Por favor.
Ri um pouco dele e levantei para irmos ao banheiro. Digamos que foi um pouco além de um banho; esse garoto tinha uma energia e tanto, devia ser o açúcar.
– Raito-kun, não vamos nos separar de novo, né? – Ele perguntou incerto enquanto eu secava o seu cabelo após nossa brincadeira no banho.
– Não, ficaremos juntos para sempre. – Dependendo de mim seria para sempre mesmo.
Ele me abraçou e, aquilo era tão bom.
– Vamos dormir. – Ele me soltou e me puxou para cama. – Estou cansado.
– Porque será? – Fiquei deitado com a cabeça em cima do peito dele e peguei no sono rapidamente; Ryuuzaki estava fazendo carinho nos meus cabelos novamente, o que era muito bom e me dava sono. Foi uma noite sem sonhos e agradável, há tempos eu não dormia assim.
Acordei com a cabeça ainda no peito de Lawliet, que dormia. Escutei uma risada conhecida vinda de trás de mim, eu já sabia quem era e o porquê de estar rindo.
– Raito, o que eu perdi enquanto estive fora, e porque você está na cama com L? – Perguntou-me Ryuuku.
– Ryuuku... Você perdeu toda a diversão. – Ri do Shinigami.
– Eu vi tudo lá de cima. – Ele brincou. – Uma pena que não estava aqui, agora vai ser só tédio.
– Remu está lá? – Perguntei.
– Ela estava vindo te matar. – Ele riu, se divertindo. – Mas, parece que você tem sorte: no lugar que você colocou Misa a maltrataram bastante e tentaram matá-la, já que ela estava dando muito trabalho; então Remu matou um enfermeiro e morreu por aumentar a expectativa de vida da loira. – Senti culpa por Misa, mas, pelo menos, Remu morreu e eu não estava mais ameaçado.
– Ótimo, agora poderei continuar minha vida sem obstáculos. – Sorri do meu jeito tradicional.
– Vai continuar sendo Kira? – Ryuuku perguntou.
– Kira morreu. – Falei baixo para não acordar Ryuuzaki. – Mas, quem sabe, um dia ele volte. No momento, minhas prioridades são outras.
– Sei bem quais são essas prioridades. – Riu de novo. Esse Shinigami não cansa de rir?
– Vai continuar me seguindo? – Perguntei, me levantando da cama e indo para cozinha com ele atrás de mim.
- Não, já estou de partida, não quero ficar vendo sua felicidade tediosa.
Fui até a cesta de frutas e peguei uma maçã.
– Ótimo. Ah, saiba que eu não vou abrir mão do Death Note. – Joguei a maçã para ele.
– Tudo bem, eu tenho outro. – Ele disse e logo depois devorou a maçã.
– Vá embora antes que Ryuuzaki acorde. – Não seria bom se ele me encontrasse falando sozinho.
– Sim, sim. Estou indo, não precisa me expulsar Raito.
– Adeus Ryuuku. – Peguei outra maçã e joguei para ele. – Foi bom enquanto nos divertíamos.
– Adeus Raito. Matamos o tédio um do outro, afinal. – Então ele se foi.
Voltei para o quarto. Ryuuzaki já estava acordado, sentado na cama. Fui até ele e sentei ao seu lado.
– Raito-kun, com quem estava falando? – Ele perguntou sonolento. – Escutei sua voz vinda da cozinha.
– Eu estava cantando. – Ainda bem que ele não foi até lá.
– Raito...
– Sim?
– Estou com fome. – Ele fez uma cara de cachorro pidão. Não resisti e me levantei, novamente indo para a cozinha.
–Vou fazer nosso café. – Avisei.
– O meu com bastante açúcar! – Ele gritou atrás de mim.
Era bom estarmos juntos e sem preocupações, muito melhor do que ser Deus. Mas, ainda tinha muita coisa pela frente.
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