Meu Inimigo é Minha Paixão... escrita por KAMI-sama


Capítulo 4
Surpresa na prisão


Notas iniciais do capítulo

Quando eu escrevi esse cap. Achei supernormal...Mas agora que eu li o que escrevi to achando que eu pirei.Postei mesmo assim, no final vai tudo fazer sentido ^.^



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O dia amanheceu chovendo. Eu estava em uma cela especial sozinho; acho que nem um criminoso iria querer ficar trancado com Kira. Estava deitado na cama – encarando o teto e lembrando do Ryuuzaki –, quando uma sombra chamou minha atenção.

– Raito, nunca achei que faria isso. – Remu estava parada ao lado da cama.

– As pessoas mudam Remu... E, o que faz aqui?

– Misa queria saber como você está e eu quero saber o que vai acontecer com ela. – Era óbvio que só estava preocupada com Misa, mas, como eu havia me entregado e tirado as suspeitas de cima dela, Remu não faria nada comigo. – E então?

– Estou bem e eu disse ter matado o segundo Kira, assim ela fica livre. – Olhei nos olhos do(a) Shinigami. – E você não terá motivos para matar L, certo?

– Certo. – Ela já ia sair, mas parou. – Nós somos parecidos, matamos pessoas para o nosso bem e morremos do mesmo jeito, por alguém que se ama.

– Se já acabou, pode ir.

– Até breve, Yagami. – Então ela se foi. Espero que eu não receba mais nem uma visita tão cedo.

Como não tinha nada para fazer, pedi para dar um telefonema pra minha família. Os policias deixaram por medo, tenho certeza, mas ficaram perto de mim.

– Alô? – Sayu atendeu no primeiro toque de seu celular.

– Sayu, estava com saudade de sua voz. – Era realmente bom escutar a voz de alguém que me amava e admirava.

– Onii-san! Papai disse que você estava morto. – Ela começou a chorar e vi que foi uma má idéia ter ligado. – Mas você está vivo! Volte.

– Não... Kira já planejou a minha morte. Será daqui a três dias. – Tentei inventar alguma coisa e saiu essa besteira. Logo eu, sempre tão esperto... Acho que perdi a prática. – Não conte a ninguém que eu estou falando com você, nem a okaa-san, certo?

– Certo. Então, vai mesmo morrer, Onii-san?

– Sim, eu vou. Mas, não se esqueça que eu te amo e que não deve fazer nada de errado na minha ausência. – Um dos policiais gesticulou para que eu desligasse.

– Onii-san, eu te amo!

– Arigato, adeus. – Desliguei o telefone. O guarda estava de costas, então, disquei o número do Ryuuzaki.

– Alô? – A voz dele estava rouca, provavelmente havia chorado.

– Lawliet, não chore. – Mas fui eu quem começou a chorar. – Eu te amo.

– Raito-kun? Ahh, Raito, eu te amo. – Ele estava soluçando. – Desculpe, eu sei que de algum jeito a culpa é minha...

– Eu tenho que ir. – Não tinha mais tempo. – Não se culpe e seja feliz mesmo sem mim. Eu te amo.

– Eu também te amo Raito... – Desliguei com dor no coração.

– Vamos para cela! – O carcereiro me puxava – Anda!

Voltei para minha cela, me deitando novamente. Como era chato ficar preso sem nada para fazer... Até o QG era mais divertido.

Adormeci novamente devido ao tédio e, quando acordei, já era hora do almoço.

– Ei, Kira, está na hora. – O carcereiro abriu a cela e me conduziu pelo corredor até o refeitório, que estava lotado. Tive vontade de pegar meu Death Note e limpar aquele lugar; mas, não seria possível, já que ele estava enterrado no mesmo lugar que uma vez enterrei o de Misa para sermos detidos.

– Não arranje confusão, aqui ninguém vai te ajudar. – O carcereiro avisou, saindo de perto de mim.

Assumi minha tradicional postura superior e sentei-me em uma mesa vazia. Não estava com fome e, mesmo que eu estivesse, não ia comer em uma penitenciaria. Fiquei observando as pessoas ao meu redor: parecia que eu era o assunto do dia.

Não percebi quando um homem se sentou na cadeira a minha frente:

– Oi.  – Ele parecia ser mais jovem que eu, mas, como estava preso, devia ter no mínimo 18 anos.

– Oi. – Não ia custar nada falar com esse tipo de gente.

– Eu sou seu fã, Kira. – Os olhos dele brilharam ao falar tais palavras. – Sabe, é uma pena que tenha sido pego, mas, você mudou o mundo!

– Eu sei, mas isso é estranho vindo de um criminoso. – Era meio contraditório.

 – Eu só estou aqui porque matei meu padrasto. – Falou sorrindo. – Ele tentou abusar de mim, então, o matei sem querer.

– Isso não o torna menos culpado.

– Mas é exatamente isso que você faz. – Ele riu. – Isso também não te torna menos culpado.

– Eu melhorei o mundo. – O garoto ria.

– Você parece realmente louco, Kira. – O olhei de um jeito que o fez parar de rir instantaneamente. – Desculpe.

– Acho que o nosso tempo acabou. – Levantei-me, indo em direção ao corredor que dava para as celas.

– Certo. Até qualquer hora, Kira-chan! – Ele parecia uma criança gritando e todos me olharam de um jeito estranho. Baka!

Voltei para minha cela e dormi. Era a única coisa que eu tinha para fazer; ainda bem que logo isso acabaria.

Misa POV

Já estava tudo pronto para colocar meu plano em prática; segundo Remu, devido aos dois acordos que fiz pelos olhos, minha expectativa de vida estava consideravelmente baixa. Perguntei se eu duraria um ano e ela negou com a cabeça.

– Remu, me conte quantos dias Misa tem de vida, sim? – Implorei do jeito mais kawaii que sabia.

– Misa, só posso te falar que são poucos dias. – Remu era incrivelmente chata com relação a isso. Mas eu já sabia que eram poucos dias.

Pretendia me matar assim que Raito fosse executado. E, foi pensando nisso que surgiu a idéia de salvá-lo. Mas, para isso, eu corria o risco de sacrificar minha vida. Porém não tinha problema, já que, sem ele, não fazia sentido viver.

– Remu-chan... Misa teve uma idéia!

---

E agora estávamos aqui na frente da penitenciaria que Raito estava detido. Seria muito difícil fazer isso sozinha, então, convidei um “amigo”, que também estava disposto a morrer por Kira.

– Misa, temos que ser rápidos. São muitos policiais, não vamos dar conta de todos. – Mikami parecia muito nervoso.

– Teru-chan, Misa já explicou o plano, é bem simples. – Sorri, tentando acalmá-lo. – Vamos?

– S-S-Sim.

Escondemos nossos cadernos em nossas roupas e nos dirigimos até a entrada. Remu nos seguiu em silêncio, preocupada comigo. Paramos em frente à guarita, onde havia um guarda com um fuzil na mão e mais dois ao lado do grande portão.

– Com licença moço. – Chamei. – Pode me dizer onde fica a base da aeronáutica?

– Ah sim, claro. – Ele parecia encantado com a minha beleza.

– Vou anotar para não esquecer. – Sorri e puxei o Death Note – Diga.

Enquanto ele falava detalhadamente o endereço, eu escrevia: “Soul Kouno; enfarte silencioso após abrir o portão discretamente”, terminei de escrever, agora só esperar 40 segundos.

Enquanto isso, Mikami anotava em seu caderno os nomes dos outros policias.

– Há muitos policiais aí dentro? – Perguntei.

– Err... Hoje há uns 20 por causa de um preso especial. – Ele pareceu confuso com a pergunta. – Porque senhorita?

– Não é nada. – Então ele se levantou da guarita, sumindo em direção ao portão que se abriu devagar. – Obrigada. – Disse, entrando junto com Mikami, enquanto o policial se sentava no chão e morria ao lado dos outros dois.

– Rápido Misa! Temos que chegar a sala do diretor. – Andamos o mais rápido possível, entrando na penitenciaria. Estava tudo calmo: os presos em suas celas.

Achamos uma escada e começamos a subi-la. Chegamos a um corredor com três policias e nos escondemos, enquanto Mikami escrevia seus nomes no caderno dele. Esperamos 40 segundos e seguimos em frente. No final do corredor havia uma sala que imaginei que fosse a do diretor. Entramos com os cadernos na mão: só havia duas pessoas, que nos olharam assustadas.

– Quem são vocês? Como chegaram aqui? – Disse o homem que eu julguei ser o diretor. Ele já ia pegar o telefone quando Mikami o atrapalhou.

– Só viemos só pegar uma coisa que nos pertence, senhor. – Mikami parecia assustador. – Então, fique quieto e espere mais 10 segundos.

– Do que estão falando? – Perguntou a mulher sentada no sofá.

– De Kira! – Eu e Mikami falamos juntos.

Os dois nos olharam incrédulos, mas, não tiveram tempo de reagir.

– Vamos Misa. – Mikami foi até o computador que havia em cima da mesa e começou a procurar alguma coisa. – Achei uma lista com os nomes e fotos dos guardas que estão aqui hoje. Muita sorte, não acha?

Começamos a escrever os nomes. Nós provavelmente morreríamos se tivesse alguém de plantão não mencionado na lista. Por fim, escrevemos todos os nomes e fomos ver as câmeras. Os guardas morreram todos de infarto, olhamos todos os corredores para certificar que não sobrou nem um.

– Ótimo! Conseguimos Teru-chan! – Eu gritava.

– Mas um de nós tem que ficar. – Ele comentou.

– Tem razão... Um de nós deve assumir ser o verdadeiro Kira para que Raito não seja procurado. – Eu sabia que não ia durar muito, mas, queria ficar meus últimos dias com Raito.

– Tudo bem Misa, eu fico. – Ele sorriu. – Se você for interrogada, vai estragar tudo.

Me senti um pouco ofendida com suas palavras, mas ignorei.

– Certo, agora vamos soltar Raito! – Voltamos para o computador, procurando a cela que ele estava. Não demorou muito; ele estava sozinho em uma cela não muito longe de onde estávamos.

– Misa, você vai soltar Raito e eu vou matar os presos. – Ele gesticulou para que eu saísse.

– Porque matá-los?

– Porque é o que Kira faz, não é? Agora vá soltá-lo. – Saí correndo da sala e desci as escadas com pressa. Passei pelos corredores e, os presos me olhavam assustados, já que eu passava entre os cadáveres dos policiais quase saltitando.

– La la la. – Eu estava tão feliz que até cantarolava.

Cheguei à cela que Raito estava. Ele dormia sem se dar conta da chacina que acontecia ali.

– Raito-kun!!!!!!!! – Gritei, abrindo a cela.

– Hm? Misa? – Ele acordou assustado. – O que está acontecendo aqui?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Mandem reviews! Quero saber o que acharam ^.^ O próximo capítulo será postado dia 4/07.



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