O garoto me pressionava na parede, enquanto dava algumas mordidinha em meus lábios. Eu o empurrei, indo logo em seguida até o balcão e me sentando na banquete, ele me seguiu. Pra variar.

- Você sempre segue as pessoas assim? – eu ri e peguei um copo que estava no balcão o levando até os lábios.

- Só sigo as pessoas que gosto. – ele fez o mesmo, pegando um copo.

- Ta, vou acreditar que num passe de mágica, dês do primeiro dia que me viu, você gosta de mim, ok... – revirei os olhos rindo.

- Mas, e se essa for a verdade?

- Eu não acredito. – ergui a sobrancelha. – Eu não acredito em muita coisa.

- No que, por exemplo?

- Em você... Por que eu confiaria em um estranho?

- Não sou estranho. Sou Justin Drew Bieber, nascido em Strantford, que fica no Canadá. Tenho 17 anos e to seguindo meu sonho, fazendo a coisa que amo, que é cantar. – ele riu. – Viu? Não sou um estranho.

O fitei, enquanto tomava um gole da sua bebida. Respirei fundo.

- Ainda assim parece estranho pra mim.

- Você também me parece estranha... Mas, às vezes parece que te conheço faz tempo, sabe?

- Hum, sei... E a sua namorada? A Selena? Você sempre traí ela com qualquer uma que conhece num restaurante? – eu ri

- Eu não to mais com ela.

- Não? Porque toda semana sai comentários sobre vocês na TV, e olha, eu já to cansada disso.

- Era só algo meio passageiro, eu gosto muito dela, mas...

- Mas o que? Ela não é boa o bastante pra você? Ou você não é bom o bastante pra ela?

- Não... Só acabou. – ele fitava o copo no balcão. – Faz tempo que não a vejo... Ela não liga mais, não manda mensagens... Acho que já se cansou de mim.

- Achei que vocês se amavam.

- Eu também. – ele suspirou. – Mas, vamos mudar de assunto.

- Falar de sentimentos não é a sua praia, né?

- Não muito.

- Entendi. Aliás, eu odeio falar sobre isso. Primeiro porque eu não acredito em nada.

- Nada?

- Esperança, amor, felicidade...

- Tudo bem né.

Eu ri. Ele se aproximou um pouco de mim e me deu alguns selinhos. Talvez eu me sentisse culpada e idiota por estar sendo usada como um brinquedinho, mas, ok.

- E seus pais? Eles deixam você sair assim pra onde quiser?

- Meus pais morreram. – um nó se formou na minha garganta. Não sabia o quanto isso doía.

- Desculpa... Mas, como...

- Acidente de carro. Eu moro com meu irmão, por isso nós trabalhamos no restaurante. – tomei um gole da minha bebida pra ignorar a minha “dor”. – Agora entende por que eu tentava não chorar?

- Mais ou menos. – ele riu. – Deve ser horrível perder os pais.

- É mais que isso... Eu perdi uma parte de mim, sabe? – suspirei. – Mas, eu não quero falar sobre isso.

Fitei as pessoas que dançavam na pista. Senti Justin colocar a mão na minha coxa, o fitei, e então, quando ele ia falar algo, interrompi:

- Hey! Você é muito abusado! Sabia, garoto? – eu ri e tirei sua mão da minha coxa.

- Mas, eu só... – ele me olhava desentendido.

- Você sempre abusa das garotas assim? – eu sorria um tanto sarcástica.

- Nossa, ok, mas é que...

- É, eu sou chata... Ainda acha que gosta de mim? - ergui uma sobrancelha.

 - Claro. – ele ergueu os ombros. – Porque não?

- Ninguém pode gostar de alguém assim de um dia pro outro.

Ele meio que sorriu e puxou meu braço, me levando até a pista de dança. Como ele é Justin Bieber, ele dançava totalmente bem na minha frente, e eu? Dançava horrivelmente.

- Ai meu deus! – eu disse rindo e colocando as mãos no rosto.

- O que foi? – ele parou de dançar e tirou as minhas mãos de meu rosto.

- To me sentindo envergonhada. – mordi o lábio inferior.

- Porque?

- Você ta dançando ai super bem e eu, não sei dançar. – fiz biquinho. Como se isso parecesse um problema horrível.

- Ah, não acredito Meg... Eu? Dançando bem? Eu to improvisando.

- Ok, ok... Não me esculacha ok?

Ele riu. Justin colocou a mão na minha cintura, e bom, daí senti alguém me cutucar... Eu ia beijar ele de novo, af, o que to pensando?

- Peter? – disse me virando pra ele. – o que quer?

- Saber se você ta bem. – ele ria.

- Só veio pra atrapalhar?

- Quem é o louco?

- Bieber. – revirei os olhos.

- Só podia ser. – ele deu uam gargalhada. – E aí Bieber.

Ele acenou e Justin acenou de volta, sorrindo. Peter ficou falando coisas que eu mal entendia, ele tava meio bêbado, eu acho.

- Ok Peter, beijos. – o empurrei, fazendo com que ele sumisse na pista.

- Eu sou o abusado né? – Justin riu.

- Hey! Você é abusado, Peter é nojento! – eu ri também.

- Tudo bem.

Justin juntou nossos lábios, me beijando. Ele tinha as mãos em minha cintura, enquanto eu entrelaçava meus braços ao redor do seu pescoço. Talvez eu estivesse fazendo errado, de novo. Mas, era muito bom estar ali com o Bieber. Eu estou ficando doida, só pode.