Supernatural escrita por BrownSugar


Capítulo 8
Finalmente a estrada


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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(...) Ella e Sam olhavam os dois conversando e sorriam sem perceber.

— Queria me desculpar pela noite passada. Não era minha intenção... OK, era minha intenção te chatear. Mas...

— Tudo bem! – disse Lili se apoiando nos ombros dele e rindo – Você me lembra meu irmão. Um boboca que se achava muito engraçado.

Ella olhou pra Sam, muito mais alto que ela e encostou a cabeça no braço dele.

— Esses dois... Nunca vi duas pessoas tão chatas. – Sam respondeu com um olhar de sono.

— Perto do Dean, a Lili é a pessoa mais maravilhosa do planeta.

Dean transferiu o peso de Lili para os braços de Sam e foi pegar o carro e estaciona-lo mais perto da porta do hospital. Sam ajudou Lili a entrar no carro e foi se sentar no banco da frente.

— O que realmente aconteceu? – perguntou Lili ajeitando o cabelo para que ficasse na frente do curativo – Eu definitivamente não engoli a história que o enfermeiro me contou. Eu sou desastrada, mas a minha vida toda eu andei em trilhas dentro de florestas e com certeza isso não é um corte que se tem quando se tropeça num galho.

— Não sabemos direito – disse Sam – do que você se lembra?

— Eu lembro de ter contado a você sobre Raphael e logo depois ficou tudo escuro e eu lembro de ouvir você dizendo que não estava entendendo o que estava acontecendo, em seguida senti cheiro de enxofre e alguma coisa me cortando como se quisesse tirar alguém de dentro de mim e depois só lembro de ter acordado naquela maca de hospital.

Sam fitava a estrada escura e demorou, o que pareceu uma eternidade, pra responder.

— Quando você me ouviu dizer que não estava entendendo é porque você foi... Possuída por Raphael e ele começou a dizer que ia te levar embora e que era pra eu me afastar de você porque ele era seu dono... E quando você sentiu algo te dilacerar e tirar algo de dentro de você e o cheiro de enxofre foi um demônio que arrancou Raphael de lá o matou, isso de certa forma salvou sua vida. Só não sabemos por quê.

— É possível matar alguém que já está morto?

— Vocês ainda têm muita coisa pra aprender. – disse Dean

— E agora? – perguntou Ella – Vocês tem certeza de que ele esta... morto?

— Quem sabe... – disse Dean – talvez o demônio não tenha matado ele, talvez tenha. O que importa agora é que não matou Lili.

Meses se passaram e eles continuavam pesquisando sobre o que podia ter acontecido.

Dean e Sam levaram Lili e Ella até a casa de Bobby, um velho amigo do pai deles que adorou as irmãs. As vezes Dean e Sam saiam para caçar, durante semanas e elas ficavam em casa com Bobby que as ensinava tudo o que precisavam saber sobre exorcismo, fantasmas, armas. Lili começou a treinar suas habilidades e descobriu que era capaz de transferir as dores físicas dos outros pra si e também o inverso.

Eles estavam cada vez mais amigos uns dos outros e Bobby se tornou um pai. Lili e Ella não podiam estar mais felizes.

Dean e Sam tinham saído para caçar já fazia duas semanas e ainda não tinham ligado pra dar noticias, mas nem Bobby nem as garotas estavam preocupados com isso. As duas garotas estavam na cozinha enquanto cantavam e cozinhavam uma torta de chocolate que era a preferida de Bobby que estava no ferro-velho quando o telefone tocou. Lili e Ella se entreolharam e correram até o telefone e Lili o pegou colocando entre seu rosto e o de Ella para que as duas pudessem ouvir.

— Sam falando

— Oi Sam – disse Lili sorrindo

— Hey, Lili! O Bobby tá ai?

— Vai lá chamar o Bobby! – Lili sussurrou pra Ella que saiu correndo pra chamar Bobby e voltando a falar no telefone – Sam? Pra que chamar o Bobby? – perguntou chateada – Por que não falar com a gente... Já tem muito tempo que queremos sair pra caçar com vocês e toda vez vocês inventam uma desculpa e...

Antes que ela pudesse acabar de falar Ella voltou com Bobby que pegou o telefone da mão dela e sinalizou com a cabeça pra que fosse pra junto da irmã que estava na porta da cozinha de braços cruzados. Lili saiu com passadas largas de irritação. – Como vai, cara? – disse Bobby ao telefone ele escutou Sam falar do outro lado da linha e se virando pra Lili e Ella ele falou – garotas porque não vão terminar de fazer à torta?

Elas entraram na cozinha e Lili fechou com força as portas de correr de madeira, pintadas com uma tinta verde bebê, completamente descascada.

— Machismo nojento – ela reclamou

— Eles continuam nos tratando como criancinhas de cinco anos com deficiência mental. Ei não acha que poderíamos plantar umas... – disse Ella distraida, virada pra janela se apoiando na bancada de madeira onde estava uma vasilha com a cobertura da torta

— Ah, me poupe, por favor! Não aguento mais isso. Temos que fazer alguma coisa.

— O que você sugere? - Ella olhou com uma sobrancelha arqueada para irmã

As duas se encaravam Lili muito sério e Ella mordendo os lábios, ambas pensativas quando Bobby entrou na cozinha

— O cheiro está ótimo – Bobby andou até a torta que estava na forma em cima da bancada. Segurando o boné na frente da barriga e fazendo cara de pidão. – Posso roubar um pedaço?

Lili e Ella riram - Ainda não está pronto – disse Ella enfiando o boné de volta na cabeça dele deixando os olhos escondidos e Lili empurrou Bobby de volta até a porta.

— Quanto estiver pronto te chamo! – disse fechando a porta de novo e se voltando pra irmã que disse:

— Dean e Sam estão no Kansas. Parece que estão caçando um gênio. Um Djin.

— E então? Vamos?– Ella levantou as sobrancelhas

— Vamos! – Lilli sorriu de lado.

***

Dean dirigia por ruas escuras voltando pra o hotel onde Sam o esperava. Estava chovendo e as janelas do carro estavam embaçadas.

— Fala. – disse Dean atendendo o celular

— Achou alguma coisa? – perguntou Sam que olhava pra uma mesa cheia de livros que mencionavam Djins

— Ta brincando? Você me fez rodar 130km de propriedades.

— Foi onde as vitimas desapareceram.

— Bom até agora eu não tenho nada e você?

— Bom de uma coisa eu tenho certeza – Sam falava rápido e ia atropelando as palavras – Bobby disse que estamos caçando um Djin.

— Caraca um gênio? – perguntou Dean

— É, mas eles são bem diferentes da Barbara Eden em Jeannie é um gênio. Os gregos acreditavam que os djins eram humanos que deram sua alma por magia negra e imortalidade eles se escondem em lugares escuros e abandonados eles se alimentam de humanos e estão mencionados varias vezes no Al Corão.

Enquanto Sam falava Dean passava por um prédio esquisito e escuro de onde saia uma fumaça esbranquiçada como uma neblina. Tudo parecia muito quieto e vendo um movimento no portão daquele lugar, aparentemente abandonado, ele achou ter visto alguém o observando.

 – Acho que sei onde ele está! – disse Dean dando a volta no carro

— Espere, venha me buscar antes – disse Sam

Dean desligou o celular e saiu do carro com uma arma e uma lanterna. Ele foi entrando no prédio completamente vazio, andando pelos corredores iluminados apenas por sua lanterna não estava vendo nada de anormal naquele lugar e ia pegar o celular pra ligar pra Sam e dizer que estava enganado, quando um homem careca e tatuado da cabeça aos pés o empurrou contra uma porta de vidro. Ele se esticou pra tentar atirar, mas o Djin o segurava com toda a força Dean ofegava e olhava a luz ofuscante azul anil que saia dos olhos da criatura. Ele colocou a mão na testa de Dean e tudo ficou escuro.


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Notas finais do capítulo

Não deixem de mandar reviews.
E fiquem ligadinhos, amanhã a gente posta o próximo capítulo!
Bjinho da Lili



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